segunda-feira, 12 de junho de 2017

NÃO COMPREENDO!

Também não é para eu compreender, é para tentar ir compreendendo!
Estamos no mês dos Santos Populares, dos Santos que moram mais directamente no coração do povo, o que faz parte de uma mais ou menos maravilhosa religiosidade popular. É assim como que uma mistura em que o sagrado e o profano vão interagindo um com o outro, pois normalmente nas festas há sempre uma parte religiosa e outra profana, sendo que nestas a profana é muito mais intensa do que a religiosa.
Estas festas estão ligadas a muita folia, marchas, balões, fogos de artifício, e comes e bebes cheios de tradição, em que as fêveras e a sardinha assada ocupam os primeiros lugares.
Nunca me entusiasmei muito com elas, não sei porquê. Talvez… porque os meus pais também não lhes davam muita importância… a não ser com os cuidados a ter com a noite de São João em que os jovens costumavam mudar de sítio os vasos de manjericos ou outros enfeites ou utensílios… que depois tínhamos de ir buscar onde lhes apetecesse deixá-los, o que não era nada agradável.
Ser alegre é muito bom! Uma alegria sã é a cura para muitos males tanto do corpo como do coração.
Mas para os males do coração… há uma cura muito mais significativa.
Se não, vamos ler o que nos diz o Apolonio:
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"OUVIR O PRÓXIMO COM O CORAÇÃO ABERTO"
Abrir o coração para escutar significa desprender-se de toda e qualquer ideia preconcebida, de qualquer preconceito e de todo tipo de julgamento.
Ouvir tudo sem precipitar-se em dar respostas ou em contradizer o interlocutor. Fazer um vazio por amor e acolher o outro por inteiro.
Fazendo assim teremos a oportunidade de conhecer profundamente a outra pessoa, de saber de seus anseios e de suas aspirações, de descobrir os seus valores e suas potencialidades. Só depois de ouvi-la profundamente podemos acrescentar a nossa contribuição para que o entendimento seja completo, dirimindo dúvidas, eliminando mal entendidos ou interpretações precipitadas.
Ficaremos surpresos de ver quanto o amor pode nos unir, quantas coisas podemos fazer pelos outros e quanto podemos aprender com todos.
Abrir o coração ao novo, ao inédito, ao desconhecido e precioso dom que o próximo pode representar para nós.
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Os comportamentos acima mencionados são muito importantes para as festas populares… onde muitas vezes nos parece que os amigos se comportam de forma esquisita porque não nos damos o tempo necessário para a plena compreensão das suas atitudes.
Urge tentarmos, o mais possível, compreender quem connosco convive, para que a paz possa reinar cada vez mais no coração das vidas.

HN 

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