quinta-feira, 7 de setembro de 2017

‘À TUA PALAVRA LANÇAREI AS REDES!’

Esta é a resposta de Pedro à ordem de Jesus no Evangelho de hoje, (Lc 5, 1-11)
Claro que Jesus falava de pesca de peixes… para com essa pesca, que eles conheciam, lhes poder falar da pesca de homens e mulheres para uma vida de Amor, vida que nos levará a mudar de atitudes muitas vezes ao dia!...
Não dá para entender! Mas a verdade é que, realmente, não são as palavras ‘bonitas’ que conseguem fazer-nos mudar as nossas atitudes! São palavras, sim, mas ditas na hora certa e no momento exacto em que a nossa mente e coração estão abertos à espera de algo que os faça reagir e tomar novos rumos!  
Às vezes, são mesmo palavras bem ásperas que nos fazem mudar de ideias!
Para que tal aconteça, temos de nos habituar a ouvir tudo muito bem, sem reclamar, e interiorizar o que, de facto, precisaremos de compreender e aceitar para viver do amor e no amor.
Antes de mais temos de tudo fazer pela vivência de uma humildade muito grande que nos predispõe a olhar os outros como nossos iguais na luta pela autocorrecção de defeitos e descoberta e desenvolvimento das próprias qualidades.  
Contudo… em todas estas andanças… teremos de estar verdadeiramente unidos na vontade de Deus, pois sem Deus nada poderá dar certo.
Sem Deus não somos nada, e não podemos pensar-nos grandes perante os demais porque não somos nada grandes.
Somos todos pessoas humanas com defeitos e qualidades, numa caminhada conjunta para Deus, o Amor, a eternidade, a paz.
 Há palavras que dizemos e convites que fazemos que não dão em nada, porque não é assim que nos julgamos, ou seja, pensamos em conseguir muitas coisas por nós mesmos esquecidos de que é Deus que tem de tocar os corações.
Vejamos o que nos diz o comentário do dia do EQ de hoje, tirado de um escrito de Santo António de Lisboa:
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«Não temas. Daqui em diante serás pescador de homens.»
«Já que o dizes, lançarei as redes.» É por indicação da graça celeste, por inspiração sobrenatural, que se deve lançar a rede da pregação. Senão, é em vão que o pregador lança as linhas das suas palavras. A fé dos povos não se obtém através de discursos sabiamente compostos, mas pela graça da vocação divina. [...] Ó frutuosa humildade! Quando aqueles que até aí não tinham pescado nada confiam na palavra de Cristo, apanham uma multidão de peixes. [...]
«Já que o dizes, lançarei as redes.» Cada vez que por mim próprio as lancei, quis guardar o que me pertencia. Fui eu que pesquei e não Tu, foram as minhas palavras e não as tuas. Por isso não pesquei nada. Ou, se pesquei qualquer coisa, não foi peixe, mas rãs, prontas a espalhar lisonjas sobre mim. [...]
«Já que o dizes, lançarei as redes.» Lançar a linha por ordem de Jesus é atribuir-Lhe tudo e não guardar nada para si mesmo: é viver em conformidade com o que se pesca. Nessa altura, apanhamos uma grande quantidade de peixes.
«»
Quando nos julgamos importantes e não vemos no outro um irmão, não estamos a imitar as vivências do Senhor Jesus, e nada poderá dar certo!
Simão Pedro respondeu a Jesus: ‘À Tua Palavra lançarei as redes!’
Só sob o comando do Senhor o nosso apostolado pode dar certo,  a 'Messe' é dele e não nossa, nós é que somos todos d’Ele.
Que o Espírito Santo nos ajude!

HN

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