Pelo contrário, quando tomamos a palavra, [...] precisamos de uma certa contenção; pois, mesmo que não ceda ao orgulho, tenho receio de o fazer. Mas, se escuto, ninguém me pode roubar a alegria (Jo 16,22), porque ninguém é testemunha dela. É verdadeiramente a alegria do amigo do esposo de quem S. João diz que «fica de pé e escuta» (Jo 3,29). Fica de pé porque escuta. Também o primeiro homem escutava Deus de pé; quando escutou a serpente, caiu. O amigo de esposo fica, pois, «transbordante de alegria à voz do Esposo»; o que faz a sua alegria não é a sua voz de pregador ou de profeta, mas a voz do próprio Esposo.
segunda-feira, 25 de setembro de 2017
MELHOR FALAR… OU OUVIR?
Engraçado! Gasto
muitos minutos a ouvir!
Sempre gastei…
e cada vez tenho mais vontade de gastar!
Enquanto oiço,
penso, interiorizo, escolho, opino, decido... ou tento decidir!
E ainda que
as decisões não sejam firmes de todo, à medida que se vão tomando vão se
firmando a cada pequenino passo.
A vida é
mesmo assim. Uma luta constante. E se deixa de ser constante, a vida deixa de
ser uma vida activa e merecedora do nome que Deus lhe deu.
Mas quando
falo… nas vezes que falo… que não são assim tantas… a paz não é a mesma!
Preocupa-me a
maneira como falo… o que digo, se é o que devo ou nem tanto assim… é o pensar
no que pensa quem me ouve, se realmente vai ajudar a crescer ou se deixa as
pessoas ainda mais complexadas…
É muito
complicado! Complicado mesmo!
Hoje, chegou-me
um comentário do EQ que me ajudou bastante, ou vai ajudar! Afinal, a
dificuldade em falar já existe há muito tempo e de certeza que nunca mais deixara
de existir.
O comentário
é atribuído a Santo Agostinho (anos de
354-430)
«»
«Tende cuidado com a
maneira como ouvis»
«Que cada um esteja sempre pronto para escutar, mas seja lento
para falar» (Tim 1,19). Sim, irmãos, digo-vos francamente [...], eu que muitas
vezes vos falo a vosso pedido: a minha alegria é sem mancha quando me sento
entre os ouvintes; a minha alegria é sem mancha quando escuto e não quando
falo. É então que saboreio a palavra com toda a segurança, pois a minha
satisfação não é ameaçada pela vanglória. Quem pode recear o precipício do
orgulho se estiver sentado sobre a pedra sólida da verdade? «Escutarei e
encher-me-ás de alegria e de júbilo», diz o salmista (Sl 50,10). É quando
escuto que me sinto mais alegre; é o papel de ouvintes que nos mantém numa
atitude de humildade.
Pelo contrário, quando tomamos a palavra, [...] precisamos de uma certa contenção; pois, mesmo que não ceda ao orgulho, tenho receio de o fazer. Mas, se escuto, ninguém me pode roubar a alegria (Jo 16,22), porque ninguém é testemunha dela. É verdadeiramente a alegria do amigo do esposo de quem S. João diz que «fica de pé e escuta» (Jo 3,29). Fica de pé porque escuta. Também o primeiro homem escutava Deus de pé; quando escutou a serpente, caiu. O amigo de esposo fica, pois, «transbordante de alegria à voz do Esposo»; o que faz a sua alegria não é a sua voz de pregador ou de profeta, mas a voz do próprio Esposo.
Pelo contrário, quando tomamos a palavra, [...] precisamos de uma certa contenção; pois, mesmo que não ceda ao orgulho, tenho receio de o fazer. Mas, se escuto, ninguém me pode roubar a alegria (Jo 16,22), porque ninguém é testemunha dela. É verdadeiramente a alegria do amigo do esposo de quem S. João diz que «fica de pé e escuta» (Jo 3,29). Fica de pé porque escuta. Também o primeiro homem escutava Deus de pé; quando escutou a serpente, caiu. O amigo de esposo fica, pois, «transbordante de alegria à voz do Esposo»; o que faz a sua alegria não é a sua voz de pregador ou de profeta, mas a voz do próprio Esposo.
«»
Continuarei na minha escuta… e a falar o mínimo que possa… e
quando o fizer… que o Espírito Santo fale por mim!
HN
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