terça-feira, 3 de julho de 2018

NÃO PODE PASSAR DESPERCEBIDO!


As Leituras Bíblicas do Passado domingo, 13º do Tempo Comum B, principalmente o Evangelho de Marcos 5, 21-43, manteve-me muito apreensiva, e com as homilias que ouvi e o que li mais desassossegada fiquei.

Bem, talvez não seja bem desassossegada, mas desejosa de partilhar tantas maravilhas que se me vão abrindo diante dos olhos. Há uns aninhos atrás... não conseguia compreender nem viver as coisas assim.

Agora... o que disse o Papa Francisco no Ângelus do supracitado domingo:

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“Queridos irmãos e irmãs, bom dia!
O Evangelho deste domingo apresenta dois prodígios realizados por Jesus, descrevendo-os quase como uma espécie de marcha triunfal para a vida.
Primeiro, o evangelista fala de um certo Jairo, um dos líderes da sinagoga, que vem a Jesus e suplica a ele para que vá a sua casa, porque sua filha de doze anos está morrendo. Jesus aceita e vai com ele; mas, ao longo do caminho, vem a notícia de que a menina morreu. Podemos imaginar a reação daquele pai. Mas Jesus lhe diz: “Não tenha medo, apenas tenha fé!” Chegados na casa de Jairo, Jesus manda sair as pessoas que choravam, e também havia as mulheres carpideiras que gritavam forte, e entra no quarto somente com seus pais e três discípulos, e dirigindo-se à falecida diz: “Menina, eu lhe digo: levante-se!”. E imediatamente a menina levantou-se, como se despertasse de um sono profundo.
Dentro da história desse milagre, Marcos insere outro: a cura de uma mulher que sofria de hemorragia e foi curada assim que tocou o manto de Jesus. Aqui toca o fato de que a fé dessa mulher atrai – e me vem o desejo de dizer “rouba” – o poder salvador divino que existe em Cristo, que, sentindo que uma força que “saiu dele”, tenta entender quem tenha. E quando a mulher, com tanta vergonha, se aproxima e confessa tudo, Ele diz a ela: “Filha, a tua fé te salvou”.
Trata-se de duas histórias interligadas, com um único centro: a fé, e mostram Jesus como fonte de vida, como aquele que devolve a vida àqueles que confiam nele plenamente. Os dois protagonistas, isto é, o pai da menina e a mulher doente, não são discípulos de Jesus e ainda assim ficam tocados pela sua fé. Têm fé naquele homem. A partir disso entendemos que todos são admitidos no caminho do Senhor: ninguém deve se sentir como um intruso, uma pessoa abusiva ou alguém que não tem direito. Para ter acesso ao seu coração, ao coração de Jesus, há apenas um requisito: sentir necessidade de cura e confiar n’Ele.
Eu pergunto a vocês: cada um de nós se sente necessitado de alguma cura? De qualquer coisa, de qualquer pecado, de qualquer problema? E se sente isto, tem fé em Jesus? São dois os requisitos para ser curado, para ter acesso ao seu coração: sentir-se necessitado de cura e confiar n’Ele.
Jesus descobre essas pessoas na multidão e as tira do anonimato, libertando-as do medo de viver e ousar. Ele faz isso com um olhar e com uma palavra que as coloca em caminho depois de tantos sofrimentos e humilhações. Nós também somos chamados a aprender e a imitar essas palavras que libertam e esses olhares que restituem àqueles que são privados disto, o desejo de viver.
Nesta página do Evangelho, os temas da fé e da nova vida que Jesus veio oferecer a todos se entrelaçam. Entrando na casa onde já morta a menina, Ele expulsa aqueles que se agitam e se lamentam e diz: “A criança não morreu, está apenas dormindo”. Jesus é o Senhor e, diante dele, a morte física é como um sono: não há motivo para desesperar-se. Outra é a morte da qual devemos ter medo: a do coração endurecido pelo mal! Ah, dela sim devemos ter medo! Quando nós sentimos ter o coração endurecido, o coração que se endurece e me permito a palavra: o coração mumificado. Devemos ter mede disto. Esta é a morte do coração. Mas mesmo o pecado, mesmo o coração mumificado, para Jesus nunca é a última palavra, porque Ele nos trouxe a infinita misericórdia do Pai. E mesmo que caíssemos, a sua voz suave e forte nos alcança: “Eu te digo: levanta-te!”
É belo ouvir aquela palavra de Jesus dirigida a cada um de nós: “Eu te digo: levanta-te. Vai. Levanta-te, coragem. Levanta-te”. E Jesus restitui a vida à menina e restitui a vida à mulher curada: vida e fé às duas.
Peçamos à Virgem Maria que acompanhe nosso caminho de fé e de amor concreto, especialmente para com os necessitados. E invoquemos a sua intercessão materna por nossos irmãos que sofrem no corpo e espírito”.

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Penso que foi uma maravilhosa conclusão de toda a aprendizagem e descobertas que já tinha feito!
Por tudo isto e muito mais... dá para pensar que para Jesus... as últimas palavras nunca serão neste mundo que nos deu, pois até ao nosso último momento ficará sempre à espera de poder dar-nos a maior felicidade possível, a Sua eterna companhia!
Força, gente linda, Jesus ama-nos a todos por demais. Não O deixemos desiludido!
HN

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