terça-feira, 11 de setembro de 2018

SEM... PALAVRAS!


É mesmo de ficar sem palavras!
Quando encontro textos que me tocam muito o coração costumo guardá-los para, posteriormente, poder lê-los e meditá-los séria e profundamente para deles poder retirar algo que possa ir recompondo a minha vida.
Este pouquinho do manuscrito autobiográfico de Santa Teresinha do Menino Jesus que me chegou do ‘Evangelizo’ tocou-me por demais... tanto... que não resisto a partilhá-lo:
«»
Nessa noite de luz [no Natal dos catorze anos] começou o terceiro período da minha vida, o mais belo de todos, o mais repleto de graças do céu. [...] Tal como os seus apóstolos eu podia dizer: «Mestre, trabalhámos durante toda a noite e nada apanhámos». Sendo ainda mais misericordioso para comigo do que tinha sido para com os seus discípulos, Jesus pegou Ele mesmo na rede, lançou-a e retirou-a repleta de peixes. Fez de mim uma pescadora de almas; senti um grande desejo de trabalhar pela conversão dos pecadores. [...] O grito de Jesus na cruz ressoava também continuamente no meu coração: «Tenho sede!» (Jo 19,28). Essas palavras acendiam em mim um ardor desconhecido e muito vivo. Queria dar de beber ao meu Bem-Amado e sentia-me eu própria devorada pela sede das almas. [...]
A fim de aumentar o meu zelo, o Bom Deus mostrou-me que Lhe agradavam os meus desejos. Ouvi falar de um grande criminoso que tinha acabado de ser condenado à morte por crimes horríveis e que tudo levava a crer que morreria em pecado. Quis, a todo custo, impedi-lo de cair no inferno. [...] Sentia, no fundo do meu coração, a certeza de que [esses] desejos seriam satisfeitos, mas para me encher de coragem para continuar a rezar pelos pecadores disse ao Bom Deus que tinha a certeza de que Ele perdoaria ao pobre infeliz Pranzini, e que eu acreditaria nisso mesmo que ele não se confessasse nem desse nenhum sinal de arrependimento, tal era a confiança que eu tinha na misericórdia infinita de Jesus, mas que Lhe pedia apenas um «sinal» de arrependimento, só para minha consolação. A minha prece foi respondida à letra! [...]
Ah! Desde que recebi essa graça única, o meu desejo de salvar as almas aumentou dia a dia; parecia-me ouvir Jesus dizer-me, como à samaritana: «Dá-me de beber!» (Jo 4,7). Era uma verdadeira troca de amor; eu dava o sangue de Jesus às almas e oferecia a Jesus essas mesmas almas refrescadas pelo seu orvalho divino. Assim, Ele parecia ficar aliviado e, quanto mais Lhe dava a beber, mais a sede da minha pequena alma aumentava, e era essa sede ardente que Ele me dava como a mais deliciosa bebida do seu amor.
«»
Salvar almas... querer as pessoas felizes já neste mundo porque quem está com Deus é sempre feliz... e querer as pessoas, passada a sua caminhada nesta terra, eternamente felizes, junto do Senhor!...
Maravilhosos sonhos os de Santa Teresinha!
Tão parecida com Deus e com Jesus, pois tem comportamentos e ideias que quase se confundem
E engraçado que não pensa nela, mas na felicidade dos outros, e é na felicidade que dá ou ajuda a encontrar... que se sente imensamente feliz!
“«Dá-me de beber!» (Jo 4,7). Era uma verdadeira troca de amor; eu dava o sangue de Jesus às almas e oferecia a Jesus essas mesmas almas refrescadas pelo seu orvalho divino. Assim, Ele parecia ficar aliviado e, quanto mais Lhe dava a beber, mais a sede da minha pequena alma aumentava, e era essa sede ardente que Ele me dava como a mais deliciosa bebida do seu amor.”
Esta parte do texto é uma loucura! Uma verdadeira loucura!
Primeiro, ficamos sem palavras... e aos pouquinhos, elas vão florescendo como rosas em jardim.
Vejam onde fui buscar o verdadeiro sentido do «Dá-me de beber!»
Nunca tinha pensado nesta frase desta maneira!
Quantas vezes Jesus nos repetirá: «Dá-me de beber!»... e ficamos quietos, continuamos quietos, sem nos preocuparmos convenientemente com a resposta a dar a esta frase de Jesus!
E... como Teresinha dava o Sangue de Jesus às almas?
Rezando e sacrificando-se por elas... que acabavam por encontrar o verdadeiro caminho da felicidade, vivendo o mais possível do jeito de Jesus!
Somos... bênçãos ou não para os irmãos, conforme façamos ou não, o que Deus quer de cada um ou uma de nós.
Olhemos bem para dentro... para o coração... que é ao nosso coração que Jesus fala, e é do nosso coração que as nossas boas ações partem.
Boa noite... com Jesus... para um bom dia... com os irmãos, falando-lhes de Jesus nas nossas atitudes... mais do que por palavras... porque palavras... o vento pode levá-las... enquanto as atitudes perduram sempre.
Santa Teresinha do Menino Jesus, Padroeira das Missões, ajuda-nos a ser bons discípulos missionários em todos os nossos ambientes!
HN

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