A Glória de
Deus… incompreensível… mas sensível ao coração!
Faz tempo
que ao ouvir, ler ou pensar na palavra ‘glória’ imaginava Jesus/Deus num Ser
grande e maravilhoso num sítio muito lindo e muito rico, rodeado de honras e de
serviçais para Lhes fazerem toda a vontade!
Hoje… com
Deus/Jesus, tudo continua na mesma, como sempre foi, mas na minha cabeça, no
meu coração, na minha vida, no meu pensar, sentir e agir… tudo mudou!
E quando me
surge a frase – contemplar a glória de Deus fico muito baralhada, porque só ‘vejo’
simplicidade e amor misericordioso e bom. Essa… é a Glória do Deus/Jesus em Quem,
aos pouquinhos pequeninos, fui aprendendo a acreditar.
Santo Ireneu
diz-nos:
«»
«Para que Ele dê a vida
eterna a todos os que Lhe confiaste.»
No princípio, não foi
porque precisasse do homem que Deus modelou Adão, mas para ter alguém em quem
depositar os seus benefícios. Porque, não só antes de Adão mas mesmo antes de
toda a criação, já o Verbo glorificava o Pai, permanecendo nele, e era
glorificado pelo Pai, tal como Ele próprio disse: «Pai, glorifica-Me junto de
Ti mesmo com aquela glória que tinha em Ti antes que houvesse mundo». Também
não foi porque tivesse necessidade do nosso serviço que Ele nos ordenou que O
seguíssemos, mas para nos obter a salvação. Porque seguir o Salvador é
participar da salvação, tal como seguir a luz é tomar parte da luz.
Quando os homens estão na luz, não são eles que iluminam a luz e a fazem
resplandecer, antes são iluminados e tornados resplandecentes por ela; longe de
lhe acrescentar o que quer que seja, eles beneficiam da luz e por ela são
iluminados. O mesmo acontece com o serviço prestado a Deus; o nosso serviço não
acrescenta nada a Deus, porque Deus não precisa do serviço dos homens; mas,
àqueles que O servem e O seguem, Deus dá a vida, a incorruptibilidade e a
glória eterna. [...]
Se Deus solicita o serviço dos homens, é para poder, Ele que é bom e
misericordioso, conceder os seus benefícios aos que perseveram no seu serviço.
Porque, se Deus não precisa de nada, o homem precisa da comunhão de Deus. A
glória do homem é perseverar no serviço de Deus. É por isso que o Senhor dizia
aos seus discípulos: «Não fostes vós que Me escolhestes, fui Eu que vos escolhi
a vós» (Jo 15,16). Indicava assim que não eram eles que O glorificavam,
seguindo-O, mas que, por terem seguido o Filho de Deus, eram glorificados por
Ele. «Pai, quero que onde Eu estiver eles estejam também comigo, para
contemplarem a minha glória» (Jo 17,24).
«»
Belíssimas estas
explicações! Talvez há um tempo atrás eu não as compreendesse nem aceitasse…
mas hoje… acho-as óptimas para nos encaminhar cada vez mais para Deus… servindo…
e amando!
Um bom final-de-semana
de Pentecostes, com o Espírito Santo de
Deus a iluminar-nos a vida!
HN
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