sábado, 31 de janeiro de 2015

31 DE JANEIRO




O primeiro mês do ano já passou. E com ele muitas das nossas aflições e canseiras, tristezas e alegrias!
Hoje é um dia muito importante para mim, para nós, cursilhistas valecambrenses, pois temos no nosso Santuário de Santo António o encerramento de um cursilho, o 305º cursilho de homens da nossa diocese do Porto!
A manhã foi linda, começada na Eucaristia chamada de penitencial em Santa Maria da Feira! O Padre Queirós foi exímio nas chamadas de atenção que nos fez. Ou melhor, o Senhor serviu-se dele para nos falar bem ao coração, oxalá ponhamos em prática sem descanso os Seus ensinamentos e admoestações!
Deus, ama-nos, apesar das nossas fraquezas e debilidades!
De Colores! Amanhã há mais!
Bom Domingo!

sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

DEUS É PAI... E MÃE!



Quando falamos em Deus, temos que nos reportar a Jesus que é a Sua imagem junto de nós! Por aquilo que Jesus foi, podemos ver claramente que Deus é Pai, tem a sabedoria, determinação e fortaleza de um Pai, mas também é Mãe, pois tem o carinho, a ternura, a dedicação, os cuidados e aconchegos de uma Mãe! Por isso, Deus é plenitude, é tudo o que necessitamos! E é tão bom que quer necessitar de nós para chegar a outros homens e mulheres! Ele quer que sejamos parte dEle, quer formar um connosco.
O mais importante no meio de tudo é que, como criador, é parte integrante da criatura, ou seja, Deus está em todos os homens e mulheres. E quando não consegue ser visível, é porque esse homem ou mulher está com tantas atitudes a  encobri-lO que O não deixam transparecer!
O bem não existe sem a presença de Deus, e não há pessoa que não tenha algo de bom, ainda que seja poucochinho. Por isso, ainda que o não pensemos, Deus está em todas as pessoas, no mais profundo do seu interior.
Assim, devemos respeitar todas as pessoas e olhar sempre para o seu lado bom, porque é lá que Deus habita!
E o mal que a pessoa tenha feito... esqueçamos o mal! Para Deus o passado não conta, mas sim o presente! Se queremos agradar a Deus é assim que devemos viver, olhar o presente. É difícil, muito difícil esquecer, mas é um esforço que teremos de fazer, tendo presente bem no fundo do coração que quem nunca fez nenhum mal atire a primeira pedra.Não foi com esta chamada de atenção que Jesus salvou a mulher adúltera de ser apedrejada?
Em vez de olhar para o mal que os outros fazem, tenhamos, sim, a coragem de olhar para o mal que praticamos de modo a tentar emendar-nos desses defeitos, com a ajuda de Deus Pai,
Que Ele seja louvado!

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

O PAI... FAZ MUITA FALTA AOS FILHOS!



Fala-se muito na mãe, muitas vezes em desabono dos pais, quando os pais fazem imensa falta aos filhos!
Vem mesmo a propósito a catequese do Papa Francisco desta quarta-feira, 28 de Janeiro que, dada a sua suprema importância, passo a partilhar:
“Queridos irmãos e irmãs, bom dia!
Retomamos o caminho das catequeses sobre família. Hoje nos deixamos guiar pela palavra “pai”. Uma palavra mais que qualquer outra querida a nós cristãos, porque é o nome com o qual Jesus nos ensinou a chamar Deus: pai. Hoje o sentido deste nome recebeu uma nova profundidade justamente a partir do modo em que Jesus o usava para se dirigir a Deus e manifestar a sua especial relação com Ele. O mistério abençoado da intimidade de Deus, Pai, Filho e Espírito, revelado por Jesus, é o coração da nossa fé cristã.
“Pai” é uma palavra conhecida por todos, uma palavra universal. Essa indica uma relação fundamental cuja realidade é tão antiga quanto a história do homem. Hoje, todavia, chegou-se a afirmar que a nossa seria uma “sociedade sem pais”. Em outros termos, em particular na cultura ocidental, a figura do pai seria simbolicamente ausente, dissipada, removida. Em um primeiro momento, a coisa foi percebida como uma libertação: libertação do pai-patrão, do pai como representante da lei que se impõe de fora, do pai como censor da felicidade dos filhos e obstáculo da emancipação e da autonomia dos jovens. Às vezes, em algumas casas, reinava no passado o autoritarismo, em certos casos até mesmo a opressão: pais que tratavam os filhos como servos, não respeitando as exigências pessoais do crescimento deles; pais que não os ajudavam a empreender o seu caminho com liberdade – mas não é fácil educar um filho em liberdade – ; pais que não os ajudavam a assumir as próprias responsabilidades para construir o seu futuro e o da sociedade.
Isto, certamente, é uma atitude não boa; porém, como acontece muitas vezes, se passa de um extremo a outro. O problema dos nossos dias não parece mais ser tanto a presença invasiva dos pais quanto a sua ausência, a sua falta de ação. Os pais estão, por vezes, tão concentrados em si mesmos e no próprio trabalho e às vezes nas próprias realizações individuais a ponto de esquecer a família. E deixam sozinhos os pequenos e os jovens. Já como bispo de Buenos Aires senti o sentido de orfandade que vivem os jovens; muitas vezes eu perguntava aos pais se brincavam com os seus filhos, se tinham a coragem e o amor de perder tempo com os filhos. E a resposta era ruim, na maioria dos casos: “Mas, não posso, porque tenho tanto trabalho…” E o pai era ausente daquele filho que crescia, não brincava com ele, não, não perdia tempo com ele.
Ora, neste caminho comum de reflexão sobre família, gostaria de dizer a todas as comunidades cristãs que devemos ser mais atentos: a ausência da figura paterna na vida dos pequenos e dos jovens produz lacunas e feridas que podem ser também muito graves. E, de fato, os desvios de crianças e de adolescentes podem, em boa parte, ser atribuídos a esta falta, à carência de exemplos e de guias autoritárias em suas vidas de cada dia, à carência de proximidade, à carência de amor por parte dos pais. O sentido de orfandade que tantos jovens vivem é mais profundo que aquilo que pensamos.
São órfãos na família, porque os pais muitas vezes são ausentes, mesmo fisicamente, da casa, mas sobretudo porque, quando estão ali, não se comportam como pais, não dialogam com os seus filhos, não cumprem o seu papel educativo, não dão aos filhos, com o seu exemplo acompanhado de palavras, aqueles princípios, aqueles valores, aquelas regras de vida de que precisam como precisam do pão. A qualidade educativa da presença paterna é tanto mais necessária quanto mais o pai é obrigado pelo trabalho a estar distante de casa. Às vezes parece que os pais não sabem bem qual posto ocupar na família e como educar os filhos. E, então, na dúvida, se abstém, se retiram e negligenciam suas responsabilidades, talvez refugiando-se em uma improvável relação “em pé de igualdade” com os filhos. É verdade que você deve ser “companheiro” do teu filho, mas sem esquecer que você é o pai! Se você se comporta somente como um companheiro em pé de igualdade com o filho, isto não fará bem ao menino.
E vemos este problema também na comunidade civil. A comunidade civil, com as suas instituições, tem uma certa responsabilidade – podemos dizer paterna – com os jovens, uma responsabilidade que às vezes negligencia ou exerce mal. Também essa muitas vezes os deixa órfãos e não propõe a eles uma verdade de perspectiva. Os jovens permanecem, assim, órfãos de caminho seguros a percorrer, órfãos de mestres em quem confiar, órfãos de ideais que aquecem o coração, órfãos de valores e de esperanças que os apoiam cotidianamente. São preenchidos, talvez, por ídolos, mas se rouba o coração deles; são impelidos a sonhar com diversão e prazer, mas não se dá a eles o trabalho; são iludidos com o deus dinheiro, e se nega a eles as verdadeiras riquezas.
E então fará bem a todos, aos pais e aos filhos, escutar novamente a promessa que Jesus fez aos seus discípulos: “Não vos deixarei órfãos” (Jo 14, 18). É Ele, de fato, o Caminho a percorrer, o Mestre a escutar, a Esperança de que o mundo pode mudar, que o amor vence o ódio, que pode haver um futuro de fraternidade e de paz para todos. Alguém de vocês poderá me dizer: “Mas, padre, hoje o senhor foi muito negativo. Falou somente da ausência dos pais, o que acontece quando os pais não são próximos aos filhos…” É verdade, quis destacar isso, porque na quarta-feira que vem prosseguirei esta catequese colocando o foco na beleza da paternidade. Por isso escolhi começar pelo escuro para chegar à luz. Que o Senhor nos ajude a entender bem estas coisas. Obrigado.”

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

MÃE! SEMPRE... A MÃE!



Mãe, sempre a mãe! Mas também sempre o pai, não nos enganemos!
A mãe, sempre dá vida, é a senhora da vida, que aconchega a vida no seu seio! Mesmo quando não quer ser mãe a sério e chega mesmo a deitar fora os filhos, o primeiro aconchego da vida do filho pertence à mãe!
Costuma-se dizer que pai não é quem faz mas quem cria! Mas a mãe sempre cria! O seu corpo dá tudo ao corpo do seu filho!
A mãe sofre com o nascimento do filho, e tudo suporta com amor! E alimenta, cria, aconchega, dá carinho, ternura, está perto!
Mas a mãe não poderá nunca estar só! Daí que o pai é urgente e necessário na família, para aconchegar a todos, para dar solidez, coragem, força, ver o que está mais ou menos certo, e, com carinho e ternura, cortar a direito, tentar endireitar caminhos para que tudo esteja bem, para que a família esteja bem acomodada.
A mãe tem umas capacidades… o pai tem outras! A criança, menino ou menina, tem de ter consigo tudo o necessário para crescer equilibrada e feliz, pelo que necessita do pai/homem e da mãe/mulher, cada qual como são e com tudo o que são!
 Foi assim no princípio… e não adiantará muito querermos mudar as coisas ao nosso jeito de seres humanos cheios de quereres e saberes, porque acabaremos por estragar tudo o que foi pensado e feito com tanto carinho por quem nos cuida a cada segundo da existência.
Todos sabemos que há crianças nascidas em famílias normais que não têm o mínimo de nada, além de faltar muitas vezes o pão e o calor imprescindíveis à vida física, não têm valores morais nem humanos ou outro desenvolvimento capaz de os tornar homens e mulheres a integrar uma sociedade minimamente feliz, mas não será por isso que os princípios orientadores da família devam mudar. Devemos, sim, dar mais atenção aos jovens para que, quando cheguem ao casamento ou  Matrimónio ou seja lá o que for, estejam minimamente preparados!
E isso não é tarefa de mães, mas de mães, pais, avós, tios, primos, sociedade em geral!
As pessoas não são apenas o que nasceram ou aprenderam em miúdos ou jovens, são também tudo aquilo que vão assimilando da sociedade em que estão integradas!
No respeito pelas liberdades de cada um, a bem das nossas famílias e das nossas crianças, façamos o que estiver ao nosso alcance para que haja mais solidez na vida alicerçada no solidariedade, amor, carinho, ternura, atenção, aconchego, pão e paz!

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

REVER... PARA QUÊ!



 
Pensando um pouco na minha última postagem em que realço o comportamento que muito me agrada em alguns (dois) padres que eu conheço, quero recordar também  umas frases que o Papa Francisco diz ter lido algures acerca dos sacerdotes:
 “Uma vez eu li que os sacerdotes são como os aviões: são notícia só quando caem, mas há muitos que voam. Muitos os criticam e poucos rezam por eles. É uma frase muito interessante, que descreve a importância e a delicadeza do nosso serviço sacerdotal e o quanto um sacerdote que cai pode causar estrago em todo o corpo da Igreja”.
Ora, se sabemos tão bem a importância dos sacerdotes, padres, nas nossas vidas em geral, temos, necessariamente, de rezar por eles, pois ocupando um lugar tão importante na vida social não deixam de ser pessoas como nós sujeitas às mesmas tentações e às mesmas más atitudes! São homens como nós, pessoas humanas, e que dada a sua importância na sociedade acabam por ser ainda muito mais tentados do que nós. Então... porque dar tanta importância às asneiras que, por qualquer razão, acabam por fazer?!... Asneiras que, ao fim e ao cabo, acabam por ser as que qualquer um de nós faz?!...
Se tivéssemos a coragem de olhar bem para nós... para o nosso interior... para o que somos e fazemos em toda e qualquer circunstância... certamente não teríamos a coragem de olhar para o comportamento de quem quer que fosse!
É hora de rever! Rever a nossa vida! Os nossos pensamentos, comportamentos, atitudes! O que fazemos na realidade! O que somos e não o que queremos ser... ou aparentaremos ser!
É hora de rever... para compreendermos melhor a nós mesmos e aos outros! É hora de rever... para melhorar compreendendo e actuando de acordo com o que somos, o que temos, o que fazemos... e o que queremos dos outros, certos de que só poderemos exigir o que quer que seja de nós mesmos!
Aos outros, sejam eles quem forem, só poderemos ajudar, rezando, pedindo, aceitando, confortando, compreendendo e fazendo compreender!
Ainda assim, podemos fazer muito para o bem-estar de toda a gente!
O tempo urge! Mãos à obra!