terça-feira, 31 de dezembro de 2013
PARA VIVER O NATAL TODOS OS DIAS!
Os
anjos no Presépio de Belém cantaram: «Glória a Deus nas alturas e paz na
terra aos homens por Ele amados» (Lc 2, 14).
Os
anjos são os mensageiros que nos vieram trazer a mensagem de Deus! Assim, o
Natal chama-nos a dar glória a Deus, porque Ele é bom, fiel, compassivo e
misericordioso. Que o Senhor nos ajude a todos a dar glória a Deus, não só a
adorá-l’o e a louvá-l’O, mas, antes e
acima de tudo, com o viver no AMOR, a gastar a vida por amor a Deus e aos
irmãos.
O
Natal chama-nos a viver em Paz, não naquela paz que se consegue com um
equilíbrio entre forças e num acabar de guerras e concertar de divisões, mas a
que se consegue num compromisso de viver em paz todos os dias connosco próprios
e com quem connosco convive, o que só será possível a partir do dom da graça
que Deus nos dá por Jesus Cristo.
Para
dar glória a Deus e ajudar a fazer a Paz na terra, temos de lembrar as crianças
vítimas das guerras, os idosos, as mulheres maltratadas, os doentes... tudo o
que causa o sofrimento e incompreensão que fere tantos corpos, almas e
corações! Temos de pedir a paz para o povo sírio, para a República
Centro-Africana, para o povo Sudanez, Nigeriano, Israelita, Palestiniano,
Iraquiano… para todo o povo de todo o mundo.
Temos
de recordar e pedir pelas pessoas perseguidas por seguirem Jesus, pelos
emigrantes que deixam as suas terras na busca de melhor vida, pelos governantes
para que governem com justiça e equidade, pelos ricos de bens materiais para
que se lembrem de repartir com os pobres ou a criar condições que os ajudem a
ganhar o necessário para viver, e pedir também pelos pobres para que não se
deixem aniquilar e se esforcem por encontrar formas de ganhar o suficiente para
poderem viver com dignidade.
É
maravilhosa a oração do Papa Francisco na sua Mensagem Urbi et Orbi deste
Natal, que passo a referir, retirada de Zenit:
“Vós, Senhor da vida, protegei todos
aqueles que são perseguidos por causa do vosso nome. Dai esperança e conforto
aos deslocados e refugiados, especialmente no Corno de África e no leste da
República Democrática do Congo. Fazei que os emigrantes em busca duma vida
digna encontrem acolhimento e ajuda. Que nunca mais aconteçam tragédias como
aquelas a que assistimos este ano, com numerosos mortos em Lampedusa.
Ó Menino de Belém, tocai o coração de todos
os que estão envolvidos no tráfico de seres humanos, para que se dêem conta da
gravidade deste crime contra a humanidade. Voltai o vosso olhar para as
inúmeras crianças que são raptadas, feridas e mortas nos conflitos armados e
para quantas são transformadas em soldados, privadas da sua infância.
Senhor do céu e da terra, olhai para este
nosso planeta, que a ganância e a ambição dos homens exploram muitas vezes
indiscriminadamente. Assisti e protegei quantos são vítimas de calamidades
naturais, especialmente o querido povo filipino, gravemente atingido pelo
recente tufão.”
Agora…
repitamos para nós mesmos as palavras que O Santo Padre, também na sua Mensagem
Urbi et Orbi, nos dirigiu:
“Queridos irmãos e irmãs, hoje, neste
mundo, nesta humanidade, nasceu o Salvador, que é Cristo Senhor. Detenhamo-nos
diante do Menino de Belém. Deixemos que o nosso coração se comova: não tenhamos
medo disso. Não tenhamos medo que o nosso coração se comova! Precisamos que o
nosso coração se comova. Deixemo-lo abrasar-se pela ternura de Deus; precisamos
das suas carícias. As carícias de Deus não fazem feridas: as carícias de Deus
dão-nos paz e força. Precisamos das suas carícias. Deus é grande no amor; a
Ele, o louvor e a glória pelos séculos! Deus é paz: peçamos-Lhe que nos ajude a
construí-la cada dia na nossa vida, nas nossas famílias, nas nossas cidades e nações,
no mundo inteiro. Deixemo-nos comover pela bondade de Deus.”
Senhor
Jesus! Ajuda-nos a viver em NATAL todos os dias, para que no mundo haja
verdadeiro amor e paz, a raiz de toda a compreensão e felicidade!
domingo, 29 de dezembro de 2013
SAGRADA FAMÍLIA DE NAZARÉ
Foi na Sagrada Família
de Nazaré que Jesus nasceu, para exemplificar com a Sua vida a forma como
devemos viver de acordo com a vontade de Deus Pai!
Neste tempo em que a
instituição familiar passa por um sem número de problemas angustiantes, podemos
ter sempre os olhos postos na Sagrada Família de Nazaré. Não lhe faltaram
problemas, mas porque Maria sempre foi solicita em fazer a vontade de Deus e
São José, homem de fé e amor profundo, esteve sempre atento, tanto à voz de
Deus e às Suas inspirações como às necessidades de Maria e do Menino, tudo
decorreu como Deus tinha anunciado pelos Profetas!
Foi o enorme amor e
dedicação mútuos de Maria e José e os imensos cuidados que ambos dedicavam a
Jesus que fizeram deles um exemplo para todos nós!
Em pleno tempo de Natal,
que o Espírito Santo nos ajude a fixarmo-nos na luz suave saída da Gruta de
Belém para iluminar todos os povos de todo o mundo através de todos os tempos!
Que a chama da fé se
avive cada vez mais em nossa vida e o Amor de Deus e a Sua ternura infinita
abrase cada vez mais os nossos pobres corações, e que o Senhor nos dê a graça
de abrirmos cada vez mais os nossos corações à luz e doçura suave do Seu Amor,
de modo a que cada vez mais famílias possam seguir o melhor possível o exemplo
da Sagrada Família de Nazaré!
Jesus, Maria e José,
Rogai por nós!
sexta-feira, 27 de dezembro de 2013
OITAVA DE NATAL!
Depois de ler várias vezes, não
resisto a partilhar por inteiro, retirada de Zenit. São palavras simples saídas
da boda do chefe supremo da Igreja católica, e que dizem muito a toda a
humanidade, principalmente aos batizados que, unidos a Jesus Cristo,
formam a Igreja Católica.
“Queridos irmãos e irmãs,
Vocês não têm medo da chuva, são bravos!
A liturgia prolonga a Solenidade do Natal
por oito dias: um tempo de alegria para todo o povo de Deus! E neste segundo
dia da oitava, na alegria do Natal se insere a festa de Santo Estêvão, o
primeiro mártir da Igreja. O livro dos Atos dos Apóstolos o apresenta como
“homem cheio de fé e do Espírito Santo” (6, 5), escolhido com outros seis para
o serviço às viúvas e aos pobres na primeira comunidade de Jerusalém. E nos
conta o seu martírio: quando, depois de um discurso inflamado que suscitou a
ira dos membros do Sinédrio, foi arrastado para fora da cidade e apedrejado.
Estêvão morre como Jesus, pedindo o perdão pelos seus assassinos (7, 55-60).
No clima alegre do Natal, esta comemoração
poderia parecer fora de contexto. O Natal, na verdade, é a festa da vida e nos
infunde sentimentos de serenidade e de paz; por que perturbar seu encanto com a
recordação de uma violência tão atroz? Na realidade, na ótica da fé, a festa de
Santo Estêvão está em plena sintonia com o significado profundo do Natal. No
martírio, de fato, a violência é vencida pelo amor, a morte pela vida. A Igreja
vê no sacrifício dos mártires seu “nascimento ao céu”. Celebramos, então, hoje
o “natal” de Estêvão, que em profundidade nasce do Natal de Cristo. Jesus
transforma a morte de quantos o amam em aurora de vida nova!
No martírio de Estêvão se reproduz o mesmo
confronto entre o bem e o mal, entre o ódio e o perdão, entre a brandura e a
violência, que teve o seu ponto alto na Cruz de Cristo. A memória do primeiro
mártir vem assim, imediatamente, dissolver uma falsa imagem do Natal: a imagem
“mágica” e “adocicada”, que no Evangelho não existe! A liturgia nos leva ao
sentido autêntico da Encarnação, ligando Belém ao Calvário e recordando-nos que
a salvação divina implica a luta ao pecado, passa pela porta estreita da Cruz.
Este é o caminho que Jesus indicou claramente aos seus discípulos, como atesta
o Evangelho de hoje: “Vós sereis odiados por todos, por causa do meu nome. Mas
quem perseverar até o fim, esse será salvo” (Mt 10, 22).
Por isso hoje rezemos de modo particular
pelos cristãos que sofrem discriminações por causa do seu testemunho dado de
Cristo e do Evangelho. Sejamos próximos a estes irmãos e irmãs que, como santo
Estêvão, são acusados injustamente e feitos objeto de violências de vários
tipos. Estou certo de que, infelizmente, são mais numerosos hoje que nos
primeiros tempos da Igreja. Há tantos! Isto acontece especialmente lá onde a
liberdade religiosa ainda não é garantida ou não é plenamente realizada. Acontece,
porém, também em países e ambientes que, no papel, protegem a liberdade e os
direitos humanos, mas onde de fato os crentes e, especialmente os cristãos,
encontram limitações e discriminações. Eu gostaria de pedir para vocês rezarem
pos estes irmãos e irmãs um instante em silêncio [...] E os confiemos à Nossa
Senhora (Ave Maria…).
Para o cristão, isso não causa surpresa,
porque Jesus já o havia preanunciado como ocasião propícia para dar testemunho.
Todavia, na esfera civil, a injustiça deve ser denunciada e eliminada.
Maria Rainha dos Mártires nos ajude a viver
o Natal com aquele ardor de fé e de amor que brilha em Santo Estêvão e em todos
os mártires da Igreja.”
Mais palavras… para quê! Senhor Jesus, nós Te pedimos, aumenta a nossa pouca fé, ajuda-nos a viver bem o Natal, tal como Tu desejas, e a sonharmos com o nosso verdadeiro natal, aquele em que, definitivamente, pela Tua infinita Misericórdia, seremos recebidos por Ti na Eterna Glória que nos ganhastes!
Que sempre sejas louvado!
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