quarta-feira, 11 de dezembro de 2013
NECESSITAMOS APRENDER!
Faz
tempo que me preocupo demais com o tipo de vida que leva a enorme maioria dos
que se dizem cristãos, e acima de tudo dos que nas igrejas tem cargos
específicos e olham pelas atividades que as paróquias necessitam, que são uma
espécie de “faz tudo” e não acreditam que haja quem os substitua! Talvez se
julguem mais importantes que os demais, ou então ainda pensem que o “ser
cristãos” faz as pessoas melhores do que as outras! Sei
lá! E não dá para entender se é culpa dos padres se dos fregueses!
E há
ainda outra questão que também m preocupa, são os que participam assiduamente
nas cerimónias litúrgicas e no final saem das igrejas a falar mal de tudo e de
todos principalmente dos Padres… e em qualquer lado passam a vida a denegrir inimigos,
amigos, desconhecidos, conhecidos… nada nem ninguém fica de fora!
A
esta parte lembro palavras do Papa Francisco, de não sei quando, mas que pela sua
enorme importância guardei para lembrar e vivenciar:
“Aquele que "entra na vida cristã tem
exigências superiores às dos outros; não tem vantagens superiores".”
“No tema da relação negativa com os irmãos.
Quem fala mal dos outros, diz Jesus, "merece o inferno". Se no seu
coração existe "algo de negativo" no tocante ao seu irmão, então
"existe algo que não funciona. Você tem que se converter, tem que
mudar". E mais: "A ira é um insulto contra o irmão, é algo que o mata.
Existe uma certa "criatividade maravilhosa" para inventar
qualificativos: "Quando esse apelido é amistoso, tudo bem; o problema é
quando existe o outro tipo de apelidos, quando acontece o mecanismo do insulto,
uma forma de denegrir os outros.”
“Não há necessidade de consultar um
psicólogo para saber que quando você denigre o outro é porque você mesmo não
consegue crescer e precisa que o outro seja rebaixado para você se sentir
alguém. E este é um mecanismo feio. Jesus, com toda a simplicidade, afirma:
‘Não falem mal uns dos outros. Não se denigram, não se desqualifiquem’. E isto,
porque, no fim das contas, nós estamos todos caminhando pela mesma estrada,
todos seguimos esse caminho que nos levará até o final. Portanto, se não
caminhamos de um jeito fraterno, vamos todos acabar mal: aquele que insulta e
aquele que é insultado. Se você não é capaz de dominar a língua, você se perde.
Além disso, a agressividade natural, aquela que Caim teve contra Abel, se
repete ao longo da história. Não é que sejamos maus, somos frágeis e pecadores.
Por isso, é muito mais fácil tentar arrumar uma situação com um insulto, com
uma calúnia, com uma difamação, do que solucioná-la por bem. Eu queria pedir ao
Senhor, para todos nós, a graça de prestar mais atenção à língua, àquilo que
nós dizemos dos outros. É ‘uma pequena penitência’, mas dá bons resultados.”
“Às vezes “ficamos com fome” ao nos abster
de comentários sobre o próximo e pensamos: “Que pena que eu não experimentei
aquele gosto de um delicioso comentário sobre o outro”... Mas no fim, “essa
fome frutifica e nos faz bem”. Por isso, temos que pedir ao Senhor esta graça:
adaptar a nossa vida “a esta nova lei, que é a lei da mansidão, a lei do amor,
a lei da paz, e pelo menos 'podar' um pouco a nossa língua, ‘podar’ um pouco os
comentários que fazemos sobre os outros e as explosões que nos levam ao insulto
e à ira fácil. Que Deus conceda esta graça a todos nós!”.
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