sexta-feira, 26 de agosto de 2016
EU SOU UM COPO – COPO VAZIO
Um
copo cheio não leva mais nada, ainda que necessitemos de colocar nele mais
líquido. Para que leve mais líquido teremos que o esvaziar, que retirar dele
uma parte do líquido que contém.
Eu
já fui um como cheio, que sabia tudo, que fazia tudo, que via os outros
inferiores a mim porque eu era a maior.
E
todas as coisas más que me aconteciam era sempre por culpa de alguém. Alguém
que não tinha nada a ver com nada, eu é que tinha de aprender a viver com tudo
o que me rodeava.
A
infelicidade era enorme, pois uma pessoa tão importante o que tinha é de ser
cortejada, o que, de facto, não acontecia.
O
rodar dos dias era insuportável, pois não me sentia amada por ninguém e isso
arrasava-me. Até que um dia, sentada
numa cadeira frente a um homem que bem podia ser meu filho, vazia de palavras e
com os olhos cheios de água ouvi muito serenamente, depois de dizer que queria
voltar ao passado:
‘Ui,
que é isso? Eu não quero saber nada, mas voltar ao passado, não. O passado já
foi. Tem que ser melhor do que já foi, e não estar triste com nada. Deus ama-a
muito assim como você é. O que lá vai, lá vai. Deus não é como nós, perdoa e
esquece. E só quer que seja feliz.’
Este
foi o ponto crucial da conversa que me deu volta à vida, que esvaziou o meu ‘copo
cheio’ onde começou a cair toda a aprendizagem necessária à minha mudança de
atitudes e a fazer de mim o que hoje sou que, longe de ser perfeita, com
atitudes boas e menos boas, vou tentando crescer a cada dia um pouco mais,
interessar-me a cada instante um pouco mais pela felicidade de quem me rodeia,
ajudar a cada instante um pouco mais a quem precisa, se mais não for, com uma
pequena oração, em suma, a praticar a caridade que Nosso Senhor Jesus Cristo
nos disse que praticasse.
Eu
não queria de forma alguma dizer isto, mas, de facto, é um outro lado de vida
que muitos necessitarão saber para procurar também fortificar e dar mais voz a
esse lado de vida que toda a gente tem.
Senhor
Jesus, obrigada por tudo quanto fazes por mim todos os dias. Ajuda com a tua
Divina Graça todos os meus queridos amigos e amigas a quem desejo o melhor da
vida que és Tu. E ajuda, Senhor, também, todas as pessoas que necessitam
abrir-se à Tua vontade que encanta e vivifica.
Desculpa
a crítica, Senhor! Mas se tivesses feito com toda a gente o que tens feito
comigo o relacionamento do mundo estaria bem melhor, porque, de facto, Tu és o
verdadeiro caminho da vida do mundo.
Abençoa-nos,
Senhor, e faz de nós copos vazios prontos a ser cheios com as Tuas Graças.
HN
quarta-feira, 24 de agosto de 2016
O DISCÍPULO AMADO!
Em
pleno Ano de Misericórdia, faz-nos muito bem pensar mais um pouco na fé e no amor
Fala-se
muito em fé, no acreditar em algo ou alguém que nos mereça confiança. Mas
muitas vezes esquecemos que a fé é uma relação.
E
quando se fala em Fé em Deus, mais ainda!
Não
basta Jesus gostar muito de nós, como sempre gosta, em qualquer condição, acreditemos
ou não; mas também é preciso nós gostarmos muito de Jesus.
Humanamente
falando, nunca iremos atrás de uma pessoa sem a conhecermos minimamente. E
assim sendo, é bem claro que para gostarmos muito de Jesus temos que O conhecer
e seguir cada vez mais e melhor. E para isso, precisamos de um ambiente
adequado. Daí as pessoas procurarem encontros com pessoas que têm os mesmos
gostos e que muitas vezes se encontram em lugares habituais para troca de
experiências e nas igrejas para oração comunitária.
Agora…
o discípulo amado de que fala o Evangelho!
Na
Última Ceia, no Evangelho de São João, aparece reclinado sobre o peito de
Jesus.
E
aparece mais vezes como discípulo amado ou outro discípulo.
Mas…
quem é o discípulo amado não é muito importante. É uma figura teológica.
Se
Deus é Amor e Jesus é o “retrato chapado do Pai”… não há ninguém não amado, não
há discípulo que seja não amado.
O
discípulo amado é uma pessoa que ama Jesus, que tem um ambiente de amizade com
Jesus, que permite o encontro pessoal com Jesus.
Corre
mais rápido porque é amor… e o amor está sempre no início de tudo… pois quem
ama chega primeiro.
O
discípulo amado chega e começa a acreditar e a entrar cada vez mais
profundamente na vida de Jesus. Jesus, por Sua vez, vai alterando cada vez mais
a vida total do discípulo, transformando-o, tornando as atitudes do discípulo
cada vez mais parecidas as Suas próprias atitudes.
O
discípulo amado terá sido Simão Pedro? Terá sido João? As mulheres que O
seguiam? A Sua própria Mãe?...
Não
sabemos quem foi!… O discípulo amado foi alguém que amou até perder o nome...
mas
está ao nosso alcance sermos nós próprios, cada um ou uma de nós, o discípulo
amado, vivendo como ponto de encontro e comunhão, tornando-se ambiente de
Revelação ao mostrar Jesus numa amizade verdadeira e amor concreto vividos em
comunidade que nos dão ambiente para
reconhecermos Jesus Ressuscitado!
Viver
de forma a que se possa pensar de cada um ou uma de nós: é Ele – por as nossas acções
serem, de facto, uma imagem das acções de Jesus!
Então…
o discípulo amado é o que está perto de Jesus, que põe o pé no amor verdadeiro
à maneira de Jesus, que está perto de toda a gente como Jesus estava, que
acompanha de perto toda a gente como Jesus acompanhava, em suma, que vive à
maneira de Jesus, como Jesus viveu.
HN
sexta-feira, 19 de agosto de 2016
ANO SANTO DA MISERICÓRDIA!
Não
sei o que se passa com as outras pessoas, mas quando este Ano Santo foi
anunciado nunca imaginei o quanta mudança iria conseguir na minha vida.
Até
agora, porque ainda não sei o que poderá aparecer por aí, Deus o sabe!
Normalmente,
quando enveredamos por um caminho desconhecido nunca saberemos onde nos poderá
levar, mas quando temos a certeza de que Deus vai no controle não temos medo e
a única preocupação que podemos ter é a atenção a tudo quanto está ao nosso
alcance para levar a bom termo o que o Senhor quererá de nós!
Nada
disto é difícil. Difíceis somos nós que temos momentos de desânimo e desalento,
de olhar demais para as nossas fraquezas e debilidades e menos para a
Misericórdia infinita de Deus que nos ama como somos, por inteiro!
Obras
de Misericórdia, todos as conhecíamos, mas a verdadeira profundidade delas, eu,
propriamente, o que conhecia não passava de uma pequena parte.
Tantas
graças à nossa disposição, tantos Santuários Jubilares de portas abertas para
nos receber, dos quais tantas vezes passamos à porta sem pelo menos os olhar
com a veneração que lhe devemos!
Cada
dia que passa me sinto mais ignorante acerca do que mais me fascina, o conhecimento
da Misericórdia de Deus para connosco!
O
pensar um pouquinho mais profundamente no pouco que sei d’Essa infinita Misericórdia
leva-me a olhar as pessoas de uma forma muito diferente valorizando-as muito
mais em si mesmas sem olhar às suas atitudes, que podem até ser menos boas, mas
pelas mais diversas razões que muitas vezes não conseguem desvendar, ver em
profundidade, agindo numa quase total ignorância ou mesmo no mais puro engano.
Perante
todo este sentimento… o que poderemos fazer perante tanta maldade praticada
pelo mundo?
Antes
de tudo tentar a todo o custo praticar o bem, ser exemplo de entendimento paz e
fraternidade, e rezar muito para que uns consigam aturar com mais paciência as
maldades e outros deixem de as praticar tão drasticamente.
Dizer
isto poderá parecer fácil e descabido, mas quando o coração dói sem nada mais poder
fazer, resta apenas partilhar sentimentos e vida, quem sabe, a dor de uns possa
ajudar os outros a sofrer um pouco menos.
Que
o Ano Santo da Misericórdia continue a espalhar Amor entre todos os homens e
mulheres ávidos de felicidade!
Que
o Espírito Santo nos ajude!
HN
quarta-feira, 17 de agosto de 2016
SINAIS DE MISERICÓRDIA!
Se a Justiça de Deus é
Misericórdia e Perdão, que bela seria a humanidade se conseguisse pelo menos
tentar praticar esta ditosa justiça.
Algumas belíssimas expressões do
Santo Padre:
“«o mundo
precisa de pessoas que sejam «sinais de misericórdia»”
“a vida da Igreja Católica e de cada cristão tem de ser marcada
pela permanente atenção e serviço aos outros, como “sinais visíveis da
misericórdia de Deus”.
“ seguir Cristo implica abraçar a causa de “não deixar ninguém na
solidão ou na necessidade”. É ser “instrumento de comunhão na família, no
trabalho, na paróquia, nos diversos grupos de pertença (…) porque esta comunhão
é a vida para todos”.
“Esta “estrada” que cada crente é convidado a percorrer, de
“participar na compaixão de Deus”, é proposto todos os dias, no partir do pão
da eucaristia.
“A comunidade cristã nasce e renasce continuamente desta comunhão
eucarística. O corpo e sangue de Jesus oferecidos dão forma à identidade de
cada cristão e de cada comunidade. O pão eucarístico nutre e dá nova força ao
nosso serviço.”
O significado de “comunidade cristã” é “viver em comunhão com
Cristo” e em “relação com os homens e mulheres deste tempo”, para aí ser “um
sinal concreto da misericórdia e da atenção de Cristo”.
A reflexão desta audiência pública… foi inspirada na passagem
bíblica do milagre da multiplicação dos pães, em que Jesus a partir de cinco
pães e dois peixes alimentou uma multidão de pessoas, com os seus discípulos.
Tal como fez neste relato do Evangelho, Jesus continua hoje
empenhado a “encher o coração, a vida” de todas as pessoas, sobretudo as mais
necessitadas, “com o seu amor, o seu perdão, a sua compaixão”.
‘Ao mesmo tempo, assim como chamou os discípulos a distribuírem
alimento à multidão faminta, também neste tempo continua a convocar cada
cristão “a fazer este serviço pelos outros”.’
“Quando Jesus perdoa os teus pecados, te abraça, te ama, nunca o
faz pela metade, dá tudo, todos ficam saciados”.”
Jesus, o todo poderoso,
o infinito, entrega-Se todo, dá-Se todo, perdoa tudo, escuta tudo, atende tudo,
compreende tudo, aceita todo o nosso esforço…
E nós, o que fazemos com
os irmãos que nos rodeiam? Como nos comportamos com as suas fraquezas? Será que
estamos a aprender a ser um pouco mais ‘Misericordiosos como o Pai’?
O esforço do querer mudar
é tudo quanto necessitamos, porque o Espírito Santo de Deus fará o resto!
HN
terça-feira, 16 de agosto de 2016
Ser “COMO ESTA CRIANÇA…”
Foi
esta a gravura de ilustração que na altura entendi melhor para a minha postagem
anterior, o que, pouco depois, achei errado e vou dizer porquê.
O
Menino Jesus está muito bonitinho, muito celestial, mas muito fora de uma
criança dita normal com dificuldades normais de uma qualquer criança.
É
assim que costumamos ver as estampas do Menino Jesus, uma criança muito calma,
tranquila, de olhos azuis recheados de doçura e uns maravilhosos e ondulados cabelos
louros!
Mas…
esta foi a imagem com que os povos europeus O foram coroando, porque o
desenrolar dos acontecimentos da Sua vida diz-nos muito francamente que deve
ter sido uma criança bem forte e determinada… e que… bem vistas as coisas, não deve
ter nada a ver com este físico de pessoa em nada condizente com a raça judia de
onde nos chegou.
E
há imagens de um Menino Jesus preto… avermelhado… e está tudo muito bem pensado!
É
muito claro que o Menino Jesus não pode ter raça ou cor determinadas, uma vez
que tende a ser a imagem perfeita de todas as raças e de todas as cores, pois
se assim não fosse, não nos poderia ser apresentado como – a célebre ‘CRIANÇA’
que todas as pessoas devem tentar a todo o custo imitar na sua vida de todos os
segundos.
Claro
que não se trata do Menino Jesus ‘criança’, mas da esplendorosa ‘criança’ que
Jesus sempre foi em todos os momentos da Sua existência repleta de curiosidade,
meiguice, ternura, atenção, compreensão, carinho, aceitação, dádiva, presença…
e tudo o mais inimaginável e impossível de descrever nas nossas palavras simplesmente
humanas.
Conservando
em mim a tristeza dos dolorosos incêndios que têm assolado as redondezas do
nosso meio ambiente natural, uma ideia se me vai incessantemente firmando na
memória da mente e do coração: se de facto, no mais profundo dos nossos
corações existir um pequenino foco de incêndio do verdadeiro amor que Jesus
Cristo afirmou querer incendiar sobre a Terra.
Deixar
tudo para seguir este Amor é quanto nos é pedido todos os dias.
Deixar
tudo… abandonar tudo…
Tudo…
o que não nos deixa amar como devemos e que muitas vezes, nem sequer disso nos
apercebemos, está bem dentro de nós, no nosso egocentrismo, na nossa vontade
torcida e voltada para as próprias satisfações pessoais e esquecida das
necessidades de todos os irmãos que a rodeiam.
O
mais difícil de abandonar, sem sombra de dúvida, é o nosso eu, para o por ao
serviço dos irmãos tal como Jesus, a eterna e maravilhosa ‘criança’ sempre se
pôs ao serviço da vontade do Pai/Deus.
Que
o Espírito Santo nos ajude a sermos sempre bons imitadores d’Essa admirável ‘criança’!
HN
segunda-feira, 15 de agosto de 2016
Ser ‘COMO “ESTA” CRIANÇA’!
Desde
sempre me fez muita preocupação esta passagem do Evangelho em que Jesus nos
incita a sermos como crianças. Então, qualquer esclarecimento, por simples e
pequeno que seja, me faz prestar-lhe a maior atenção.
De
São Máximo de Turim chegaram-me estas palavras:
“Diz o Senhor aos
apóstolos, homens feitos e maduros: «Se não voltardes a ser como esta criança,
não podereis entrar no Reino do Céu» (Mt 18,3; cf v.4). […] Incita-os assim a
reencontrar a infância […] para que possam renascer pela inocência do coração;
pois «quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no Reino de Deus»
(Jo 3,5).
«Se não voltardes a ser como esta criança»: Ele não diz «estas crianças», mas «esta criança»; delas, Ele escolhe uma apenas, propõe uma só. E quem é essa criança que Ele dá como exemplo aos discípulos? Não creio que seja uma criança do povo, da multidão dos homens, quem ofereça aos apóstolos um modelo de santidade para o mundo inteiro. Não, não creio que essa criança venha do povo, mas do céu. Trata-se daquela criança vinda do céu de que nos fala o profeta Isaías: «Um menino nasceu para nós, um filho nos foi dado» (Is 9,5). É esse Menino inocente, que ao insulto não responde com o insulto, nem à agressão com a agressão – bem mais ainda: é Aquele que, na própria agonia, reza pelos inimigos: «Perdoa-lhes, Pai, porque não sabem o que fazem» (Lc 23,34). Assim, na sua graça insondável, o Senhor transborda dessa inocência do coração que a natureza dá às crianças. Ele é essa criança que pede aos pequeninos que O imitem e que O sigam.”
«Se não voltardes a ser como esta criança»: Ele não diz «estas crianças», mas «esta criança»; delas, Ele escolhe uma apenas, propõe uma só. E quem é essa criança que Ele dá como exemplo aos discípulos? Não creio que seja uma criança do povo, da multidão dos homens, quem ofereça aos apóstolos um modelo de santidade para o mundo inteiro. Não, não creio que essa criança venha do povo, mas do céu. Trata-se daquela criança vinda do céu de que nos fala o profeta Isaías: «Um menino nasceu para nós, um filho nos foi dado» (Is 9,5). É esse Menino inocente, que ao insulto não responde com o insulto, nem à agressão com a agressão – bem mais ainda: é Aquele que, na própria agonia, reza pelos inimigos: «Perdoa-lhes, Pai, porque não sabem o que fazem» (Lc 23,34). Assim, na sua graça insondável, o Senhor transborda dessa inocência do coração que a natureza dá às crianças. Ele é essa criança que pede aos pequeninos que O imitem e que O sigam.”
Gostei
muito... muito mesmo!
Jesus
é a “criança” que devemos imitar! “Criança”
doce, amorosa, presente, activa, interessada, prestativa... não sei mais que
dizer... porque “desta” criança tudo quanto é
bom se pode dizer, se pode ter como exemplo.
Exemplo
tão antigo, e sempre novo, a cada instante que passa!
Neste
Ano Santo da Misericórdia, a aprendizagem a empreender é muita, numa caminhada
humana em que a misericórdia nem sempre está presente, muito pelo contrário. Mas
ainda assim, o nosso dever de cristãos é ir aprendendo aos pouquinhos, com
avanços e recuos, a ser ‘Misericordiosos como o
Pai’, bem a maneira de Jesus.
Agora,
e ainda a esta parte, mais um maravilhoso ensinamento nestas palavrinhas do
Apolónio, muito actuais:
“ "MEDIR
COMO GOSTARÍAMOS DE SER MEDIDOS"
Devemos ter o cuidado de não sermos implacáveis nos nossos julgamentos. A mesma medida pode ser usada um dia a nosso respeito.
O melhor é não julgar e não condenar impiedosamente.
Lembremos que a misericórdia deve nortear a nossa vida. O que está errado por si só se destrói, basta que não encontre espaço em nosso coração.
O amor corrige, orienta e dá bons conselhos, ele só usa a medida da misericórdia que analisa o outro pelo seu potencial para o bem.”
Devemos ter o cuidado de não sermos implacáveis nos nossos julgamentos. A mesma medida pode ser usada um dia a nosso respeito.
O melhor é não julgar e não condenar impiedosamente.
Lembremos que a misericórdia deve nortear a nossa vida. O que está errado por si só se destrói, basta que não encontre espaço em nosso coração.
O amor corrige, orienta e dá bons conselhos, ele só usa a medida da misericórdia que analisa o outro pelo seu potencial para o bem.”
Neste
dia que Lhe é dedicado com inúmeras festividades espalhadas um pouco por todo o
mundo, que Nossa Senhora nos ajude com o Seu poderoso e amoroso carinho
maternal!
HN
sábado, 13 de agosto de 2016
UM CAMINHO SIMPLES!
Na nossa vida tudo
deveria ser simplicidade!
Sim! Deveríamos tornar
tudo simples… como tudo é simples na realidade!
Mas temos tendência a
complicar tudo… e depois acabamos por pensar ou dizer que tudo é complicado…quando
complicados somos mesmo nós! Enfim! Compreender esta verdade poderá levar-nos a
ser um pouco menos complicados… talvez! Por isso, nada como tentar!
Hoje… apetece-me olhar um pouco mais
profundamente para estas palavras da Madre Teresa de Calcutá:
“«Um Caminho Simples»
«Perdoai-nos as nossas
ofensas, como nós perdoamos a quem nos tem ofendido.»
Todos os dias, antes de te deitares, deves fazer um exame de
consciência (porque não sabes se no dia seguinte ainda estarás neste mundo!).
Por maior que seja o mal que tiveres feito, deves empenhar-te em repará-lo, se
for possível. Se, por exemplo, roubaste alguma coisa, deves devolvê-la. Se
trataste mal alguém, tenta pedir-lhe desculpa sem demora. Se for impossível
reparar, exprime a Deus a tua pena e o teu remorso. É muito importante que o
faças, porque temos de ser capazes de contrição para nos tornarmos capazes de
amar. Podes dizer, por exemplo: «Senhor, lamento muito ter-Te ofendido e
prometo esforçar-me por não voltar a fazê-lo.» Que impressão de bem-estar, de
alívio, se tem então, sentindo o coração purificado! Recorda-te de que Deus é
misericórdia. Ele é um Pai atencioso, disposto a tudo perdoar e a tudo
esquecer, desde que nós procuremos fazer o mesmo para com aqueles que nos
ofenderam.”
CAMINHO SIMPLES?... Eu acho que de simples...
pelo menos no início, não tem nada! Depois de muito treino, de muita tentativa,
de muito cair e levantar... talvez a simplicidade comece a espreitar por algum
lado, mas ainda assim... ponho as minhas dúvidas! Ou talvez não! Talvez as
dúvidas já se tenham dissipado, pelo menos em parte!
Um bom final de semana... recheado de
simplicidade e beleza!
domingo, 7 de agosto de 2016
O ACASO NÃO EXISTE!
Claro que o acaso não
existe! Ou melhor dito, parece existir para nós, mas para Deus tudo quanto
acontece, se nos conservarmos atentos e despertos, nos levará a bom termo!
Pelo menos é essa a
experiência que arrasto comigo. Até as doenças estúpidas e mais chatas acabam
por nos ensinar um sem número de coisas.
A esta parte, vamos ver
o que nos diz São João Crisóstomo sobre a morte de São João Baptista, que nos
parece uma das coisas mais estúpidas do mundo:
“«Dá-me agora mesmo num prato a cabeça de João Batista.» E Deus
permitiu que tal acontecesse, não lançou um raio do alto dos céus para devorar
aquele rosto insolente; não ordenou à terra que se abrisse e engolisse os
convivas daquele horroroso banquete. Deus dava assim a mais bela coroa ao justo
e deixava uma consolação magnífica aos que, no futuro, viessem a ser vítimas de
injustiças semelhantes. Escutemo-lo, pois, todos nós que, apesar da nossa vida
honesta, temos de suportar os malvados: [...] o maior dos filhos nascidos de
mulher (cf Lc 7,28) foi levado à morte a pedido de uma jovem impudica, de uma
mulher perdida; e foi-o por ter defendido a lei divina. Que estas considerações
nos façam suportar corajosamente os nossos próprios sofrimentos. [...]
Mas repara no tom moderado do evangelista, que procura até circunstâncias atenuantes para este crime. A propósito de Herodes, nota que agiu «por causa do juramento e dos convidados» e que «ficou consternado»; e a propósito da jovem, observa que tinha sido «instigada pela mãe». [...[] Aprendamos, também nós, a não odiar os malvados, a não criticar as faltas do próximo, ocultando-as tão discretamente quanto possível, a acolher a caridade na nossa alma. Porque, acerca desta mulher impudica e sanguinária, o evangelista falou com toda a moderação possível; [...] tu, porém, não hesitas em tratar o teu próximo com malvadez. [...] Não é assim que se comportam os santos; pelo contrário, eles choram pelos pecadores, em vez de os amaldiçoarem. Façamos como eles; choremos por Herodíades e pelos que a imitam. Porque vemos hoje muitos banquetes do género do de Herodes, nos quais não se condena à morte o precursor, mas se destroem os membros de Cristo.”
Mas repara no tom moderado do evangelista, que procura até circunstâncias atenuantes para este crime. A propósito de Herodes, nota que agiu «por causa do juramento e dos convidados» e que «ficou consternado»; e a propósito da jovem, observa que tinha sido «instigada pela mãe». [...[] Aprendamos, também nós, a não odiar os malvados, a não criticar as faltas do próximo, ocultando-as tão discretamente quanto possível, a acolher a caridade na nossa alma. Porque, acerca desta mulher impudica e sanguinária, o evangelista falou com toda a moderação possível; [...] tu, porém, não hesitas em tratar o teu próximo com malvadez. [...] Não é assim que se comportam os santos; pelo contrário, eles choram pelos pecadores, em vez de os amaldiçoarem. Façamos como eles; choremos por Herodíades e pelos que a imitam. Porque vemos hoje muitos banquetes do género do de Herodes, nos quais não se condena à morte o precursor, mas se destroem os membros de Cristo.”
Que grande ensinamento
este, não nos parece? Para nós, falo por mim, que ainda continuamos quase
sempre prontos a criticar os erros dos outros e mesmo os nossos próprios erros
e a distanciar-nos do que Deus poderá querer-nos dizer com todos os erros
cometidos!...
Que estas palavras nos
ensinem a ser mais atentos a tudo quanto Deus quererá de nós!
Um bom final de Domingo
e uma boa semana!
HN
sábado, 6 de agosto de 2016
A RIQUEZA DO AMOR!
O amor é a maior
riqueza! E a maior riqueza do amor é Jesus Cristo, o retrato exacto do
Pai/Amor, Perdão e Misericórdia!
Sim, porque nunca poderá
haver amor sem perdão e misericórdia, aliás, é essa a Justiça de Deus! Amor
e Misericórdia!
Não admira que não
vejamos Deus/Amor, porque o Amor não se vê, sente-se apenas porque é muito mais
profundo do que a visão, sai do mais profundo do ser porque é lá que habita!
Poderei parecer louca,
mas não! Não podemos ver o Deus invisível aos nossos olhos, mas podemos vê-l’O
com os olhos do nosso coração contemplando-O nas pessoas com quem vamos
convivendo na caminhada da vida!
Vejamos o que, a esta
parte, nos diz a Madre Teresa de Calcutá como comentário a um Evangelho do
Dia:
“«Partiu os pães e
deu-os aos discípulos e os discípulos deram-nos à multidão»
Simplicidade da nossa
vida contemplativa: ela faz-nos ver o rosto de Deus em cada coisa, em cada ser,
em toda a parte e sempre! E a sua mão, presente em cada acontecimento, faz-nos
tudo realizar - a meditação e o estudo, o trabalho e a partilha, comer e dormir
- em Jesus, com Jesus, por Jesus e à imagem de Jesus, sob o olhar amoroso do
Pai, enquanto estivermos dispostos a recebê-Lo sob qualquer forma de que Ele Se
revista.
Maravilha-me o facto de, antes de comentar a Palavra de Deus, antes de anunciar as Bem-aventuranças às multidões, Jesus, enchendo-Se de compaixão por elas, as ter curado e alimentado; só depois começou a ensiná-las.
Ama Jesus com generosidade, ama-O com confiança, sem olhares para trás, sem apreensões. Dá-te inteiramente a Jesus. Ele tomar-te-á como instrumento para realizar maravilhas, com a condição de que estejas infinitamente mais consciente do seu amor do que da tua fraqueza. Acredita nele, entrega-te nas suas mãos num ímpeto de confiança cega e absoluta, porque Ele é Jesus. Acredita que Jesus, e só Jesus, é a vida; aprende que a santidade não é senão esse mesmo Jesus vivendo intimamente em ti; então Ele será livre para fazer o que quiser contigo.
Maravilha-me o facto de, antes de comentar a Palavra de Deus, antes de anunciar as Bem-aventuranças às multidões, Jesus, enchendo-Se de compaixão por elas, as ter curado e alimentado; só depois começou a ensiná-las.
Ama Jesus com generosidade, ama-O com confiança, sem olhares para trás, sem apreensões. Dá-te inteiramente a Jesus. Ele tomar-te-á como instrumento para realizar maravilhas, com a condição de que estejas infinitamente mais consciente do seu amor do que da tua fraqueza. Acredita nele, entrega-te nas suas mãos num ímpeto de confiança cega e absoluta, porque Ele é Jesus. Acredita que Jesus, e só Jesus, é a vida; aprende que a santidade não é senão esse mesmo Jesus vivendo intimamente em ti; então Ele será livre para fazer o que quiser contigo.
Será que já conseguimos,
com o nosso comportamento, partilhar Jesus Cristo com a multidão, ainda que um pouquinho?
Talvez... pois todas as
vezes que fizermos algo de bom é obra d’Ele
em nós!
Pensar que Jesus ama
connosco, vive connosco, partilha connosco todos os nossos momentos, é bom
demais!
Pode parecer um sonho...
mas é verdade... até porque, no meio de muitas intempéries, se nos torna
sensível inúmeras vezes, trazendo-nos à memória as belíssimas palavras de Santo
Agostinho:
“Ama e faz o que quiseres!”
Então... em mais um
fim-de-semana que nos é dado viver... amemos e façamos o que quisermos!
Muitas, muitas felicidades!
HN
sexta-feira, 5 de agosto de 2016
A VIDA E A APRENDIZAGEM!
A
vida é uma constante aprendizagem!
Quem
disser ou pensar o contrário está muito enganado!
Quando
Jesus nos diz que devemos ser como ‘crianças’ está a dizer-nos que devemos
estar sempre com o coração e a vida despertos para a aprendizagem que os
momentos da vida nos vão ofertando.
Desde
bem pequena que oiço falar na inveja, nos invejosos… mas nunca desta maneira.
Se não, vejamos o que nos diz São Basílio acerca do homem que teve uma grande
colheita e acabou por morrer pouco depois:
“Ser rico aos olhos de Deus.
«Que hei-de fazer? Onde encontrarei que comer? Que vestir?» Eis o
que diz este rico. O seu coração sofre, a inquietação devora-o, porque aquilo
que regozija os outros acabrunha o avarento. O facto de ter os celeiros cheios
não é para ele motivo de felicidade. O que atormenta dolorosamente a sua alma é
esse excesso de riquezas, transbordando dos seus celeiros. [...]
Considera, homem, quem te cumulou com a sua generosidade. Reflete um pouco sobre ti mesmo: quem és tu? O que te foi confiado? De quem recebeste esse cargo? Porque foste tu escolhido, em detrimento de muitos outros? O Deus de bondade fez de ti seu administrador; és responsável pelos teus companheiros de trabalho: não penses que tudo foi preparado apenas para ti! Dispõe dos bens que possuis como se eles pertencessem aos outros. O prazer que eles te proporcionam dura pouco, em breve te escaparão e desaparecerão, mas ser-te-ão pedidas contas rigorosas. Ora, tu guardas tudo, tens portas e fechaduras bem cerradas; e embora tenhas tudo muito bem fechado, a ansiedade impede-te de dormir. [...]
«Que hei-de fazer?» Havia uma resposta pronta: «Encherei as almas dos famintos; abrirei os meus celeiros e convidarei todos os que têm necessidade. [...] Farei ouvir uma palavra generosa: vós todos que tendes fome, vinde a mim, tomai a vossa parte dos dons concedidos por Deus, cada qual segundo as suas necessidades.»”
Considera, homem, quem te cumulou com a sua generosidade. Reflete um pouco sobre ti mesmo: quem és tu? O que te foi confiado? De quem recebeste esse cargo? Porque foste tu escolhido, em detrimento de muitos outros? O Deus de bondade fez de ti seu administrador; és responsável pelos teus companheiros de trabalho: não penses que tudo foi preparado apenas para ti! Dispõe dos bens que possuis como se eles pertencessem aos outros. O prazer que eles te proporcionam dura pouco, em breve te escaparão e desaparecerão, mas ser-te-ão pedidas contas rigorosas. Ora, tu guardas tudo, tens portas e fechaduras bem cerradas; e embora tenhas tudo muito bem fechado, a ansiedade impede-te de dormir. [...]
«Que hei-de fazer?» Havia uma resposta pronta: «Encherei as almas dos famintos; abrirei os meus celeiros e convidarei todos os que têm necessidade. [...] Farei ouvir uma palavra generosa: vós todos que tendes fome, vinde a mim, tomai a vossa parte dos dons concedidos por Deus, cada qual segundo as suas necessidades.»”
Claro
que custa interiorizar estas verdades… mas são puras verdades! A caminhada da
vida ensinou-me que tudo isto é verdade!
E
ensinou-me também que para sermos minimamente felizes precisamos alegrar-nos
com o bem-estar e felicidade de quem nos rodeia, é a única maneira de nos
sentirmos bem connosco mesmos, realizados e felizes!
Que
Deus nos ajude!
HN
quinta-feira, 4 de agosto de 2016
A SIMPLICIDADE… ENCANTA!
Quando
falamos muito temos muito mais probabilidades de dizer coisas menos úteis e,
por isso mesmo, perdermos a credibilidade.
É
por isso que dou grande importância a uma mensagem que recebo diariamente e vou
partilhar aqui uma delas por inteiro. É, tal qual, assim:
“Bom dia !
01 de agosto de 2016
"FAZER DE NOSSA VIDA UM DOM"
Todos os dons que recebemos de Deus devem ser partilhados.
Quem acumula para si termina tendo uma alma estéril que não dá bons frutos ou
até mesmo nenhum.
Quem partilha conhece o milagre da multiplicação, conhece
as promessas de Jesus: "Dai e vos será dado."(Lc 6,38) e "A quem
tem será dado ainda mais e terá em abundância."(Mt 13,12)
São dons espirituais que preenchem a alma, que a saciam
por completo. Depois, podemos ter também bens materiais, mas estes serão nada
diante dos tesouros que teremos no coração.
Abraços
Apolonio”
Claro
que não há dias iguais assim como não há mensagens iguais nem momentos iguais
de as receber, pois no rodar constante na vida os actos não se repetem, sucedem-se.
Mas
mensagens assim, curtinhas e plenas de sentido, chegam bem melhor ao fundo da
alma e enchem muito mais por completo qualquer coração com desejo de crescer no
amor!
Um
bom dia para todos, bem repleto de amor em todo o ser pessoal e comunitário.
HN
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