sexta-feira, 26 de agosto de 2016

EU SOU UM COPO – COPO VAZIO

 Um copo cheio não leva mais nada, ainda que necessitemos de colocar nele mais líquido. Para que leve mais líquido teremos que o esvaziar, que retirar dele uma parte do líquido que contém.
Eu já fui um como cheio, que sabia tudo, que fazia tudo, que via os outros inferiores a mim porque eu era a maior.
E todas as coisas más que me aconteciam era sempre por culpa de alguém. Alguém que não tinha nada a ver com nada, eu é que tinha de aprender a viver com tudo o que me rodeava.
A infelicidade era enorme, pois uma pessoa tão importante o que tinha é de ser cortejada, o que, de facto, não acontecia.
O rodar dos dias era insuportável, pois não me sentia amada por ninguém e isso arrasava-me.  Até que um dia, sentada numa cadeira frente a um homem que bem podia ser meu filho, vazia de palavras e com os olhos cheios de água ouvi muito serenamente, depois de dizer que queria voltar ao passado:
‘Ui, que é isso? Eu não quero saber nada, mas voltar ao passado, não. O passado já foi. Tem que ser melhor do que já foi, e não estar triste com nada. Deus ama-a muito assim como você é. O que lá vai, lá vai. Deus não é como nós, perdoa e esquece. E só quer que seja feliz.’
Este foi o ponto crucial da conversa que me deu volta à vida, que esvaziou o meu ‘copo cheio’ onde começou a cair toda a aprendizagem necessária à minha mudança de atitudes e a fazer de mim o que hoje sou que, longe de ser perfeita, com atitudes boas e menos boas, vou tentando crescer a cada dia um pouco mais, interessar-me a cada instante um pouco mais pela felicidade de quem me rodeia, ajudar a cada instante um pouco mais a quem precisa, se mais não for, com uma pequena oração, em suma, a praticar a caridade que Nosso Senhor Jesus Cristo nos disse que praticasse.
Eu não queria de forma alguma dizer isto, mas, de facto, é um outro lado de vida que muitos necessitarão saber para procurar também fortificar e dar mais voz a esse lado de vida que toda a gente tem.
Senhor Jesus, obrigada por tudo quanto fazes por mim todos os dias. Ajuda com a tua Divina Graça todos os meus queridos amigos e amigas a quem desejo o melhor da vida que és Tu. E ajuda, Senhor, também, todas as pessoas que necessitam abrir-se à Tua vontade que encanta e vivifica.
Desculpa a crítica, Senhor! Mas se tivesses feito com toda a gente o que tens feito comigo o relacionamento do mundo estaria bem melhor, porque, de facto, Tu és o verdadeiro caminho da vida do mundo.
Abençoa-nos, Senhor, e faz de nós copos vazios prontos a ser cheios com as Tuas Graças.

HN

quarta-feira, 24 de agosto de 2016

O DISCÍPULO AMADO!

Em pleno Ano de Misericórdia, faz-nos muito bem pensar mais um pouco na fé e no amor
Fala-se muito em fé, no acreditar em algo ou alguém que nos mereça confiança. Mas muitas vezes esquecemos que a fé é uma relação.
E quando se fala em Fé em Deus, mais ainda!
Não basta Jesus gostar muito de nós, como sempre gosta, em qualquer condição, acreditemos ou não; mas também é preciso nós gostarmos muito de Jesus.
Humanamente falando, nunca iremos atrás de uma pessoa sem a conhecermos minimamente. E assim sendo, é bem claro que para gostarmos muito de Jesus temos que O conhecer e seguir cada vez mais e melhor. E para isso, precisamos de um ambiente adequado. Daí as pessoas procurarem encontros com pessoas que têm os mesmos gostos e que muitas vezes se encontram em lugares habituais para troca de experiências e nas igrejas para oração comunitária.
Agora… o discípulo amado de que fala o Evangelho!
Na Última Ceia, no Evangelho de São João, aparece reclinado sobre o peito de Jesus.
E aparece mais vezes como discípulo amado ou outro discípulo.
Mas… quem é o discípulo amado não é muito importante. É uma figura teológica.
Se Deus é Amor e Jesus é o “retrato chapado do Pai”… não há ninguém não amado, não há discípulo que seja não amado.
O discípulo amado é uma pessoa que ama Jesus, que tem um ambiente de amizade com Jesus, que permite o encontro pessoal com Jesus.
Corre mais rápido porque é amor… e o amor está sempre no início de tudo… pois quem ama chega primeiro.
O discípulo amado chega e começa a acreditar e a entrar cada vez mais profundamente na vida de Jesus. Jesus, por Sua vez, vai alterando cada vez mais a vida total do discípulo, transformando-o, tornando as atitudes do discípulo cada vez mais parecidas as Suas próprias atitudes.
O discípulo amado terá sido Simão Pedro? Terá sido João? As mulheres que O seguiam? A Sua própria Mãe?...
Não sabemos quem foi!… O discípulo amado foi alguém que amou até perder o nome...
mas está ao nosso alcance sermos nós próprios, cada um ou uma de nós, o discípulo amado, vivendo como ponto de encontro e comunhão, tornando-se ambiente de Revelação ao mostrar Jesus numa amizade verdadeira e amor concreto vividos em comunidade que nos dão ambiente para  reconhecermos Jesus Ressuscitado!
Viver de forma a que se possa pensar de cada um ou uma de nós: é Ele – por as nossas acções serem, de facto, uma imagem das acções de Jesus!
Então… o discípulo amado é o que está perto de Jesus, que põe o pé no amor verdadeiro à maneira de Jesus, que está perto de toda a gente como Jesus estava, que acompanha de perto toda a gente como Jesus acompanhava, em suma, que vive à maneira de Jesus, como Jesus viveu.
HN

sexta-feira, 19 de agosto de 2016

ANO SANTO DA MISERICÓRDIA!

Não sei o que se passa com as outras pessoas, mas quando este Ano Santo foi anunciado nunca imaginei o quanta mudança iria conseguir na minha vida.
Até agora, porque ainda não sei o que poderá aparecer por aí, Deus o sabe!
Normalmente, quando enveredamos por um caminho desconhecido nunca saberemos onde nos poderá levar, mas quando temos a certeza de que Deus vai no controle não temos medo e a única preocupação que podemos ter é a atenção a tudo quanto está ao nosso alcance para levar a bom termo o que o Senhor quererá de nós!
Nada disto é difícil. Difíceis somos nós que temos momentos de desânimo e desalento, de olhar demais para as nossas fraquezas e debilidades e menos para a Misericórdia infinita de Deus que nos ama como somos, por inteiro!
Obras de Misericórdia, todos as conhecíamos, mas a verdadeira profundidade delas, eu, propriamente, o que conhecia não passava de uma pequena parte.
Tantas graças à nossa disposição, tantos Santuários Jubilares de portas abertas para nos receber, dos quais tantas vezes passamos à porta sem pelo menos os olhar com a veneração que lhe devemos!
Cada dia que passa me sinto mais ignorante acerca do que mais me fascina, o conhecimento da Misericórdia de Deus para connosco!
O pensar um pouquinho mais profundamente no pouco que sei d’Essa infinita Misericórdia leva-me a olhar as pessoas de uma forma muito diferente valorizando-as muito mais em si mesmas sem olhar às suas atitudes, que podem até ser menos boas, mas pelas mais diversas razões que muitas vezes não conseguem desvendar, ver em profundidade, agindo numa quase total ignorância ou mesmo no mais puro engano.
Perante todo este sentimento… o que poderemos fazer perante tanta maldade praticada pelo mundo?
Antes de tudo tentar a todo o custo praticar o bem, ser exemplo de entendimento paz e fraternidade, e rezar muito para que uns consigam aturar com mais paciência as maldades e outros deixem de as praticar tão drasticamente.
Dizer isto poderá parecer fácil e descabido, mas quando o coração dói sem nada mais poder fazer, resta apenas partilhar sentimentos e vida, quem sabe, a dor de uns possa ajudar os outros a sofrer um pouco menos.
Que o Ano Santo da Misericórdia continue a espalhar Amor entre todos os homens e mulheres ávidos de felicidade!

Que o Espírito Santo nos ajude!
HN

quarta-feira, 17 de agosto de 2016

SINAIS DE MISERICÓRDIA!

Se a Justiça de Deus é Misericórdia e Perdão, que bela seria a humanidade se conseguisse pelo menos tentar praticar esta ditosa justiça.

Algumas belíssimas expressões do Santo Padre:

“«o mundo precisa de pessoas que sejam «sinais de misericórdia»”

“a vida da Igreja Católica e de cada cristão tem de ser marcada pela permanente atenção e serviço aos outros, como “sinais visíveis da misericórdia de Deus”.
“ seguir Cristo implica abraçar a causa de “não deixar ninguém na solidão ou na necessidade”. É ser “instrumento de comunhão na família, no trabalho, na paróquia, nos diversos grupos de pertença (…) porque esta comunhão é a vida para todos”.
“Esta “estrada” que cada crente é convidado a percorrer, de “participar na compaixão de Deus”, é proposto todos os dias, no partir do pão da eucaristia.
“A comunidade cristã nasce e renasce continuamente desta comunhão eucarística. O corpo e sangue de Jesus oferecidos dão forma à identidade de cada cristão e de cada comunidade. O pão eucarístico nutre e dá nova força ao nosso serviço.”
O significado de “comunidade cristã” é “viver em comunhão com Cristo” e em “relação com os homens e mulheres deste tempo”, para aí ser “um sinal concreto da misericórdia e da atenção de Cristo”.
A reflexão desta audiência pública… foi inspirada na passagem bíblica do milagre da multiplicação dos pães, em que Jesus a partir de cinco pães e dois peixes alimentou uma multidão de pessoas, com os seus discípulos.
Tal como fez neste relato do Evangelho, Jesus continua hoje empenhado a “encher o coração, a vida” de todas as pessoas, sobretudo as mais necessitadas, “com o seu amor, o seu perdão, a sua compaixão”.
‘Ao mesmo tempo, assim como chamou os discípulos a distribuírem alimento à multidão faminta, também neste tempo continua a convocar cada cristão “a fazer este serviço pelos outros”.’
“Quando Jesus perdoa os teus pecados, te abraça, te ama, nunca o faz pela metade, dá tudo, todos ficam saciados”.”
Jesus, o todo poderoso, o infinito, entrega-Se todo, dá-Se todo, perdoa tudo, escuta tudo, atende tudo, compreende tudo, aceita todo o nosso esforço…
E nós, o que fazemos com os irmãos que nos rodeiam? Como nos comportamos com as suas fraquezas? Será que estamos a aprender a ser um pouco mais ‘Misericordiosos como o Pai’?
O esforço do querer mudar é tudo quanto necessitamos, porque o Espírito Santo de Deus fará o resto!

HN

terça-feira, 16 de agosto de 2016

Ser “COMO ESTA CRIANÇA…”

Foi esta a gravura de ilustração que na altura entendi melhor para a minha postagem anterior, o que, pouco depois, achei errado e vou dizer porquê.
O Menino Jesus está muito bonitinho, muito celestial, mas muito fora de uma criança dita normal com dificuldades normais de uma qualquer criança.
É assim que costumamos ver as estampas do Menino Jesus, uma criança muito calma, tranquila, de olhos azuis recheados de doçura e uns maravilhosos e ondulados cabelos louros!
Mas… esta foi a imagem com que os povos europeus O foram coroando, porque o desenrolar dos acontecimentos da Sua vida diz-nos muito francamente que deve ter sido uma criança bem forte e determinada… e que… bem vistas as coisas, não deve ter nada a ver com este físico de pessoa em nada condizente com a raça judia de onde nos chegou.
E há imagens de um Menino Jesus preto… avermelhado… e está tudo muito bem pensado!
É muito claro que o Menino Jesus não pode ter raça ou cor determinadas, uma vez que tende a ser a imagem perfeita de todas as raças e de todas as cores, pois se assim não fosse, não nos poderia ser apresentado como – a célebre ‘CRIANÇA’ que todas as pessoas devem tentar a todo o custo imitar na sua vida de todos os segundos.
Claro que não se trata do Menino Jesus ‘criança’, mas da esplendorosa ‘criança’ que Jesus sempre foi em todos os momentos da Sua existência repleta de curiosidade, meiguice, ternura, atenção, compreensão, carinho, aceitação, dádiva, presença… e tudo o mais inimaginável e impossível de descrever nas nossas palavras simplesmente humanas.
Conservando em mim a tristeza dos dolorosos incêndios que têm assolado as redondezas do nosso meio ambiente natural, uma ideia se me vai incessantemente firmando na memória da mente e do coração: se de facto, no mais profundo dos nossos corações existir um pequenino foco de incêndio do verdadeiro amor que Jesus Cristo afirmou querer incendiar sobre a Terra.
Deixar tudo para seguir este Amor é quanto nos é pedido todos os dias.
Deixar tudo… abandonar tudo…
Tudo… o que não nos deixa amar como devemos e que muitas vezes, nem sequer disso nos apercebemos, está bem dentro de nós, no nosso egocentrismo, na nossa vontade torcida e voltada para as próprias satisfações pessoais e esquecida das necessidades de todos os irmãos que a rodeiam.
O mais difícil de abandonar, sem sombra de dúvida, é o nosso eu, para o por ao serviço dos irmãos tal como Jesus, a eterna e maravilhosa ‘criança’ sempre se pôs ao serviço da vontade do Pai/Deus.
Que o Espírito Santo nos ajude a sermos sempre bons imitadores d’Essa admirável ‘criança’!

HN

segunda-feira, 15 de agosto de 2016

Ser ‘COMO “ESTA” CRIANÇA’!

Desde sempre me fez muita preocupação esta passagem do Evangelho em que Jesus nos incita a sermos como crianças. Então, qualquer esclarecimento, por simples e pequeno que seja, me faz prestar-lhe a maior atenção.
De São Máximo de Turim chegaram-me estas palavras:
“Diz o Senhor aos apóstolos, homens feitos e maduros: «Se não voltardes a ser como esta criança, não podereis entrar no Reino do Céu» (Mt 18,3; cf v.4). […] Incita-os assim a reencontrar a infância […] para que possam renascer pela inocência do coração; pois «quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no Reino de Deus» (Jo 3,5).
«Se não voltardes a ser como esta criança»: Ele não diz «estas crianças», mas «esta criança»; delas, Ele escolhe uma apenas, propõe uma só. E quem é essa criança que Ele dá como exemplo aos discípulos? Não creio que seja uma criança do povo, da multidão dos homens, quem ofereça aos apóstolos um modelo de santidade para o mundo inteiro. Não, não creio que essa criança venha do povo, mas do céu. Trata-se daquela criança vinda do céu de que nos fala o profeta Isaías: «Um menino nasceu para nós, um filho nos foi dado» (Is 9,5). É esse Menino inocente, que ao insulto não responde com o insulto, nem à agressão com a agressão – bem mais ainda: é Aquele que, na própria agonia, reza pelos inimigos: «Perdoa-lhes, Pai, porque não sabem o que fazem» (Lc 23,34). Assim, na sua graça insondável, o Senhor transborda dessa inocência do coração que a natureza dá às crianças. Ele é essa criança que pede aos pequeninos que O imitem e que O sigam.”
Gostei muito... muito mesmo!
Jesus é a criança que devemos imitar! Criança doce, amorosa, presente, activa, interessada, prestativa... não sei mais que dizer... porque desta criança tudo quanto é bom se pode dizer, se pode ter como exemplo.
Exemplo tão antigo, e sempre novo, a cada instante que passa!
Neste Ano Santo da Misericórdia, a aprendizagem a empreender é muita, numa caminhada humana em que a misericórdia nem sempre está presente, muito pelo contrário. Mas ainda assim, o nosso dever de cristãos é ir aprendendo aos pouquinhos, com avanços e recuos, a ser Misericordiosos como o Pai, bem a maneira de Jesus.
Agora, e ainda a esta parte, mais um maravilhoso ensinamento nestas palavrinhas do Apolónio, muito actuais:
“ "MEDIR COMO GOSTARÍAMOS DE SER MEDIDOS"
Devemos ter o cuidado de não sermos implacáveis nos nossos julgamentos. A mesma medida pode ser usada um dia a nosso respeito.
O melhor é não julgar e não condenar impiedosamente.
Lembremos que a misericórdia deve nortear a nossa vida. O que está errado por si só se destrói, basta que não encontre espaço em nosso coração.
O amor corrige, orienta e dá bons conselhos, ele só usa a medida da misericórdia que analisa o outro pelo seu potencial para o bem.”
Neste dia que Lhe é dedicado com inúmeras festividades espalhadas um pouco por todo o mundo, que Nossa Senhora nos ajude com o Seu poderoso e amoroso carinho maternal!

HN

sábado, 13 de agosto de 2016

UM CAMINHO SIMPLES!

Na nossa vida tudo deveria ser simplicidade!
Sim! Deveríamos tornar tudo simples… como tudo é simples na realidade!
Mas temos tendência a complicar tudo… e depois acabamos por pensar ou dizer que tudo é complicado…quando complicados somos mesmo nós! Enfim! Compreender esta verdade poderá levar-nos a ser um pouco menos complicados… talvez! Por isso, nada como tentar!
 Hoje… apetece-me olhar um pouco mais profundamente para estas palavras da Madre Teresa de Calcutá:
“«Um Caminho Simples»
«Perdoai-nos as nossas ofensas, como nós perdoamos a quem nos tem ofendido.»
Todos os dias, antes de te deitares, deves fazer um exame de consciência (porque não sabes se no dia seguinte ainda estarás neste mundo!). Por maior que seja o mal que tiveres feito, deves empenhar-te em repará-lo, se for possível. Se, por exemplo, roubaste alguma coisa, deves devolvê-la. Se trataste mal alguém, tenta pedir-lhe desculpa sem demora. Se for impossível reparar, exprime a Deus a tua pena e o teu remorso. É muito importante que o faças, porque temos de ser capazes de contrição para nos tornarmos capazes de amar. Podes dizer, por exemplo: «Senhor, lamento muito ter-Te ofendido e prometo esforçar-me por não voltar a fazê-lo.» Que impressão de bem-estar, de alívio, se tem então, sentindo o coração purificado! Recorda-te de que Deus é misericórdia. Ele é um Pai atencioso, disposto a tudo perdoar e a tudo esquecer, desde que nós procuremos fazer o mesmo para com aqueles que nos ofenderam.”
CAMINHO SIMPLES?... Eu acho que de simples... pelo menos no início, não tem nada! Depois de muito treino, de muita tentativa, de muito cair e levantar... talvez a simplicidade comece a espreitar por algum lado, mas ainda assim... ponho as minhas dúvidas! Ou talvez não! Talvez as dúvidas já se tenham dissipado, pelo menos em parte!

Um bom final de semana... recheado de simplicidade e beleza!

domingo, 7 de agosto de 2016

O ACASO NÃO EXISTE!


Claro que o acaso não existe! Ou melhor dito, parece existir para nós, mas para Deus tudo quanto acontece, se nos conservarmos atentos e despertos, nos levará a bom termo!
Pelo menos é essa a experiência que arrasto comigo. Até as doenças estúpidas e mais chatas acabam por nos ensinar um sem número de coisas.
A esta parte, vamos ver o que nos diz São João Crisóstomo sobre a morte de São João Baptista, que nos parece uma das coisas mais estúpidas do mundo:
“«Dá-me agora mesmo num prato a cabeça de João Batista.» E Deus permitiu que tal acontecesse, não lançou um raio do alto dos céus para devorar aquele rosto insolente; não ordenou à terra que se abrisse e engolisse os convivas daquele horroroso banquete. Deus dava assim a mais bela coroa ao justo e deixava uma consolação magnífica aos que, no futuro, viessem a ser vítimas de injustiças semelhantes. Escutemo-lo, pois, todos nós que, apesar da nossa vida honesta, temos de suportar os malvados: [...] o maior dos filhos nascidos de mulher (cf Lc 7,28) foi levado à morte a pedido de uma jovem impudica, de uma mulher perdida; e foi-o por ter defendido a lei divina. Que estas considerações nos façam suportar corajosamente os nossos próprios sofrimentos. [...]
Mas repara no tom moderado do evangelista, que procura até circunstâncias atenuantes para este crime. A propósito de Herodes, nota que agiu «por causa do juramento e dos convidados» e que «ficou consternado»; e a propósito da jovem, observa que tinha sido «instigada pela mãe». [...[] Aprendamos, também nós, a não odiar os malvados, a não criticar as faltas do próximo, ocultando-as tão discretamente quanto possível, a acolher a caridade na nossa alma. Porque, acerca desta mulher impudica e sanguinária, o evangelista falou com toda a moderação possível; [...] tu, porém, não hesitas em tratar o teu próximo com malvadez. [...] Não é assim que se comportam os santos; pelo contrário, eles choram pelos pecadores, em vez de os amaldiçoarem. Façamos como eles; choremos por Herodíades e pelos que a imitam. Porque vemos hoje muitos banquetes do género do de Herodes, nos quais não se condena à morte o precursor, mas se destroem os membros de Cristo.”
Que grande ensinamento este, não nos parece? Para nós, falo por mim, que ainda continuamos quase sempre prontos a criticar os erros dos outros e mesmo os nossos próprios erros e a distanciar-nos do que Deus poderá querer-nos dizer com todos os erros cometidos!...
Que estas palavras nos ensinem a ser mais atentos a tudo quanto Deus quererá de nós!
Um bom final de Domingo e uma boa semana!

HN

sábado, 6 de agosto de 2016

A RIQUEZA DO AMOR!

O amor é a maior riqueza! E a maior riqueza do amor é Jesus Cristo, o retrato exacto do Pai/Amor, Perdão e Misericórdia!
Sim, porque nunca poderá haver amor sem perdão e misericórdia, aliás, é essa a Justiça de Deus! Amor e  Misericórdia!
Não admira que não vejamos Deus/Amor, porque o Amor não se vê, sente-se apenas porque é muito mais profundo do que a visão, sai do mais profundo do ser porque é lá que habita!
Poderei parecer louca, mas não! Não podemos ver o Deus invisível aos nossos olhos, mas podemos vê-l’O com os olhos do nosso coração contemplando-O nas pessoas com quem vamos convivendo na caminhada da vida!
Vejamos o que, a esta parte, nos diz a Madre Teresa de Calcutá como comentário a um Evangelho do Dia: 
“«Partiu os pães e deu-os aos discípulos e os discípulos deram-nos à multidão»
Simplicidade da nossa vida contemplativa: ela faz-nos ver o rosto de Deus em cada coisa, em cada ser, em toda a parte e sempre! E a sua mão, presente em cada acontecimento, faz-nos tudo realizar - a meditação e o estudo, o trabalho e a partilha, comer e dormir - em Jesus, com Jesus, por Jesus e à imagem de Jesus, sob o olhar amoroso do Pai, enquanto estivermos dispostos a recebê-Lo sob qualquer forma de que Ele Se revista.
Maravilha-me o facto de, antes de comentar a Palavra de Deus, antes de anunciar as Bem-aventuranças às multidões, Jesus, enchendo-Se de compaixão por elas, as ter curado e alimentado; só depois começou a ensiná-las.
Ama Jesus com generosidade, ama-O com confiança, sem olhares para trás, sem apreensões. Dá-te inteiramente a Jesus. Ele tomar-te-á como instrumento para realizar maravilhas, com a condição de que estejas infinitamente mais consciente do seu amor do que da tua fraqueza. Acredita nele, entrega-te nas suas mãos num ímpeto de confiança cega e absoluta, porque Ele é Jesus. Acredita que Jesus, e só Jesus, é a vida; aprende que a santidade não é senão esse mesmo Jesus vivendo intimamente em ti; então Ele será livre para fazer o que quiser contigo.
Será que já conseguimos, com o nosso comportamento, partilhar Jesus Cristo com a multidão, ainda que um pouquinho?
Talvez... pois todas as vezes que fizermos algo de bom é obra dEle em nós!
Pensar que Jesus ama connosco, vive connosco, partilha connosco todos os nossos momentos, é bom demais!
Pode parecer um sonho... mas é verdade... até porque, no meio de muitas intempéries, se nos torna sensível inúmeras vezes, trazendo-nos à memória as belíssimas palavras de Santo Agostinho:
Ama e faz o que quiseres!
Então... em mais um fim-de-semana que nos é dado viver... amemos e façamos o que quisermos!
Muitas, muitas felicidades!

HN

sexta-feira, 5 de agosto de 2016

A VIDA E A APRENDIZAGEM!

A vida é uma constante aprendizagem!
Quem disser ou pensar o contrário está muito enganado!
Quando Jesus nos diz que devemos ser como ‘crianças’ está a dizer-nos que devemos estar sempre com o coração e a vida despertos para a aprendizagem que os momentos da vida nos vão ofertando.
Desde bem pequena que oiço falar na inveja, nos invejosos… mas nunca desta maneira. Se não, vejamos o que nos diz São Basílio acerca do homem que teve uma grande colheita e acabou por morrer pouco depois:

“Ser rico aos olhos de Deus.
«Que hei-de fazer? Onde encontrarei que comer? Que vestir?» Eis o que diz este rico. O seu coração sofre, a inquietação devora-o, porque aquilo que regozija os outros acabrunha o avarento. O facto de ter os celeiros cheios não é para ele motivo de felicidade. O que atormenta dolorosamente a sua alma é esse excesso de riquezas, transbordando dos seus celeiros. [...]
Considera, homem, quem te cumulou com a sua generosidade. Reflete um pouco sobre ti mesmo: quem és tu? O que te foi confiado? De quem recebeste esse cargo? Porque foste tu escolhido, em detrimento de muitos outros? O Deus de bondade fez de ti seu administrador; és responsável pelos teus companheiros de trabalho: não penses que tudo foi preparado apenas para ti! Dispõe dos bens que possuis como se eles pertencessem aos outros. O prazer que eles te proporcionam dura pouco, em breve te escaparão e desaparecerão, mas ser-te-ão pedidas contas rigorosas. Ora, tu guardas tudo, tens portas e fechaduras bem cerradas; e embora tenhas tudo muito bem fechado, a ansiedade impede-te de dormir. [...]
«Que hei-de fazer?» Havia uma resposta pronta: «Encherei as almas dos famintos; abrirei os meus celeiros e convidarei todos os que têm necessidade. [...] Farei ouvir uma palavra generosa: vós todos que tendes fome, vinde a mim, tomai a vossa parte dos dons concedidos por Deus, cada qual segundo as suas necessidades.»”
Claro que custa interiorizar estas verdades… mas são puras verdades! A caminhada da vida ensinou-me que tudo isto é verdade!
E ensinou-me também que para sermos minimamente felizes precisamos alegrar-nos com o bem-estar e felicidade de quem nos rodeia, é a única maneira de nos sentirmos bem connosco mesmos, realizados e felizes!
Que Deus nos ajude!

HN

quinta-feira, 4 de agosto de 2016

A SIMPLICIDADE… ENCANTA!

Quando falamos muito temos muito mais probabilidades de dizer coisas menos úteis e, por isso mesmo, perdermos a credibilidade.
É por isso que dou grande importância a uma mensagem que recebo diariamente e vou partilhar aqui uma delas por inteiro. É, tal qual, assim:

“Bom dia !
01 de agosto de 2016
"FAZER DE NOSSA VIDA UM DOM"
Todos os dons que recebemos de Deus devem ser partilhados. Quem acumula para si termina tendo uma alma estéril que não dá bons frutos ou até mesmo nenhum.
Quem partilha conhece o milagre da multiplicação, conhece as promessas de Jesus: "Dai e vos será dado."(Lc 6,38) e "A quem tem será dado ainda mais e terá em abundância."(Mt 13,12)
São dons espirituais que preenchem a alma, que a saciam por completo. Depois, podemos ter também bens materiais, mas estes serão nada diante dos tesouros que teremos no coração.
Abraços
Apolonio”

Claro que não há dias iguais assim como não há mensagens iguais nem momentos iguais de as receber, pois no rodar constante na vida os actos não se repetem, sucedem-se.
Mas mensagens assim, curtinhas e plenas de sentido, chegam bem melhor ao fundo da alma e enchem muito mais por completo qualquer coração com desejo de crescer no amor!

Um bom dia para todos, bem repleto de amor em todo o ser pessoal e comunitário.
HN