segunda-feira, 27 de abril de 2020

PRESENÇA DE DEUS NO MUNDO


 Se o mundo, a nossa casa comum, é obra de Deus, Deus está presente na Sua obra!
Mas, depois de criar o mundo, dizem as Escrituras que criou o Homem à Sua imagem e semelhança!
Enão, a Humanidade, é imagem e semelhança de Deus.
Ao criar o Homem, e a mulher ordenou-lhe que cuidasse de tudo o que antes tinha feito para o seu bem-estar!
Então, o Homem tem de fazer tudo pelo seu bem-estar na sua casa comum?
E será que tem feito? E será que faz? Será que cada um ou uma de nós se esforça pelo bem comum de toda a sociedade em geral?
São questões que cada um ou uma terá de responder. Mas não basta responder, é preciso mudar o comportamento se se tornar necessário para o bem de todos.
Quando vemos uma ervinha a nascer, um cabeço enorme, o bramir do mar ou as nuvens correndo pelos céus é a mão amorosa de Deus que ali está, sem sombra de dúvida.
Não sei como falar da presença de Deus no mundo, pois não há sítio onde Ele não esteja. É só abrirmos bem os olhos e os ouvidos e prestarmos atenção em tudo o que aparece feito sem a mão do homem.
Mas, o homem, o maior ser de toda a criação, tem de sentir, de ver, de apreciar, de viver a presença de Deus de uma forma mais profunda.
Deus fez-se presente no mundo através do Seu Filho Jesus, que é a Sua Palavra e as Suas atitudes! Tudo quanto Jesus fez foi por obediência ao tratado com o Pai e ao Espírito Santo, o Amor que os une aos dois, ficando três, a Trindade, três pessoas e uma só natureza, a Natureza Divina.
Podemos chegar a esta conclusão pelas Palavras e atitudes de Jesus, presente no mundo pela Palavra que nos deixou, e pelo Pão em que Se tornou, dois alimentos indispensáveis ao nosso crescimento espiritual e à nossa caminhada para uma vida eterna feliz na Sua companhia.
Nesta meia dúzia de palavras está dito e essencial. Mas, Deus é tão grande, tão misericordioso, tão compreensivo, tão presente… que há tanto a dizer, tanto a aprender, tanto a viver, tanto a partilhar, que quanto mais se aprende, compreende, aceita, vive… mais coisas nos aparecem para recompor a nossa maneira de ser e agir.
A Palavra de Deus e a Eucaristia são a presença real e sensível de Deus entre nós! Quem dera que todas as pessoas pudessem afirmar o mesmo, pois era testemunho de que já tinham sentido e vivido a presença de Jesus no mais profundo do seu coração em algum momento da vida.
Senhor, torna-Te presente ao coração de todos os homens e mulheres! Não os deixes sofrer sem saberem bem porquê, pois longe de Ti o sofrimento é maior, e nem sequer se dão conta disso!
Senhor! Eu confio em Ti!
Amém!
Hermínia Nadais

sexta-feira, 24 de abril de 2020

SE DEUS É AMOR…


Sim! Se Deus é Amor e Pai Misericordioso e bom… porque deixa a humanidade mundial sofrer tanto com o Coronavírus??? Não dá para perceber, pois não???  Ou será que dá?
Quando as coisas não vão bem, tem que haver algo que as concerte. E faz muito tempo que tem havido muito descuido com o ecossistema, que as corridas desenfreadas para cada um fazer o que quer ou deseja, de tantas formas que não dá para explicar, tinha mesmo que ter um fim. Mas desta forma, a implicar o mundo todo de uma só vez, é difícil de compreender. Quando Deus criou o mundo deu ao homem ordem para o cuidar, ora o tratar deste vírus é trabalho para a humanidade, o descobrir algo que acabe com a expansão do vírus tem que ser obra de alguma pessoa ou algumas pessoas.
O melhor desta epidemia é ver que há inúmeras pessoas a rezar por todos os que trabalham, sofrem e encontram a morte com esta enfermidade. Mais do que nunca a oração tem estado presente na vida dos crentes, e a confiança em Deus também. A solidariedade, o espírito de serviço e de sacrifício, a entreajuda, a paciência, a atenção, a obediência, têm estado bem presentes na vida das pessoas, tanto, como nunca se viu!
Temos que ter presente que o sofrimento revigora a fé porque temos de continuar a crer que Deus está connosco, que Deus está perto, que Ele pensa em tudo, e o acontecimento atual, quer queiramos ou não, perante Deus, é o melhor para nós.
Diante de tudo o que está a acontecer, eu creio que Deus está a agir de modo a fazer-nos refletir sobre nossos valores e a chamar-nos à atenção para sermos sóbrios e vigilantes e a distribuir o que nos sobra por quem necessita. É tempo de nos concentrarmos no que é essencial para todas as vidas: o amor entre nós, ou seja, Deus presente entre nós!
Que Ele nos proteja!
Hermínia Nadais


quinta-feira, 23 de abril de 2020

PEQUENAS/GRANDES TAREFAS!


Como sinto necessidade de me inteirar cada vez mais de quem sou e para o que nasci, tenho por hábito ler inúmeros textos provindos dos mais diversos locais, tanto livros como espaço net.
Então numa destas leituras encontrei uma frase de Dom Orione que achei muito interessante: A tarefa mais difícil para um ser humano é dar à luz a si mesmo.” E continuou: “Embora carreguemos este anseio no mais profundo do coração, são muitas as amarras que nos prendem à velha criatura: as máscaras, que utilizamos quase instintivamente; o condicionamento que a expectativa dos outros exerce sobre nós; e a dificuldade de sermos nós mesmos em um mundo que nos quer transformar apenas em mais um no meio da massa.
O ato de nascer de novo, tal como Jesus nos propõe, não é obra humana, mas provém do Espírito Santo, o grande artista que toma nosso coração desfigurado pelo pecado e o transfigura segundo a imagem do Pai. Que possamos ser dóceis à ação do Espírito para um dia termos a alegria de proclamar como São Paulo: ‘Já não sou eu que vivo; é Cristo que vive em mim (Gl 2, 20).
Mediante esta leitura, pus-me a pensar profundamente em todo o decorrer da minha vida e como fui, aos pouquinhos, encontrando caminho que penso verdadeiro.
Depois… pensei mais ainda no meu hoje, com todos os anos que carrego, com todas as pre’ocupações’ que me enchem a vida e com toda a calma e saber com que as tento resolver, com as desconfianças que tenho de mim mesma que em certos momentos me parece que não me reconheço na minha forma de pensar, e muito menos de ser e agir.
Ora, quem dá à luz um ser, tem que o acompanhar até que se desenrasque sozinho, que saiba o que fazer, dizer e querer ser um dia.
E paro, estupefacta! Afinal, a minha vida, no seu dia-a-dia, é um constante dar à luz a mim mesma, é uma constante descoberta do que sou, do que pretendo, e, antes e acima de tudo, do que Deus quer de mim, que me obriga muitas vezes a fazer o que me custa, a sorrir quando me apetece chorar, a estar acordada quando me apetece dormir…
Realmente… quando se fala em nascer de novo, é isto que tem que se fazer. É mudar de atitudes, mudar de formas de pensar e de ser, é transformar o egoísmo em solidariedade e altruísmo, a tristeza em alegria, o ódio em fraternidade e amor!
São estas as nossas pequenas/grandes tarefas, pois sem elas nunca seremos nada na vida!
Que o Senhor nos ajude!
Hermínia Nadais

terça-feira, 21 de abril de 2020

SEMPRE… NASCEMOS DE NOVO!


Quando mais jovem fazia-me muita confusão o ‘nascer de novo’!
O tempo foi passando e fui aprendendo a ler e interpretar as Leituras Bíblicas, a prestar muita atenção às Homilias, a muitos livros que nos levam a compreender, aos bocadinhos, o que necessitamos para podermos viver confiantes, esperançosos e em paz.
Hoje… depois de tudo quanto a 'Vida' na minha vida me tem ensinado, posso afirmar que nascemos de novo, talvez, mais do que todos os dias.
Todas as manhãs é um novo renascer para um novo dia, mas dentro do dia também aparecem muitas vezes ocasiões de mudar de atitudes, de renascer de novo para uma forma de viver e estar melhor, cada vez melhor.
Afinal, foi para isso que fomos criados, tão amorosamente, mas livres de podermos fazer o que quisermos!
Deus/Jesus, ama-nos, quer que sejamos muito felizes seguindo os passos de Jesus, mas se não nos dispusermos a abrir de par em par o coração, a sensibilidade, a vontade ao Seu Divino Espírito Santo Ele não nos poderá iluminar nas verdades da Fé e nos fortalecer na subida para Deus, e sozinhos nada conseguiremos.
O Evangelho de ontem falava-nos no Nicodemos, que procurava Jesus de noite com medo de que a sua aproximação a Jesus prejudicasse a sua vida habitual.
Nicodemos não percebeu como seria possível nascer de novo como Jesus lhe disse.
Nascemos de novo no Batismo… e renasceremos de novo todas as vezes que formos capazes de corrigir algum defeito ou de desenvolver alguma qualidade. Mas… será que não estaremos muitas vezes como Nicodemos???
É caso para pensar! 
Aos “Nicodemos” que vão existindo por aí Jesus vai apontando o mesmo caminho: ‘É preciso nascer de novo, nascer do Espírito!’ São Paulo dizia: ‘Julgo como perda todas as coisas comparadas com o conhecimento e seguimento de Jesus Cristo, meu Senhor!’
Agora, quero terminar com o que recebi hoje de Evangelizo e gostei muito!
«»
Santo Efrém (c. 306-373)
diácono da Síria, doutor da Igreja
Hino 1 sobre a Ressurreição
O Pastor de todos desceu,
procurou Adão, ovelha perdida,
levou-o aos ombros e subiu.
Fez de Si mesmo um sacrifício
oferecido ao Senhor do rebanho (cf Lc 15,4; Jo 10,11).
Bendita seja a sua descida até nós!
Ele veio, orvalho e chuva vivificante,
a Maria, terra sedenta.
O grão de trigo desceu à terra
e dela voltou a subir,
ramo e pão novo (Jo 12,24).
Bendita seja a sua oferenda! [...]
Do alto, o poder desceu a nós;
do seio da Virgem, a esperança brilhou para nós;
do sepulcro, a vida surgiu para nós,
à direita do Pai,
Ele Se senta como rei para nós.
Bendita seja a sua honra!
Do alto jorrou como um rio;
de Maria saiu como um rebento;
do bosque suspendeu-Se como fruto,
E subiu ao Céu,
oferenda de primícias.
Bendita seja a sua vontade!
«»
Irmãos e irmãs, com Jesus Cristo no comando da nossa vida, sempre nasceremos de novo!
Que sempre seja louvado!
Hermínia Nadais

A BONDADE DE DEUS ULTRAPASSA TUDO!


 Quando era novinha, acreditava em tudo, tinha medo de tudo, horrorizavam-me certas coisas que fazia e ficava muito triste. Isto acontecia porque desde bem cedo os meus pais e avós incutiram na minha vida um grande respeito e amor por Deus, Jesus, Maria, José. O Espírito Santo, falava-se d’Ele quando se rezava a Glória, mas quase não passava daí. Sabia-se que em Deus havia três pessoas, mas o Pai castigava o mal, era o mais falado e o que metia mais medo. Era medo, não era temor! Temor tenho agora. Que, referente a Deus, é muito diferente de medo!
Aos poucos fui-me inserindo na Catequese, como catequista, pelo que tinha de fazer formação que muito me ajudou. Depois o Prior formou um grupo de Ação Católica na Paróquia que também, exigiu formação e uma atuação especial, pois fui colocada na frente do Grupo.
Ajudou-me muito.
Tudo me chegava muito ao Senhor porque, realmente, eu tinha vontade de ser Freira, mas entretanto, numa viagem a Fátima, encontrei o Herculano e foi, na verdade, amor à primeira vista. Nunca mais deixei de gostar dele e de o amar demais da conta.

Entretanto comecei a estudar como autodidata aos 22 anos, e a dar aulas ao que agora se chama de 1º Ciclo, mas na serra, longe de casa.
Foi difícil, pois não tinha tempo livre para o Francês e Inglês que necessitava de explicações.
Tinha feito o então chamado 2º Ano do Liceu, agora, 6º ano, quando casamos e ficamos a viver em casa dos pais dele, o que, de facto, nunca foi do meu agrado, mas, enfim!
A vida não foi fácil, com muitos baixos e poucos altos, mas Deus esteve sempre presente ao longo de todos os meus dias.
Depois de dois anos na extinta Escola do Magistério Primário do Porto completei o curso e comecei de novo a lecionar, agora na cidade de Vale de Cambra, que na altura era Vila.
Nunca deixei de dar aula de Religião e Moral, e no último ano que lecionei foi o meu trabalho com todas as 13 turmas da escola onde trabalhava, onde ensinava também a iniciação à informática, que sempre me sensibilizou.
Quando entrei na aposentação ou reforma, reformei mesmo.
Entreguei-me de corpo e alma às coisas de Deus, foi quando fiz o Cursilho de Cristandade e por aí além. Cada vez me prendia mais com a Palavra de Deus que comecei a perceber aos pouquinhos e a amar a Deus em espírito e verdade! Aos poucos fui perdendo o medo dos castigos de Deus e a temer magoá-l’O, que é o que sinto agora no mais fundo de mim mesma. E agradam-me por demais escritos como este:
«»
Juliana de Norwich (1342-depois de 1416)
mística inglesa
«Revelações do Amor Divino», cap. 32
O nosso bom Senhor disse-me certa vez: «Todas as coisas vão acabar em bem»; e doutra vez disse-me: «Verás que tudo acabará em bem». Com estas palavras, a minha alma percebeu […] que Ele quer que saibamos que dá atenção, não somente às coisas nobres e grandes, mas também às que são humildes, pequenas, pouco elevadas, simples. É isto que Ele quer dizer quando declara: «Tudo, seja o que for, terminará em bem».
Ele quer fazer-nos entender que nem a menor coisa será esquecida. E quer que compreendamos que muitas ações são tão más a nossos olhos e nos causam tanta dor que parece impossível que possam ter um fim bom; e assim, afligimo-nos e lamentamo-nos, de tal modo que deixamos de ser capazes de encontrar a paz na contemplação bem-aventurada de Deus, como devíamos. Porque neste mundo raciocinamos de forma tão cega, tão baixa, tão simplista que nos é impossível conhecer a sabedoria elevada e maravilhosa, o poder e a bondade da Santíssima Trindade. […] É como se Deus nos dissesse: «Na nossa vida Tende o cuidado de acreditar e confiar em Mim, e no final vereis tudo na verdade, e portanto na plenitude da alegria». […]
Vejo que há uma obra que a Santíssima Trindade realizará no último dia. Quando e como será feita esta obra, nenhuma criatura abaixo de Cristo o sabe e ninguém o saberá até ao seu cumprimento. […] Se Deus quer que saibamos que Ele fará esta obra, é para que estejamos mais à vontade, mais pacificados no amor, e deixemos de fixar o olhar nas tempestades que nos impedem de verdadeiramente nos alegrarmos nele. Esta é a grande obra ordenada por Nosso Senhor desde toda a eternidade, um tesouro escondido no seu seio bendito, e só dele conhecido. Por esta obra, Ele vai garantir que tudo acabe em bem, porque, tal como a Santíssima Trindade criou todas as coisas do nada, assim vai tornar boas todas as coisas que o não são.
«»
Perante tudo o que Deus tem feito de mim e comigo, acredito profundamente que com Deus a amparar-nos a vida tudo acaba bem! E por uma razão muito simples.
Sou uma pobre criatura pecadora, cheia de defeitos, que amo a Deus e aos irmãos do jeito que fui aprendendo ao longo da vida com Deus e com tudo quanto me foi acontecendo, e passo a vida a rezar pelo bem e o sucesso (mais espiritual que corporal) de toda a gente… e
não sou capaz de fazer nem desejar mal a ninguém.
Então, perante isto, questiono-me como será Deus? Como será Jesus? Como será a Santíssima Trindade? Como será Nossa Senhora… e os santos! Um dia… o saberei!
A bondade de Deus ultrapassa tudo, não tenho a menor dúvida!
Hermínia Nadais

domingo, 19 de abril de 2020

DOMINGO DA DIVINA MISERICÓRDIA!


Misericórdia! Deus é Misericordioso e bom! Jesus é Misericordioso e bom!
Misericórdia, é a bondade de Jesus, é o Amor como Jesus nos olha, ao ponto de se dispor a perdoar tudo quanto a gente faz!
A Misericórdia de Deus é tamanha, que nem sequer A podemos imaginar. Ou melhor! Olhando Jesus como Deus incarnado, podemos imaginar a Misericórdia Divina pela forma como Jesus, na agonia da Cruz, pediu perdão ao Pai para os que O estavam a martirizar tanto, quando disse: ‘Pai, perdoai-lhes porque não sabem o que fazem!’
E, de facto, quem magoa Jesus, não sabe o que faz, não O conhece minimamente, ainda não teve a imensa graça de O sentir no mais profundo do coração, pois se O tivesse sentido, faria tudo para não O magoar, amando as pessoas como se d’Ele se tratasse, dando enfase ao que nos disse: ‘Tudo o que fizerdes ao mais pequenino dos irmãos, é a Mim que o fazeis!
Jesus Misericórdia! Jesus Perdão! Jesus Amor! Jesus! Jesus! Jesus!
«»
"ENCONTRAR DEUS NO FUNDO DO NOSSO CORAÇÃO"
Se procurarmos fazer silêncio interiormente e mergulharmos na essência do nosso ser, encontraremos somente bondade, amor, justiça, verdade, misericórdia.
É necessário deixarmos para trás tudo o que não é amor, para irmos ao fundo do nosso coração e aí encontrarmos Deus.
O centro do nosso coração, onde está Deus, tem uma porta muito estreita. Por ela entra somente o nada: o desapego, o vazio de si mesmo.
Qual o coração que pode conter Deus? Somente o coração que ama à semelhança do coração de seu Filho.
Deus é amor! E Ele quer ter um encontro com cada um de nós dentro dos nossos corações.
Abraços
Apolonio
«»
Vivemos num mundo lindo… mas nada deste mundo levaremos connosco, só mesmo o que estiver no mais profundo do nosso coração!
Pecado… é tudo quanto magoa Deus e os homens que vivem ao nosso lado! Pecado, é tudo quanto devemos evitar! Claro que somos fracos, e sempre teremos atitudes reprováveis, mas que sejam o menos possível!
Quando foi instituído o Domingo da Divina Misericórdia não foi em vão! Foi Jesus que o pediu à Irmã Faustina que o Papa São João Paulo II canonizou, pôs à veneração de todo o mundo no dia 30 de Abril do ano 2000, ano em que declarou o 2º Domingo da Páscoa o Domingo da Divina Misericórdia.
De facto, é pela Páscoa que vemos e sentimos com maior intensidade a Misericórdia de Jesus para connosco, o quanto sofreu em todas as inúmeras chagas das mãos, pés, cabeça, peito, costas cheias de chicotadas, uma autêntica chaga viva, de onde brotou o dom de perdoar os pecados que Jesus confiou aos discípulos e por eles a todos os responsáveis pela Igreja, Papa, Bispos, Padres, até aos nossos tempos e sempre, até ao fim dos tempos.
Ao viver o Domingo da Misericórdia, podemos debruçar-nos mais a sério as chagas gloriosas de Jesus ‘e o seu Coração, fonte ininterrupta de luz e de verdade, de amor e de perdão. O Coração de Cristo! O seu Sagrado Coração deu tudo aos homens: a redenção, a salvação, a santificação. [...]
Através do mistério deste Coração ferido, não cessa de se difundir, também sobre os homens e as mulheres da nossa época, o fluxo reparador do amor misericordioso de Deus. Quem aspira à felicidade autêntica e duradoura, unicamente nele pode encontrar o seu segredo. «Jesus, confio em Ti». Esta oração, querida a tantos devotos, exprime muito bem a atitude com que também nós desejamos abandonar-nos confiantes nas tuas mãos, ó Senhor, nosso único Salvador.
Arde em Ti o desejo de seres amado, e quem se sintoniza com os sentimentos do teu Coração aprende a ser construtor da nova civilização do amor. Um simples ato de abandono basta para superar as barreiras da escuridão e da tristeza, da dúvida e do desespero. Os raios da tua divina misericórdia dão nova esperança, de maneira especial, a quem se sente esmagado pelo peso do pecado.’ (São João Paulo II)
Não sei mais que diga sobre a Misericórdia de Jesus, mas tenho de me dizer que devo, com quem me rodeia, dentro da minha pobreza espiritual, imitar a Sua Divina Misericórdia!
Que o Divino Espírito Santo nos ajude!
Hermínia Nadais

sábado, 18 de abril de 2020

OITAVÁRIO DA PÁSCOA!


O Oitavário da Páscoa está a chegar ao fim, pois vai do Domingo de Páscoa ao  Domingo do Divina Misericórdia ou 2º Domingo de Páscoa!
Faz tempo que me tenho esforçado por prestar a maior atenção às Leituras da Liturgia Diária e às homilias de todas as Eucaristias.
Quando podia ir à Eucaristia diariamente e sabia que o Sacerdote não fazia homilia, prestava atenção à Eucaristia que a Canção Nova transmitia de Fátima, que é na Eucaristia ferial que participo agora.
Quantas coisas tenho aprendido. Nunca dei tanta atenção ao Oitavário da Páscoa como este ano… foi maravilhoso, foi muito bom, está a ser muito, muito bom!
«»
"DESCOBRIR A PRESENÇA DE DEUS NO MEIO DE NÓS"
Deus é onipresente, isto é, está em todos os lugares. Porém, perceber a sua presença depende de um ato interior, que está ligado ao desejo sincero de amá-lo.
Portanto, se não o escolhermos, nunca perceberemos a sua presença.
Descobrimos a sua presença primeiramente dentro de nós, em nosso coração; depois, como consequência, descobrimos a sua presença no próximo, em qualquer irmão que amamos. Depois, o irmão pode nos retornar o mesmo amor.
No amor mútuo descobrimos a sua presença entre nós. Esta foi a promessa feita por Jesus: "Onde dois ou três estão reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles." (Mt 18,20)
Ele está na sua Palavra anunciada, acolhida e, sobretudo, vivida; Ele está nos seus ministros e apóstolos; Ele está também na Eucaristia, no pão repartido na mesa da comunhão.
Ele está em todos os lugares, mas só o descobre quem o busca com os olhos do amor.
Abraços
Apolonio
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Buscar Jesus com os olhos do amor! Talvez, sim, o amor tenha aumentado, ou melhor dizendo, vai aumentando devagarinho!
Já vivi muitos Oitavários da Páscoa, e nada se repete, cada ano me diz algo diferente, que me leva a orientar a vida de uma outra forma ou a recomeçar algumas atitudes, com nova alegria, novo ardor!
Recomeçar é deixar os erros cometidos e enveredar por caminhos novos, é como que recomeçar uma história conhecida e dar-lhe um fim diferente, é fazer experiências novas.
De fato, a Palavra de Deus é sempre nova, de todas as vezes que nos debruçamos a sério sobre um pouquinho dela, diz-nos algo qua ainda não tínhamos descoberto!
Que nos dirá amanhã, no Domingo da Divina Misericórdia?
Dependerá do amor que colocarmos no que lermos, ouvirmos e sentirmos!
Que o Espírito Santo nos ajude!
Hermínia Nadais

sexta-feira, 17 de abril de 2020

JESUS, VIDA E FONTE DE VIDA


Quanto mais me debruço sobre as Escrituras Sagradas e sobre a vida e obra de Jesus, com tudo quanto disse e fez, cada vez me convenço mais que Jesus é Vida e Fonte de Vida!
É Vida, porque tudo quanto fez foi vida em abundância, e é Fonte de Vida porque, aconchegando-nos, orientando-nos, amando-nos tanto no mais profundo do nosso coração continua a ser Vida na nossa vida!
O Oitavário da Páscoa está a terminar, mas tanto que nos tem dado! O que Jesus fez com as pessoas que O acompanharam em vida, e os cuidados que tem com tudo que vemos não foi só nesse tempo… continua agora nos nossos dias, é só abrirmos-Lhe o coração de par em par, pois a Sua Humildade e infinito Amor não entra na intimidade das pessoas sem ser por elas desejado.
Mas ainda assim, não deixa ninguém só. Pelas mais diversas formas vai falando aos corações, vai-nos pondo em contato uns com os outros de modo a cada um poder escolher o que pensa melhor para a sua vida!
Tanta dedicação e ternura, não dá mesmo para entender!
«»
Santo Amadeu de Lausana (1108-1159)
monge cisterciense, bispo
Homilia mariana VI, SC 72
Comei, meus amigos; bebei e inebriai-vos, meus bem-amados (cf Cant 5,1). Convido-vos para a mesa da Sabedoria e para as libações do vinho que ela vos preparou no seu cálice (cf Prov 9,5). Feliz daquele que, tendo sido admitido a este banquete, brilhar diante dos convivas na veste nupcial (cf Mt 22,11).
Ser-lhe-á servido o pão da vida, que fortifica, que cumula e sacia com maravilhosa doçura, juntamente com o vinho da alegria, vinho que provém do fruto da videira, verdadeiro vinho da ressurreição, espremido da árvore da Paixão do Senhor. [...] Este conviva comerá, ataviado com a sua mais bela veste e de anel da paz no dedo, o vitelo gordo morto pelo Pai (cf Lc 15,22). De rins cingidos com o cinto da fé e da castidade, de sandálias nos pés, pronto para qualquer obra boa (cf 2Tim 3,17), ele comerá as carnes do Cordeiro pascal assadas ao fogo (cf Ex 12,9). [...] Tendo tomado o peixe que foi encontrado sobre brasas nas margens do lago, quando o Senhor apareceu aos discípulos após a sua ressurreição (cf Jo 21,9), provará também um raio de mel. E dirá então, repetindo o poema do Cântico dos Cânticos: «Comi o meu raio de mel, bebi o meu vinho com leite». Regurgitando todas estas delícias, convidará outros para este festim: «Comei, meus amigos; bebei e inebriai-vos, meus bem-amados» (cf Cant 5,1).
Também eu, meus irmãos, vos convido para este festim: «Comei, meus amigos; bebei e inebriai-vos, meus bem-amados». Comei o pão da vida, bebei o vinho da alegria, inebriai-vos com o júbilo da ressurreição. Este inebriamento é a sobriedade plena, que apaga a memória do mundo e imprime no espírito, sem cessar, a ideia da presença de Deus. Quem está dele ébrio tudo esquece e nada mais recorda senão a caridade divina. [...] Rejubilai com a sua alegria, vós que sofrestes com a sua dor.
«»
Não sei quantas vezes já li este texto de Evangelizo, e sempre me deixa perplexa e de coração a bater mais forte.
Sem sombra de dúvida, somos bênçãos uns para os outros, somos a presença de Jesus uns para os outros, ainda que não sejamos bem o que Ele quer.
Para que se pudesse cumprir a Sua prisão e morte, foi preciso a traição de Judas!
Na nossa vida, se estivermos bem atentos, ainda que muito nos custe sofrer alguns reveses que nunca deixarão de doer, com o tempo reconheceremos que mesmo isso foi para nosso bem.
Deus, Jesus, não tem em conta os pecados, mas o arrependimento e conversão que se vão transformando em Amor!
Será que estou louca???
Penso que não! Se assim não fosse, como é que eu poderia sentir tão profundamente o Amor de Jesus por mim, tão pecadora???
Que nos ajude na luta contra o vírus e a descobrir o que espera que façamos com todas as aprendizagens que nos proporcionou.
E… que sempre seja louvado!
Hermínia Nadais

quarta-feira, 15 de abril de 2020

JESUS CRISTO ESTÁ CONNOSCO


Neste oitavário da Páscoa, ou seja, nestes oito dias que se vivem como se fosse um, em que se vive e revive tudo quanto aconteceu no dia de Páscoa da Ressurreição com Jesus e os Apóstolos e Seus amigos, aprendemos e vivemos intensamente muitas coisas!
Em casa, de quarentena obrigatória pelo Covid 19, a Igreja entra-nos pela casa dentro e faz de nossa família uma verdadeira Igreja Doméstica. Estamos em casa e olhamos a TV como se estivéssemos junto ao altar na nossa igrejinha de pedra junto de Jesus ou a participar na Eucaristia e outras orações comunitárias.
Depois, a internet traz até nós meditações como esta que chegou de Evangelizo e nos diz tanto: 
«»
São John Henry Newman (1801-1890)
teólogo, fundador do Oratório em Inglaterra
PPS 6, 10
Irmãos, compreendamos o que foram as aparições de Cristo aos seus discípulos depois da ressurreição. Elas são da maior importância, porque nos mostram que continua a ser possível uma comunhão deste género com Cristo; com efeito, é este o género de contacto com Cristo que hoje nos é proporcionado. Neste período de quarenta dias que se seguiu à ressurreição, Jesus inaugurou uma nova relação com a Igreja, a sua atual relação connosco, o género de presença que quis garantir-nos.
Após a sua ressurreição, como estava Cristo presente na sua Igreja? Ia e vinha livremente, sem nada que se Lhe opusesse, nem sequer as portas fechadas; e, quando Ele estava presente, os discípulos não se apercebiam imediatamente disso. [...] Os discípulos de Emaús só tiveram consciência da sua presença quando, de repente, compreenderam o impacto que Ele tinha tido neles: «Não ardia cá dentro o nosso coração?» [...]
Reparemos bem em que momento se lhes abriram os olhos [...]: no momento da fração do pão. É essa, com efeito, a atual disposição do Evangelho. Quando recebemos a graça de compreender a presença de Cristo, só O reconhecemos mais tarde; atualmente, só discernimos a sua presença pela fé. Em lugar da presença sensível, Ele deixou-nos o memorial da sua redenção, tornando-Se presente no Santíssimo Sacramento. Quando foi que Ele Se manifestou? Quando, por assim dizer, fez com que os seus passassem de uma visão sem verdadeiro conhecimento a um autêntico conhecimento, na invisibilidade da fé.
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Sim! É pela fé que procuramos os sítios onde Jesus se encontra presente e aí nos sentimos intimamente unidos a Ele., pertinho d’Ele, assim como é pela fé que O sentimos connosco no decorrer dos segundos, em que, nas lides diárias, vamos partilhando com Ele tudo o que fazemos e dialogando silenciosamente sobre o que será melhor fazer. E nestas andanças, muitas vezes, sentimos a mão dÉle a conduzir-nos para o que realmente será melhor fazer.
Reconhecer Jesus perto de nós, exige querermos que esteja perto, colocarmo-nos nas Suas mãos, sob os Seus cuidados, e agir segundo o que sabemos ser da Sua vontade!
Penso que isto é viver a Páscoa, indefinidamente, não só agora que o Tempo é Pascal, mas sempre, porque Jesus está sempre junto de nós e connosco!
A Páscoa é o momento de maior evangelização, o momento de muitos mais irmãos compreenderem o que será viver com e ao jeito de Jesus, até que, pela Sua imensa Misericórdia, nos possamos unir permanentemente a Ele, quando formos levados desta terra linda onde nos colocou.
O coração pula e não dita mais palavras às mãos! Um feliz oitavário da Páscoa para toda a gente!
Hermínia Nadais