Eu sabia que a vontade tem um grande
valor, sem vontade, por muitas vezes, uma enorme força de vontade, não
conseguimos nada na vida.
Ao longo do tempo, com muita vontade
de ser uma pessoa melhor, fui-me descobrindo, e verificando a enorme força que
a vontade exercia em mim, exerce em nós.
E Deus, que nos chama carinhosamente
para Si, mão nos obriga a nada, e só age diretamente em nós se nos abrirmos a
Ele de todo o coração, com todo o nosso querer, com toda a nossa vontade que
Ele respeita, pois como nos criou livres, respeita-nos.
Á, Senhor, assim nós fizéssemos
contigo!
Acerca deste tema… tantas coisas tenho
para contar Jesus, Tu sabes! Mas não sei como começar, nem o que dizer, pois o
mais certo é ser incompreendida por quem ler o texto.
Então, e porque me tocou por demais,
aqui vai o que recebi de Evangelizo
«»
Santa Gertrudes de Helfta (1256-1301)
monja beneditina
«O Arauto», Livro IV, SC 255
Recordando-se da condescendência
do Senhor, que, no final daquele dia, como está dito, foi a Betânia (cf Mc
11,11), a casa de Marta e Maria, Gertrudes foi inflamada por um vivo desejo de
O receber.
Aproximando-se de uma imagem do
Crucificado, beijou-lhe com profundo sentimento a chaga do santíssimo lado,
deixando-se penetrar inteiramente pelo desejo do coração amantíssimo do Filho
de Deus, e suplicou-Lhe, pela força de todas as orações que jamais subiram
àquele coração infinitamente suave, que Se dignasse descer à pequena e indigna
estalagem do seu coração. Na sua benignidade, o Senhor, que está sempre perto
de quantos O invocam (cf Sl 144,18), fez-lhe sentir a sua presença tão desejada
e disse-lhe com suave tristeza: «Eis-Me aqui! Que queres oferecer-Me?» E ela:
«Sede bem-vindo, Vós sois a minha única salvação e todo o meu bem - que digo? O
meu único bem». E acrescentou: «Meu Senhor, na minha indignidade, nada preparei
que convenha à vossa divina magnificência; mas ofereço todo o meu ser à vossa
bondade. Cheia de desejos, peço-Vos que Vos digneis preparar Vós em mim o que
pode convir melhor à vossa divina benignidade». O Senhor disse-lhe: «Se Me
concedes ter em ti essa liberdade, dá-me a chave que me permitirá tomar e pôr
sem dificuldade tudo o que Me aprouver, tanto para o meu bem-estar como para
minha reparação». Ela perguntou-Lhe: «E que chave é essa?» Resposta do Senhor:
«A tua vontade».
Estas palavras permitiram-lhe
compreender que, se alguém deseja receber o Senhor como hóspede, terá de Lhe
consagrar a chave da sua vontade, submetendo-se por completo a Ele e confiando
em absoluto na sua doce benignidade, a fim de realizar a sua salvação em todas
as coisas. Quando tal acontece, o Senhor entra nesse coração e nessa alma, a
fim de realizar tudo quanto o seu comprazimento divino possa exigir.
«»
Sinceramente… tocam-me muito estas conversas tão
sentidas, tão íntimas, tão fortes, tão sublimes, tão simples, tão belas e
dignificantes!
Tenho momentos… muitos momentos que fico baralhada, rezo,
oro, sem saber muito bem o que pedir ao Pai. E peço muitas vezes, sem saber se
estou a pedir bem ou mal. Sei de fonte segura que os tempos de Deus, de Jesus,
não são os nossos, e o que nos parece estar muito difícil às vezes está mesmo à
beirinha de ser bem resolvido!
Então… no meio de orações, petições,
agradecimentos… saem louvores e o ‘faça-se, Senhor, a Tua vontade!’
Mas… que ninguém se perca no caminho que
tens para cada um!
Sei que a época é difícil. Muita prisão em
casa, tudo muito parado e o Covid 19 sempre a trabalhar!
Ainda não entendi nada disto, mas Deus é
Pai Misericordioso e bom, amoroso e justo, que só quer o bem da Humanidade
que criou!
Temos visto comportamentos maravilhosos, pessoas
que não poupam trabalhos para o bem de todos, corpos separados mas de
corações bem unidos e interessados uns pelos outros, irmanados como nunca se
viu. Que quererá Deus que modifiquemos na nossa forma de ser e de viver?
Estejamos alerta, com vontade bem forte de agir perante o que nos for pedido,
atentos e bem abertos à Sua Novidade que nunca nos deixa ficar mal!
Um bom trabalho para a Semana Santa que se
iniciou!
Que sempre seja louvado!
Hermínia Nadais
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