terça-feira, 29 de setembro de 2015

NÃO SEI O QUE FAREI!



Claro que não sei o que farei! Nem sequer sei muito bem o que quero fazer, até porque a minha vontade anda por aí na busca de Caminho!

Caminho… Verdade… e Vida!

Sim! Esta tem sido a minha busca permanente! Procurar o Caminho na Verdade, a única forma de conseguir uma verdadeira Vida! Com avanços e recuos, momentos bons e menos bons!

Depois de muito procurar pelos mais díspares lugares, acabei por concluir que é bem dentro de mim que está o caminho. No encontro profundo com a minha verdade, ou seja, com tudo quanto sou na realidade, e assumindo-me tal como sou com muita vontade de ser cada vez mais humana, e consequentemente, mais cristã! É a isto que eu chamo vida! A minha vida!

O caminho percorrido até chegar aqui não foi muito tranquilo, teve muitos penedos e socalcos, dificuldades sem par! Sim, dificuldades sem par, porque as minhas dificuldades, impreterivelmente, são diferentes das dificuldades de todas as pessoas, porque cada pessoa é única e irrepetível.

Logo ao nascer mostraram-me o verdadeiro Caminho, que eu aceitei, mas não compreendi muito bem.

Nas voltas e revoltas da caminhada, pensava ter encontrado o Caminho. Mas não!

E continuei a busca nas igrejas, cursos, festas, romarias… às vezes a rir, outras a chorar, sempre a pensar o que fazer para encontrar o caminho certo.

Um certo dia… olhei bem para mim, para o que já tinha sido, e chorei. Chorei muito na ânsia de voltar a ser o que antes era!

Deus e eu! Eu e Deus! Sim, porque o “Anjo” que estava entre nós era Deus junto de mim!

Há palavras tão doces e profundas que transformam o intransformável porque são tão fortes que queimam mais que fogo!

Queimam mais que fogo, e fazem os momentos de todo inesquecíveis, inefáveis, belos… um pouquinho de céu na terra!

E então encontrei o Caminho, de Verdade, e a partir dali interiorizei que Ele, Jesus, o Caminho, Verdade e Vida, teria de ser parte integrante da minha própria vida!

Agora… o caminho vai-se fazendo na caminhada da vida!…

E continuo à procura com muito cuidado para não me perder!

Cada dia que passa descubro mais maravilhas n’Esse Jesus que me fascina, me acarinha, me encanta, me busca… às vezes de forma pouco compreensível humanamente, mas Ele sabe porquê!

Pensando muito bem, tenho que admitir que aprendi muito mais com as dificuldades e sofrimentos do que com as coisas boníssimas que me têm acontecido!

Agora… quero que toda a gente tenha um encontro profundo com Jesus! Que toda a gente conheça a Boa Nova do Evangelho! Que toda a gente viva na fraternidade e Amor, porque o Amor vem de Deus/Jesus porque Deus é Amor!

E eu… “não sei o que farei…” mas sei muito bem o que não quero fazer! Não quero fazer nada que me afaste do Amor de Jesus, nem que possa afastar as pessoas do Amor de Jesus!

Que sempre sejas louvado, Senhor!

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

“E TU QUE FARÁS!”



 Esta é uma questão que todos nós, os baptizados, teremos de nos fazer!
A vida é sempre um compromisso com o mundo belo que nos foi dado para viver, onde cada pessoa se deve interessar pelo bem pessoal e comum, o que faz da
vida um compromisso pessoal e colectivo, familiar, de grupos de trabalho e de aprendizagem ou lazer.
A vida tem-me ensinado muitas coisas. E por todos os meios que vão estando ao meu alcance não me canso de procurar aprender cada vez mais.
O que mais me preocupa não são os maus comportamentos das pessoas, mas a imensa ignorância religiosa que as deixa apreensivas, tristes e sem esperança.
Há pessoas muito boas dentro e fora das igrejas, mas há uma enorme ignorância religiosa.
Ainda há pais que se interessam por baptizar os filhos, mas não têm a mínima ideia das benesses ou deveres dos baptizados.
Algumas palavras do Santo Padre Francisco:
“…cada cristão recebeu, em virtude do Baptismo, uma missão. Cada um de nós deve responder, da melhor forma possível, à chamada do Senhor para construir o seu Corpo, que é a Igreja.
«E tu, que farás?» A partir destas palavras, gostaria de me deter sobre dois aspectos, no contexto da nossa missão específica de transmitir a alegria do Evangelho e edificar a Igreja como sacerdotes, diáconos, membros masculinos e femininos de institutos de vida consagrada.
Em primeiro lugar, aquelas palavras – «E tu, que farás?» – foram dirigidas a uma pessoa jovem, uma jovem mulher com ideais elevados, e mudaram a sua vida. Impeliram-na a pensar no trabalho imenso que havia para realizar e a dar-se conta de que também ela era chamada a fazer a sua parte. Quantos jovens, nas nossas paróquias e escolas, têm os mesmos ideais elevados, generosidade de espírito e amor a Cristo e à Igreja! Perguntemo-nos: Somos nós capazes de os pôr à prova? Somos capazes de os guiar e ajudar a fazer a sua parte? A encontrar caminhos para poderem partilhar o seu entusiasmo e os seus dons com as nossas comunidades, sobretudo nas obras de misericórdia e de compromisso a favor dos outros? Partilhamos a própria alegria e entusiasmo que temos em servir o Senhor?
Um dos grandes desafios que a Igreja tem pela frente, nesta geração, é promover, em todos os fiéis, o sentido de responsabilidade pessoal pela missão da Igreja e torná-los capazes de cumprirem tal responsabilidade como discípulos missionários, serem fermento do Evangelho no nosso mundo. Isto exige criatividade para se adaptar às situações em mudança, para levar avante a herança do passado, não primariamente mantendo estruturas e as instituições que também são úteis, mas acima de tudo estando disponíveis para as possibilidades que o Espírito abre diante de nós e comunicando a alegria do Evangelho, todos os dias e em todas as estações da vida.
«E tu, que farás?» É significativo que estas palavras do Papa já idoso tivessem sido dirigidas a uma mulher leiga. Sabemos que o futuro da Igreja, numa sociedade em rápida mudança, exigirá – e já agora o exige – um compromisso cada vez mais activo por parte dos leigos. A Igreja nos Estados Unidos sempre dedicou um enorme esforço ao trabalho da catequese e da educação. O nosso desafio, hoje, é construir alicerces sólidos e promover um sentido de colaboração e responsabilidade compartilhada, quando programamos o futuro das nossas paróquias e instituições. Isto não significa transcurar a autoridade espiritual que nos foi confiada, mas discernir e usar sabiamente os múltiplos dons que o Espírito concede à Igreja. De forma particular, significa valorizar a contribuição imensa que as mulheres, leigas e consagradas, deram e continuam a oferecer na vida das nossas comunidades.
Leigas… e leigos!
Tentemos conhecer melhor e ser cada vez mais comprometidos com Jesus Cristo, pois, normalmente inseridos nos mais diversos ambientes, temos mais possibilidade de fazer chegar aos nossos amigos e amigas as maravilhas da Sua Doutrina que nos ensina a viver segundo a Sua vontade.
Viver ao jeito de Jesus é viver na verdadeira felicidade!
Mesmo quando a vida é difícil e fica transformada numa cruz, saber que Deus nos ama e está sempre connosco encoraja-nos a seguir caminho.
Palavras de São Pedro Crisólogo imaginando o Jesus falando da Cruz:
“Esta cruz não foi mortal para Mim, mas para a morte. Estes pregos não Me penetram de dores, mas de um amor ainda mais profundo por vós. Estas feridas não provocam gemidos, mas fazem-vos entrar ainda mais no meu coração. O esquartejar do meu corpo abre-vos os meus braços como um refúgio, não aumenta o meu suplício. O meu sangue não está perdido por mim, mas guardado para vosso resgate (Mc 10,45).
Vinde pois, voltai para Mim e reconhecei o vosso Pai, vendo que Ele vos paga o mal com o bem, os insultos com o amor, e tão grandes feridas com uma tão grande caridade.»”
Quem abre o coração ao amor de Jesus e O sabe seu amigo, ainda que no meio de amarguras de várias ordens, tem uma alegria sem par! E o seu maior desejo é que todas as pessoas consigam conhecer minimamente Jesus de modo a abrir o coração ao Seu amor e serem felizes também!
Que o Espírito Santo nos fortaleça e Deus Pai e Jesus nos ajudem a fazer tudo quanto podermos para o bem de todos!

A FESTA!.. TAMBÉM É TRABALHO!




Quando pensarmos numa festa, pensemos também no trabalho que comporta!
Sim, porque uma festa não é só divertimento e folia, também é trabalho, porque para haver folia para uns há sempre trabalho para outros!
Mas... a vida é mesmo assim! E tudo acaba por dar prazer quando é feito para fazer os outros felizes!
Não sei porquê, talvez pela preocupação de tantas pessoas que conheço com trabalhos precários ou mesmo no dsemprego, ou quem sabe, se da aproximação do dia das eleições...ou do pós eleições... que o Senhor guie os portugueses todos, todos sem excepção, os candidatos pata que sejam o mais honestos possível e os cidadãos para que consigam fazer uma boa escolha dos candidatos no sentido de que  seja feita uma maior distribuição de bens e, consequentemente, haver mais postos de trabalho em Portugal.
Acerca do trabalho, disse o papa Francisco:
“A falta de trabalho danifica também o espírito, como a falta de oração danifica também a atividade prática.
Trabalhar – repito, em mil formas – é próprio da pessoa humana. Exprime a sua dignidade de ser criada à imagem de Deus. Por isso, se diz que o trabalho é sagrado. E por isso a gestão da ocupação é uma grande responsabilidade humana e social, que não pode ser deixada nas mãos de poucos ou descarregada sobre um mercado divinizado. Causar uma perda de postos de trabalho significa causar um grave dano social. Eu me entristeço quando vejo que há gente sem trabalho, que não encontra trabalho e não tem a dignidade de levar o pão para casa. E me alegro tanto quando vejo que os governantes fazem tantos esforços para encontrar postos de trabalho e para buscar fazer com que todos tenham um trabalho. O trabalho é sagrado, o trabalho dá dignidade a uma família. Devemos rezar para que não falte o trabalho em uma família.
A Encíclica Laudato si, que propõe uma ecologia integral, contém também esta mensagem: a beleza da terra e a dignidade do trabalho são feitas para estarem juntas. Vão juntas todas as duas: a terra se torna bela quando é trabalhada pelo homem. Quando o trabalho se distancia da aliança de Deus com o homem e a mulher, quando se separa das suas qualidades espirituais, quando é refém da lógica só do lucro e despreza os afetos da vida, a degradação da alma contamina tudo: também o ar, a água, a erva, o alimento… A vida civil se corrompe e o habitat se destrói. E as consequências atingem sobretudo os mais pobres e as famílias mais pobres. A organização moderna do trabalho mostra, às vezes, uma perigosa tendência a considerar a família como um obstáculo, um peso, uma passividade para a produtividade do trabalho. Mas nos perguntemos: qual produtividade? A considerada “cidade inteligente” é sem dúvida rica de serviços e de organização; porém, por exemplo, é muitas vezes hostil às crianças e aos idosos.
Quando a organização do trabalho a tem como refém, ou até mesmo obstrói o seu caminho, então estamos certos de que a sociedade humana começou a trabalhar contra si mesma!
As famílias cristãs recebem diante dessa conjuntura um grande desafio e uma grande missão. Essas trazem os fundamentos da criação de Deus: a identidade e a ligação do homem e da mulher, a geração dos filhos, o trabalho que torna doméstica a terra e habitável o mundo. A perda desses fundamentos é algo muito sério, e na casa comum existem já muitas frestas!”
Senhor Jesus, carpinteiro do Teu tempo, pela Tua infinita misericórdia e bondade lembra-Te das pessoas desempregadas ou mal pagas!
Neste mundo lindo que Teu/nosso Pai nos deu tem tudo quanto é necessário para a felicidade de todos os Homens Teus irmãos, mas a má repartição das riquezas, a ganância,  insensatez, deixa que tanta gente passe necessidade e chegue a morrer de fome!
Senhor Jesus! Pelo Teu imenso amor, ajuda os homens a serem mais desprendidos, solidários e fraternos. Amém!

domingo, 27 de setembro de 2015

ANUNCIAR A BOA NOVA!



De hoje e de sempre, a boa nova é a felicidade e o bem-estar! Foi a felicidade e o bem-estar que Jesus nos veio ensinar! A felicidade e bem-estar é a Boa Nova de Jesus!
Sim! Porque nada pode dar mais bem-estar e felicidade às pessoas do que tentar a todo o custo viver ao jeito de Jesus!
Mas... para se conhecer realmente esta verdade é preciso experimentá-la! E não é possível experimentá-la sem tentarmos conhecer minimamente Jesus para Lhe podermos abrir as portas do nosso coração aonde Ele não se cansa de bater!
Foi pela pregação aturada dos Apóstolos que a Boa Nova de Jesus foi e vai percorrendo a terra.
Algumas palavras de Santo Hilário de Poitiers:
“«Como são belos os pés dos que anunciam a boa nova, dos que anunciam a paz» (Is 52,7). É pois esta palavra de louvor a Deus que é necessário proclamar, segundo o testemunho do salmista: «Deu a vida à minha alma e não deixou que os meus passos vacilassem.» Com efeito, os apóstolos não se deixaram desviar do curso espiritual da sua pregação pelo terror das ameaças humanas, e a firmeza dos seus passos solidamente assentes impediu-os de se afastarem do caminho da fé. [...]
Contudo, depois de ter dito: «Ele não deixou que os meus passos vacilassem», o salmista acrescenta: «Ó Deus, tu provaste-nos, purificaste-nos pelo fogo como se purifica a prata» (v.10). Esta palavra, começada no singular, refere-se contudo a muitos. Pois único é o Espírito e uma a fé dos crentes, segundo o que está dito nos Actos dos Apóstolos: «Os crentes tinham uma só alma e um só coração» (Act 4,32). [...]
Mas o que significa esta comparação: foram purificados «pelo fogo como se purifica a prata»? Para mim, purifica-se a prata para dela separar a escória que adere à matéria ainda em bruto. [...] É por isso que, quando Deus põe à prova os que crêem nele, não é porque ignore a sua fé, mas porque «a perseverança produz a virtude» como diz o apóstolo Paulo (Rom 5,4). Deus submete-os à prova, não para os conhecer, mas para os levar à consumação da virtude. Assim, purificados pelo fogo e separados de qualquer ligação aos vícios da carne, poderão resplandecer no brilho da inocência que estas provas lhes proporcionaram.
Mas que ninguém, por andar mais ligado às igrejas, se sinta maior ou mais importante para Jesus/Deus do que os outros, porque pode mesmo ser o contrário.
A este respeito, algumas palavras do Papa Francisco:
“Quem é o mais importante? Jesus é simples na sua resposta: «Se alguém quiser ser o primeiro, há-de ser o último de todos e o servo de todos» (Mc 9, 35). Quem quiser ser grande, sirva os outros e não se sirva dos outros.
Aqui temos o grande paradoxo de Jesus. Os discípulos discutiam sobre quem deveria ocupar o lugar mais importante, quem seria selecionado como o privilegiado, quem seria isento da lei comum, da norma geral, para se pôr em evidência com um desejo de superioridade sobre os demais. Quem subiria mais rapidamente, ocupando os cargos que dariam certas vantagens.
Há um «serviço» que serve; mas devemos guardar-nos do outro serviço, da tentação do «serviço» que «se» serve. Há uma forma de exercer o serviço cujo interesse é beneficiar os «meus», em nome do «nosso». Este serviço deixa sempre os «teus» de fora, gerando uma dinâmica de exclusão.
Todos estamos chamados, por vocação cristã, ao serviço que serve e a ajudar-nos mutuamente a não cair nas tentações do «serviço que se serve». Todos somos convidados, encorajados por Jesus a cuidar uns dos outros por amor. E isto sem olhar em redor, para ver o que o vizinho faz ou deixou de fazer. Jesus diz: «Se alguém quiser ser o primeiro, há-de ser o último de todos e o servo de todos» (Mc 9, 35). Não diz: Se o teu vizinho quiser ser o primeiro, que sirva. Devemos evitar os juízos temerários e animar-nos a crer no olhar transformador a que Jesus nos convida.
Este cuidar por amor não se reduz a uma atitude de servilismo; simplesmente põe, no centro do caso, o irmão: o serviço fixa sempre o rosto do irmão, toca a sua carne, sente a sua proximidade e, em alguns casos, até «padece» com ela e procura a sua promoção. Por isso, o serviço nunca é ideológico, dado que não servimos a ideias, mas a pessoas.
“Quem não vive para servir não serve para viver!”
Jesus transtorna a sua lógica, dizendo-lhes simplesmente que a vida autêntica se vive no compromisso concreto com o próximo.
O convite ao serviço apresenta uma peculiaridade a que devemos estar atentos. Servir significa, em grande parte, cuidar da fragilidade. Cuidar dos frágeis das nossas famílias, da nossa sociedade, do nosso povo. São os rostos sofredores, indefesos e angustiados que Jesus nos propõe olhar e convida concretamente a amar. Amor que se concretiza em ações e decisões. Amor que se manifesta nas diferentes tarefas que somos chamados, como cidadãos, a realizar. As pessoas de carne e osso, com a sua vida, a sua história e especialmente com a sua fragilidade, são aquelas que Jesus nos convida a defender, assistir, servir. Porque ser cristão comporta servir a dignidade dos irmãos, lutar pela dignidade dos irmãos e viver para a dignificação dos irmãos. Por isso, à vista concreta dos mais frágeis, o cristão é sempre convidado a pôr de lado as suas exigências, expectativas, desejos de omnipotência.”
Viver para ser bom exemplo para as pessoas que nos rodeiam, para ajudar os outros a conhecer melhor Jesus de modo a desejarem viver segundo o Seu exemplo e a Sua vontade! Essa é a grandeza que Jesus pede aos Seus seguidores, os cristãos!
De facto, as pessoas que enchem as nossas igrejas, a única verdade que os torna diferentes dos outros, é a obrigação de exemplificarem nas suas atitudes uma vida de acordo com a vontade do Senhor, amando o próximo como a si mesmo, tal como Jesus ordenou.
Um santo domingo ou primeiro dia da semana, recebendo e comunicando a Boa Nova de Jesus, viver no verdadeito amor!