domingo, 20 de setembro de 2015
CRIANÇAS... DE ONTEM E DE HOJE!
Quando
as passagens bíblicas falam de crianças, nomeadamente os Evangelhos, temos que
nos reportar à época em que foram escritos, em que a noção de crianças era muito
diferente de agora.
Sabemos
que há civilizações em que as crianças ainda não são cuidadas e chegam mesmo a
ser terrivelmente exploradas, mas no tempo de Jesus, há mais de dois mil anos,
as crianças, com imensas potencialidades inatas e a adquirir como hoje têm e sempre
tiveram e hão-de ter, por serem ainda pequenas, não tinham o mínimo valor junto
dos adultos, não tinham direitos que as protegessem, não eram acarinhadas,
queridas nem cuidadas como são as crianças de hoje entre nós.
Penso
muitas vezes no que quererá Jesus dizer com o“se não vos fizerdes como crianças!”
Com
toda a certeza que quererá dizer crianças do tempo de Jesus... mas também
crianças do nosso tempo.
Crianças
do tempo de Jesus, desprezadas, desvalorizadas, sem leis nem nenhuma protecção
que lhes desse voz e sujeitas ao desprezo e a todos os trabalhos e dissabores,
desejosas de crescer rapidamente para se libertarem de tanta opressão e crueldade;
mas também crianças do nosso tempo com mente talvez mais aberta e ávidas de
aprender cada vez mais de modo a atingirem quanto mais depressa melhor uma maior
maturidade e eficiência em todos os ramos do saber!
Então...
que quererá Jesus de nós?
Certamente,
que unamos as características das crianças no antigamente e no aqui e agora, que
valorizemos as pessoas que a sociedade marginaliza, não escuta, não ajuda, não
defende; que ninguém, viva como viver, se sinta inferiorizado ou marginalizado;
que todos tenhamos vontade de aprender cada vez mais, de ir bem ao fundo de
todas as questões, de fazer perguntas, de fazer experiências, de trocar
experiências, de aceitar admoestações de bom grado como as crianças aceitam, de
ser carinhosas e meigas como as crianças, de gostar de brincar e rir como as crianças
gostam, de fazer amizades como as crianças fazem... enfim... de tudo fazer para
crescer como pessoas, pois só crescendo como pessoas, inevitavelmente, poderão
crescer como cristãos.
Que
Deus nos ajude a ter, realmente, muitas das características das crianças como
convém à compreensão, aceitação, desenvolvimento e felicidade de todos nós.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário