segunda-feira, 30 de setembro de 2019

INIMAGINÁVEL… PARA QUEM NÃO TEM FÉ!



Há coisas que, quando nos confrontamos a sério com elas, ultrapassam toda a nossa inteligência!
Desde sempre aprendi a ver Jesus Cristo como o Filho de Deus e de Maria por obra do Espírito Santo, e isso me foi bastando.
Ao longo dos anos, o Amor de Deus foi criando raízes mais profundas e eu tentei compreender o mais que podia de tudo quanto a Bíblia nos diz.
Cheguei à conclusão que só com o tempo e muita aplicação e estudo bem recheado de Amor e dedicação poderiam descobrir mais alguma coisa. E quanto mais aprofundava, mais dificuldade tinha em compreender muito do que está escrito e nos é pregado todos os dias. E acabei por ir aceitando, compreendendo, interiorizando no coração da vida para que florisse em obras de acordo com a vontade de Deus.
Hoje… debruço-me sobre este texto de Orígenes (c. 185-253) presbítero, teólogo!
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Tratado dos princípios, II, 6, 2; PG 11, 210
De todas as grandes coisas e maravilhosas que se pode dizer sobre Cristo, há uma que ultrapassa totalmente a admiração de que o espírito humano é capaz; a fragilidade da nossa inteligência mortal não consegue compreendê-la nem imaginá-la. É o facto de a omnipotência da majestade divina, o próprio Verbo do Pai (Jo 1,1), a própria Sabedoria de Deus (1Cor 1,24), na qual todas as coisas foram criadas — as visíveis e as invisíveis (Jo 1,3; Col 1,16) — Se ter deixado conter nos limites deste homem que Se manifestou na Judeia. É este o objeto da nossa fé. E há mais: acreditamos que a Sabedoria de Deus entrou no seio de uma mulher e nasceu soltando os vagidos e os choros comuns a todos os recém-nascidos. E aprendemos que, mais tarde, Cristo conheceu a perturbação perante a morte, a ponto de exclamar: «A minha alma está numa tristeza de morte» (Mt 26,38); e que foi arrastado para uma morte vergonhosa entre os homens, embora saibamos que ao terceiro dia ressuscitou. […] Na verdade, fazer com que os ouvidos humanos entendam estas coisas, tentar exprimi-las por palavras, ultrapassa a linguagem dos homens […] e provavelmente a dos anjos.
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Sem sombra de qualquer dúvida! Habituamo-nos a olhar as coisas e os acontecimentos como foram, como nos chegaram. Como os compreendemos e assimilamos, e quando nos chegam observações destas… a nossa fraqueza e pequenez envolve-nos por completo, pelo menos a mim foi o que aconteceu!
Cada vez tenho mais Amor e admiração por Jesus, por Maria, pela Trindade… a enormidade de toda a criação, do mundo que vemos, do que os cientistas nos vão mostrando, e de tudo o que ainda está por descobrir… ver ESSE Deus enorme feito recém-nascido, homem entre os homens, ao ponto de ser mal considerado como foi, é espantoso!
Louvado sejas meu Senhor, minha vida, meu tudo!
Quanto mais quero descobrir-Te menos Te entendo, mas mais Te amo e desejo que sejas amado por toda a gente, todinha!
Senhor, ajuda-nos a não criticar ninguém, pois só Tu conheces tudo e todos, e o imenso Amor que nos tens, porque És somente Amor, tenho a certeza que passas o tempo atrás da ‘ovelha perdida’ que só não se encontrará contigo por grande desventura!
Desculpa… este foi o melhor momento do dia… o coração está de tal ordem que não deixa que da boca saiam mais palavras!
Boa noite para toda a gente… com Deus/Amor!
Hermínia Nadais

domingo, 29 de setembro de 2019

DOMINGO… COM UM MARAVILHOSO EVANGELHO!



‘A parábola do rico avarento e do pobre Lázaro’ tem uma aprendizagem muito profunda para todos nós!  É mesmo o que necessitamos de aprender a todo o custo!
Há por aí muito boa gente a criticar riquezas, mas não são as riquezas que fazem as pessoas más, mas o orgulho que o coração sente, o que pode acontecer com ricos e também com pobres.
Enquanto há ricos não apegados às riquezas, há pobres que se prendem a tudo o que têm de uma forma terrível. E o pior é que criticam os ricos como que sejam, de facto, algo de horrível!
A riqueza que todos devemos ter, ricos e pobres de haveres, é no coração, é ser amorosos, compreensivos, dedicados, atentos a quem necessita seja do que for!
Ninguém é tão rico que não necessite de nada… nem ninguém é tão pobre que não tenha nada para oferecer!
Este ditado é correctíssimo. Quantas pessoas de vida material farta até mais não e não têm saúde, carinho, um sorriso ou uma palavra amiga! E quantos pobres de haveres a quem pouco material basta e têm tudo quanto satisfaz o coração!
Lembro os meus tempos de infância e adolescência, em que trabalhava com meus pais e irmãos, no campo, de sol a sol, e muitas vezes pela noite dentro. O dinheiro era pouco, mas o união e dedicação, o carinho e ternura tudo superavam.
Tirávamos sempre tempo para rezar, ir às Eucaristias dominicais e por vezes feriais… tínhamos muito pouco, mas vivíamos felizes.
A verdadeira felicidade vem de dentro, do íntimo do nosso ser onde Deus habita, o resto, é superável.
Hoje encantei-me com o texto de ‘Evangelizo’, e foi ele que me recordou todas estas lembranças:
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Santo Agostinho (354-430)
bispo de Hipona (norte de África), doutor da Igreja
Discursos sobre os salmos, Sl 85; CCL 39, 1178
Terá o pobre sido recebido pelos anjos unicamente devido à sua pobreza? E terá o rico sido enviado para o lugar dos tormentos apenas pela sua riqueza? Não. No caso do pobre, o prémio foi para a humildade, e no caso do rico, a condenação foi para o orgulho.
Eis a prova de que não foi a riqueza mas o orgulho que levou a que o rico fosse castigado. O pobre foi levado para o seio de Abraão; ora, as Escrituras dizem de Abraão que ele tinha muito ouro e prata e que era rico na Terra (Gn 13,2). Mas, se todos os ricos são enviados para o lugar dos tormentos, como pôde Abraão receber o pobre no seu seio? Acontece que Abraão, com toda a sua fortuna, era pobre, humilde, respeitador e obediente às ordens de Deus. Ele tinha as suas riquezas em tão pouca conta que, quando Deus lho pediu, aceitou oferecer em sacrifício o filho a quem as destinava (Gn 22,4).
Aprendei, pois, a ser pobres e a ter necessidades, quer possuais alguma coisa neste mundo, quer não possuais nada. Porque há mendigos cheios de orgulho e ricos que confessam os seus pecados. «Deus resiste aos orgulhosos», estejam eles cobertos de seda ou de trapos, «mas dá a sua graça aos humildes» (Tg 4,6), quer eles possuam, ou não, bens deste mundo. Deus olha para o interior; é aí que avalia, é aí que examina.
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Texto maravilhoso, que coloca as coisas tal como são e eu as penso e sempre pensei, pois o ser pobre nunca me afligiu nada, muito pelo contrário!
Senhor, que o Teu Santo Espírito nos faça compreender as Tuas Palavras e nos fortaleça o coração para as pormos em prática!
Que o Amor Verdadeiro, que és Tu, seja a nossa maior riqueza!
Boa semana para todos!
Hermínia Nadais

sexta-feira, 27 de setembro de 2019

TREINOS POSSÍVEIS… NÃO FALTAM!


Título esquisito, eu sei! Mas… pensando bem numa das melhores coisas que Deus nos pede… o título é real! Se não, vejamos, porque é elucidativo:
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"OFERECER O NOSSO PERDÃO"
Para ter a força de oferecer o nosso perdão a quem nos ofendeu, devemos pedir a Jesus a graça de sermos mansos e humildes. Pedir que Ele faça o nosso coração semelhante ao seu.
A frase de hoje é desafiadora, porque não sugere que perdoemos quando quem nos ofendeu vem nos pedir perdão, mas que devemos ser nós a oferecê-lo.
Essa oferta de perdão não pode ter nada de arrogante, mas deve ser somente amor.
É uma prática exigente, pois devemos substituir julgamento e condenação por misericórdia.
Diante de Deus somos todos necessitados de perdão. Ele nos ama e oferece o seu perdão a todo instante. A sua justiça é misericordiosa e não nos trata em proporção aos nossos pecados. (Cf. Sl 102,10)
Deus espera que ofereçamos o nosso perdão em forma de amor, um amor que não precisa usar palavras, mas gestos concretos e oração.
Abraços
Apolonio
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Então?!... Tenho… ou não tenho razão? Claro que tenho!
A vida é feita de pequenas coisas, pequenos gestos, algumas palavras, jeitos faciais e olhares que falam melhor que a boca… e em tudo isto e muito mais encontrámos situações a necessitar de perdão!
Perdão que não nos é pedido! Mas que devemos dar com a maior ternura e amor! A pessoa que ofende muitas vezes nem sequer dá conta do que faz, tal é a sua forma de ser e estar! E que fazer?
Chamar à atenção, mesmo com todo o cuidado, pode ser pior ainda. Tenho algumas experiências dessas que me custaram muito a viver!
O melhor mesmo é rezar pela pessoa e deixar passar como que despercebido, deixando a necessária mudança de comportamentos na mão do Senhor a quem continuaremos a pedir ajuda para essa ou essas pessoas… sem cessar!
Se Deus nos perdoa tudo o que fazemos… temos que tudo fazer para perdoar a quem nos ofende, bem ao jeito de Jesus!
Treinos possíveis… não faltam! Que tenhamos a coragem e discernimento de os aproveitarmos bem!
Que a mansidão e paciência não nos faltem, e a humildade seja uma das melhores peças do nosso coração!
Que o Espírito Santo nos assista sempre, Deus Pai nos acolha, Jesus nos acompanhe e a Mãe Maria nos estenda os braços nas nossas necessidades mais urgentes, estenda os braços para nós, e por aqueles por quem rezamos pedindo a Deus perdão e discernimento para eles.
Neste momento… parece-me viver um pouquinho de céu!
Santa noite! De Colores!
Hermínia Nadais

sexta-feira, 20 de setembro de 2019

ENCONTROS… SÃO DELICIOSOS!


Faz tempo que ando numa roda vida, sem tempo livre para fazer do que mais gosto, de tal forma que às vezes vejo pessoas amigas ao longe e desvio-me por falta de tempo útil para nos encontrarmos um pouquinho!
Será que isto é vida que Deus quer – me pergunto muitas vezes!
Gosto de partilhar algo do que faço e encontro e muito do que compreendo, aceito, sei!
Tenho pessoas tão inseridas no meu coração que não posso passar sem as lembrar ao Senhor, é o mínimo e o máximo que posso fazer!
Há tantas coisas a resolver, a desempeçar, a encontrar forma de ficarem mais atraentes… ao que tento dar o meu melhor!
Até quando, Senhor, continuará esta correria desenfreada por não conseguir fazer o que entendo que devo.
Reaver relacionamentos idos… distantes… é tão bom! Traz lembranças, sonhos, enche o coração da vida! É por isso que vou partilhar este texto do Apolonio que me diz muito:
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REAVIVAR OS RELACIONAMENTOS PESSOAIS"
"Não quebrará o caniço rachado, nem apagará a mecha que ainda fumega, até que faça triunfar a justiça." (Mt 12,20)
Não podemos deixar que a chama do amor recíproco se apague. E cada um deve tomar a iniciativa sem esperar pelo outro. Isto é, para que haja reciprocidade, devo pensar sempre em amar primeiro.
Devo olhar à minha volta e rever todos os meus relacionamentos: aquele amigo que não encontro há muito tempo; aquele parente com quem cortei a relação; aquele colega a quem trato com indiferença desde o dia em que nos desentendemos; enfim, todos os relacionamentos que de alguma maneira estão rompidos.
Reavivar cada um deles com a chama do amor mútuo. Não esperar que o afeto volte a ser como antes, mas fazer pequenos gestos de amor gratuitos, que funcionam como um sopro do amor divino que reacende as chamas da amizade, eliminando as cinzas da indiferença, do esquecimento, dos rancores.
Se a chama do amor de Deus arde em meu peito, consigo reavivar todos os meus relacionamentos pessoais.
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Somos seres sociais por excelência! A solidão não faz bem a ninguém! É certo que temos de ter tempo para estar sós, para nos avaliarmos a nós mesmos, para falarmos a sós com o Senhor, para pormos a nossa vida em dia!
Mas reviver amigos, falar com eles, receber abraços e abraçar, partilhar pequeninas frases e gestos, lembrar ocasiões boas ou nem tanto… tudo, com Deus Amor, ajuda a crescer!
Que aprendamos a aproveitar e distribuir bem o tempo para que possamos aumentar o relacionamento com amigos e não só… pois é uma forma de ser mais humano e fraterno!
Boa noite amigos e amigas!
Hermínia Nadais

segunda-feira, 16 de setembro de 2019

GUERRA DE PAZ!


A maior parte das pessoas que conheço fogem das confusões. É natural! De confusões ninguém gosta!
As confusões põem toda a gente baralhada, aflita, ninguém se entende, é uma autêntica guerra fria!
Tenho pensado muito neste problemas relacionais que afligem a humanidade que precisa de muita paz.
Politicamente, prepara-se a guerra para obter a paz! É o que o mundo nos diz que façamos.
Mas… a paz é a ausência de guerra, de guerra de armas e de confusões, a paz verdadeira é construída no interior de cada pessoa, na compreensão e atitudes que tem na vida, na forma como se relaciona com as pessoas que consigo convivem seja de que forma for!
Claro que a construção da paz precisa de guerra, mas uma guerra que se não vê porque se trava dentro da própria pessoa consigo mesma! Essa é a verdadeira guerra que necessitamos de travar.
Todos temos qualidades e defeitos, e tal como diz o ditado, crescerá em nós aquela parte que melhor for alimentada.
Se me preocupo com o bem-estar de toda a gente, que toda a gente tenha o que necessita, que haja compreensão entre todas as pessoas, se reconheço que sozinha nada posso fazer mas coma força e ajuda de Deus serei capaz, sem sombra de dúvida, serei uma pessoa de paz, ainda que tenha de correr e andar aflita a paz interior habita-me, porque a procuro e promovo. «»
"SER ARTÍFICE DE PAZ"
Para ser artífice de paz devo ter uma mentalidade oposta àquela do mundo, onde muitos afirmam que se quisermos a paz, devemos nos preparar para a guerra.
Se quero a paz, devo me preparar para a paz, isto é, devo estar totalmente desarmado. Não somente das armas físicas, mas também de minhas opiniões.
Devo estar munido de paciência, de tolerância, de aceitação do outro; devo carregar meu coração somente com perdão, misericórdia e muito amor.
Devo disparar palavras de ternura, de afeto e de gentileza em todas as direções, para atingir o maior número de pessoas ao meu redor.
Devo ter a estratégia do amor mútuo como objetivo principal em todas as batalhas que devo enfrentar, para vencer o egoísmo e o individualismo.
Ser artífice de paz é ser elo de concórdia entre as pessoas e fazer de uma reconciliação um motivo de comunhão fraterna.
Que a paz que nasce em meu coração chegue ao coração de cada pessoa que eu encontrar neste dia.
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Este texto maravilhoso do Apolonio diz tudo quanto devemos fazer!
Leva tempo, dá muito trabalho interior, muita fadiga, muitas quedas e ressurgimentos, mas é possível, posso garantir com verdade!
Quem se encontra em paz transmite paz, calma, compreensão, aceitação, ajuda, presença, se não física, espiritual pois pede ao Senhor o bem para toda a gente!
Fraternidade, ser fraterno é viver em paz e transmitir a paz por todos os poros do corpo e com todas as forças da alma, com Deus/Jesus e o Espírito Santo no comando das operações!
Senhor, ajudai-nos a procurar a paz por todos os meios que tens ao nosso dispor! Que sempre sejais louvado, Amém!
Hermínia Nadais

sábado, 14 de setembro de 2019

MUITO INTERESSANTE


Há coisas que nos convém interiorizar o melhor que podermos!
Normalmente nos textos pequenos que saem de pessoas com uma vida interior, de doação e compreensão muito forte, acabam por nos ensinar muitas coisas inimagináveis, ou melhor dizendo, que não conseguíamos vê-las assim.
Falo por mim, claro!
Vamos meditar um pouco neste texto do Apolonio:
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"COMPARTILHAR BENS MATERIAIS E TALENTOS"
Na partilha podemos dar e receber. E ninguém é melhor ou maior do que os outros pelo fato de doar mais.
Diante de Deus têm o mesmo valor: tanto o gesto humilde de quem coloca em comum a sua necessidade, quanto a generosidade de quem doa o que possui.
Portanto, compartilhar não significa apenas doar, mas também receber.
Da mesma forma acontece com a partilha dos nossos talentos. Não há ninguém que seja totalmente desprovido de talentos. Não só de talentos artísticos, mas de todo tipo de talento: a capacidade de fazer trabalhos humildes de serviço aos outros, de organizar atividades na comunidade; assim como oferecer as próprias aptidões em todos os campos.
O importante é que entendamos o sentido da partilha como uma comunhão, onde todos têm algo para oferecer e para receber.
A partilha é a nossa maior riqueza, porque a quem dá será dado; quem pede, recebe; quem procura, encontra; para quem bate, as portas se abrem. (Cf Lc 6,38 e 11,5-13)
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Não me canso de ler este texto, pela singeleza como fala, pela verdade que tão bem explica, pela forma maravilhosa e correcta como apela à partilha, como diz o que é a partilha, como coloca toda a gente num lugar comum, sem grandes nem pequenos, ricos ou pobres, mas simplesmente pessoas com bens ou dons para dar e receber, partilhar!
Que bom seria que conseguíssemos viver assim e levar o nosso meio ambiente a proceder do mesmo jeito.
Ninguém é tão pobre que não tenha nada para dar… nem tão rico que não necessite de receber nada!
Isto chama-se fraternidade, misericórdia, sei lá o quê!
Viver desta forma é ter a certeza que estamos a viver ao jeito do nosso muito Querido Jesus de Nazaré!
Que Ele nos proteja
Hermínia Nadais

quinta-feira, 12 de setembro de 2019

REALIDADES DIFÍCEIS DE ENTENDER!


Nos tempos que correm… pensar em casamentos… é uma carga de trabalhos. Eu penso mesmo que há muita gente por aí a viver em casal sem ter casado por isso mesmo. É que para fazer um casamento com um fausto banquete, música, foguetes, e não sei que mais, é preciso muito dinheiro, quando o Casamento/Matrimónio não tem nada a ver com essas coisas, é simplesmente um compromisso de coração com coração que Jesus, no Matrimónio, abençoa pela presença do Diácono ou Sacerdote! O resto… são desvarios, alegrias que na grande maioria das vezes acabam em tristezas de separações.
Isto de fazer grandes bodas de casamentos já vem lá detrás… foi numa dessas bodas em que faltou o vinho que Jesus fez o que dizem ser o Seu primeiro milagre, mudar a água em Vinho nas Bodas de Caná!
É que um Casamento/Matrimónio sem Jesus a unir e estar sempre com os nubentes, não pode ir muito longe.
 Um Casamento/Matrimónio não é uma procura de felicidade pessoal mas o querer e procurar a todo o custo fazer o outro feliz!
Que é difícil, é! Mas que é possível, também é! Sós, não, mas unidos a Jesus. O Matrimónio é um Sacramento, um encontro profundo com Jesus, que tudo fará para que o Amor que une os noivos aumente cada vez mais e seja para toda a vida!
Estou para aqui a falar de Casamento e Matrimónio, porque me preocupa por demais.
Se os Matrimónios e Casamentos fossem menos dispendiosos… talvez  houvesse mais gente a procurá-los e a tentar viver mais ao jeito de Jesus, ou melhor dito, com Jesus, um casamento/Matrimónio vivido a três, para que os dois, homem e mulher, se descubram melhor para melhor se aceitarem, entenderem, entregarem um ao outro para fazer o outro feliz num Amor mútuo e gratuito!
Agora… vejamos o que mais acontece por aí:
Casa, casar, matrimónio… são palavras que penso não poderem ser metidas num mesmo saco!
Não sei se casar deriva de casa… mas talvez… e assim, casa com casar dá casamento, casamento, união de pessoas para viverem em comum na mesma casa.
Neste contexto cabem as uniões de facto entre um homem e uma mulher, quer tenham tido vida em comum com outras pessoas ou não; cabem as uniões homossexuais entre dois homens ou duas mulheres; cabe tudo quanto se possa imaginar que seja possível para se viver em comum numa casa, ou seja, dentro das mesmas paredes e debaixo do mesmo tecto.
Será que é esta forma de vida que vai dar mais felicidade à humanidade?
Oxalá! Conheço casais que nada tiveram a ver com Matrimónio, vão às igrejas nos casamentos, funerais, baptizados… e são exemplo de pessoas, um com o outro, com os filhos, no trabalho, com os familiares, com os amigos, com quem encontram nos caminhos!...
Talvez… quem sabe… as pessoas que frequentam os locais de culto tenham que pensar melhor no que esse comportamento os deve levar a fazer!
Meu Deus! Desculpa-me a loucura deste desabafo, e protege toda a gente, pois amas toda a gente sem distinção de raça, credo ou cor, pois, em e por Jesus Cristo, És Pai de todos!
Que todos o compreendem e Te amem, Senhor, e aos irmãos, seja qual for a vida que levarem!
Hermínia Nadais

terça-feira, 10 de setembro de 2019

O VALOR INCALCULÁVEL DO SILÊNCIO!

Há muita gente eu não consegue estar só, e então tem a televisão, o rádio, o computador, o telemóvel… um sem número de coisas para passar o tempo e se distrair!
Não podemos criticar quem gosta de tudo isto, eu também gosto, mas com uma grande moderação! Ao ponto de meus filhos acharem mal eu estar tanto tempo sem ruído, sozinha, numa casa enorme!
Todos gostamos de companhia, é um facto!
Mas quem está só… tem a companhia de Deus que nunca nos abandona, está bem acompanhado; e quem está em silêncio, ouve-se a si mesmo, pensa no que deve fazer e ser, e acima e antes de tudo fala com Deus… ou escuta o que Deus fala!
Esta teoria é minha, simplesmente minha!
Mas hoje, no Evangelizo, recebi este texto da Madre Teresa de Calcutá
 (1910-1997)
fundadora das Irmãs Missionárias da Caridade
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«Não há amor maior»
Os contemplativos e os ascetas de todos os tempos e de todas as religiões sempre procuraram a Deus no silêncio e na solidão dos desertos, das florestas e das montanhas. O próprio Jesus viveu quarenta dias em absoluta solidão, passando longas horas num coração a coração com o Pai, no silêncio da noite.
Nós também somos chamados a retirar-nos a espaços para um silêncio mais profundo, para um isolamento com Deus; a estar a sós com Ele, não com os nossos livros, os nossos pensamentos, as nossas recordações, mas num despojamento perfeito; a permanecer na sua presença – silenciosos, vazios, imóveis, expectantes.
Não podemos encontrar a Deus no barulho e na agitação. Veja-se a natureza: as árvores, as flores e a erva dos campos crescem em silêncio; as estrelas, a Lua e o Sol movem-se em silêncio. O essencial não é o que nós dizemos, mas o que Deus nos diz e o que Ele diz a outros através de nós. Ele escuta-nos no silêncio; no silêncio fala às nossas almas. No silêncio é-nos dado o privilégio de escutar a sua voz:
Silêncio dos olhos.
Silêncio dos ouvidos.
Silêncio da boca.
Silêncio do espírito.
No silêncio do coração,
Deus falará.
«»
Achei importantíssimo este pequeno texto. A vida tem fases de crescimento, tem experiências que vamos fazendo e assimilando no nosso dia a dia… e neste momento da vida estou a interiorizar e praticar esta experiência de estar a sós com Deus para o escutar! Tem sido maravilhoso! Mas ainda há muito caminho a percorrer!
Obrigada, Madre Teresa, por vires assim, ao nosso encontro, dizer-nos que continuemos a caminhada iniciada que é, de facto, muito importante!
Orar… rezar… é muito bom… mas fazer silêncio para escutar o Senhor… é o melhor que pode haver!
Boa noite… com muito silêncio!

Hermínia Nadais

segunda-feira, 9 de setembro de 2019

O QUE PODERÁ PENSAR UMA PESSOA SEM FÉ!



Muita gente junta num enorme recinto, onde há estátuas de Santos, de Papas, alguns Santuários ou Igrejas, tudo num aglomerado enorme.
Pessoas de muitas localidades portuguesas e estrangeiras, que não se percebe o que dizem!
E todas… na busca da Mulher vestida de branco que apareceu aos três pastorinhos pequenos em cima de uma azinheira!
A Mulher, Mãe de Jesus Cristo e por Ele de toda a Humanidade!
Em determinados horários, procissões enormes mas praticamente paradas porque as pessoas pouco se podem movimentar. Os maravilhosos Cânticos ecoam no espaço, agora, já não só em português mas em diversas línguas, recordando os acontecimentos ali passados e levando os homens e mulheres a meditar, rezar, orar, pedir e agradecer tantas dádivas que Deus vai concedendo a cada um ou uma.
O ponto culminante destes ajuntamentos enormes é a Celebração da Eucaristia que é o ouvir, escutar a partilha e meditação da Palavra de Deus, da afirmação da fé cristã, de pedidos par toda a gente, da oferta da vida e missão de cada um representada naquela hóstia e vinho que o cálice contém sobre os quais se lembra ou repete a incruenta morte de Jesus por todos nós, Jesus que se nos oferece em alimento para nos fortificar nos dolorosos caminhos que tenhamos de percorrer na vida!
Que pensará uma pessoa sem fé, de tudo isto?
Não sei! Só Deus o sabe! Mas com Fé ou sem Fé, Fátima é altar do mundo, para lá se encaminham pessoas sem conta de todos os lugares e continentes!
Para chegar ao Filho, temos a Mãe, atenta, que aproveita todas as ocasiões para acariciar e levar as pessoas até Jesus!
Mas volto a questionar: - Que pensará de tudo isto uma pessoa sem fé?
Nas procissões e Celebração da Eucaristia há um sem número de pessoas vestidas de branco, homens e mulheres, Acólitos, que servem o altar; muitos Sacerdotes concelebrantes, Diáconos no exercício de suas funções, e ainda os mais responsáveis pelo evento envergam vestes especiais a que chamam Paramentos, e se forem Bispos ou Cardeais levam o Cajado correspondente e até a cabeça têm coberta em determinadas ocasiões!
Que pensará, uma pessoa sem fé, perante tudo isto… que não acaba aqui!
A dado momento, começa a distribuição da Sagrada Comunhão, o Corpo de Cristo, em que Sacerdotes, Diáconos ou pessoas preparadas para o efeito repartem o Pão Sagrado, Jesus Cristo, por toda a gente, ansiosa pelo saborosíssimo alimento!
Recordo que num desses dias, tive a sorte de ter ficado do lado de fora, onde a Sagrada Comunhão não chega, temos que ir à procura de local certo. E foi o que fiz. Eu, e mais pessoas que estavam comigo!
Então, uma senhora, sentindo-se desassossegada com a nossa passagem diz com o maior à vontade: ‘Estas pessoas parecem mesmo loucas, atravessam tudo para chegar lá onde querem.’
Respondi muito calmamente: ‘ Loucas, sim, por amor de Jesus que não vem até aqui, temos que O ir buscar!’
Ficou a olhar-nos… e a conversa terminou assim!
Mas… volto a questionar: ‘ O que poderá pensar uma pessoa sem fé de tudo isto? Será que se deixará tocar por Jesus e começará a acreditar na Sua palavra que é Ele mesmo, Ele é a Palavra e vida de Deus entre nós!
O coração queima, quando pensámos e sentimos isto profundamente.
Senhor, aumentai a nossa Fé!
Aumentai a Fé de toda a gente, Enchei toda a gente da doçura inconfundível do Vossos AMOR!
Hermínia Nadais