domingo, 29 de setembro de 2019

DOMINGO… COM UM MARAVILHOSO EVANGELHO!



‘A parábola do rico avarento e do pobre Lázaro’ tem uma aprendizagem muito profunda para todos nós!  É mesmo o que necessitamos de aprender a todo o custo!
Há por aí muito boa gente a criticar riquezas, mas não são as riquezas que fazem as pessoas más, mas o orgulho que o coração sente, o que pode acontecer com ricos e também com pobres.
Enquanto há ricos não apegados às riquezas, há pobres que se prendem a tudo o que têm de uma forma terrível. E o pior é que criticam os ricos como que sejam, de facto, algo de horrível!
A riqueza que todos devemos ter, ricos e pobres de haveres, é no coração, é ser amorosos, compreensivos, dedicados, atentos a quem necessita seja do que for!
Ninguém é tão rico que não necessite de nada… nem ninguém é tão pobre que não tenha nada para oferecer!
Este ditado é correctíssimo. Quantas pessoas de vida material farta até mais não e não têm saúde, carinho, um sorriso ou uma palavra amiga! E quantos pobres de haveres a quem pouco material basta e têm tudo quanto satisfaz o coração!
Lembro os meus tempos de infância e adolescência, em que trabalhava com meus pais e irmãos, no campo, de sol a sol, e muitas vezes pela noite dentro. O dinheiro era pouco, mas o união e dedicação, o carinho e ternura tudo superavam.
Tirávamos sempre tempo para rezar, ir às Eucaristias dominicais e por vezes feriais… tínhamos muito pouco, mas vivíamos felizes.
A verdadeira felicidade vem de dentro, do íntimo do nosso ser onde Deus habita, o resto, é superável.
Hoje encantei-me com o texto de ‘Evangelizo’, e foi ele que me recordou todas estas lembranças:
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Santo Agostinho (354-430)
bispo de Hipona (norte de África), doutor da Igreja
Discursos sobre os salmos, Sl 85; CCL 39, 1178
Terá o pobre sido recebido pelos anjos unicamente devido à sua pobreza? E terá o rico sido enviado para o lugar dos tormentos apenas pela sua riqueza? Não. No caso do pobre, o prémio foi para a humildade, e no caso do rico, a condenação foi para o orgulho.
Eis a prova de que não foi a riqueza mas o orgulho que levou a que o rico fosse castigado. O pobre foi levado para o seio de Abraão; ora, as Escrituras dizem de Abraão que ele tinha muito ouro e prata e que era rico na Terra (Gn 13,2). Mas, se todos os ricos são enviados para o lugar dos tormentos, como pôde Abraão receber o pobre no seu seio? Acontece que Abraão, com toda a sua fortuna, era pobre, humilde, respeitador e obediente às ordens de Deus. Ele tinha as suas riquezas em tão pouca conta que, quando Deus lho pediu, aceitou oferecer em sacrifício o filho a quem as destinava (Gn 22,4).
Aprendei, pois, a ser pobres e a ter necessidades, quer possuais alguma coisa neste mundo, quer não possuais nada. Porque há mendigos cheios de orgulho e ricos que confessam os seus pecados. «Deus resiste aos orgulhosos», estejam eles cobertos de seda ou de trapos, «mas dá a sua graça aos humildes» (Tg 4,6), quer eles possuam, ou não, bens deste mundo. Deus olha para o interior; é aí que avalia, é aí que examina.
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Texto maravilhoso, que coloca as coisas tal como são e eu as penso e sempre pensei, pois o ser pobre nunca me afligiu nada, muito pelo contrário!
Senhor, que o Teu Santo Espírito nos faça compreender as Tuas Palavras e nos fortaleça o coração para as pormos em prática!
Que o Amor Verdadeiro, que és Tu, seja a nossa maior riqueza!
Boa semana para todos!
Hermínia Nadais

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