sábado, 30 de janeiro de 2016
CORRUPÇÃO… NÃO!...
Sim! Gostei muito, e
pensei muito no que li! É muito verdadeiro! E toca a todos!
Vejamos algumas afirmações
do Santo Padre:
…”
Recordo a história bíblica do rei Davi, que se apaixona por Betsabea, mulher do
seu oficial Urias, a ponto de planejar a forma de encobrir o adultério.
Escreve, então, uma carta na qual ordena: ‘Coloquem Urias na frente de batalha
mais dura, depois retirem-se e deixem-no só, para que seja atingido e morra’.
Em
suma, uma “sentença de morte”. Um homem “fiel” como Urias, “fiel à lei, fiel ao
seu povo, leal ao seu rei”, “carrega a sentença de morte.” Enquanto Davi,
“santo, mas também pecador”, carrega a doença da luxúria.
“Isso
é um momento na vida de Davi que nos mostra algo que todos nós podemos passar:
é a passagem do pecado à corrupção. Aqui Davi começa, dá o primeiro passo para
a corrupção. Tem o poder, tem a força…”. Ele está “seguro” do que faz, “porque
o reino era forte”. E porque tem o diabo do lado sussurrando: “você consegue”.
Que
é o que sugere para os poderosos: “seja poder eclesiástico, religioso, económico,
político”. “Por isso, a corrupção é um pecado mais fácil para todos nós que
temos algum poder… Porque o diabo faz-nos sentir seguros: ‘Eu consigo’”.
Este
tipo de corrupção entrou, portanto, no coração do “grande e nobre” Davi, aquele
“jovem corajoso” que tinha enfrentado o filisteu Golias com uma mísera funda. “Há
um momento onde o hábito do pecado ou um momento no qual a nossa situação é tão
segura e somos bem vistos e temos tanto poder” que o pecado deixa de “ser
pecado” e se torna “corrupção”. E “uma das coisas mais feias que tem a corrupção
é que o corrupto não sente necessidade de pedir perdão, não sente…”.
No
entanto, “Deus perdoa sempre.” Isto é evidente, precisamente, na história de
Davi: Deus continua a amá-lo “muito” apesar dele ter chegado a ordenar o
assassinato de um homem leal apenas para levar a sua mulher para a cama. E no
fim, Deus o salva da corrupção.
Porque
“Deus perdoa sempre”. Então, “façamos uma oração pela Igreja, começando por
nós, pelo Papa, pelos bispos, pelos sacerdotes, pelos consagrados, pelos fieis
leigos: ‘Mas, Senhor, salva-nos, salva-nos da corrupção’”. “Pecadores sim,
Senhor – somos todos – mas, corruptos nunca!’”
Estas
palavras do Papa Francisco fazem-nos ver melhor o que é a corrupção… e como é
fácil entrarmos em corrupção, sermos corruptos!
A
loucura do poder pelo poder… pode ser uma forma mais fácil de chegar à corrupção…
ou da corrupção poder ser mais vistas por todos nós!
Mas
cada um ou uma de nós deverá ter sempre bem presentes as suas atitudes para se
certificar se não estará também a ser corrupto ou corrupta, escondendo ilicitudes
que esmagam pessoas inocentes. A corrupção pode entrar no relacionamento normal
das pessoas, entre cônjuges, entre pais e filhos, filhos e pais, entre irmãos,
parentes, amigos…
E
não digamos nunca que ‘os outros’ são corruptos, pois a única corrupção que
podemos curar é a nossa… e curando-nos a nós… estaremos a ajudar a curar as
pessoas que nos rodeiam e a acabar com a corrupção à nossa volta!
Que
Deus nos ajude!
segunda-feira, 25 de janeiro de 2016
CONVERSÃO DE SÃO PAULO
Pois! Hoje, no fecho da
Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, celebra-se o dia da Conversão de
São Paulo, com tudo quanto de maravilhoso encerra!
Quando era mais jovem
cismava com a ‘queda do cavalo’… mas o tempo foi passando e quem foi caindo do
cavalo fui eu! Caí do cavalo sem saber cavalgar! Porque talvez na queda do
cavalo não tenha havido cavalo nenhum, sei lá! Mas também isso não interessa! O
importante é que cada um ou uma de nós costuma ter a mania da sua importância, bondade,
generosidade… e quando surge a oportunidade de olhar um pouco mais para dentro,
para o interior e olhar-nos a partir dali de dentro acabamos por perder todas
as nossas manias de grandezas e bondades… é a ‘queda do cavalo’… é o começar de
uma nova vida, de uma nova forma de viver procurando ser apenas quem se é sem
aumentos nem diminuições!
Importantes, sim, porque
todos somos importantes, é Jesus Quem no-lo diz no desmedido amor que sempre
nos dedicou e dedica. Mas a nossa importância provém-nos do amor que dedicamos
a tudo quanto nos rodeia, do nosso constante procurar conseguir ser um
pouquinho ‘misericordiosos como o Pai!’.
Hoje, o Evangelho
Quotidiano trazia um comentário de São João Crisóstomo que me tocou por demais:
“É preciso que tenhamos sempre presente no nosso espírito que
todos os homens são rodeados por imensas manifestações do amor de Deus. Se a
justiça tivesse precedido a penitência, o universo teria sido aniquilado. Se
Deus estivesse pronto para o castigo, a Igreja não teria conhecido o apóstolo
Paulo, não teria recebido um homem assim no seu seio. É a misericórdia de Deus
que transforma o perseguidor em apóstolo; é ela que muda o lobo em cordeiro;
foi ela que fez de um publicano um evangelista (Mt 9,9). É a misericórdia de
Deus que, comovida com o nosso destino, nos transforma a todos; é ela que nos
converte.
Ao ver o glutão de ontem pôr-se hoje a jejuar, o blasfemador de outrora falar de Deus com respeito, o infame de antigamente não abrir a boca a não ser para louvar a Deus, podemos admirar esta misericórdia do Senhor. Sim, irmãos, se Deus é bom para com todos os homens, é-o particularmente para com os pecadores.
Quereis mesmo ouvir uma coisa estranha do ponto de vista dos nossos hábitos, mas verdadeira do ponto de vista da piedade? Escutai: ao passo que Deus Se mostra exigente para com os justos, para com os pecadores não tem senão clemência e doçura. Que rigor para com os justos! Que indulgência para com o pecador! É esta a novidade, a inversão, que nos oferece a conduta de Deus. […] É que assustar o pecador, sobretudo o pecador inveterado, seria privá-lo de confiança, mergulhá-lo no desespero; e lisonjear o justo seria embotar o vigor da sua virtude, levando-o a afrouxar no seu zelo. Deus é infinitamente bom! O seu temor é a salvaguarda do justo, e a sua clemência faz mudar o pecador.”
Ao ver o glutão de ontem pôr-se hoje a jejuar, o blasfemador de outrora falar de Deus com respeito, o infame de antigamente não abrir a boca a não ser para louvar a Deus, podemos admirar esta misericórdia do Senhor. Sim, irmãos, se Deus é bom para com todos os homens, é-o particularmente para com os pecadores.
Quereis mesmo ouvir uma coisa estranha do ponto de vista dos nossos hábitos, mas verdadeira do ponto de vista da piedade? Escutai: ao passo que Deus Se mostra exigente para com os justos, para com os pecadores não tem senão clemência e doçura. Que rigor para com os justos! Que indulgência para com o pecador! É esta a novidade, a inversão, que nos oferece a conduta de Deus. […] É que assustar o pecador, sobretudo o pecador inveterado, seria privá-lo de confiança, mergulhá-lo no desespero; e lisonjear o justo seria embotar o vigor da sua virtude, levando-o a afrouxar no seu zelo. Deus é infinitamente bom! O seu temor é a salvaguarda do justo, e a sua clemência faz mudar o pecador.”
A nossa grandeza provem
daí… dos imensos cuidados que Deus/Jesus tem connosco enviando constantemente
sobre nós o Seu Espírito Santo para nos amparar com o Seu Amor infinitamente
misericordioso e bom, o que está muito
bem expresso nesta meditação!
Mais palavras para
quê!... Por hoje, fico-me por aqui… pensando nas quedas do cavalo que
precisamos de ter todos os dias!
Que São Paulo nos ajude!
sábado, 23 de janeiro de 2016
CIÚME.. INVEJA… FOFOCAS
O ciúme leva à inveja! E
o ciúme e inveja levam às fofocas que são a fonte de inúmeras situações
deprimentes e imenso mal-estar. Mal-estar e sofrimento atroz para o invejoso e
muitas vezes grandes incómodos para os invejados, que sem culpa alguma, acabam
por ser prejudicados das formas mais diversas e atrozes.
Com um pouquinho de
tempo, pude ler uma homilia do Papa Francisco em que ele, de uma forma muito
convincente, nos mostra claramente o imenso malefício do ciúme e inveja:
‘O ciúme é uma “doença” que volta e leva à inveja.
A inveja é uma coisa feia, é um pecado feio, “e no coração, o
ciúme ou a inveja crescem como ervas daninhas: crescem, mas não deixam a erva
boa crescer. Tudo o que parece ofuscá-los, lhes faz mal”.
“O coração invejoso leva a matar, à morte.
E a Escritura diz claramente: por inveja do demónio, a morte
entrou no mundo”.
A inveja “mata” e “não tolera que o outro tenha algo que eu não
possuo. E a pessoa invejosa sofre, porque o coração do invejoso ou do ciumento
sofre. É um coração sofredor”. É um sofrimento que deseja a “morte dos outros”.
Muitas vezes nas nossas comunidades – não devemos ir muito longe
para ver isso – por ciúme se mata com a língua. “Alguém tem inveja daquele,
daquele outro e começam os fuxicos: e os fuxicos matam!”.
“Eu, convido a mim e a todos a entender se em meu/seu coração
existe algo de ciumento, de invejoso, que sempre leva à morte e não me/o faz
feliz; porque esta doença leva sempre a ver o que o outro tem de bom como se
fosse contra você. Isto é um pecado muito feio! É o início de muitas
criminalidades”.
Por isso, convido a pedir ao Senhor “que nos dê a graça de não
abrir o coração aos ciúmes, de não abrir nosso coração às invejas, porque estas
coisas levam à morte”.
Pilatos percebeu que os chefes dos escribas haviam lhe entregado
Jesus por inveja.
“Não entreguemos nunca, por inveja, à morte, um irmão, uma irmã
da comunidade paroquial, nem um vizinho do bairro. Cada um tem seus pecados,
cada um tem suas virtudes… são próprias de cada um. Olhar o bem e não matar,
com fofocas, por inveja ou ciúmes”.’
São muito simples e tocantes
estas palavras do Santo Padre!
Muitas vezes, sem nos
apercebermos, podemos também acabar por sentir inveja de algo ou alguém!
Que estas palavras nos
toquem bem fundo o coração, para que consigamos livrar-nos deste imenso mal.
Quando oiço falar de
tantos assassínios na imensa maioria das vezes provocados por violência
doméstica, tenho imensa pena dos assassinados, mas também dos assassinos,
pobres infelizes que se prendem na inveja e ciúme da aparente felicidade dos
outros por não conseguirem olhar as suas própria qualidades para se poderem
sentir bem como são!
E a Comunicação Social
faz tenção de mostrar com certa ênfase todos esses assassínios ou quaisquer
acções perversas que se façam pelo País afora… penso que com a intenção de as
prevenir.
Será que nunca pensaram…
que lembrar o mal… pode levar mais rapidamente à prática do mesmo mal?
Se há tanto bem
praticado por esse Portugal mundo além…
porque não se esfalfam por mostrar às populações pelo menos um pouquinho de
tanto bem praticado? Seria bem mais admoestador!...
Mas o bem… não faz
barulho!...
Que Deus nos valha… e
nos livre de invejas… ciúmes… fofocas descabidas!
Olhemos o bem… para que
o bem possas crescer!
terça-feira, 19 de janeiro de 2016
JESUS E O LEPROSO!
Leprosos espirituais
poderemos ser todos nós!
Falar de misericórdia é
falar de Amor/Deus que Jesus nos mostra por palavras e obras!
Antes de curar… Jesus
toca! Toca nas pessoas! Tocou nas pessoas do Seu tempo e curou-as! Tocou no
leproso e curou-o!
As curas físicas são a
imagem das curas espirituais que Jesus não se cansa de fazer todos os dias e em
todos os segundos com todos e todas nós!
Nós não nos damos conta,
na enorme maioria das vezes, mas Jesus toca-nos e acompanha-nos na vida de
todos os momentos!
Talvez pensemos que não
o faça com toda a gente… mas faz! Jesus ama-nos a todos com a mesma
intensidade, porque não pode fazer outra coisa além de amar!
E quanto mais infelizes forem
as pessoas mais Jesus as quer ajudar, e quem quer ajudar é porque ama!
E então… qual será o
nosso papel neste querer de Jesus?
Será que temos conhecimento
do que Jesus quer de nós?
Cabeças para pensar, corações
para amar, mãos e pés para agir, rostos para sorrir, ouvidos para ouvir, bocas
para falar!
Tanto que Jesus espera
de nós para quem nos rodeia, principalmente os pobres e infelizes de qualquer
infelicidade!...
Vejamos as palavras de
Madre Teresa de Calcutá:
“Jesus, compadecido,
estendeu a mão e tocou-lhe
Os pobres têm sede de água, mas também de paz, de verdade e de
justiça. Os pobres estão nus e têm necessidade de roupas, mas também de
dignidade humana e de compaixão para com os pecadores. Os pobres estão sem
abrigo e têm necessidade de um abrigo feito de tijolos, mas também de um
coração alegre, compassivo e cheio de amor. Eles estão doentes e têm
necessidade de cuidados médicos, mas também de uma mão amiga e de um sorriso
acolhedor.
Os excluídos, os que são rejeitados, os que não são amados, os prisioneiros, os alcoólicos, os moribundos, os que estão sós e abandonados, os marginalizados, os intocáveis e os leprosos [...], os que estão na dúvida e confusos, os que não foram tocados pela luz de Cristo, os que têm fome da palavra e da paz de Deus, as almas tristes e angustiadas [...], os que são um fardo para a sociedade, os que perderam toda a esperança e a fé na vida, os que se esqueceram como se sorri e os que já não sabem o que é receber um pouco de calor humano, um gesto de amor e de amizade – todos eles se voltam para nós para serem reconfortados. Se lhes viramos as costas, viramos as costas a Cristo.”
Os excluídos, os que são rejeitados, os que não são amados, os prisioneiros, os alcoólicos, os moribundos, os que estão sós e abandonados, os marginalizados, os intocáveis e os leprosos [...], os que estão na dúvida e confusos, os que não foram tocados pela luz de Cristo, os que têm fome da palavra e da paz de Deus, as almas tristes e angustiadas [...], os que são um fardo para a sociedade, os que perderam toda a esperança e a fé na vida, os que se esqueceram como se sorri e os que já não sabem o que é receber um pouco de calor humano, um gesto de amor e de amizade – todos eles se voltam para nós para serem reconfortados. Se lhes viramos as costas, viramos as costas a Cristo.”
É hora de abrirmos o nosso
coração a quem necessita de nós, pois quando voltamos as costas aos nossos
irmãos e irmãs estamos a voltar as costas a Jesus!
Dizer que se ama a Jesus
é muito fácil, mas amá-LO nas pessoas que vivem connosco e precisam de nós… não
é tão fácil assim, mas é possível!
Se conseguirmos pensar e
agir assim… tudo será muito diferente!!!...
Estamos no segundo dia
da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos!
Toquemos os nossos
irmãos! Caminhemos com eles!
Rezemos pela unidade de
todos os cristãos e peçamos a Jesus que nos ajude a sermos os cristãos que Ele
quer que sejamos!
segunda-feira, 18 de janeiro de 2016
AS BODAS DE CANA!
Claro que é mais que
certo não ter havido nenhumas bodas de casamento em Caná da Galileia… e que
tenha sido o evangelista a pegar nas imaginadas bodas para nos deixar uma bela
catequese!
Sinceramente… a nós,
interessa-nos tirar do belíssimo texto tudo quanto nos possa dizer algo mais
sobre o enorme Amor de Deus por nós… a solicitude de Nossa Senhora e os
cuidados de Jesus connosco, em nos encher de graças e bênçãos acompanhando-nos
sempre ao longo da vida!
Tanto a aprender com
esta partezinha do Evangelho!
Hoje… mais uma
explicação maravilhosa de São Máximo de Turim:
“A água transformada em
vinho
Ao transformar em vinho
a água que enchia as talhas, o Salvador fez duas coisas: forneceu uma bebida
aos convidados do casamento e quis dizer que, pelo baptismo, os homens ficariam
cheios do Espírito Santo. Aliás, o próprio Senhor o declarou noutra altura ao
dizer: «Deita-se o vinho novo em odres novos» (Mt 9,17). Os odres novos
significam, com efeito, a pureza do baptismo, e o vinho, a graça do Espírito
Santo.
Catecúmenos, prestai especial atenção. O vosso espírito, que ignora ainda a Trindade, assemelha-se à água fria. É preciso aquecê-la ao calor do sacramento do baptismo, como um vinho, para transformar esse líquido pobre e sem valor em graça preciosa e rica. Tal como o vinho, adquiramos bom paladar e aroma doce; então, poderemos dizer, com o apóstolo Paulo, que somos para Deus o «bom odor de Cristo» (2Cor 2,15). Antes do seu baptismo, o catecúmeno assemelha-se à água imóvel, fria, sem cor […], inútil, incapaz de restabelecer as forças. Conservada durante muito tempo, a água altera-se, fica estagnada, torna-se fétida. […] O Senhor disse: «Quem não renascer da água e do Espírito não pode entrar no Reino de Deus» (Jo 3,5).
O fiel baptizado é semelhante ao vinho vigoroso e rubro. Todas as coisas da criação se estragam com o tempo, só o vinho melhora ao envelhecer. Ele perde todos os dias a sua aspereza, e adquire um «bouquet» macio, com um sabor rico. De igual modo o cristão, à medida que o tempo passa, perde a aspereza da sua vida pecadora, adquirindo a sabedoria e a benevolência da Trindade divina.
Catecúmenos, prestai especial atenção. O vosso espírito, que ignora ainda a Trindade, assemelha-se à água fria. É preciso aquecê-la ao calor do sacramento do baptismo, como um vinho, para transformar esse líquido pobre e sem valor em graça preciosa e rica. Tal como o vinho, adquiramos bom paladar e aroma doce; então, poderemos dizer, com o apóstolo Paulo, que somos para Deus o «bom odor de Cristo» (2Cor 2,15). Antes do seu baptismo, o catecúmeno assemelha-se à água imóvel, fria, sem cor […], inútil, incapaz de restabelecer as forças. Conservada durante muito tempo, a água altera-se, fica estagnada, torna-se fétida. […] O Senhor disse: «Quem não renascer da água e do Espírito não pode entrar no Reino de Deus» (Jo 3,5).
O fiel baptizado é semelhante ao vinho vigoroso e rubro. Todas as coisas da criação se estragam com o tempo, só o vinho melhora ao envelhecer. Ele perde todos os dias a sua aspereza, e adquire um «bouquet» macio, com um sabor rico. De igual modo o cristão, à medida que o tempo passa, perde a aspereza da sua vida pecadora, adquirindo a sabedoria e a benevolência da Trindade divina.
O que mais me tocou
nesta meditação, pela minha realidade pessoal, foi a última frase: “De igual modo o cristão, à medida que o tempo passa, perde a
aspereza da sua vida pecadora, adquirindo a sabedoria e a benevolência da
Trindade divina.”Que mais terá o Espírito
Santo de Deus para nos ensinar com estas tão belas e imaginárias bodas!...
domingo, 17 de janeiro de 2016
COMUNIDADES VIVAS!
Sim! Comunidades vivas
existem onde muitas vezes se não espera!
Não sei porque
acontecimento inesperado… mas numa igreja onde todos os requisitos se preparavam
para a celebração da Eucaristia Dominical, o Padre atrasou-se da hora marcada!
Depois de algum tempo de
espera e na impossibilidade de o poderem contactar, o responsável pelo Grupo
Coral decidiu avançar com uma Celebração na Ausência de Presbítero!
A igreja quase repleta! Os
cânticos foram maravilhosos!
Sem homilia preparada,
uma catequista ofereceu-se para apresentar uma pequena reflexão sobre a segunda
leitura, no que foi muito explícita e convincente!
A Sagrada Comunhão, deu
a ideia de ser repartida pelos ministros de serviço!
No final… um senhor foi
agradecer a amabilidade das pessoas com palavras muito sábias e encantadoras.
Houve salvas de palmas e
muita alegria!
Oxalá não tenha acontecido
nada de maior ao pároco!
Pároco que, para ter uma
comunidade assim, deve ser uma óptima pessoa!
Que Deus seja louvado!
quinta-feira, 14 de janeiro de 2016
LOUCOS… PORQUÊ!...
Sim! Se chamam a muitos
cristãos de loucos… é muito simplesmente porque se predispuseram à imitação do
Mestre Jesus Cristo que os ensinou a amar!
A amar a si mesmos e a tudo
quanto os rodeia!
Ainda não percebi muito
bem porque me ensinaram que é preciso amar a Deus sobre todas as coisas… amar a
Deus… que se não vê… e por mais que o queiramos não conseguimos saber muito bem
quem Deus é… e porque me ensinaram essas magias todas do Natal de Jesus, com os
pastorinhos, os Reis Magos, as Estrelas… a mangedoura…tudo o que fez parte da
minha vida… e continua a ser o delírio de tantas crianças e pessoas!
Já ando por cá há uns
bons anitos, e apenas com os meus olhos e sentidos não fui capaz de descobrir a
verdade e o porquê de tudo isto… quem é Deus… ou porque O devemos amar!
E Jesus Cristo…
chegou-me inicialmente tão mascarado… que não obstante ter tentado sempre…
passei muitos anos sem O conhecer muito bem! Não havia jeitos de perceber que Deus/Jesus
é AMOR!
E agora… que O conheço
minimamente e minimamente já me vou conseguindo identificar com Ele… encontrei
o meu lugar neste planeta onde apenas sou eu… sem nada que me impeça de o ser,
a não ser as minhas inúmeras fraquezas, as quais aceito e com as quais já
consigo aprender a viver.
Sim… porque as nossas
asneiras também têm valor se forem aproveitadas para nos auto-conhecermos de
modo a ver mais claramente do que somos capazes… e o que devemos fazer… ou
evitar fazer!
E agora… sim! Tanto eu
como as pessoas que me rodeiam continuamos com defeitos e qualidades… mas por
norma, já consigo olhá-las pela positiva, ou seja, ver antes de tudo as
qualidades de tudo quanto faço, possuo e me rodeia.
Agora… o mundo é mais
belo! E a vida, assim, é tão mais fácil!!!...
Não sei como consegui
aguentar tanto tempo no negativismo que me amordaçava todos os instantes!
Talvez… tivessem sido
esses os problemas da minha infância e adolescência cristã!
Amar a Deus sobre todas
as coisas… sabendo-nos amados por Ele desde sempre e apesar de tudo… e vendo
tudo de forma positiva… torna-se fácil! E o difícil começa mesmo a ser não
amar!
Se todas as coisas são de
Deus, amando e respeitando todas as coisas… estamos a amar e respeitar a Deus… que
está em tudo porque tudo Lhe pertence!
Os cristãos autênticos
são loucos… ou podem parecer loucos… porque não usam
os olhos deles, mas os olhos meigos, misericordiosos e doces de Jesus Cristo,
com os quais conseguem ver, ao jeito de Jesus Cristo, uma luz verdadeira onde só
as trevas se poderiam vislumbrar!
Com Jesus conseguem-se ver
bondades no meio de rebeldias… consegue-se… o que a Palavra de Deus/Jesus com a
ajuda do Espírito Santo nos leva a conseguir!
Agora… vou percebendo o enorme
valor da criança cristã que fui… das minhas ignorâncias… de tudo o que aprendi
e vivi… dos meus medos… das minhas inquietações…das minhas rebeldias… das
minhas procuras… dos meus dissabores… das minhas revoltas… dos meus cansaços… certa
de que, se não fosse tudo isso, certamente que não conseguiria começar a ser a
cristã que hoje vou sendo!
Precisamos de livros, de
pregações, de encontros, para descobrir Jesus Cristo! Mas não se descobre Jesus
Cristo nos livros, nem nas pregações, nem nos encontros… mas no fundo de nós
mesmos onde todos esses livros pregações ou encontros nos poderão levar!
Amo demais esta loucura,
a loucura de ser “Aprendiz de Cristã”!
Que Jesus me(nos) ajude!
segunda-feira, 11 de janeiro de 2016
MUDAM-SE OS TEMPOS!
Mudam-se os tempos,
mudam-se as vontades!
Mas neste caso, em que
me refiro aos tempos litúrgicos, mudam-se os tempos mas a vontade fica, e cada
vez mais forte em amar e servir Jesus Cristo o melhor que soubermos e podermos.
O Tempo de Natal acabou
com a Celebração do Baptismo de Jesus, com tudo quanto tem de belo e
imaginário, ou melhor dizendo, de catequético!
Se me dissessem há uns
anos atrás que a descrição do Baptismo de Jesus é uma catequese eu ficaria
escandalizada e chamaria loucura! Hoje… não!
Analisando bem a nossa
vida e o quanto Deus/Jesus vai fazendo em nós em cada dia e instante que passa,
dá para acreditar muito bem nestas catequeses e noutras que tais que os Apóstolos
nos legaram.
Afinal… se Jesus tivesse
sido Aquele “Menino” que nos apresentaram quando éramos crianças e até há muito
pouco tempo atrás… como poderíamos nós, simples humanos e normais entre os normais…
segui-Lo… tentando imitar as Suas atitudes?
Talvez por esta razão
tão lógica muita gente não consiga seguir Jesus como devia e a todos convém.
Então… nós… os que temos
a graça de poder seguir Jesus mais de perto… chega de pensarmos em presépios
com vaquinhas e ovelhinhas neves e figurinhas!
Jesus nasceu como
qualquer de nós… Jesus cresceu como qualquer de nós… numa família como grande
parte de nós…
Teve que aprender como
nós na escola do Seu tempo… teve que estudar as escrituras como nós procuramos
aprofundar a Bíblia… e de certeza que brincou… e também teve que trabalhar… mas
a grande diferença entre Jesus e nós é que nunca ninguém encontrou n’Ele nada
de reprovável, desde os Seus pais que se admiravam da Sua postura, aos Seus
familiares que, inconformados com a Sua coragem em denunciar os erros que via e
receosos com o que acabou por Lhe acontecer… ser considerado malfeitor e morrer
assassinado, Lhe pediram que parasse chegando a apelidá-Lo de louco.
Afinal… não é mesmo de
loucos o que chamam a muitos cristãos mais conscientes do seu ‘ser cristãos’
imitadores de Jesus Cristo?
Tenho escutado com muita
atenção, via mp3, as pregações do Padre Rui Santiago, que vão ao encontro das
que, faz já bastante tempo, são as minhas maiores convicções.
Mudam-se os tempos… pois…
e sem sair do essencial que é amar sem peso nem medida… temos que mudar a
vontade no sentido de aferir os nossos comportamentos e atitudes de modo a sair
de um cristianismo infantil que não nos poderá levar a lado nenhum!
Jesus… não procedeu como
procedeu… porque era Deus Homem, mas porque, sendo Homem autêntico, conseguiu
mostrar-nos nas Suas palavras e acções a imensa humanidade de Deus!
E aqui entra a enorme
grandeza de Maria e de José, Pais exemplares para todos os pais do mundo!
Claro que Deus esteve
sempre com a Sagrada Família, mas a Sagrada Família sempre soube que Deus
estava com Ela e sempre soube acolher a vontade de Deus a Seu respeito!
Por hoje… me aquieto… no
lento mudar dos tempos!…
Que Deus nos ajude!
sexta-feira, 8 de janeiro de 2016
SIMPLESMENTE… SER!
É! Neste inicio de ano
civil… decidi, simplesmente, ser!
Claro que uma decisão
destas precisa de muita preparação e perseverança!
E eu nem sequer sei se
estou bem preparada!
Mas uma certeza me
afaga, o esforço de preparação tem sido grande!
Se o efeito é o
desejado, talvez não!
Mas até que é bom!
Precisamos de alguns
fracassos para procurar crescer um pouco mais.
O crescimento é um sonho
de toda a gente!
E que seria da vida sem
sonhos... sem sonhos de crescimento pessoal, familiar, social…
Sonhos, muitos sonhos!
São os sonhos que nos
ajudam a transformar realidades menos boas em mais aceitáveis!
São os sonhos que nos
ajudam a procurar soluções mais viáveis para todos os problemas, nossos e de
quem nos rodeia!
Simplesmente… ser!
Ser… sem olhar para o
que o outro ou outra são… mas para desenvolver ao máximo todas as capacidades inatas
ou adquiridas com o esforço permanente!
Simplesmente… ser!
Com fracassos e sucessos,
com as semelhanças e diferenças assumidas como tal, com sinceridade e verdade,
sem arrogância ou vergonha!
A beleza e felicidade do
mundo está em cada um se aceitar a si mesmo tal como é, com defeitos e
qualidades, e de aceitar os outros com os defeitos e qualidades próprias de cada
um em particular e de todos, em geral.
A igualdade na
diversidade é isso mesmo… é cada um ser assumidamente apenas igual a si mesmo e
diferente do outro que também é apenas igual a si mesmo… aceitando cada qual o
seu próprio ser diferente de todos os outros, e o ser de cada um dos outros,
diferente de nós mesmos e de todos os outros homens e mulheres!
Puxa!... Lendo de novo o
que escrevi… até parece uma confusão!
Mas… é… e não é! É a
vida tal e qual como se nos apresenta, e que devemos aceitar com o maior
carinho, dedicação e ternura, simplesmente… sendo!
domingo, 3 de janeiro de 2016
SE TU FOSSES UM REI MAGO!
Sim! Se tu fosses... se eu fosse um Rei Mago!
Hoje… é dia da Celebração da Festa da Epifania ou dia de Reis cuja
data está fixada no dia seis de Janeiro!
Na Epifania aparecem-nos os Reis Magos a visitar Jesus… os Reis
Magos que, na realidade, representam a manifestação da luz de Jesus a toda a
humanidade!
É muito bela a explicação catequética deste dia, o que tarde compreendi
e penso que ainda não sei muito bem!
A vida de cada pessoa terá de ter a atitude de um Rei Mago, partindo
à procura de Jesus, procurando-O avidamente, não pelas estradas e caminhos do
mundo, mas atentos aos caminhos traçados pela Palavra de Deus que é o próprio
Jesus no Seu Existir.
E procurar Jesus, antes e acima de tudo, nos sinuosos e tortuosos atalhos
existentes no nosso próprio ser e modo de viver, pois todas as nossas atitudes
saem do mais fundo do nosso coração, o lugar onde podemos encontrar Jesus!
Poderá estar escondido debaixo de camadas de orgulho, prepotência,
maledicência, avareza, preguiça, resmunguice… de tantas coisas que O podem
esconder… mas Ele está lá! Jesus está bem no fundo do coração, no mais íntimo
de todas as pessoas!
E no dia em que, no silêncio mais profundo, longe de distracções e
de tudo que nos afaste de nos olharmos a nós mesmos tal como somos, nos for dada
a graça de O descobrirmos, ali, bem dentro do nosso coração, com toda a Sua
Misericórdia e Compaixão… a alegria será tão grande que nunca mais quereremos que
Jesus volte a ficar lá escondido!
A luta terá que ser grande! E não é luta contra ninguém! A luta é
connosco mesmos, contra os nossos maus feitios que se irão dominando, um a um,
com muitos fracassos e outros tantos sucessos!
Mas nessa luta, nunca estaremos sós! Pois o Jesus que sempre nos
habitou, desejado por nós e por nós encontrado, pode então trabalhar-nos tal
como Ele deseja e fazer de nós o que nem sequer imaginamos!
Se, conscientemente, temos Jesus connosco, o longe faz-se perto e
o difícil tornar-se-á fácil, porque Ele sempre nos ajuda e nunca nos desampara.
Quando oiço falar na ‘obrigação’ da Missa/Páscoa Dominical, tenho
imensa pena das pessoas que vão à Missa por obrigação, e muito mais pena ainda
das pessoas que não conseguem ir à Missa por falta de interesse… pois o ir à
missa Dominical é muito pouco, penso eu! Como poderia descobrir o que descubro,
aprender o que aprendo ou viver o que digo… se não fosse a frequência à
Eucaristia, onde o Jesus vivo de coração a bater espera por mim para se me
entregar na Comunhão Sacramental? Sinceramente… eu não sei!
Aflige-me por demais ver frequentemente pessoas nas Eucaristias
sem se aproximarem da Comunhão Sacramental!
Eu sei que há situações em que as pessoas terão de se contentar
mesmo com o desejo de receber Jesus ou comunhão espiritual, mas ainda são casos
muito pontuais!
Mas… ninguém vai à Comunhão para se fazer de ‘santinho’, pois quando
virmos as pessoas aproximar-se da Comunhão temos de ter consciência que não há
ninguém digno de Comungar Sacramentalmente, mas mesmos indignos porque pecadores,
Jesus quer vir a nós para nos poder fortificar e ir dignificando!
Recordo, faz tempo, ouvir pessoas dizer: “ eu não mato nem roubo,
não tenho pecados!” E eu pensava que derrubando alguns maus hábitos ficava com
a consciência tranquila… mas enganei-me! Os maus hábitos, de facto, foram sendo
derrubados… mas como a água consegue descobrir lixo onde o não imaginamos, Jesus
faz o mesmo connosco, leva-nos a detectar erros, pelo que encontro em mim muitas
atitudes erradas todos os dias! A tranquilidade da minha consciência provém, sim,
não da falta de pecados ou atitudes menos dignas, mas do conhecimento que tenho
da Misericórdia Amor e Compaixão de Jesus por mim, sempre pronto a aceitar-me,
a compreender-me e a ajudar-me a fazer o melhor que posso e sei!
Tenho tantas mais coisas lindas para dizer… sei lá quando!...
Um Feliz 2016 para toda a gente!
HN
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