sábado, 30 de janeiro de 2016

CORRUPÇÃO… NÃO!...

Sim! Gostei muito, e pensei muito no que li! É muito verdadeiro! E toca a todos!
Vejamos algumas afirmações do Santo Padre:
…” Recordo a história bíblica do rei Davi, que se apaixona por Betsabea, mulher do seu oficial Urias, a ponto de planejar a forma de encobrir o adultério. Escreve, então, uma carta na qual ordena: ‘Coloquem Urias na frente de batalha mais dura, depois retirem-se e deixem-no só, para que seja atingido e morra’.
Em suma, uma “sentença de morte”. Um homem “fiel” como Urias, “fiel à lei, fiel ao seu povo, leal ao seu rei”, “carrega a sentença de morte.” Enquanto Davi, “santo, mas também pecador”, carrega a doença da luxúria.
“Isso é um momento na vida de Davi que nos mostra algo que todos nós podemos passar: é a passagem do pecado à corrupção. Aqui Davi começa, dá o primeiro passo para a corrupção. Tem o poder, tem a força…”. Ele está “seguro” do que faz, “porque o reino era forte”. E porque tem o diabo do lado sussurrando: “você consegue”.
Que é o que sugere para os poderosos: “seja poder eclesiástico, religioso, económico, político”. “Por isso, a corrupção é um pecado mais fácil para todos nós que temos algum poder… Porque o diabo faz-nos sentir seguros: ‘Eu consigo’”.
Este tipo de corrupção entrou, portanto, no coração do “grande e nobre” Davi, aquele “jovem corajoso” que tinha enfrentado o filisteu Golias com uma mísera funda. “Há um momento onde o hábito do pecado ou um momento no qual a nossa situação é tão segura e somos bem vistos e temos tanto poder” que o pecado deixa de “ser pecado” e se torna “corrupção”. E “uma das coisas mais feias que tem a corrupção é que o corrupto não sente necessidade de pedir perdão, não sente…”.
No entanto, “Deus perdoa sempre.” Isto é evidente, precisamente, na história de Davi: Deus continua a amá-lo “muito” apesar dele ter chegado a ordenar o assassinato de um homem leal apenas para levar a sua mulher para a cama. E no fim, Deus o salva da corrupção.
Porque “Deus perdoa sempre”. Então, “façamos uma oração pela Igreja, começando por nós, pelo Papa, pelos bispos, pelos sacerdotes, pelos consagrados, pelos fieis leigos: ‘Mas, Senhor, salva-nos, salva-nos da corrupção’”. “Pecadores sim, Senhor – somos todos – mas, corruptos nunca!’”
Estas palavras do Papa Francisco fazem-nos ver melhor o que é a corrupção… e como é fácil entrarmos em corrupção, sermos corruptos!
A loucura do poder pelo poder… pode ser uma forma mais fácil de chegar à corrupção… ou da corrupção poder ser mais vistas por todos nós!
Mas cada um ou uma de nós deverá ter sempre bem presentes as suas atitudes para se certificar se não estará também a ser corrupto ou corrupta, escondendo ilicitudes que esmagam pessoas inocentes. A corrupção pode entrar no relacionamento normal das pessoas, entre cônjuges, entre pais e filhos, filhos e pais, entre irmãos, parentes, amigos…  
E não digamos nunca que ‘os outros’ são corruptos, pois a única corrupção que podemos curar é a nossa… e curando-nos a nós… estaremos a ajudar a curar as pessoas que nos rodeiam e a acabar com a corrupção à nossa volta!

Que Deus nos ajude!

segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

CONVERSÃO DE SÃO PAULO

Pois! Hoje, no fecho da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, celebra-se o dia da Conversão de São Paulo, com tudo quanto de maravilhoso encerra!
Quando era mais jovem cismava com a ‘queda do cavalo’… mas o tempo foi passando e quem foi caindo do cavalo fui eu! Caí do cavalo sem saber cavalgar! Porque talvez na queda do cavalo não tenha havido cavalo nenhum, sei lá! Mas também isso não interessa! O importante é que cada um ou uma de nós costuma ter a mania da sua importância, bondade, generosidade… e quando surge a oportunidade de olhar um pouco mais para dentro, para o interior e olhar-nos a partir dali de dentro acabamos por perder todas as nossas manias de grandezas e bondades… é a ‘queda do cavalo’… é o começar de uma nova vida, de uma nova forma de viver procurando ser apenas quem se é sem aumentos nem diminuições!
Importantes, sim, porque todos somos importantes, é Jesus Quem no-lo diz no desmedido amor que sempre nos dedicou e dedica. Mas a nossa importância provém-nos do amor que dedicamos a tudo quanto nos rodeia, do nosso constante procurar conseguir ser um pouquinho ‘misericordiosos como o Pai!’.
Hoje, o Evangelho Quotidiano trazia um comentário de São João Crisóstomo que me tocou por demais:
“É preciso que tenhamos sempre presente no nosso espírito que todos os homens são rodeados por imensas manifestações do amor de Deus. Se a justiça tivesse precedido a penitência, o universo teria sido aniquilado. Se Deus estivesse pronto para o castigo, a Igreja não teria conhecido o apóstolo Paulo, não teria recebido um homem assim no seu seio. É a misericórdia de Deus que transforma o perseguidor em apóstolo; é ela que muda o lobo em cordeiro; foi ela que fez de um publicano um evangelista (Mt 9,9). É a misericórdia de Deus que, comovida com o nosso destino, nos transforma a todos; é ela que nos converte.
Ao ver o glutão de ontem pôr-se hoje a jejuar, o blasfemador de outrora falar de Deus com respeito, o infame de antigamente não abrir a boca a não ser para louvar a Deus, podemos admirar esta misericórdia do Senhor. Sim, irmãos, se Deus é bom para com todos os homens, é-o particularmente para com os pecadores.
Quereis mesmo ouvir uma coisa estranha do ponto de vista dos nossos hábitos, mas verdadeira do ponto de vista da piedade? Escutai: ao passo que Deus Se mostra exigente para com os justos, para com os pecadores não tem senão clemência e doçura. Que rigor para com os justos! Que indulgência para com o pecador! É esta a novidade, a inversão, que nos oferece a conduta de Deus. […] É que assustar o pecador, sobretudo o pecador inveterado, seria privá-lo de confiança, mergulhá-lo no desespero; e lisonjear o justo seria embotar o vigor da sua virtude, levando-o a afrouxar no seu zelo. Deus é infinitamente bom! O seu temor é a salvaguarda do justo, e a sua clemência faz mudar o pecador.”
A nossa grandeza provem daí… dos imensos cuidados que Deus/Jesus tem connosco enviando constantemente sobre nós o Seu Espírito Santo para nos amparar com o Seu Amor infinitamente misericordioso e bom,  o que está muito bem expresso nesta meditação!
Mais palavras para quê!... Por hoje, fico-me por aqui… pensando nas quedas do cavalo que precisamos de ter todos os dias!

Que São Paulo nos ajude!

sábado, 23 de janeiro de 2016

CIÚME.. INVEJA… FOFOCAS

O ciúme leva à inveja! E o ciúme e inveja levam às fofocas que são a fonte de inúmeras situações deprimentes e imenso mal-estar. Mal-estar e sofrimento atroz para o invejoso e muitas vezes grandes incómodos para os invejados, que sem culpa alguma, acabam por ser prejudicados das formas mais diversas e atrozes.
Com um pouquinho de tempo, pude ler uma homilia do Papa Francisco em que ele, de uma forma muito convincente, nos mostra claramente o imenso malefício do ciúme e inveja:
‘O ciúme é uma “doença” que volta e leva à inveja.
A inveja é uma coisa feia, é um pecado feio, “e no coração, o ciúme ou a inveja crescem como ervas daninhas: crescem, mas não deixam a erva boa crescer. Tudo o que parece ofuscá-los, lhes faz mal”.
“O coração invejoso leva a matar, à morte.
E a Escritura diz claramente: por inveja do demónio, a morte entrou no mundo”.
A inveja “mata” e “não tolera que o outro tenha algo que eu não possuo. E a pessoa invejosa sofre, porque o coração do invejoso ou do ciumento sofre. É um coração sofredor”. É um sofrimento que deseja a “morte dos outros”.
Muitas vezes nas nossas comunidades – não devemos ir muito longe para ver isso – por ciúme se mata com a língua. “Alguém tem inveja daquele, daquele outro e começam os fuxicos: e os fuxicos matam!”.
“Eu, convido a mim e a todos a entender se em meu/seu coração existe algo de ciumento, de invejoso, que sempre leva à morte e não me/o faz feliz; porque esta doença leva sempre a ver o que o outro tem de bom como se fosse contra você. Isto é um pecado muito feio! É o início de muitas criminalidades”.
Por isso, convido a pedir ao Senhor “que nos dê a graça de não abrir o coração aos ciúmes, de não abrir nosso coração às invejas, porque estas coisas levam à morte”.
Pilatos percebeu que os chefes dos escribas haviam lhe entregado Jesus por inveja.
“Não entreguemos nunca, por inveja, à morte, um irmão, uma irmã da comunidade paroquial, nem um vizinho do bairro. Cada um tem seus pecados, cada um tem suas virtudes… são próprias de cada um. Olhar o bem e não matar, com fofocas, por inveja ou ciúmes”.’
São muito simples e tocantes estas palavras do Santo Padre!
Muitas vezes, sem nos apercebermos, podemos também acabar por sentir inveja de algo ou alguém!
Que estas palavras nos toquem bem fundo o coração, para que consigamos livrar-nos deste imenso mal.
Quando oiço falar de tantos assassínios na imensa maioria das vezes provocados por violência doméstica, tenho imensa pena dos assassinados, mas também dos assassinos, pobres infelizes que se prendem na inveja e ciúme da aparente felicidade dos outros por não conseguirem olhar as suas própria qualidades para se poderem sentir bem como são!
E a Comunicação Social faz tenção de mostrar com certa ênfase todos esses assassínios ou quaisquer acções perversas que se façam pelo País afora… penso que com a intenção de as prevenir.
Será que nunca pensaram… que lembrar o mal… pode levar mais rapidamente à prática do mesmo mal?
Se há tanto bem praticado por esse Portugal  mundo além… porque não se esfalfam por mostrar às populações pelo menos um pouquinho de tanto bem praticado? Seria bem mais admoestador!...
Mas o bem… não faz barulho!...
Que Deus nos valha… e nos livre de invejas… ciúmes… fofocas descabidas!

Olhemos o bem… para que o bem possas crescer!

terça-feira, 19 de janeiro de 2016

JESUS E O LEPROSO!

Leprosos espirituais poderemos ser todos nós!
Falar de misericórdia é falar de Amor/Deus que Jesus nos mostra por palavras e obras!
Antes de curar… Jesus toca! Toca nas pessoas! Tocou nas pessoas do Seu tempo e curou-as! Tocou no leproso e curou-o!
As curas físicas são a imagem das curas espirituais que Jesus não se cansa de fazer todos os dias e em todos os segundos com todos e todas nós!
Nós não nos damos conta, na enorme maioria das vezes, mas Jesus toca-nos e acompanha-nos na vida de todos os momentos!
Talvez pensemos que não o faça com toda a gente… mas faz! Jesus ama-nos a todos com a mesma intensidade, porque não pode fazer outra coisa além de amar!
E quanto mais infelizes forem as pessoas mais Jesus as quer ajudar, e quem quer ajudar é porque ama!
E então… qual será o nosso papel neste querer de Jesus?
Será que temos conhecimento do que Jesus quer de nós?
Cabeças para pensar, corações para amar, mãos e pés para agir, rostos para sorrir, ouvidos para ouvir, bocas para falar!
Tanto que Jesus espera de nós para quem nos rodeia, principalmente os pobres e infelizes de qualquer infelicidade!...
Vejamos as palavras de Madre Teresa de Calcutá:

“Jesus, compadecido, estendeu a mão e tocou-lhe
Os pobres têm sede de água, mas também de paz, de verdade e de justiça. Os pobres estão nus e têm necessidade de roupas, mas também de dignidade humana e de compaixão para com os pecadores. Os pobres estão sem abrigo e têm necessidade de um abrigo feito de tijolos, mas também de um coração alegre, compassivo e cheio de amor. Eles estão doentes e têm necessidade de cuidados médicos, mas também de uma mão amiga e de um sorriso acolhedor.
Os excluídos, os que são rejeitados, os que não são amados, os prisioneiros, os alcoólicos, os moribundos, os que estão sós e abandonados, os marginalizados, os intocáveis e os leprosos [...], os que estão na dúvida e confusos, os que não foram tocados pela luz de Cristo, os que têm fome da palavra e da paz de Deus, as almas tristes e angustiadas [...], os que são um fardo para a sociedade, os que perderam toda a esperança e a fé na vida, os que se esqueceram como se sorri e os que já não sabem o que é receber um pouco de calor humano, um gesto de amor e de amizade – todos eles se voltam para nós para serem reconfortados. Se lhes viramos as costas, viramos as costas a Cristo.”
É hora de abrirmos o nosso coração a quem necessita de nós, pois quando voltamos as costas aos nossos irmãos e irmãs estamos a voltar as costas a Jesus!
Dizer que se ama a Jesus é muito fácil, mas amá-LO nas pessoas que vivem connosco e precisam de nós… não é tão fácil assim, mas é possível!
Se conseguirmos pensar e agir assim… tudo será muito diferente!!!...
Estamos no segundo dia da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos!
Toquemos os nossos irmãos! Caminhemos com eles!

Rezemos pela unidade de todos os cristãos e peçamos a Jesus que nos ajude a sermos os cristãos que Ele quer que sejamos!

segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

AS BODAS DE CANA!

Claro que é mais que certo não ter havido nenhumas bodas de casamento em Caná da Galileia… e que tenha sido o evangelista a pegar nas imaginadas bodas para nos deixar uma bela catequese!
Sinceramente… a nós, interessa-nos tirar do belíssimo texto tudo quanto nos possa dizer algo mais sobre o enorme Amor de Deus por nós… a solicitude de Nossa Senhora e os cuidados de Jesus connosco, em nos encher de graças e bênçãos acompanhando-nos sempre ao longo da vida!
Tanto a aprender com esta partezinha do Evangelho!
Hoje… mais uma explicação maravilhosa de São Máximo de Turim:
“A água transformada em vinho
Ao transformar em vinho a água que enchia as talhas, o Salvador fez duas coisas: forneceu uma bebida aos convidados do casamento e quis dizer que, pelo baptismo, os homens ficariam cheios do Espírito Santo. Aliás, o próprio Senhor o declarou noutra altura ao dizer: «Deita-se o vinho novo em odres novos» (Mt 9,17). Os odres novos significam, com efeito, a pureza do baptismo, e o vinho, a graça do Espírito Santo.
Catecúmenos, prestai especial atenção. O vosso espírito, que ignora ainda a Trindade, assemelha-se à água fria. É preciso aquecê-la ao calor do sacramento do baptismo, como um vinho, para transformar esse líquido pobre e sem valor em graça preciosa e rica. Tal como o vinho, adquiramos bom paladar e aroma doce; então, poderemos dizer, com o apóstolo Paulo, que somos para Deus o «bom odor de Cristo» (2Cor 2,15). Antes do seu baptismo, o catecúmeno assemelha-se à água imóvel, fria, sem cor […], inútil, incapaz de restabelecer as forças. Conservada durante muito tempo, a água altera-se, fica estagnada, torna-se fétida. […] O Senhor disse: «Quem não renascer da água e do Espírito não pode entrar no Reino de Deus» (Jo 3,5).
O fiel baptizado é semelhante ao vinho vigoroso e rubro. Todas as coisas da criação se estragam com o tempo, só o vinho melhora ao envelhecer. Ele perde todos os dias a sua aspereza, e adquire um «bouquet» macio, com um sabor rico. De igual modo o cristão, à medida que o tempo passa, perde a aspereza da sua vida pecadora, adquirindo a sabedoria e a benevolência da Trindade divina.

O que mais me tocou nesta meditação, pela minha realidade pessoal, foi a última frase: De igual modo o cristão, à medida que o tempo passa, perde a aspereza da sua vida pecadora, adquirindo a sabedoria e a benevolência da Trindade divina.Que mais terá o Espírito Santo de Deus para nos ensinar com estas tão belas e imaginárias bodas!...

domingo, 17 de janeiro de 2016

COMUNIDADES VIVAS!

Sim! Comunidades vivas existem onde muitas vezes se não espera!
Não sei porque acontecimento inesperado… mas numa igreja onde todos os requisitos se preparavam para a celebração da Eucaristia Dominical, o Padre atrasou-se da hora marcada!
Depois de algum tempo de espera e na impossibilidade de o poderem contactar, o responsável pelo Grupo Coral decidiu avançar com uma Celebração na Ausência de Presbítero!
A igreja quase repleta! Os cânticos foram maravilhosos!
Sem homilia preparada, uma catequista ofereceu-se para apresentar uma pequena reflexão sobre a segunda leitura, no que foi muito explícita e convincente!
A Sagrada Comunhão, deu a ideia de ser repartida pelos ministros de serviço!
No final… um senhor foi agradecer a amabilidade das pessoas com palavras muito sábias e encantadoras.
Houve salvas de palmas e muita alegria!
Oxalá não tenha acontecido nada de maior ao pároco!
Pároco que, para ter uma comunidade assim, deve ser uma óptima pessoa!

Que Deus seja louvado!

quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

LOUCOS… PORQUÊ!...

Sim! Se chamam a muitos cristãos de loucos… é muito simplesmente porque se predispuseram à imitação do Mestre Jesus Cristo que os ensinou a amar!
A amar a si mesmos e a tudo quanto os rodeia!
Ainda não percebi muito bem porque me ensinaram que é preciso amar a Deus sobre todas as coisas… amar a Deus… que se não vê… e por mais que o queiramos não conseguimos saber muito bem quem Deus é… e porque me ensinaram essas magias todas do Natal de Jesus, com os pastorinhos, os Reis Magos, as Estrelas… a mangedoura…tudo o que fez parte da minha vida… e continua a ser o delírio de tantas crianças e pessoas!
Já ando por cá há uns bons anitos, e apenas com os meus olhos e sentidos não fui capaz de descobrir a verdade e o porquê de tudo isto… quem é Deus… ou porque O devemos amar!
E Jesus Cristo… chegou-me inicialmente tão mascarado… que não obstante ter tentado sempre… passei muitos anos sem O conhecer muito bem! Não havia jeitos de perceber que Deus/Jesus é AMOR!
E agora… que O conheço minimamente e minimamente já me vou conseguindo identificar com Ele… encontrei o meu lugar neste planeta onde apenas sou eu… sem nada que me impeça de o ser, a não ser as minhas inúmeras fraquezas, as quais aceito e com as quais já consigo aprender a viver.
Sim… porque as nossas asneiras também têm valor se forem aproveitadas para nos auto-conhecermos de modo a ver mais claramente do que somos capazes… e o que devemos fazer… ou evitar fazer!
E agora… sim! Tanto eu como as pessoas que me rodeiam continuamos com defeitos e qualidades… mas por norma, já consigo olhá-las pela positiva, ou seja, ver antes de tudo as qualidades de tudo quanto faço, possuo e me rodeia.
Agora… o mundo é mais belo! E a vida, assim, é tão mais fácil!!!...
Não sei como consegui aguentar tanto tempo no negativismo que me amordaçava todos os instantes!
Talvez… tivessem sido esses os problemas da minha infância e adolescência cristã!
Amar a Deus sobre todas as coisas… sabendo-nos amados por Ele desde sempre e apesar de tudo… e vendo tudo de forma positiva… torna-se fácil! E o difícil começa mesmo a ser não amar!
Se todas as coisas são de Deus, amando e respeitando todas as coisas… estamos a amar e respeitar a Deus… que está em tudo porque tudo Lhe pertence!
Os cristãos autênticos são loucos… ou podem parecer loucos… porque não usam os olhos deles, mas os olhos meigos, misericordiosos e doces de Jesus Cristo, com os quais conseguem ver, ao jeito de Jesus Cristo, uma luz verdadeira onde só as trevas se poderiam vislumbrar!
Com Jesus conseguem-se ver bondades no meio de rebeldias… consegue-se… o que a Palavra de Deus/Jesus com a ajuda do Espírito Santo nos leva a conseguir!
Agora… vou percebendo o enorme valor da criança cristã que fui… das minhas ignorâncias… de tudo o que aprendi e vivi… dos meus medos… das minhas inquietações…das minhas rebeldias… das minhas procuras… dos meus dissabores… das minhas revoltas… dos meus cansaços… certa de que, se não fosse tudo isso, certamente que não conseguiria começar a ser a cristã que hoje vou sendo!
Precisamos de livros, de pregações, de encontros, para descobrir Jesus Cristo! Mas não se descobre Jesus Cristo nos livros, nem nas pregações, nem nos encontros… mas no fundo de nós mesmos onde todos esses livros pregações ou encontros nos poderão levar!
Amo demais esta loucura, a loucura de ser “Aprendiz de Cristã”!

Que Jesus me(nos) ajude!

segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

MUDAM-SE OS TEMPOS!

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades!
Mas neste caso, em que me refiro aos tempos litúrgicos, mudam-se os tempos mas a vontade fica, e cada vez mais forte em amar e servir Jesus Cristo o melhor que soubermos e podermos.
O Tempo de Natal acabou com a Celebração do Baptismo de Jesus, com tudo quanto tem de belo e imaginário, ou melhor dizendo, de catequético!
Se me dissessem há uns anos atrás que a descrição do Baptismo de Jesus é uma catequese eu ficaria escandalizada e chamaria loucura! Hoje… não!
Analisando bem a nossa vida e o quanto Deus/Jesus vai fazendo em nós em cada dia e instante que passa, dá para acreditar muito bem nestas catequeses e noutras que tais que os Apóstolos nos legaram.
Afinal… se Jesus tivesse sido Aquele “Menino” que nos apresentaram quando éramos crianças e até há muito pouco tempo atrás… como poderíamos nós, simples humanos e normais entre os normais… segui-Lo… tentando imitar as Suas atitudes?
Talvez por esta razão tão lógica muita gente não consiga seguir Jesus como devia e a todos convém.
Então… nós… os que temos a graça de poder seguir Jesus mais de perto… chega de pensarmos em presépios com vaquinhas e ovelhinhas neves e figurinhas!
Jesus nasceu como qualquer de nós… Jesus cresceu como qualquer de nós… numa família como grande parte de nós…
Teve que aprender como nós na escola do Seu tempo… teve que estudar as escrituras como nós procuramos aprofundar a Bíblia… e de certeza que brincou… e também teve que trabalhar… mas a grande diferença entre Jesus e nós é que nunca ninguém encontrou n’Ele nada de reprovável, desde os Seus pais que se admiravam da Sua postura, aos Seus familiares que, inconformados com a Sua coragem em denunciar os erros que via e receosos com o que acabou por Lhe acontecer… ser considerado malfeitor e morrer assassinado, Lhe pediram que parasse chegando a apelidá-Lo de louco.
Afinal… não é mesmo de loucos o que chamam a muitos cristãos mais conscientes do seu ‘ser cristãos’ imitadores de Jesus Cristo?
Tenho escutado com muita atenção, via mp3, as pregações do Padre Rui Santiago, que vão ao encontro das que, faz já bastante tempo, são as minhas maiores convicções.
Mudam-se os tempos… pois… e sem sair do essencial que é amar sem peso nem medida… temos que mudar a vontade no sentido de aferir os nossos comportamentos e atitudes de modo a sair de um cristianismo infantil que não nos poderá levar a lado nenhum!
Jesus… não procedeu como procedeu… porque era Deus Homem, mas porque, sendo Homem autêntico, conseguiu mostrar-nos nas Suas palavras e acções a imensa humanidade de Deus!
E aqui entra a enorme grandeza de Maria e de José, Pais exemplares para todos os pais do mundo!
Claro que Deus esteve sempre com a Sagrada Família, mas a Sagrada Família sempre soube que Deus estava com Ela e sempre soube acolher a vontade de Deus a Seu respeito!
Por hoje… me aquieto… no lento mudar dos tempos!…
Que Deus nos ajude!


sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

SIMPLESMENTE… SER!


É! Neste inicio de ano civil… decidi, simplesmente, ser!
Claro que uma decisão destas precisa de muita preparação e perseverança!
E eu nem sequer sei se estou bem preparada!
Mas uma certeza me afaga, o esforço de preparação tem sido grande!
Se o efeito é o desejado, talvez não!
Mas até que é bom!
Precisamos de alguns fracassos para procurar crescer um pouco mais.
O crescimento é um sonho de toda a gente!
E que seria da vida sem sonhos... sem sonhos de crescimento pessoal, familiar, social…
Sonhos, muitos sonhos!
São os sonhos que nos ajudam a transformar realidades menos boas em mais aceitáveis!
São os sonhos que nos ajudam a procurar soluções mais viáveis para todos os problemas, nossos e de quem nos rodeia!
Simplesmente… ser!
Ser… sem olhar para o que o outro ou outra são… mas para desenvolver ao máximo todas as capacidades inatas ou adquiridas com o esforço permanente!
Simplesmente… ser!
Com fracassos e sucessos, com as semelhanças e diferenças assumidas como tal, com sinceridade e verdade, sem arrogância ou vergonha!
A beleza e felicidade do mundo está em cada um se aceitar a si mesmo tal como é, com defeitos e qualidades, e de aceitar os outros com os defeitos e qualidades próprias de cada um em particular e de todos, em geral.
A igualdade na diversidade é isso mesmo… é cada um ser assumidamente apenas igual a si mesmo e diferente do outro que também é apenas igual a si mesmo… aceitando cada qual o seu próprio ser diferente de todos os outros, e o ser de cada um dos outros, diferente de nós mesmos e de todos os outros homens e mulheres!
Puxa!... Lendo de novo o que escrevi… até parece uma confusão!

Mas… é… e não é! É a vida tal e qual como se nos apresenta, e que devemos aceitar com o maior carinho, dedicação e ternura, simplesmente… sendo!

domingo, 3 de janeiro de 2016

SE TU FOSSES UM REI MAGO!

Sim! Se tu fosses... se eu fosse um Rei Mago!
Hoje… é dia da Celebração da Festa da Epifania ou dia de Reis cuja data está fixada no dia seis de Janeiro!
Na Epifania aparecem-nos os Reis Magos a visitar Jesus… os Reis Magos que, na realidade, representam a manifestação da luz de Jesus a toda a humanidade!
É muito bela a explicação catequética deste dia, o que tarde compreendi e penso que ainda não sei muito bem!
A vida de cada pessoa terá de ter a atitude de um Rei Mago, partindo à procura de Jesus, procurando-O avidamente, não pelas estradas e caminhos do mundo, mas atentos aos caminhos traçados pela Palavra de Deus que é o próprio Jesus no Seu Existir.
E procurar Jesus, antes e acima de tudo, nos sinuosos e tortuosos atalhos existentes no nosso próprio ser e modo de viver, pois todas as nossas atitudes saem do mais fundo do nosso coração, o lugar onde podemos encontrar Jesus!
Poderá estar escondido debaixo de camadas de orgulho, prepotência, maledicência, avareza, preguiça, resmunguice… de tantas coisas que O podem esconder… mas Ele está lá! Jesus está bem no fundo do coração, no mais íntimo de todas as pessoas!
E no dia em que, no silêncio mais profundo, longe de distracções e de tudo que nos afaste de nos olharmos a nós mesmos tal como somos, nos for dada a graça de O descobrirmos, ali, bem dentro do nosso coração, com toda a Sua Misericórdia e Compaixão… a alegria será tão grande que nunca mais quereremos que Jesus volte a ficar lá escondido!
A luta terá que ser grande! E não é luta contra ninguém! A luta é connosco mesmos, contra os nossos maus feitios que se irão dominando, um a um, com muitos fracassos e outros tantos sucessos!
Mas nessa luta, nunca estaremos sós! Pois o Jesus que sempre nos habitou, desejado por nós e por nós encontrado, pode então trabalhar-nos tal como Ele deseja e fazer de nós o que nem sequer imaginamos!  
Se, conscientemente, temos Jesus connosco, o longe faz-se perto e o difícil tornar-se-á fácil, porque Ele sempre nos ajuda e nunca nos desampara.
Quando oiço falar na ‘obrigação’ da Missa/Páscoa Dominical, tenho imensa pena das pessoas que vão à Missa por obrigação, e muito mais pena ainda das pessoas que não conseguem ir à Missa por falta de interesse… pois o ir à missa Dominical é muito pouco, penso eu! Como poderia descobrir o que descubro, aprender o que aprendo ou viver o que digo… se não fosse a frequência à Eucaristia, onde o Jesus vivo de coração a bater espera por mim para se me entregar na Comunhão Sacramental? Sinceramente… eu não sei!
Aflige-me por demais ver frequentemente pessoas nas Eucaristias sem se aproximarem da Comunhão Sacramental!
Eu sei que há situações em que as pessoas terão de se contentar mesmo com o desejo de receber Jesus ou comunhão espiritual, mas ainda são casos muito pontuais!
Mas… ninguém vai à Comunhão para se fazer de ‘santinho’, pois quando virmos as pessoas aproximar-se da Comunhão temos de ter consciência que não há ninguém digno de Comungar Sacramentalmente, mas mesmos indignos porque pecadores, Jesus quer vir a nós para nos poder fortificar e ir dignificando!
Recordo, faz tempo, ouvir pessoas dizer: “ eu não mato nem roubo, não tenho pecados!” E eu pensava que derrubando alguns maus hábitos ficava com a consciência tranquila… mas enganei-me! Os maus hábitos, de facto, foram sendo derrubados… mas como a água consegue descobrir lixo onde o não imaginamos, Jesus faz o mesmo connosco, leva-nos a detectar erros, pelo que encontro em mim muitas atitudes erradas todos os dias! A tranquilidade da minha consciência provém, sim, não da falta de pecados ou atitudes menos dignas, mas do conhecimento que tenho da Misericórdia Amor e Compaixão de Jesus por mim, sempre pronto a aceitar-me, a compreender-me e a ajudar-me a fazer o melhor que posso e sei!
Tenho tantas mais coisas lindas para dizer… sei lá quando!...
Um Feliz 2016 para toda a gente!

HN