O Pedagogo, I, 12, 17; SC 70
domingo, 31 de março de 2019
CONDUZIR-NOS A NÓS MESMOS COMO CRIANÇAS!
Todos nós, adultos conscientes
e responsáveis, sabemos a dificuldade que existe em conduzir as crianças a um
bom crescimento total. Além de uma grande preparação psicopedagógica é preciso
um esforço muito aturado para levar a cabo essa enorme missão. Que o digam os
pais e mães, os avós, hoje muito presentes na ajuda aos filhos na educação dos
netos, os responsáveis e trabalhadores nas creches e infantários, os professores
em geral, padres, catequistas, dirigentes dos Escuteiros e de outros grupos destinados
ao desenvolvimento infantojuvenil. A esperança de um mundo melhor, mais humano
e fraterno, começa aqui!
Mas... quantos conhecimentos,
quanta dedicação quanta ternura e carinho, quanta certeza e segurança, quanto
amor necessitam as crianças e jovens para poderem alcançar o seu pleno desenvolvimento.
E todos estes requisitos educacionais
não são de agora, são de sempre. Muitas vezes ouvimos críticas aos jovens... quando
os criticados deveriam ser os seus educadores... o os educadores dos seus
educadores! Digo isto porque tenho a certeza de que ninguém poderá dar o que não
tem, e a total valorização da criança em si mesma, a aprender durante várias
gerações antes do seu nascimento, é tarefa que ainda está muito longe do fim!
O velho ditado: ‘Filho és, pai
serás, como fizeres assim acharás’ não tem só a ver com castigos de comportamentos
errados dos filhos, mas antes e acima de tudo do mau exemplo dos pais, da má
forma que os pais têm de conduzir os filhos na sua infância e adolescência, muitas
vezes inconscientemente.
Mas... não culpemos as
crianças! Não as critiquemos pelos seus erros! Antes... analisemos os seus
comportamentos, os seus desejos de aprender, de crescer, os esforços por
conseguirem alcançar êxitos nas suas conquistas, nos seus empreendimentos, na
vontade e por vezes teimosia que demonstram em querer a todo o custo aprender
tantas coisas que necessitam!
Esta... deve ser a nossa
postura diante das crianças, pois é-nos
sugerido que nos façamos com
elas!
«»
São Clemente de Alexandria (150-c. 215) teólogo
O Pedagogo, I, 12, 17; SC 70
O Pedagogo, I, 12, 17; SC 70
O papel de Cristo, nosso
Pedagogo, é, como o nome indica, o de conduzir as crianças. Resta avaliar a que
crianças quer a Escritura referir-se, e depois dar-lhes o Pedagogo. As crianças
somos nós. A Escritura celebra-nos de diferentes formas, serve-se de imagens
diversas para nos designar, colorindo com muitos tons a simplicidade da fé. Diz
o Evangelho que o Senhor Se apresentou na margem e Se dirigiu aos seus
discípulos que tinham estado a pescar, dizendo: «Rapazes, tendes algum peixe
que se coma?» (Jo 21,4-5) Era aos discípulos que Ele chamava «rapazes».
«Apresentaram a Jesus umas crianças para que Ele lhes tocasse, mas os
discípulos afastavam-nas. Jesus, ao ver isto, indignou-Se e disse-lhes:
"Deixai vir a Mim as criancinhas, não as estorveis: dos que são como elas
é o reino de Deus".» O próprio Senhor esclarece o sentido destas palavras
dizendo: «Se não voltardes a ser como as criancinhas, não podereis entrar no
reino dos Céus» (Mt 18,3). E não está a falar da regeneração, mas a propor-nos
que imitemos a simplicidade das crianças. [...]
Pode-se realmente considerar que
aqueles que só conhecem Deus como Pai – que são como recém-nascidos, simples e
puros – são como crianças. [...] São seres que progrediram no Verbo, que Ele
convida a desligarem-se das preocupações deste mundo, para escutarem apenas o
Pai, imitando as crianças. É por isso que lhes diz: «Não vos preocupeis com o
dia de amanhã. Basta a cada dia o seu trabalho» (Mt 6,34), exortando-nos a
distanciarmo-nos dos problemas deste mundo, para nos dedicarmos apenas ao nosso
Pai. Aquele que pratica este mandamento é um verdadeiro recém-nascido, uma
criança para Deus e para o mundo, pois este considera-o um ignorante e Aquele
um alvo da sua ternura.
«»
Nós... eternas crianças de
Deus! E somo-lo, de verdade!
Quanto mais nos esforçamos por
conhecer Deus, mais predicados encontramos em Deus, e mais reconhecemos que, de facto, não nos é
possível reconhecer Deus tal qual é... assim como as crianças se vão
descobrindo e crescendo ao longo da vida, as criança de Deus, criaturas
humanas, passarão a vida inteira procurando Deus que só conhecerão em pleno na
eternidade para o que foram criadas.
Boa noite e boa semana... humildes
com crianças!
HN
sábado, 30 de março de 2019
TIRANIA PIEDOSA...
Nunca na vida me tinha passado
pela cabeça tal coisa, tal expressão que São João Clímaco disse, há tantos anos: ‘A oração é uma tirania piedosa que é exercida
sobre Deus!’
Gosto imenso de seguir no dia a
dia a Liturgia Diária! Quando posso, vou ao Secretariado Nacional da Liturgia
para pensar um pouco nos textos que explicam o sentido das passagens bíblicas,
Leituras e Evangelho, que me chegam diariamente por Evangelizo que traz, no
final, uma meditação alusiva. Pode parecer estranho, mas tenho aprendido muito
com esta forma de estar que me ensina muito a ser melhor pessoa e a ver melhor
tudo quanto me rodeia. As duas formas de procura completam-se mutuamente e dão uma
riqueza de conhecimentos impagável, que muitas vezes, quando me toca demais,
acabo por partilhar. Aqui vai a que recebi hoje:
«»
São João Clímaco (c. 575-c. 650) monge do Monte Sinai
«A escada santa»
«A escada santa»
Que o tecido da tua oração só
tenha uma cor. O publicano e o filho pródigo foram reconciliados com Deus com
uma só palavra. Quando rezas, não procures palavras complicadas, porque o
balbuciar simples das crianças tem muitas vezes tocado o seu Pai dos Céus. Não
procures falar muito quando rezas, não vá o teu espírito distrair-se à procura
das palavras. Uma só palavra do publicano apaziguou a Deus e um só brado de fé
salvou o ladrão. Não raro, a loquacidade na oração dispersa o espírito e
enche-o de imagens, ao passo que a repetição da mesma palavra serve para o
recolher. Se uma palavra da tua oração te enche de suavidade ou de compunção,
permanece nela, porque o teu anjo da guarda está aí, rezando contigo.
Pede com aflição, procura com a
obediência, bate com paciência. Porque aquele que assim pede, recebe; aquele
que procura, encontra; e àquele que bate, abrir-se-á.
Quem ergue sem descanso o bastão
da oração não vacilará. E, mesmo que caia, a sua queda não será definitiva.
Porque a oração é uma tirania piedosa que é exercida sobre Deus.
«»
Chamar a oração de tirania
sobre Deus, é novo para mim... a frase!... A forma de orar ou rezar
apresentada, aos pouquinhos, fui-a descobrindo! É assim mesmo, penso como o
autor do texto.
E sobre a frase... aquela frase
que tanto me tocou... acho que também é corretíssima, pois muitas vezes estou a
pedir a Deus alguma coisa que desejo muito e acabo por me calar e entretanto
pensar ou dizer: ‘Senhor, desculpa, Tu é que sabes o que é melhor!’ E neste
contexto, acabo sem pedir nada mesmo!
Agora... depois desta frase...
que vou fazer? Como vou rezar? Fazer tirania com Deus? Ou dizer-Lhe que faça o
que entender melhor?
Bem! Se Deus é pai bondoso,
justo/misericordioso e bom, ainda que exerçamos sobre ele a ‘tirania piedosa da
oração’, nunca deixará que algo de mau nos aconteça.
Que sempre seja louvado!
Boa fim de semana, sob a
infinita Misericórdia de Deus!
HN
quinta-feira, 28 de março de 2019
MISERICÓRDIA HUMANA... MISERICÓRDIA DIVINA
Gostei demais desta explicação.
São realidades deveras conhecidas, que eu já sabia e vivia, mas estão escritas
de uma forma maravilhosa. Li, reli, voltei a ler, e decidi partilhar:
«»
São Cesário de Arles (470-543) monge, bispo
Sermão 25 (trad. breviário)
Sermão 25 (trad. breviário)
O que é a misericórdia humana? É
a que atende às misérias dos pobres. E o que é a misericórdia divina? É a que
te concede o perdão dos teus pecados. [...]
Neste mundo, Deus tem frio e fome
na pessoa de todos os pobres, como Ele mesmo disse (Mt 25,40). [...] Que
espécie de gente somos nós? Quando Deus dá, queremos receber; mas quando pede,
não queremos dar. Quando um pobre tem fome, é Cristo que passa necessidade,
como Ele próprio disse: «Tive fome e não Me destes de comer» (v. 42). Não
desprezes, portanto, a miséria dos pobres, se queres esperar confiadamente o
perdão dos pecados. [...] Ele restitui no Céu o que recebe cá na Terra.
Pergunto-vos, irmãos: que quereis
ou que buscais quando vindes à igreja? Certamente quereis e buscais a
misericórdia. Dai, portanto, a misericórdia terrena e recebereis a misericórdia
celeste. O pobre pede-te a ti, e tu pedes a Deus; ele pede um pouco de pão, tu
pedes a vida eterna. [...] Portanto, quando vierdes à igreja dai esmolas para
os pobres, pouco ou muito, segundo as vossas possibilidades.
«»
Dai esmolas segundo as vossas
possibilidades! Dar esmolas... que tipo de esmolas? As esmolas não são só de dinheiro
e haveres, às vezes essas esmolas até são as mais fáceis de dar.
Há tanto tipo de carências que
necessitam de ajuda, de muita ajuda, e muitas vezes em pessoas difíceis de
interpelar.
É muito difícil ver Cristo no
irmão! Principalmente quando esse irmão não nos é muito familiar... nos é antagónico,
não nos liga, não se relaciona connosco, ou então se tem mau comportamento! Mas
Jesus não nos diz nada sobre quem ou como é o irmão! O irmão é o que está ao
nosso lado, seja quem for e tenha o comportamento que tiver! E é a esse irmão que
devemos ser presentes tal como Jesus o é connosco.
Claro que falar desta maneira é
ser muito positivo, pois nunca conseguiremos proceder como Jesus, mas do Seu
jeito, o melhor que soubermos e pudermos!
Agora, temos de prestar muita
atenção ao tipo de pobrezas que temos ao nosso lado, para podermos minimizá-las,
pois é isto que o Senhor Jesus nos pede!
Que a Quaresma que vamos
trilhando nos leve até onde devemos chegar!
Que Deus nos ajude a ser
misericordiosos, pois é de misericórdia que mais necessitamos e que o mundo
mais precisa. Boa noite!
HN
quarta-feira, 27 de março de 2019
MENSAGEIROS DE PAZ
Como filhos amados de Deus, Mensageiros de
paz é o que todos somos chamados a ser! Mensageiros da paz de Deus, o único que
nos pode conceder a verdadeira Paz!
Mas para sermos mensageiros de Paz,
teremos de ter, em nós mesmos, no mais íntimo do nosso ser, boas sementes de
paz, que possam vir a produzir árvores mais ou menos frondosas, mas que
transmitam paz, que sejam produtoras de paz!
Quando falo em sementes... todos temos
sementes... todos nascemos com sementes... as nossas tendências naturais,
muitas vezes estranhas e indesejáveis... que têm de ser muito trabalhadas para
produzirem só os frutos que devem produzir.
É por esta razão que temos de nos
aceitar mutuamente, ainda que as pessoas não sejam do jeito que deviam, pois
com toda a certeza que nasceram com maus feitios e não tiveram ninguém que as
ajudasse a descobri-los, a aceitá-los, a tentar modificá-los, a olhar toda a vida
com coração para sentir e olhos para ver.
Somos seres sociais por excelência, a
nossa primeira sociedade é a família!... E por incrível que possa parecer, é
onde se encontram as maiores falhas neste modo de ser, de estar, de educar.
Como é que um pai, ou uma mãe, vai
descobrir e ajudar a modificar os maus feitios do filho ou filha, se não
consegue admitir os seus próprios maus feitios nem modificá-los? Onde pensamos
que está a razão de tantos lares desfeitos, de tanta quantidade de divórcios
como nunca antes algum dia terá acontecido?
Não tenho qualquer dúvida de que a razão
está nas pessoas não conseguirem descobrir-se a si mesmas de modo a aceitar as
suas próprias fragilidades e defeitos para poderem aceitar as fragilidades e
defeitos do seu cônjuge.
Quando casam... tudo são rosas... mas
quando começam a aparecer os espinhos de cada um... não encontram forma de
dialogar, pois cada um se julga mais perfeito que o outro ou outra, mais digno
que o outro ou outra, com mais razões do que o outro ou outra... e antes de
tudo o mais não conseguem entender que quando nos unimos, assim, a alguém... é
para fazermos esse alguém feliz e não para sermos felizes com esse alguém.
Eu não falei em casamento, sacramento,
nem nada disso. Falei em união, pois no próprio Sacramento do Matrimónio
instituído pela Igreja Católica, o Sacerdote ou Diácono que presidem à
cerimónia são apenas testemunhas, e como ministros sagrados dão a bênção de
Deus, os ministros do Sacramento são os nubentes! Isto leva-me a crer que,
mesmo sem ser no Sacramento do Matrimónio, todo aquele que se entrega em união
esponsal é responsável por essa união, e deve lutar por ela até ao fim,
tentando fazer feliz a pessoa a quem se juntou para viver em união plena.
Que tipo de exemplo estamos a dar aos
nossos filhos? Exemplos de encontro, partilha, entendimento e paz... ou uma
vida de luta constante e constante infelicidade?
Há um velho ditado que diz: “boca que se
beijou nunca se odiou!” Será... que a vida em comum não deixou mesmo nada de
bom... ou só pensamos no mal e esquecemos o bem? Esse modo de proceder é de
ódio, não é de paz! O modo de proceder que leve à paz é precisamente o
contrário, é pensar no bem... e esquecer o mal!
Já que me desviei para o tema ‘casamento’...
quero deitar cá para fora uma coisa que me indigna por demais. Porque razão, o
casamento tem de ser uma festa enorme, cheia de coisas e coisinhas... que
desesperam toda a gente que tem de as pagar...e que desviam tantos jovens do
casamento... por não terem posses para essas coisinhas e coisas... se o
casamento em si mesmo é a coisa mais fácil da vida, é dar um sim mútuo, e
receber visivelmente a bênção de Deus se for dado na igreja, ou de forma invisível
se for dado num outro qualquer lado.
O Deus que fui descobrindo, aos
pouquinhos, está presente em todas as vidas... que sejamos capazes de o sentir,
ver, e viver!
Senhor! Sabes a minha imensa preocupação
pela falta de paz interior e exterior do mundo onde vivemos! Por favor! Dá-nos
a Tua Paz! Ensina-nos a encontrá-la em todos os afazeres da vida e momentos dos
dias!
Que sempre sejas louvado! Amém!
HN
segunda-feira, 25 de março de 2019
PEDIR AO SENHOR O DOM DA MISERICÓRDIA
“Sede misericordiosos como
vosso Pai é misericordioso!”
Estas palavras de Jesus,
Palavra e vida de Deus, devem fazer-nos pensar muito e dar muitos passos em
frente para nos unirmos a todos os nossos irmãos!
Ninguém poderá ser misericordioso
sem experimentar o quanto é bom termos, perante os nossos maus comportamentos,
em vez de ralhos e maus-tratos, a compreensão, a mansidão, a paciência, a calma,
a temperança... a misericórdia!
E este tipo de misericórdia,
vem de Deus, porque Deus não tem corpo e faz-se representar junto de nós através
das pessoas com quem convivemos.
Quando lemos, pensamos ou
ouvimos esta frase de Jesus, “Sede misericordiosos como vosso Pai é misericordioso”,
pensamos logo no perdão dos pecados que Deus oferece a quem se arrepende do que
fez e Lhe vai pedir perdão no Sacramento da Reconciliação, onde Deus perdoa...
e esquece... todo o mal que tivermos praticado.
Mas... não nos podemos ficar por
aqui. Temos de agir com os nossos irmãos como Deus age connosco!
E isso leva-nos a pensar nas
nossas práticas comuns, no que fazemos uns com os outros, como olhámos aqueles
cujos comportamentos não nos agradam, e como perdoamos e esquecemos as ofensas
que recebemos.
Pedir perdão ao Senhor pode ser
ou não ser fácil, depende da formação interior da pessoa e da forma como encara
a vida, mas com as pessoas que nos rodeiam e com quem nos cruzamos nos caminhos
da vida, temos de ter coragem de pedir desculpa ou perdão... e de compreender e
desculpar as fraquezas alheias... é a única forma de viver em paz e
tranquilidade e de nos levar ao encontro de quem erra sem preconceitos nem
pretensões, harmonizando os corações e pacificando os ambientes, enchendo-os do
verdadeiro amor.
Não tenhamos dúvidas! A exclusão
e rejeição social existe, a começar pelas mais pequenas coisas!
Nem sequer precisamos de pensar
nas instituições e nos seus inúmeros requisitos... basta termos em conta a forma
como nos olhamos e aceitamos mutuamente, nas nossas amizades, nas relações de
trabalho, nos ambientes que frequentamos.
Se treinarmos amar o próximo...
não podemos esquecer que tudo precisa de treino... começaremos a amar a todos
sem exceção preferindo os rejeitados e excluídos e os que mais necessitem de
nós, do nosso amor, carinho, ajuda, atenção.
Ajudar, prestar atenção a
pessoas com problemas, traz resultados surpreendentes. Muitas vezes as pessoas
têm problemas porque nunca ninguém lhes deu atenção para as levar a resolvê-los
com convém.
Que o Senhor nos dê o dom da
misericórdia, pois será uma enorme saída do mundo em crise!
Que Deus nos ajude a aprender a
bem viver!
Boa noite!
HN
domingo, 24 de março de 2019
COMUNIDADE NA UNIDADE!
Fala-se muto em unidade e
comunhão, mas muito pouco se aprendeu e viveu ainda para que este objetivo, que
interessa a todos, atinja o seu fim desejado.
Somos iguais em essência... e
diferentes nas nossas qualidades, limitações, defeitos... que devem ser causa
de união e riqueza para todos, pois podemos aprender uns com os outros
aceitando-nos reciprocamente numa partilha compreensiva, amistosa, fraternal, o
que só poderá ser possível, se cada um, na maior humildade, tiver o
conhecimento o mais exato que puder das suas próprias limitações, fraquezas,
debilidades, qualidades!
Só poderemos ter
relacionamentos saudáveis e equilibrados se nos reconhecermos incompletos e
capazes de nos completarmos num relacionamento sincero e numa interligação
reciproca com quem connosco partilha os mesmos ambientes, o que leva a uma
verdadeira realização pessoal e comunitária.
Há uma outra ação muito significativa
nos relacionamentos: é o reconhecimento dos nossos erros e o pedir perdão pelo
mal cometido, pois é muito libertador, é como querer recomeçar de novo a
corrigir o errado e a refazer a amizade. E mesmo que nos sintamos ofendidos por
alguém, o pedir desculpas aumenta-nos a humildade e une-nos mais às pessoas,
que muitas vezes são julgadas por nós que não temos conhecimento exato das
razões que as levaram a proceder assim, ou seja, julgamos apenas pelas
aparências, o que não é nada razoável.
Ter humildade capaz de pedir perdão,
reforça as relações trazendo benefícios para todos.
Uma outra forma de nos
mantermos unidos e alegres é recordar os bons momentos, e se não formos capazes
de esquecer ressentimentos respondamos ao mal com o bem, pois amor gera amor,
aceitação, atenção, reciprocidade.
A forma como Jesus nos ensinou
e demostrou a vivência do amor leva-nos a aceitar-nos reciprocamente no diálogo
tolerante, caminho propício à comunhão na unidade.
Amar, de verdade, leva-nos ao
encontro dos outros.
E não podemos esquecer nunca
que a grande dificuldade nos relacionamentos muitas vezes está em colocarmos as
culpas nos outros... o que às vezes não é tanto assim... pelo que basta um
pequenino passo nosso para destruir barreiras e fazer cm que o problema
desapareça.
Não proceder deste modo é jogar
fora muitas oportunidades de fazer união!
Formar comunidade... viver em
comunidade... é deixar de olhar muito para o passado ou futuro e ver com olhar
de amor, compaixão, carinho, acolhimento, fraternidade, quem está ao nosso
lado, quem quer que seja e qualquer que seja a ocasião.
Que Deus Pai, Filho e Espírito
Santo, Eterna e indefinível Comunidade de Amor, nos ajude a vivermos sempre
numa harmoniosa e santa comunidade!
Boa semana!
HN
sábado, 23 de março de 2019
O BEM NÃO FAZ BARULHO
Sim! De facto, o bem não faz
barulho... pois transmite-se de coração a coração e parte do mais profundo de
nós mesmos, dali, de onde só o verdadeiro Amor, Deus, tem lugar, de onde só o
verdadeiro Deus habita, ainda que não tenhamos consciência disso! Uma das
coisas que mais interessa aprender é não criticar ninguém... porque Esse Deus
Amor vive em toda a gente, se mais não for, na busca do momento certo para que a
pessoa descubra por si mesma que só o Amor a consegue fazer feliz.
Antes de criticar qualquer
pessoa que nos pareça mal comportada, pensemos no que Deus, nela, estará a
fazer para que mude o comportamento, e juntemos a nossa pequenina força e
oração a Deus para que Ele consiga o que pretende.
Isto de se dizer que Deus pode
tudo, é um erro muito grande. Deus pode tudo, mas não se contradiz! E como
criou os homens e mulheres livres de fazer as suas próprias escolhas, não
interfere, não pode interferir no querer dos homens e mulheres.
Deus está sempre disposto a procurar,
ajudar, perdoar e acolher, mas os homens e mulheres têm que aceitar essa ajuda
livremente.
Esta é a impotência de Deus!
A maior catástrofe da
Humanidade é este desconhecimento de Deus, é não conseguir entender a
Misericórdia infinita desse Deus Amor que tudo faz para nos encaminhar para a
verdadeira felicidade.
Também isto não faz barulho, é
tão silencioso que na grande, na infinita maioria das vezes, as pessoas que
necessitam de aprender a fazer o bem não conseguem constatar o Deus Amor no
interior delas. Devemos unir-nos a Deus nesse trabalho difícil junto de tantos
homens e mulheres, tentando compreendê-los, aceitá-los como são, acariciá-los, unir
a nossa oração ao querer de Deus a favor deles e delas, ajudar com as nossas
atitudes mais do que com palavras, pois o exemplo arrasta! Tentemos, na nossa
pequenez, com Deus no controle da nossa vida, ser exemplo bem ao jeito de
Jesus! Vamos debruçar-nos sobre este texto do Apolonio:
«»
"O BEM NÃO FAZ
BARULHO"
O bem não faz barulho porque se
difunde de coração a coração: uma pessoa quando é amada, por sua vez começa a
amar. Às vezes, a pessoa pode estar tão embrutecida pela indiferença, pela
influência do mundo, que não reage de imediato a esse amor. Mas o amor tudo
espera e tudo vence.
O bem não faz barulho para se
autopromover. Porém, faz barulho em defesa da justiça e da verdade.
Já existe no mundo uma rede do
bem, que conecta os corações das pessoas em ações de solidariedade, de oração,
de ações concretas de assistência a doentes, crianças, idosos, encarcerados,
pobres, etc. Essa rede está decerto conectada diretamente com o coração de
Deus.
No capítulo 6 do Evangelho de
Mateus, Jesus nos dá uma lição de como fazer o bem sem fazer barulho:
"Quando deres esmola, que a tua mão esquerda não saiba o que faz a
direita." (Cf. Mt 6,3)
O bem cresce no silêncio dos
corações que amam.
Abraços
«»
Não sei mais que dizer... neste
momento acabou a inspiração!
Que o Senhor nos ajude a
ajudar, com Ele e n’Ele, no mais profundo silêncio!
Boa noite:
HN
quinta-feira, 21 de março de 2019
A MARAVILHOSA RIQUEZA!...
Sim! A maravilhosa riqueza de
Abraão é a mais maravilhosa das riquezas!
Hoje, nesta hora, noite de 5ª
feira, em que me agradava bem mais estar junto do meu mais que maravilhoso
grupo de Amigos a pensar e como agradar cada vez mais Àquele que é o melhor
Amigo de cada um ou uma e nos une tão perfeitamente, tolerando e perdoando a
cada um ou uma as suas misérias e fraquezas, aparece-me no Evangelizo, acerca da
parábola do rico avarento e do pobre Lázaro, este texto extraordinário:
«»
São Pedro Crisólogo (c. 406-450) bispo de Ravena, doutor da Igreja
Sermão 122, sobre o rico e Lázaro
Sermão 122, sobre o rico e Lázaro
«Abraão era muito rico», diz-nos
a Escritura (Gn 13,2). [...] Abraão, meus irmãos, não era rico devido a si
próprio, mas devido aos pobres; pois em vez de guardar a sua fortuna,
partilhava-a. [...] Este homem, ele próprio estrangeiro, não cessou de tudo
fazer para que os estrangeiros deixassem de se sentir estrangeiros. Vivendo
numa tenda, não podia suportar que alguém passasse sem abrigo. Perpétuo
viajante, acolhia todos os hóspedes que apareciam. [...] Em vez de repousar na
generosidade de Deus, sabia-se chamado a reparti-la: usava-a para defender os
oprimidos, para libertar os prisioneiros, para arrancar ao seu destino homens
que estavam para morrer (Gn 14,14). [...] Na presença do estrangeiro que recebe
(Gn 18,1s), Abraão não se senta, permanece de pé. Não é conviva do seu hóspede,
faz-se seu servidor; esquece que em sua casa é ele o senhor, traz ele próprio
os alimentos e, preocupado com uma preparação cuidada, pede ajuda à mulher.
Quando é para si, deixa-se tratar pelos empregados, mas confia o estrangeiro
que recebe à sabedoria da esposa.
Que direi ainda, meus irmãos? É uma
delicadeza tão perfeita... que atraiu o próprio Deus para a casa de Abraão, que
O forçou a ser seu hóspede. Assim veio a Abraão, repouso dos pobres, refúgio
dos estrangeiros, Aquele que, mais tarde, haveria de dizer-Se acolhido na
pessoa do pobre e do estrangeiro: «Tive fome e destes-Me de comer; tive sede e
destes-Me de beber; fui estrangeiro e recebestes-Me» (Mt 25,35).
E lemos ainda no Evangelho: «O
pobre morreu e foi colocado pelos Anjos ao lado de Abraão». É natural, meus
irmãos, que Abraão até no seu repouso acolha todos os santos, e até na sua
beatitude se ocupe do seu serviço de hospitalidade. [...] Pois não se sentiria
plenamente feliz se, mesmo na glória, não continuasse a exercer o seu
ministério de partilha.
«»
Não é preciso ter muito
dinheiro e muitos bens para espalhar riqueza, basta aprender a viver com o
necessário, ter os olhos e ouvidos bem atentos ao que se passa à nossa volta, e
que o coração seja bem grande, capaz de albergar em si todas as necessidades do
mundo!
Que é difícil, claro que é,
para quem vive só consigo mesmo, mas para quem tem Deus no coração da vida pode
sofrer muito... mas será sempre capaz de tudo porque tem Deus no seu próprio
controle!
São estes e outros textos que
nos fazem procurar ser cada vez mais ao jeito do Jesus de Nazaré!
Se todos tivéssemos a
capacidade de amar bem ao jeito de Jesus, ouvindo, interiorizando, acariciando,
aprendendo, compreendendo, aceitando, partilhando... como o mundo seria
diferente!
Se é assim que Jesus quer que
sejamos, não percamos tempo para, cada um ou uma no seu meio ambiente natural
ser Discípulo Missionário!
O verdadeiro rico não é o que tem muito dinheiro ou bens, mas o que tem bom coração para ajudar a tornar os outros felizes!
Boa noite numa Santa Quaresma!
HN
domingo, 17 de março de 2019
ENCHER O CORAÇÃO DE MISERICÓRDIA
Com tantos acontecimentos indesejáveis
na vida, não sei muito bem por onde começar!
Para falarmos na misericórdia
humana, temos de partir da Misericórdia Divina... que nunca falha! Mas às
vezes, o decorrer da existência é de tal forma doloroso que até parece que Deus
se esquece das doenças dos homens... doenças que, tais são as dores e aflições
que nem às cobras e lagartos se podem admitir ou desejar!
Mas... Deus é, realmente, de
todo, Misericordioso e bom!
No decorrer da vida, com as
quedas e ressurgimentos e com tudo quanto se vai sentindo ao longo dos
segundos, podemos afirmar, eu posso afirmar solenemente que Deus é Pai
Misericordioso e bom, que só quer o nosso bem, que procura por todas as formas
que O sintamos bem dentro de nós a puxar-nos para o bom caminho, que perdoa e
esquece, que está sempre pronto a levantar-nos nas quedas, que ilumina os
caminhos da vida, que nos faz imensamente felizes!
É essa felicidade tão forte e
sentida com tanta profundidade, esse acompanhamento sentido em todos os
segundos da vida, que nos faz confiar em Deus aconteça o que acontecer!
O caminho nem sempre é largo e
liso, há muitos pedregulhos a ultrapassar, mas Ele está nos pedregulhos para
nos pegar ao colo se não conseguirmos ultrapassá-los por nós mesmos!
Mas... para que tudo isto
aconteça, seja bem sentido... tem que ser desejado, querido, admitido,
consentido!
Deus está presente na vida de
toda a gente, ou visível nas boas atitudes de todos os momentos, ou escondido ,
oculto, debaixo de maus comportamentos, asneiras, ódios!
Então... se, de fato, queremos
ser felizes como Deus quer que sejamos e para o que Ele nos criou, antes mesmo
de iniciarmos a luta contra as nossas más tendências e asneiras, temos de
querer entregar-nos a Ele de corpo, alma, coração, entendimento, vida... para
que Ele possa atuar em nós como convém! Deus quer-nos com Ele, mas não força
ninguém! Criou-nos livres... e respeita a nossa liberdade, pronto a atuar
perante o nosso arrependimento e desejo
de conversão ou mudança!
Nunca digamos que Deus nos deixa
errar, porque a liberdade com que nos criou e nunca nos retirou torna-nos os
únicos responsáveis pelos nossos erros!
O tempo atual é de Quaresma, propício
à mudança, a tornarmos o nosso coração semelhante ao d’Ele.
«»
"ENCHER O NOSSO
CORAÇÃO DE MISERICÓRDIA"
Nós devemos deixar, para quem nos
ofendeu, a possibilidade de um regresso; devemos dar uma segunda chance. Da
mesma maneira como Deus faz com cada um de nós. Para isso, é necessário encher
o nosso coração de misericórdia.
A fonte de misericórdia infinita é o
coração do próprio Jesus. É Nele que devemos buscá-la. É Dele que devemos
aprender.
Ele não esperou o arrependimento de seus
algozes, mas pediu ao Pai por eles, pediu que os perdoasse pelo mal que lhe
fizeram.
Ele não condenou a mulher pecadora, mas
ensinou-a a amar e a não mais pecar.
Ele acolheu com misericórdia o ladrão
que morria ao seu lado.
Ele nos ensinou a perdoar setenta vezes
sete vezes; a oferecer a outra face; a caminhar duas milhas com quem nos pede
que caminhemos uma; a dar também o manto a quem nos pede a túnica.
Ele nos mandou não julgar e não
condenar, mas sermos misericordiosos como o nosso Pai é misericordioso.
Enfim, ele nos ensinou a encher o
coração de misericórdia.
Abraços
Apolonio
«»
E aqui está uma boa forma de
tornarmos o nosso coração minimamente parecido com o Sagrado Coração do bom e
Misericordioso Jesus!
Se subirmos à montanha do nosso
interior encontraremos Jesus como os Apóstolos no Tabor.
Habituemo-nos a subir muitas
vezes a essa sagrada montanha, e encontraremos a forma necessária para aguentar
os reveses da vida de modo a sermos, neste mundo, testemunhas de Jesus numa
vida de Discípulos Missionários como Ele pretende que sejamos!
Boa noite e boa semana, com o
coração bem cheio de Misericórdia!
HN
sábado, 16 de março de 2019
FAZER ALGO PELA FAMÍLIA!
Diz-se inúmeras vezes que a
família está em crise, e se a família é constituída por pessoas, são as pessoas
que estão em crise, nas famílias!
Desde sempre existiram
problemas familiares, e a educação recebida tem muito a ver com esses problemas!
Se andarmos uns séculos para
trás e observarmos as relações familiares... a forma como o trabalho estava distribuído
na família, o papel do homem e da mulher nas relações familiares, a relação do
novo casal com seus pais e outros familiares, o alojamento do casal recém
formado, o cuidado com os filhos do mesmo... e sei lá quantas coisas mais...
encontraremos muitas das raízes dos gravíssimos problemas que vão afetando no
dia a dia as nossas famílias de hoje.
Ao falar-se na valorização da
mulher, urgente e necessária, temos que o dizer, passou-se um pouco do ‘oito ao
oitenta’!
Enquanto no passado as
mulheres, devido ao trabalho mais liberto do cumprimento de horários e serviços
rígidos tinham a seu cargo a organização e limpeza da casa, louças, roupas, e antes
e acima de tudo a educação e cuidado dos filhos... por razões de economia familiar
e melhor integração social as mulheres começaram a sair para o trabalho que
antes era apanágio dos homens... que na sua grande maioria continuaram desinteressados
dos afazeres domésticos, educação dos filhos e cuidado dos pais e outros idosos
da família, o que originou uma enorme sobrecarga para a mulher!
Os infantários e creches, são
maravilhosos para a socialização, mas continuam a exigir muita atividade dos
pais no sentido de passarem aos filhos os seus próprios valores para que a sociedade
possa, realmente, viver em paz e fraternidade. Mas o cansaço de um dia cheio de
atividade profissional muitas vezes estraga tudo, não deixa disposição para
quem dela necessita.
Há escritos a que devemos dar
toda a atenção... e adaptá-los cada um a si mesmo!
«»
São João Crisóstomo (c. 345-407)
presbítero de Antioquia, bispo de Constantinopla, doutor da Igreja
Homilia 20 sobre a Carta aos Efésios, 4, 8, 9: PG 62, 140ss.
presbítero de Antioquia, bispo de Constantinopla, doutor da Igreja
Homilia 20 sobre a Carta aos Efésios, 4, 8, 9: PG 62, 140ss.
O que deves dizer à tua mulher?
Diz-lhe com muita ternura: «Escolhi-te, amo-te e prefiro-te à minha própria
vida. A existência presente nada é; por essa razão, as minhas orações, as
minhas recomendações e todas as minhas ações destinam-se a fazer com que nos
seja dado passar esta vida de tal maneira, que voltemos a reunir-nos na vida
futura sem qualquer receio de sermos separados. O tempo que vivemos é breve e
frágil. Se nos for dado agradar a Deus durante esta vida, estaremos para sempre
com Cristo e um com o outro, numa felicidade sem limites. O teu amor
arrebata-me mais que tudo, e não conhecerei infelicidade tão insuportável como
a de estar separado de ti. Mesmo que tivesse de perder tudo, de ser pobre que
nem um mendigo, de passar pelos maiores perigos e de sofrer fosse o que fosse,
tudo isso me seria suportável desde que o teu afeto por mim não diminuísse. Só
com base neste amor desejo ter filhos.»
E convém que adeques o teu
comportamento a essas palavras. [...] Mostra à tua mulher que aprecias viver
com ela e que, por causa dela, preferes estar em casa que na rua. Prefere-a a
todos os teus amigos, e mesmo aos filhos que ela te deu; que estes sejam amados
por ti por causa dela. [...]
Fazei as vossas orações em comum.
Ide à igreja e, ao regressar a casa, contai um ao outro o que foi dito e o que
foi lido. [...] Aprendei a temer a Deus, e tudo o resto decorrerá daqui, e a
vossa casa encher-se-á de inúmeros bens. Aspiremos aos bens incorruptíveis, que
os outros não nos faltarão. Procurai primeiro o Reino de Deus, e o resto
ser-vos-á dado por acréscimo, como nos diz o evangelho (Mt 6,33).
«»
Há escritos, como este, a que
devemos dar toda a atenção... e adaptá-los cada um a si mesmo, o homem, mas
também a mulher!
Fala-se por demais em violência
doméstica... e quando isso acontece há sempre a tentação de nos voltarmos para
os homens, de vermos sempre os homens como os principais violadores, o que nem
sempre é verdade!
Não posso dizer que conheço
muitas famílias com problemas, mas conheço algumas, e bem sofridas! E se tento,
pelo que de tudo posso perceber, ir ao fundo da questão... algumas mulheres,
que se julgam umas coitadinhas, não estão impunes.
A imagem que temos do
Sacramento do Matrimónio é a entrega de Cristo pela Sua Igreja, situação que tanto
o homem como a mulher devem ter em conta.
No Matrimónio, homem e mulher devem
entregar-se assim um ao outro, como Cristo se entregou pela Sua Igreja e por
todos nós, seres humanos!
Não passemos a vida a culpar uns
aos outros, porque isso não nos leva a nada. Antes... olhemo-nos profunda e
atentamente no sentido de podermos verificar se estamos a viver como convém
a ambos, marido e esposa, aos filhos
que sofrem imenso com os desentendimentos dos pais, e aos restantes familiares
e sociedade em geral que, se tiver um pouco de bom senso, só se sentirá
realizada e feliz se todos os seus membros o forem de verdade!
Sem sombra de dúvidas, devemos
rezar, e muito, pela união, paz e fraternidade no seio de todas as famílias!
Bom fim de semana, em família!
HN
quinta-feira, 14 de março de 2019
AMOR FRATERNO!
Falar de Amor não cansa... até
porque falar de Amor é falar de Deus, porque Deus é Amor, somente Amor!
Amor fraterno, é o Amor de Deus
vivido pelas Suas criaturas, cada qual com a sua língua, raça ou cor, e com a
sua forma de ser e estar, cada qual com características especiais diferentes
dos demais.
O Amor fraterno leva-nos a
preocupar-nos uns com os outros, a querer que todos tenham uma vida ativa,
realizada e feliz.
O Amor fraterno é...
«»
Cuidar dos outros é ter disponibilidade
para escutar, ajudar, instruir, consolar, entender, cuidar, alimentar, vestir,
visitar, hospedar, acolher, perdoar. Todos os verbos que signifiquem serviço e
doação de si.
Estar disponível exige tempo, mas o
tempo é nosso e podemos usá-lo para fazer o bem. Além do mais, ter tempo é uma
questão de prioridade e organização.
Estar disponível para amar cada próximo
que passa ao nosso lado não requer tempo e lugar determinados, mas deve ocorrer
em todo tempo e em qualquer lugar. Portanto, em casa, na escola, no trabalho,
onde estivermos no momento presente.
Se não esperamos um tempo e não
escolhemos um lugar para amar, é sinal de que cuidamos dos outros e amamos
sempre.
Abraços
Apolonio
«»
Há muita gente por aí a
criticar o nosso mundo, que está muito mau!... No dizer de algumas pessoas o
mundo está péssimo!
Eu... sinceramente, não penso
assim!
No mundo há pessoas, organizações,
comportamentos muito bons, diria mesmo exemplares, onde o verdadeiro Amor é
sensível em todos os seus gestos.
Também as há menos boas, coerentes,
amigas... mas não sabemos porquê, há que respeitar!
O crescimento integral das
pessoas não é igual para todos... depende de mil e um fatores, desde a genética
à vivência e educação familiar e social, ao nível cultural e económico dos
ambientes... são inúmeras as divergências que podem provocar as diferenças!...
E o que para uma pessoa parece
muito mal... para outra pode não parecer tanto assim, pelos seus conhecimentos
e vivências.
Tenhamos olhos voltados para a
compreensão, desculpa, ajuda... porque debaixo de críticas nada muda.
A uma pessoa errada... não será
preciso falar e muito menos criticar... mas dar bom exemplo, exemplificar com
alegria e contentamento.
Temos de ter presente que, ou a
pessoa, num ambiente da amor e carinho, descobre o seu erro e o corrige... ou
nunca conseguirá encontrar o caminho certo!
Se queremos ser ‘Discípulos
Missionários’ como este ano nos é pedido, tenhamos muito cuidado com as pessoas
com quem convivemos!
Que este seja um efetivo trabalho
desta Quaresma!
Boa noite, com muito Amor Fraterno!
HN
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