quinta-feira, 21 de março de 2019

A MARAVILHOSA RIQUEZA!...


Sim! A maravilhosa riqueza de Abraão é a mais maravilhosa das riquezas!
Hoje, nesta hora, noite de 5ª feira, em que me agradava bem mais estar junto do meu mais que maravilhoso grupo de Amigos a pensar e como agradar cada vez mais Àquele que é o melhor Amigo de cada um ou uma e nos une tão perfeitamente, tolerando e perdoando a cada um ou uma as suas misérias e fraquezas, aparece-me no Evangelizo, acerca da parábola do rico avarento e do pobre Lázaro, este texto extraordinário:
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São Pedro Crisólogo (c. 406-450) bispo de Ravena, doutor da Igreja
Sermão 122, sobre o rico e Lázaro
«Abraão era muito rico», diz-nos a Escritura (Gn 13,2). [...] Abraão, meus irmãos, não era rico devido a si próprio, mas devido aos pobres; pois em vez de guardar a sua fortuna, partilhava-a. [...] Este homem, ele próprio estrangeiro, não cessou de tudo fazer para que os estrangeiros deixassem de se sentir estrangeiros. Vivendo numa tenda, não podia suportar que alguém passasse sem abrigo. Perpétuo viajante, acolhia todos os hóspedes que apareciam. [...] Em vez de repousar na generosidade de Deus, sabia-se chamado a reparti-la: usava-a para defender os oprimidos, para libertar os prisioneiros, para arrancar ao seu destino homens que estavam para morrer (Gn 14,14). [...] Na presença do estrangeiro que recebe (Gn 18,1s), Abraão não se senta, permanece de pé. Não é conviva do seu hóspede, faz-se seu servidor; esquece que em sua casa é ele o senhor, traz ele próprio os alimentos e, preocupado com uma preparação cuidada, pede ajuda à mulher. Quando é para si, deixa-se tratar pelos empregados, mas confia o estrangeiro que recebe à sabedoria da esposa.
Que direi ainda, meus irmãos? É uma delicadeza tão perfeita... que atraiu o próprio Deus para a casa de Abraão, que O forçou a ser seu hóspede. Assim veio a Abraão, repouso dos pobres, refúgio dos estrangeiros, Aquele que, mais tarde, haveria de dizer-Se acolhido na pessoa do pobre e do estrangeiro: «Tive fome e destes-Me de comer; tive sede e destes-Me de beber; fui estrangeiro e recebestes-Me» (Mt 25,35).
E lemos ainda no Evangelho: «O pobre morreu e foi colocado pelos Anjos ao lado de Abraão». É natural, meus irmãos, que Abraão até no seu repouso acolha todos os santos, e até na sua beatitude se ocupe do seu serviço de hospitalidade. [...] Pois não se sentiria plenamente feliz se, mesmo na glória, não continuasse a exercer o seu ministério de partilha.
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Não é preciso ter muito dinheiro e muitos bens para espalhar riqueza, basta aprender a viver com o necessário, ter os olhos e ouvidos bem atentos ao que se passa à nossa volta, e que o coração seja bem grande, capaz de albergar em si todas as necessidades do mundo!
Que é difícil, claro que é, para quem vive só consigo mesmo, mas para quem tem Deus no coração da vida pode sofrer muito... mas será sempre capaz de tudo porque tem Deus no seu próprio controle!
São estes e outros textos que nos fazem procurar ser cada vez mais ao jeito do Jesus de Nazaré!
Se todos tivéssemos a capacidade de amar bem ao jeito de Jesus, ouvindo, interiorizando, acariciando, aprendendo, compreendendo, aceitando, partilhando... como o mundo seria diferente!
Se é assim que Jesus quer que sejamos, não percamos tempo para, cada um ou uma no seu meio ambiente natural ser Discípulo Missionário!
O verdadeiro rico não é o que tem muito dinheiro ou bens, mas o que tem bom coração para ajudar a tornar os outros felizes!
Boa noite numa Santa Quaresma!
HN

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