quarta-feira, 29 de julho de 2015
MARTA... E JESUS!
‘Senhor, se estivesses aqui
meu irmão não teria morrido!’
Mas...
Jesus trouxe Lázaro de novo à vida!
Sim...
onde estiver Jesus está a vida, porque Ele é a vida!
Muitas
vezes não pensamos que Jesus é a vida, é tudo o que mais interessa a qualquer
vida!
Quando
me sinto um pouco mais cansada e com um turbilhão de trabalhos recordo outras palavras
de Jesus: “Marta, Marta, andas atarefada...
mas Maria escolheu a melhor parte que lhe não será tirada!”
Marta
era a dona de casa atenta e previdente que fazia tudo para que nada faltasse a
ninguém!
Maria,
procurava estar na presença de Jesus e escutar a Sua Palavra antes de tudo o
mais, o que à vista do olhar do mundo poderia parecer descabido, mas não! Maria
era a contemplativa, que dava mais valor ao que devia, ao que não acabará
nunca, à presença de Jesus/Deus – a eternidade.
Será
que estou a fazer bem entrando direitinha em tantas preocupações e canseiras?!...
Sinceramente
não sei! Procuro estabelecer prioridades! Mas ainda assim me questiono!
Sei
que no decorrer dos dias tenho de ser Marta... ma também Maria. Será que o
estou a ser?!...
Divino
Espírito Santo... necessito de Sabedoria para discernir como convém o melhor
caminho a percorrer!
terça-feira, 28 de julho de 2015
FERMENTO... CRESCIMENTO!
Quando
era pequena não havia padarias como agora e o pão era cozinhado em casa nos
fornos de lenha que era os que havia na altura. Lembro do fermento que se
retirava da massa e guardava cuidadosamente para posteriormente fermentar a
massa para a nova cozedura.
No
pão de boroa, além do cheiro característico da levedura, não se notava grande
crescimento, mas no pão de centeio o crescimento da massa era enorme.
Quando
os Evangelhos nos lembram a comparação que Jesus fez entre a fermentação e o crescimento
do grão de mostarda ao reino de Deus, faz-nos pensar muito em como actuamos no
meio do mundo como cristãos que somos, seguidores de Jesus Cristo, que nos
disse para sermos como fermento e como o grão de mostarda. Será que somos, de
facto, evangelizadores como devemos?
O
Papa Francisco diz-nos na Exortação Apostólica “A Alegria do Evangelho”que
“«O Reino do Céu é
semelhante ao fermento»
Todo o povo de Deus
anuncia o evangelho. A evangelização é dever da Igreja. Este sujeito da
evangelização, porém, é mais do que uma instituição orgânica e hierárquica; é,
antes de tudo, um povo que peregrina para Deus. […]
A salvação, que Deus realiza e a Igreja jubilosamente anuncia, é para todos, e Deus criou um caminho para Se unir a cada um dos seres humanos de todos os tempos. Escolheu convocá-los como povo, e não como seres isolados (Lumen Gentium 9). Ninguém se salva sozinho, isto é, nem como indivíduo isolado, nem pelas suas próprias forças. Deus atrai-nos, no respeito pela complexa trama de relações interpessoais que a vida numa comunidade humana pressupõe. Este povo, que Deus escolheu para Si e convocou, é a Igreja. Jesus não diz aos Apóstolos para formarem um grupo exclusivo, um grupo de elite. Jesus diz: «Ide, pois, fazei discípulos de todos os povos» (Mt 28,19); e São Paulo afirma que no povo de Deus, na Igreja, «não há judeu nem grego […], porque todos sois um só em Cristo Jesus» (Gal 3,28). Gostaria de dizer àqueles que se sentem longe de Deus e da Igreja, aos que têm medo e aos indiferentes: o Senhor também te chama para seres parte do seu povo, e fá-lo com grande respeito e amor!
Ser Igreja significa ser povo de Deus, de acordo com o grande projecto de amor do Pai. Isto implica ser o fermento de Deus no meio da humanidade; quer dizer anunciar e levar a salvação de Deus a este nosso mundo, que muitas vezes se sente perdido, necessitado de ter respostas que encorajem, que dêem esperança e novo vigor para o caminho. A Igreja deve ser o lugar da misericórdia gratuita, onde todos possam sentir-se acolhidos, amados, perdoados e animados a viver segundo a vida boa do Evangelho.”
A salvação, que Deus realiza e a Igreja jubilosamente anuncia, é para todos, e Deus criou um caminho para Se unir a cada um dos seres humanos de todos os tempos. Escolheu convocá-los como povo, e não como seres isolados (Lumen Gentium 9). Ninguém se salva sozinho, isto é, nem como indivíduo isolado, nem pelas suas próprias forças. Deus atrai-nos, no respeito pela complexa trama de relações interpessoais que a vida numa comunidade humana pressupõe. Este povo, que Deus escolheu para Si e convocou, é a Igreja. Jesus não diz aos Apóstolos para formarem um grupo exclusivo, um grupo de elite. Jesus diz: «Ide, pois, fazei discípulos de todos os povos» (Mt 28,19); e São Paulo afirma que no povo de Deus, na Igreja, «não há judeu nem grego […], porque todos sois um só em Cristo Jesus» (Gal 3,28). Gostaria de dizer àqueles que se sentem longe de Deus e da Igreja, aos que têm medo e aos indiferentes: o Senhor também te chama para seres parte do seu povo, e fá-lo com grande respeito e amor!
Ser Igreja significa ser povo de Deus, de acordo com o grande projecto de amor do Pai. Isto implica ser o fermento de Deus no meio da humanidade; quer dizer anunciar e levar a salvação de Deus a este nosso mundo, que muitas vezes se sente perdido, necessitado de ter respostas que encorajem, que dêem esperança e novo vigor para o caminho. A Igreja deve ser o lugar da misericórdia gratuita, onde todos possam sentir-se acolhidos, amados, perdoados e animados a viver segundo a vida boa do Evangelho.”
Temos de ser ao mesmo
tempo evangelizadores e evangelizados, pois enquanto desejamos fazer os outros
crescer na fé em Jesus Cristo temos de ir crescendo também. A vivência da Fé é
uma caminhada que nunca saberemos onde esse caminho nos poderá levar, se assim
o desejarmos e nos esforçarmos por isso, uma vez que é o que Deus quer e que para
o conseguirmos nunca nos desampara.
segunda-feira, 27 de julho de 2015
CINCO PÃES E DOIS PEIXES!
No
Evangelho de ontem, foi com os cinco pães e dois peixes do garotinho que Jesus
deu de comer a uma enorme multidão e ainda cresceu comida!
Disse
o Papa Francisco na oração do Ângelus que “A multidão fica impressionada
com o milagre da multiplicação dos pães; mas o dom que Jesus oferece é a
plenitude de vida para o homem faminto. Jesus não satisfaz apenas a fome
material, mas aquela mais profunda, a fome do sentido de vida, a fome de Deus.
Diante do sofrimento, da solidão, da pobreza e das dificuldades de tantas
pessoas, o que podemos fazer? Lamentar-se não resolve nada, mas podemos
oferecer o pouco que temos, como o menino no Evangelho. Nós certamente temos algumas
horas de tempo, algum talento, alguma competência... Quem de nós não tem seus
"cinco pães e dois peixes"? Todos nós temos! Se estamos dispostos a
coloca-los nas mãos do Senhor, bastará para que no mundo haja um pouco mais
amor, de paz, de justiça e, sobretudo, de alegria. Como é necessária alegria no
mundo! Deus é capaz de multiplicar os nossos pequenos gestos de solidariedade e
tornar-nos partícipes do seu dom.
Que a nossa oração sustente o empenho comum para que nunca falte a
ninguém o Pão do céu que doa a vida eterna e o necessário para uma vida digna,
e se afirme a lógica da partilha e do amor. A Virgem Maria nos acompanhe com a
sua materna intercessão.”
Que
cada um ou uma de nós consiga descobrir quais os bens que poderá partilhar para
uma maior glória
do
Senhor e para aumentar a nossa felicidade e a de todos os homens e mulheres nosso(a)s irmão(ã)s.
Uma
santa semana repleta das maiores alegrias e bênçãos de Deus!
sábado, 25 de julho de 2015
SER... PARA OS OUTROS!
Ser
para os outros é a nossa missão nesta terra. Quem se fecha sobre si mesmo
pensando só em si, no seu bem-estar e nas suas coisinhas, acaba desligado da
sociedade, triste e infeliz!
Somos
seres sociais por excelência, e só dando tudo pelo bem-estar da sociedade prestando
atenção às suas necessidades sem descuidos ou críticas descabidas, poderemos
ser minimamente felizes!
Estamos
numa época de crise familiar, primeira
das sociedades e o suporte de toda a sociedade! A família está a passar por um
sem número de problemas de todo aflitivos, que só entrarão em fase de resolução
com o empenho e atenção de todos nós, pessoas inseridas nas famílias que formam
as sociedades!
Também
a esta parte, Maria, a Mãe, foi e é um modelo a seguir. Nada como umas
letrinhas do Papa Francisco acerca da acção de Maria nas bodas de Caná:
“Maria está atenta naquelas bodas já
iniciadas, é solícita pelas necessidades dos esposos. Não Se fecha em Si mesma,
não Se encerra no seu mundo; o seu amor fá-La «ser para» os outros. E não busca
as amigas para comentar o que está passando e criticar a má preparação do casamento.
E como está atenta, com sua discrição, se dá conta da falta de vinho. O vinho é
sinal de alegria, de amor, de abundância. Quantos dos nossos adolescentes e
jovens percebem que, em suas casas, há muito que não existe nenhum! Quantas
mulheres, sozinhas e tristes, se interrogam quando foi embora o amor, quando se
diluiu da sua vida! Quantos idosos se sentem deixados fora da festa das suas
famílias, abandonados num canto e já sem beber do amor diário dos seus filhos,
dos seus netos, dos seus bisnetos. A falta de vinho pode ser efeito também da
falta de trabalho, doenças, situações problemáticas que as nossas famílias
atravessam. Maria não é uma mãe «reclamadora», não é uma sogra que espia para
se consolar com as nossas inexperiências, erros ou descuidos. Maria
simplesmente é mãe! Se animam a dizer junto comigo? “Maria é Mãe”, permanece ao
nosso lado, atenta e solícita.”
Que
consigamos aprender a estar atentos a tudo quanto se passa à nossa volta e a
sermos para os outros como Maria foi... e continua a ser!
Que
o Espírito Santo nos oriente e fortaleça e São Tiago, que hoje é lembrado, nos ajude
pedindo a Deus por todos nós!
sexta-feira, 24 de julho de 2015
VIVER O EVANGELHO!
Quanto
mais nos esforçamos por viver o Evangelho, mais o Evangelho nos move a amar sem
peso nem medida, pois amar sem peso nem medida é a verdadeira medida do amor!
E
falar de Evangelho é falar de Jesus, o pobre por excelência, porque despojado
de tudo que não seja amor!
É
por isso que se diz que a pobreza é o centro do Evangelho. Pobreza, não de bens
materiais, mas de tudo que nos afasta do Amor/Deus, ser pobre é deixar-se
enriquecer pelo amor de Jesus.
Senhor,
ajuda-me a ser assim, pobre, como eu quero e Tu desejas de mim e de todas as
pessoas, para podermos viver cada vez mais e melhor na Alegria do Teu Evangelho!
quarta-feira, 22 de julho de 2015
VER COM O OLHAR DE JESUS!...
Ser
cristão é querer ser e viver ao jeito de Jesus Cristo, amor como o Pai e o
Espírito Santo!
Se
Jesus é Deus não só ama como Ele próprio é o amor em pessoa humana.
Custa-nos
muito interiorizar, compreender e aceitar estas verdades urgentes e necessárias
em qualquer vida.
Fala-se
muito em prestar mais atenção às pessoas desfavorecidas, mas só o poderemos
fazer se vivermos ao jeito de Jesus. A esta parte o Papa Francisco diz:
“...ver e
ter compaixão, estão sempre associados ao comportamento de Jesus: de fato, o
seu olhar não é o olhar de um sociólogo ou um fotojornalista, porque ele sempre
olha com "os olhos do coração". Estes dois verbos, ver e ter
compaixão, configuram Jesus como o Bom Pastor. Também sua compaixão, não é
apenas um sentimento humano, mas é a comoção do Messias em que se fez carne a
ternura de Deus. E desta compaixão nasce o desejo de Jesus de nutrir a multidão
com o pão da sua Palavra, isto é, de ensinar a Palavra de Deus ao povo. Jesus
vê, Jesus tem compaixão, Jesus nos ensina. E isto é belo!
Ver
com o olhar de Jesus ajuda-nos a compreender e a aprender a viver no amor e respeito mútuo entre todas as
pessoas. Vejamos o que diz o Papa Francisco:
“Num coração desesperado, é muito fácil ganhar espaço a lógica que
pretende impor-se no mundo, em todo o mundo, nos nossos dias. Uma lógica que
procura transformar tudo em objecto de troca, tudo em objecto de consumo: vê
tudo negociável. Uma lógica que pretende deixar espaço para muito poucos,
descartando todos aqueles que não «produzem», que não são considerados aptos ou
dignos porque, aparentemente, «os números não batem certo». E Jesus retoma a
palavra para nos dizer: «Não, não é necessário excluí-los, não é necessário
irem embora; dai-lhes vós mesmos de comer».
É um convite que hoje ressoa fortemente para nós: «Não é
necessário excluir a ninguém. Não é necessário mandar ninguém embora, basta de
descartes; dai-lhes vós mesmos de comer». O olhar de Jesus não aceita uma
lógica, uma perspectiva que sempre «corta o fio» pelo ponto mais frágil, mais
necessitado. Tomando «o pedaço», Ele mesmo nos dá o exemplo, nos mostra o
caminho. Uma atitude em três palavras: toma um pouco de pão e alguns peixes,
bendiz a Deus por eles, divide-os e entrega para que os discípulos os partilhem
com os outros. E este é o caminho do milagre. Por certo, não é magia nem
idolatria. Por meio destas três acções, Jesus consegue transformar a lógica do
descarte numa lógica de comunhão, numa lógica de comunidade. Gostaria de
destacar brevemente cada uma destas acções.
Toma. O ponto de partida é tomar muito a sério a vida dos seus.
Fixa-os nos olhos e, nestes, conhece a sua vida, os seus sentimentos. Vê,
naquele olhar, o que pulsa e o que deixou de pulsar na memória e no coração do
seu povo. Considera-o e valoriza-o. Valoriza todo o bem que possam oferecer,
todo o bem a partir do qual se possa construir. Mas não fala dos objectos, dos
bens culturais ou das ideias; fala das pessoas. A riqueza maior duma sociedade
mede-se na vida do seu povo, mede-se nos seus idosos que conseguem transmitir
aos mais novos a sua sabedoria e a memória do seu povo. Jesus nunca ignora a
dignidade de pessoa alguma, por maior que seja a aparência de não ter nada para
oferecer ou partilhar. Tomo tudo assim como lhe chega.
Bendiz. Jesus toma em suas mãos o dom, e bendiz o Pai que está nos
céus. Sabe que estes dons são um presente de Deus. Por isso, não os trata como
«uma coisa qualquer», dado que toda a vida, toda esta vida é fruto do amor
misericordioso. Ele reconhece-o. Vai além da simples aparência e, neste gesto
de bendizer e louvar, pede a seu Pai o dom do Espírito Santo. Aquele acto de
bendizer tem esta dupla perspectiva: por um lado, agradecer e, por outro,
transformar. É reconhecer que a vida é sempre um dom, um presente que, colocado
nas mãos de Deus, adquire uma força de multiplicação. O nosso Pai não nos tira
nada, multiplica tudo.
Entrega. Em Jesus, não existe um tomar que não seja bênção, nem
uma bênção que não seja uma entrega. A bênção é sempre missão, tem um destino:
repartir, partilhar o que se recebeu, uma vez que só na entrega, no
com-partilhar é que as pessoas encontram a fonte da alegria e a experiência de
salvação. Uma entrega que quer reconstruir a memória de povo santo, de povo
convidado a ser e a levar a alegria da salvação. As mãos, que Jesus ergue para
bendizer o Deus do céu, são as mesmas que distribuem o pão à multidão que tem
fome. E podemos imaginar agora como os pães e os peixes iam passando de mão em
mão até chegar aos mais afastados. Jesus consegue gerar uma corrente entre os
seus: todos estavam compartilhando o seu, transformando-o em dom para os
outros, e foi assim que comeram até ficarem saciados. E, incrivelmente, sobrou:
recolheram sete cestos de sobras. Uma memória tomada, uma memória abençoada,
uma memória entregue sempre sacia o povo.
A Eucaristia é o «Pão repartido para a vida do mundo», como diz o
lema do V Congresso Eucarístico que hoje inauguramos e vai realizar-se em
Tarija. É sacramento de comunhão, que nos faz sair do individualismo para
vivermos juntos o seguimento de Jesus e nos dá a certeza de que aquilo que
temos e somos, se tomado, abençoado e entregue, pelo poder de Deus, pelo poder
do seu amor, transforma-se em pão de vida para os outros.
E a Igreja celebra a Eucaristia, celebra a memória do Senhor, o
sacrifício do Senhor. Porque a Igreja é uma comunidade memoriosa. Por isso,
fiel ao mandato do Senhor, repete incansavelmente: «Fazei isto em memória de
Mim» (Lc 22, 19). Geração após geração actualiza, torna real, nos distintos
cantos da nossa terra, o mistério do Pão da Vida. No-lo faz presente e entrega.
Jesus quer que participemos desta sua vida e, por nosso intermédio, se vá
multiplicando na nossa sociedade. Não somos pessoas isoladas, separadas, mas
somos o Povo da memória actualizada e sempre entregue.
Uma vida memoriosa precisa dos outros, do intercâmbio, do
encontro, duma solidariedade real que seja capaz de entrar na lógica do tomar,
bendizer e entregar; na lógica do amor.
Maria, igual a muitas de vós, carregou sobre si a memória do seu
povo, a vida do seu Filho, e experimentou em Si própria a grandeza de Deus,
proclamando com alegria que Ele «encheu de bens os famintos» ( Lc 1, 53), que
Ela seja hoje o nosso exemplo para confiarmos na bondade do Senhor, que faz
obras grandes com pouca coisa, com a humildade dos seus servos. Que assim seja.”
Divino
Espírito Santo, ajuda-nos a ver sempre com os olhos do coração, bem ao jeito de
Jesus!
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