sábado, 4 de julho de 2015

FEZ-ME PENSAR!...



 Hoje, ao chegar à igreja onde participei na Eucaristia embasbaquei!
Estranhei a entrada vazia sem os placards habituais!
Entrei! Os arranjos enormes, maravilhosos, poderia dizer mesmo que quase fenomenais!
Tudo engalanado! Rosas colocadas no centro presas em bancos alternados com uns longos e belos lacinhos!
Casamento! Só podia ser!
Então pensei no casamento que ali se iria celebrar, não natural nem civil, mas Sacramento do Matrimónio, com tudo o que o Sacramento implica!
E surgiu-me a pergunta: será que o cuidado com a espiritualidade matrimonial também esteve bem presente na preparação deste casamento?
Como não temos o direito de nos pormos a adivinhar o que vai na cabeça e vida dos outros, de imediato tentei esquecer para quedar-me num assunto para mim bem mais importante, o porquê de tantos jovens abandonarem a vontade de casar pela Igreja como vulgarmente se diz!
Recordei de imediato o meu amiguinho Paulo, a viver com uma jovem maravilhosa, ambos de parcos rendimentos, e que um dia, quando estavam à espera do seu primeiro filho, me dizia:
Ó ti Hermínia, eu bem queria casar, ir à igreja, fazer uma festinha, mas como? Nós não temos dinheiro para nada. Casar e não fazer festa nenhuma... toda a gente nos vai criticar. Vamos continuando assim... até ver!...
E lá vão estando assim, juntos, com um lindo filho, ajudados pelos pais... a lutar pela vida como se costuma dizer!
E como estes... tantos... tantos outros casais!...
Tanto trabalho a fazer para mudar mentalidades e interiorizar que o Matrimónio não é festa, é compromisso, compromisso de um com o outro unidos pela bênção de Jesus Cristo. E não para sermos felizes com a felicidade que o outro nos dá, mas para sermos felizes com a alegria que sentimos ao fazer o outro feliz, isso sim! E caminhando de mãos dadas, nas alegrias e tristezas fomes ou farturas, dificuldades ou alegrias, confiando que Deus/Jesus/Espírito Santo, família divina, que nunca falta a ninguém, estará sempre connosco.
E há uma outra razão da não realização de muitos Sacramentos do Matrimónio, são as separações frequentes das pessoas que os celebram!
Tenho falado com pessoas casadas civilmente e em união de facto, que, ao falar-lhes em casar pela Igreja, me respondem: Conheço tantos casais que estiveram muito tempo como nós estamos e entendiam-se bem e estavam bem, e quando casaram pela Igreja, separaram-se logo. Não queremos que aconteça isso connosco!
E por mais que tente explicar a estes jovens tantas coisas... não me ouvem. Ou melhor, ouvem-me muito bem e ficam a pensar... não sei até quando.
Tanto que há a fazer pela felicidade e bem-estar das famílias!... Tanto que há a fazer!...
Que o Sínodo de Outubro próximo nos traga algo de bom... que o Espírito Santo nos ilumine, que Deus nos ajude!

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