quarta-feira, 30 de março de 2016

NA BUSCA PERMANENTE DA NOVIDADE!

Quem quiser estar actualizado… ou melhor dizendo, quem se quiser actualizar permanentemente tem de prestar muita atenção à Liturgia Diária principalmente aos Evangelhos do dia e correspondentes meditações, onde encontraremos sempre belíssimas novidades.
Hoje… o Evangelho relatou o encontro de Jesus com os discípulos de Emaús!
Vejamos o que diz Santa Teresa Benedita da Cruz:

“Pôs-Se com eles a caminho
O próprio Salvador, que a Palavra da Escritura coloca diante dos nossos olhos na sua humanidade, mostrando-no-Lo em todos os caminhos que percorreu nesta terra, habita entre nós escondido sob as aparências do pão eucarístico, vem todos os dias até nós como Pão da Vida. Nestes dois aspectos, torna-Se próximo de nós e sob estes dois aspectos deseja que O procuremos e O encontremos. Um chama o outro. Quando vemos o Salvador diante de nós com os olhos da fé, tal como a Escritura no-Lo retrata, aumenta o nosso desejo de O acolher em nós no Pão da Vida. Por sua vez, o pão eucarístico aviva o nosso desejo de conhecer o Senhor sempre com maior profundidade, a partir da Palavra da Escritura, e dá forças ao nosso espírito, com vista a uma melhor compreensão.”
Claro que eu já compreendia e vivia estas verdades… mas ditas deste modo… nunca me tinham chegado!
Mas as novidades não se ficam por aqui. O Santo Ambrósio, acerca do choro de Maria junto do sepulcro de Jesus, vazio, diz:
“«Porque choras?» És tu a causa das tuas lágrimas, é por tua causa que choras. [...] Choras porque não acreditas em Cristo; acredita e vê-Lo-ás. Cristo nunca deixa de aparecer a quantos O procuram. «Porque choras?» Não é de lágrimas que precisas, mas de uma fé atenta e digna de Deus. Não penses nas coisas mortais e não chorarás. [...] Porque choras com aquilo que alegra os outros?
A quem procuras?» Não vês que Cristo é a força de Deus, que Cristo é a sabedoria de Deus, que Cristo é santidade, que Cristo é castidade, que Cristo é pureza, que Cristo nasceu de uma virgem, que Cristo é do Pai e está junto do Pai e está sempre no Pai; nascido mas não criado, nem caído, sempre amado, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro? «Porque levaram o meu Senhor e não sei onde O puseram.» Enganas-te, mulher; pensas que Cristo foi levado do túmulo por outros e que não ressuscitou pelo seu próprio poder. Mas ninguém retira o poder a Deus, ninguém retira a sabedoria a Deus, ninguém Lhe retira a venerável castidade. Cristo não foi levado do túmulo de justiça e de intimidade da Virgem, nem do segredo da sua alma fiel; e, mesmo que haja quem queira apoderar-se dele, tal não é possível.
Então Jesus disse-lhe: «Maria, olha para Mim.» Enquanto não acreditou, era «mulher»; quando começou a voltar-se para Ele, recebeu o nome de Maria, o nome daquela que deu Cristo à luz, porque é a alma que dá Cristo espiritualmente à luz. «Olha para Mim», disse Ele. Quem olha para Cristo corrige-se; é quando não vemos a Cristo que nos enganamos. E ela, voltando-se, disse: «Rabuni!», que quer dizer: «Mestre!» Quem olha, volta-se; quem se volta, capta de forma mais completa; quem vê, progride. É por isso que ela chama Mestre Àquele que julgava estar morto: porque encontrou Aquele que julgava estar perdido.”
Ler estas palavras faz o coração saltar, vibrar de contentamento! Faz desejar cada vez mais uma vida digna e dignificante, dá força à vontade para não nos deixarmos desfalecer perante dificuldades, dá-nos felicidade, muita felicidade, tanta que ao céu é enviada uma oração: “Senhor Jesus, Pai Santo, Espírito Divino, faz com que todas as pessoas do mundo Vos encontrem e vivam do vosso jeito no verdadeiro Amor para que possam ser, também, imensamente felizes! 

segunda-feira, 28 de março de 2016

URGE… MATAR NECESSIDADES


Neste Tempo Pascal urge matar as maiores necessidades que são prestar atenção a tudo quanto nos possa tirar da falta de conhecimento acerca seja do que for, principalmente das nossas vivências interiores que são sempre a causa da nossa felicidade ou infelicidade!
Estamos num ano muito especial, o Ano Jubilar da Misericórdia de Deus para connosco e que quer que nos tornemos o mais possível misericordiosos para com os nossos irmãos!
O tempo muitas vezes escasseia, mas há leituras de meditação que têm que ser parte integrante da vida para que não nos desmoronemos do que nos parece que somos.
Hoje… debrucei-me um pouco sobre a homilia de Sexta-feira Santa pronunciada pelo Padre Raniero Cantalamessa na Basílica de São Pedro em Roma, que, depois de várias e plausíveis explicações sobre o comportamento de muita gente do nosso tempo face à sua relação com Deus a dada altura diz:


“O ano da misericórdia é a oportunidade de ouro para trazer de volta à luz a verdadeira imagem do Deus bíblico, que não somente tem misericórdia, mas é misericórdia.
Esta afirmação ousada se baseia no fato de que “Deus é amor” (1 Jo 4, 8.16). Só na Trindade Deus é amor sem ser misericórdia. Que o Pai ame o Filho não é graça ou concessão; é necessidade: Ele precisa amar para existir como Pai. Que o Filho ame o Pai não é misericórdia ou graça; é necessidade, mesmo que liberíssima: Ele precisa ser amado e amar para ser Filho. O mesmo deve ser dito do Espírito Santo, que é o amor feito pessoa.
É quando cria o mundo e, nele, as criaturas livres que o amor de Deus deixa de ser natureza e se torna graça. Este amor é uma livre concessão: poderia não existir; é
hesed, graça e misericórdia. O pecado do homem não muda a natureza deste amor, mas provoca nele um salto de qualidade: da misericórdia como dom se passa à misericórdia como perdão. Do amor de simples doação se passa para um amor de sofrimento, porque Deus sofre diante da rejeição ao seu amor. “Eu nutri e criei filhos, diz o Senhor, mas eles se rebelaram contra mim” (Is 1, 2). Perguntemos aos muitos pais e mães que tiveram essa experiência se isto não é sofrimento, e dos mais amargos da vida.”
Até aqui, está presente o infinito Amor e Misericórdia de Deus. Mas não se fica por aqui. Continuemos a leitura:
“A ‘justiça de Deus’ é aquela pela qual, por sua graça, nós nos tornamos justos, assim como a salvação do Senhor (Sl 3,9) é aquela pela qual Deus nos salva”[2]. Em outras palavras, a justiça de Deus é o ato pelo qual Deus faz justos, agradáveis a Si, aqueles que crêem no Seu Filho. Não é um
fazer-se justiça, mas um fazer justos.
Lutero teve o mérito de trazer de volta à luz esta verdade depois que, durante séculos, pelo menos na pregação cristã, o seu sentido tinha se perdido, e é isto, principalmente, que a Cristandade deve à Reforma, cujo quinto centenário ocorre no próximo ano. “Quando descobri isto, eu me senti renascer, e pareceu-me que se escancaravam para mim as portas do paraíso”[3], escreveu mais tarde o reformador. Mas não foram nem Agostinho nem Lutero os que assim explicaram o conceito de “justiça de Deus”; foi a Escritura que o fez antes deles:
“Quando se manifestaram a bondade de Deus e o seu amor pelos homens, Ele nos salvou, não por causa de obras de justiça por nós praticadas, mas por causa da sua misericórdia” (Tt 3, 4-5). “Deus, rico em misericórdia, pelo grande amor com que nos amou, fez-nos, de mortos que estávamos pelo pecado, reviver com Cristo. Pela graça fostes salvos” (cf. Ef 2, 4).
Dizer que “se manifestou a justiça de Deus”, portanto, é como dizer que se manifestou a bondade de Deus, o seu amor, a sua misericórdia. A justiça de Deus não só não contradiz a sua misericórdia como consiste precisamente nela!”
E depois de afirmar que a injustiça deve ser derrotada ou eliminada e não ignorada, pois é essa a verdadeira misericórdia, e de apresentar as razões da morte de Jesus que foram o imenso amor que tem por nós, acrescentou:
 “Não foi a morte do Filho que aprouve a Deus, mas a sua vontade de morrer espontaneamente por nós”: “non mors placuit sed voluntas sponte morientis[5]. Não foi a morte, portanto, mas o amor que nos salvou! O amor de Deus alcançou o homem no ponto mais distante a que ele tinha se expulsado ao fugir de Deus, ou seja, a morte.
A morte de Cristo devia ser para todos a prova suprema da misericórdia de Deus para com os pecadores. É por isso que ela não tem sequer a majestade de certa solidão, mas é enquadrada, antes, entre dois ladrões. Jesus quis ser amigo dos pecadores até o fim: por isso morreu como eles e com eles. O ódio e a ferocidade dos ataques terroristas desta semana  em Bruxelas nos ajudam a entender a força divina contida nas últimas palavras de Cristo: “Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem” (Lc 23, 34). Não importa quão grande o ódio dos homens, o amor de Deus tem sido, e será, cada vez maior. Para nós, é dirigida, nas atuais circunstancias, a exortação do Apóstolo Paulo: “Não te deixes vencer pelo mal, mas vence o mal com o bem” (Rm 12, 21).”
E deu uma outra explicação maravilhosa, que o oposto da misericórdia não é a justiça mas a vingança que tem de ser desmistificada e erradicada da sociedade que sofre horrivelmente por causa de vinganças.
Agora, para finalizar:
“Há somente uma coisa que realmente pode salvar o mundo: a misericórdia! A misericórdia de Deus pelos homens e dos homens entre si. Ela pode salvar, em particular, a coisa mais preciosa e mais frágil que há no mundo neste momento: o matrimônio e a família.
Acontece no matrimônio algo semelhante ao que aconteceu na relação entre Deus e a humanidade, que a Bíblia descreve, precisamente, com a imagem de um casamento. No início de tudo, dizíamos, está o amor, não a misericórdia. A misericórdia só intervém depois do pecado do homem. Também no casamento, no início não há misericórdia, mas amor. As pessoas não se casam por misericórdia, mas por amor. Depois de anos, ou meses, de vida em comum, revelam-se os limites pessoais, os problemas de saúde, do dinheiro, dos filhos; intervém a rotina, que apaga toda alegria.
O que pode salvar um casamento de escorregar para um poço sem fundo é a misericórdia, entendida no sentido completo da Bíblia, ou seja, não apenas como perdão recíproco, mas como um “revestir-se de sentimentos de ternura, de bondade, de humildade, de mansidão e de magnanimidade” (Col 3, 12). A misericórdia faz com que ao eros se junte o ágape; ao amor de busca, o de doação e de compaixão.”
 Doação, compaixão e ternura entre os cônjuges! Que bom seria se estas verdades se fossem espalhando entre nós, pois muitas vidas tomariam outro rumo, o da felicidade!
Por todas estas aprendizagens que nos vão chegando para matar as nossas necessidades de vida plena, que Deus seja louvado!

domingo, 27 de março de 2016

FELIZ PÁSCOA!

Feliz passagem da morte à vida! Ou… melhor dizendo, de uma vida de morte a uma vida viva repleta de amor em Jesus Cristo!
Como hoje não encontro outras palavras, um grande ensinamento de Apolónio para esta época de Páscoa… e para sempre:
“Não é à toa que Jesus pede para não julgarmos as atitudes dos outros.
Penso que existam pelo menos três bons motivos para isso.
Primeiro, que é impossível alguém saber a verdadeira intenção de outra pessoa, portanto, a aparência pode enganar.
Segundo, porque todos nós somos vulneráveis e um dia poderemos estar na mesma situação.
Terceiro, porque quando julgamos, expressamos uma condenação. E a outra pessoa pode ser um inocente que não teve direito a defesa diante de nós.
Um grande mal que decorre do julgamento é a maledicência, pois quem nos escuta pode difundir aos quatro ventos, gerando difamação.
Não devemos acobertar erros, nem ser coniventes com o mal, mas para ajudar alguém a mudar de atitude temos que ser misericordiosos.”
E ainda um outro ensinamento muito apropriado para uma melhor vivência do Ano da Misericórdia:
“Não devemos esperar uma ocasião ideal para nos reconciliar com o irmão. O tempo ideal é o agora.
Dissolver todas as mágoas do coração, anular os ressentimentos e pedir e oferecer um perdão irrestrito.
Há quem diga que, quando se tem uma grande decepção, após a reconciliação não será nunca como antes. Claro! E nem deve ser. Deve ser melhor que antes!
Há cicatrizes que permanecem para sempre. Porém, cicatrizes não doem. E não devem ser a lembrança da dor, mas da cura.
A reconciliação começa dentro de nós, depois chega ao outro já em forma de ato de amor.”
Então? Mais palavras para quê!
Um Santo tempo Pascal!


quarta-feira, 23 de março de 2016

AMAR… AMAR… COMO JESUS NOS ENSINOU!

O pior que pode acontecer a uma pessoa é julgar-se importante, muito importante, importante e boa ao ponto de desvalorizar todas as outras pessoas que a circundam.

E, julgando-se assim, não prestará atenção a nada nem a ninguém. E não terá mais jeito de crescer… porque acabará por pensar que sabe tudo!
Um comportamento destes é deplorável. é a raiz de desentendimentos, de discórdias, de muitos dissabores!
Claro que muito importantes somos todos nós, é cada um de nós por si mesmo, mas nunca em referência a ninguém mais.
Cada pessoa é diferente da outra, não há duas pessoas iguais! Cada pessoa tem o seu carisma próprio que tem de desenvolver ao máximo sem se igualar com ninguém, cada pessoa é única e irrepetível e como tal não tem nada que se comparar seja com quem for! E é na comum união, comunhão, de todas as pessoas com os seus carismas especiais e as suas semelhanças e diferenças que conseguimos crescer, aprender, tornar-nos melhores pessoas a cada dia!  
Só assim conseguiremos dar glória a Deus com as nossas vidas recheadas de boas atitudes!
Recordo umas frases do Santo Padre Francisco:
a glória mundana se manifesta quando alguém é importante, admirado, quando se tem bens e sucesso”. No entanto, a glória de Deus se revela na cruz: é o amor, que lá resplandece e se difunde. É uma glória paradoxal: sem barulho, sem ganância e sem aplausos. Mas só esta glória “torna fecundo o Evangelho”.
Para nós, a Cruz é seguir Jesus orando ao Pai como Ele orou e dando-se como Ele se deu a quem de nós necessitar, é Amar a toda a gente sem distinção, sem peso ou medida e sem esperar nada em troca!
Agora, uma frases do Apolónio:
 “Que o nosso amor não seja como o orvalho da manhã que se evapora com os primeiros raios de sol. Que seja como a chuva de primavera que fecunda a terra e como o sol de verão que aquece e amadurece os frutos.
Um amor que não dá frutos não é amor.
O amor não se poupa em servir, não tem limite de tempo e não para diante de obstáculos; não condiciona sua ação ao mérito do outro e nem à retribuição; é livre de interesses e preferências, por isso a sua pureza destila felicidade verdadeira no coração de quem ama e de quem é amado.”

Frases maravilhosas para uma boa vivência da Semana Santa! Que Deus nos ajude!

terça-feira, 22 de março de 2016

PAZ SIM: DISCÓRDIA, NÃO!

A Comunicação Social não se cansa de dar notícias e os acontecimentos que nos enchem os ouvidos são de todo avassaladores!
Tantos ataques suicidas! Tantas pessoas perdidas numa vida sem amor! Sem amor à própria vida e sem amor à vida alheia!
Tanta ignorância é de lamentar!
Se as pessoas que governam o mundo se interessassem mais por desenvolvimento pessoal e social e por educação moral e cívica e menos por dinheiro e riqueza, nada dista aconteceria!
Quando Deus nos colocou neste planeta lindo deu-nos tudo o que necessitávamos para viver, mas para vivermos todos com o necessário a cada um e não para haver uns tantos a esbanjar tudo e outros sem nada!
Deus não nos criou para haver umas tantas pessoas a viver em palacetes e a maior parte das restantes a viver em guetos, em guetos, sem casa condigna, sem trabalho, sem comida, sem roupa, sem reconhecimento, sem carinho, sem ternura, sem nada, entregues a si mesmo e à sua terrível indigência! Pessoas que nada têm a temer pois nada será pior para elas do que a vida que estão a viver!!!
Estas pessoas tornam-se cada vez mais vulneráveis e sujeitas a aisquer promessas ou palavras enganadoras, pois nada têm a perder!
Nesta Semana tão importante para os cristãos em que tanto se recorda a vida e obra de Jesus Cristo… que as Suas palavras e atitudes sejam o nosso lema!
Que o “Pai, perdoai-lhes porque não sabem o que fazem” seja a frase e atitude dos responsáveis das nações perante estas pessoas que, realmente, não têm nada. Isto não é malícia, é miséria, é má formação, é falta de amor próprio e de amor fraternal, é falta da verdadeira liberdade que não interfere com a vida particular de ninguém nem com a vida social das populações, apenas tudo faz pelo bem-estar de toda a gente!
Estas pessoas, tão infelizes e desgraçadas ou sem graça nenhuma, necessitam de carinho, de atenção, de cuidados!!!
Ódio atrai ódio! Mundo… deixa de odiar! Deus não quer ódio… quer amor! E quem ama perdoa!
Que Deus nos ajude a perdoar e nos dê paz aos corações que é de onde brota a verdadeira paz!
Precisamos de rodar por aí sem medo de nada nem de ninguém!
Que Jesus nos ajude!A Comunicação Social não se cansa de dar notícias e os acontecimentos que nos enchem os ouvidos são de todo avassaladores!
Tantos ataques suicidas! Tantas pessoas perdidas numa vida sem amor! Sem amor à própria vida e sem amor à vida alheia!
Tanta ignorância é de lamentar!
Se as pessoas que governam o mundo se interessassem mais por desenvolvimento pessoal e social e por educação moral e cívica e menos por dinheiro e riqueza, nada dista aconteceria!
Quando Deus nos colocou neste planeta lindo deu-nos tudo o que necessitávamos para viver, mas para vivermos todos com o necessário a cada um e não para haver uns tantos a esbanjar tudo e outros sem nada!
Deus não nos criou para haver umas tantas pessoas a viver em palacetes e a maior parte das restantes a viver em guetos, em guetos, sem casa condigna, sem trabalho, sem comida, sem roupa, sem reconhecimento, sem carinho, sem ternura, sem nada, entregues a si mesmo e à sua terrível indigência! Pessoas que nada têm a temer pois nada será pior para elas do que a vida que estão a viver!!!
Estas pessoas tornam-se cada vez mais vulneráveis e sujeitas a aisquer promessas ou palavras enganadoras, pois nada têm a perder!
Nesta Semana tão importante para os cristãos em que tanto se recorda a vida e obra de Jesus Cristo… que as Suas palavras e atitudes sejam o nosso lema!
Que o “Pai, perdoai-lhes porque não sabem o que fazem” seja a frase e atitude dos responsáveis das nações perante estas pessoas que, realmente, não têm nada. Isto não é malícia, é miséria, é má formação, é falta de amor próprio e de amor fraternal, é falta da verdadeira liberdade que não interfere com a vida particular de ninguém nem com a vida social das populações, apenas tudo faz pelo bem-estar de toda a gente!
Estas pessoas, tão infelizes e desgraçadas ou sem graça nenhuma, necessitam de carinho, de atenção, de cuidados!!!
Ódio atrai ódio! Mundo… deixa de odiar! Deus não quer ódio… quer amor! E quem ama perdoa!
Que Deus nos ajude a perdoar e nos dê paz aos corações que é de onde brota a verdadeira paz!
Precisamos de rodar por aí sem medo de nada nem de ninguém!

Que Jesus nos ajude!

domingo, 20 de março de 2016

COMUM UNIÃO = COMUNHÃO

Hoje - Domingo de Ramos, início da Semana Santa com tudo quanto nos faz recordar a Morte e Ressurreição de Jesus Cristo, o que muito bem nos mostraram as Leituras das Eucaristias!
Celebrações, ramos, flores, via-sacra, música sacra, para preencher o dia, com imensa gente à volta do mesmo Senhor Jesus Cristo, o verdadeiro elo de união entre
toda a gente!
Mas mais do que nunca temos que tudo fazer para nos podermos manter em comunhão, comum união, aberto aos outros, às suas formas de ser e pensar!
Viver em comunhão é participar na vida dos outros valorizando as suas ideias, atendendo aos seus pontos de vista e enriquecendo a vida com as diferenças… até porque será uma boa forma de não ficarmos isolados numa enorme solidão.
Mesmo que as nossas ideias sejam boas, tal como um único tijolo não consegue construir uma casa, precisamos das ideias uns dos outros para podermos crescer como convém ao nosso ser humanos e cristãos, numa atitude de misericórdia para com tudo e todos, não entrando em julgamentos precipitados.  Se assim procedermos poderemos verificar que muitas das nossas impressões e suposições acerca das pessoas não são verdadeiras, porque não há ninguém que consiga saber com exactidão qual a intenção de quem quer que seja! Se pensarmos um pouco em quantas vezes temos sido mal interpretados, compreenderemos melhor esta verdade.
Esta é uma boa maneira de amarmos como convém!
Já agora, os verbos de substituição do verbo amar: servir, ajudar, escutar, respeitar, cuidar, visitar, alimentar, acolher, vestir, visitar, doar, perdoar…
Todos estes verbos nos levam a ir ao encontro dos outros fazendo comunhão, vencendo egoísmos e dando-se sem reserva.
Amar… viver em comum união, em comunhão, é viver ao jeito de Jesus, o que nos faz felizes e nos põe a dar felicidade às pessoas próximas!
Nesta Semana Santa que hoje começa, façamos tudo pela verdadeira comunhão entre as pessoas.
Que Deus nos ajude

sexta-feira, 18 de março de 2016

O SILÊNCIO DOS DIAS!

Os ruídos dos veículos enchem os ouvidos! O arvoredo, de tanta calmaria, não mexe uma folha sequer! Ouvem-se pássaros a chilrear, mas não se vislumbra de onde vem o chilreio! O relógio da torre bate as horas… e repete-as… para que as ouçamos, realmente, com toda a certeza!
Será que até os relógios das torres percebem o nosso desleixo em prestar atenção ao tempo, e não se cansam de nos dizer que é preciso aproveitá-lo bem???
Talvez!
Mas… aproveitar ou gastar bem o tempo também é mastigar o silêncio na mansa quietude dos segundos! E tentar perceber o que o nosso interior nos vai dizendo a cada instante, para que possamos recompor as forças e recuperar energias tão necessárias a um bom desenrolar da vida nas atitudes diárias em que nos vamos consumindo… no tempo!
E recordar as boas atitudes, para voltar a repeti-las… e se algumas más atitudes tiver havido… ou houver… solicitar a ajuda necessária para que não se repitam mais!
Recordar o passado… sim… mas somente para recordar e fortalecer os bons momentos de tal modo que as más acções possam ser de todo aniquiladas!
E é esta a tarefa do Tempo Quaresmal que estamos prestes a terminar!
Que nos habituemos a fazer silêncio nos dias, para que todos os nossos dias sejam cumulados de silêncios de vida e juventude interior!

Que Deus nos ajude!

domingo, 13 de março de 2016

"TAMBÉM EU NÃO TE CONDENO!..."

Estas foram algumas das palavras que ficaram do Evangelho deste 5º domingo do Quaresma… tempo de conversão!
E de que conversão precisaremos nós?! Com toda a certeza, de muita conversão, Precisamos, talvez, quem sabe, de uma mudança radica em muitas situações!
Quanto mais aprendemos, mais descobrimos, e mais formas encontrámos de viver na humildade, lealdade, ajuda mútua, fraternidade, amor! É que esta forma de vida tem de assentar exclusivamente no amor. Naquele Amor que Jesus nos veio ensinar! Um Amor misericordioso, tolerante, que se dá sem peso ou medida!
No passado domingo ficou-nos a ideia do Pai Misericordioso para com os dois filhos, o desejoso de viver que logo se sentiu mal por ter abandonado a verdadeira vida, e aquele que sempre pareceu viver a vida verdadeira mas na realidade não passava de um farsante egocêntrico e egoísta ressabiado que em nada valorizava o Amor desmedido que o Pai nutria pelos dois!
Hoje… a mulher adúltera… consegue salvar a vida pela perspicácia de Jesus que mais não foi do que o Amor desmedido que nos dedica a todos e todas!
Jesus calou… pensou… escreveu… obrigou os homens a pensar nas suas próprias acções antes de levantar pedras contra as acções do outros.
Grande lição que nos foi dada!
Se deixarmos de olhar para os defeitos dos outros… defeitos que não nos é dado avaliar nem corrigir… e olharmos mais profundamente para o que vamos pensando e fazendo de negativo e podia ser alterado… lutaríamos constantemente por converter a nossa vida, deixaríamos, aos pouquinhos, de praticar o que não tem a ver com o verdadeiro Amor, perdão, solidariedade, fraternidade, partilha!...
Tantos comportamentos poderemos alterar se conseguirmos viver um pouquinho mais ao jeito de Jesus, que espera pacientemente que o procuremos para nos ajudar a corrigir!
O “Eu não te condeno” é dito a cada instante a cada um ou uma de nós! Que consigamos ouvir sempre estas palavras doces e de ternura e compaixão!

Que Deus nos ajude!

sábado, 5 de março de 2016

PAI DE MISERICÓRDIA!

Todas as vezes que escuto a leitura da Parábola chamada do Filho Pródigo ou melhor ainda do “Pai Misericordioso” aprendo coisas novas, consigo integrar na vida novas atitudes!
É por isso que se diz que a Palavra de Deus é uma eterna novidade!
E é mesmo! A Palavra de Deus é uma eterna novidade! Não tenho dúvidas!
E quanto mais a conhecermos, mais nos comprometemos com ela, mais nos responsabilizamos por ela, mais nos tornamos solidários uns com os outros, mais nos amamos mutuamente, mais somos Igreja ao jeito de Jesus!
Diz alguém que
"A vida humana não atinge o seu objetivo, que é a felicidade, se as pessoas não mantêm um relacionamento apropriado consigo mesmas, com a criação e com Deus. A perspectiva da unidade das pessoas entre si e com Deus é a única perspectiva que pode superar o desafio do Terceiro Milênio.”
"Os grandes líderes são aqueles que conseguem pensar nos interesses das gerações futuras. Os pobres são os primeiros e mais duramente atingidos pela mudança climática", acrescentou, ressaltando que "esta encíclica nos diz que a solução não é a tecnologia, mas a relação entre o homem e a natureza".
E nós? Que espécie de líderes seremos? Como tratamos a Natureza? Como nos relacionamos com as pessoas que connosco convivem? Onde teremos o nosso coração? Que desejamos fazer da nossa vida? Será que já descobrimos que Deus é Amor compreensivo e justo? Será que já descobrimos o verdadeiro sentido da Parábola do Pai Misericordioso? Pai que sabe respeitar a liberdade dos filhos: do mais novo nas desmesuradas tropelias que o levaram ao desbaratar de toda a herança e a vir, finalmente, arrependido, ter com ele para lhe pedir perdão; e do filho mais velho porque se julgava muito melhor do que o irmão por nunca se ter desviado das ordens do Pai, o que o levou a um tremendo ciúme e consequente desprezo do irmão?
Na nossa vida... teremos muitos momentos do irmão mais novo... e muitos momentos de irmão mais velho...
Agora... vejamos o comportamento do nosso Pai comum... Deus!...
Tal como o pai da parábola, acarinha-nos a todos, dando a cada qual as palavras, carinhos e aconchegos necessários para prosseguirem na vida com fraternidade, harmonia e paz.  
O Pai Misericordioso não ralhou com nenhum dos filhos... assim como Deus não ralha connosco!
Não deixou que o filho mais novo acabasse o pedido de perdão mas apressou-se a dar-lhe tudo o necessário para se integrar na vida familiar que sempre fora dele; mas também não ralhou nem teve em conta os ciúmes do filho mais velho, mas carinhosamente lhe fez compreender o motivo da sua imensa alegria, o regresso do irmão, são e salvo!
Ao contrário do que se poderá pensar ainda, Deus não está à espera de errarmos para nos castigar, mas mesmo antes de termos errado compreende os nossos erros e ajuda-nos a aprender com eles dando-nos o necessário para seguirmos em frente nos caminhos da compreensão e do amor fraterno!
Deus é todo amor e misericórdia e perdão! O perdão de Deus é a ajuda que nos dá para nos encaminharmos na vida, para conseguirmos ser felizes e fazer felizes os que connosco convivem!
Deus só quer mesmo que amemos! Que amemos sem peso nem medida, gratuitamente, sem esperar qualquer recompensa!
No desenrolar do Ano de Misericórdia e em tempo de Quaresma ou de conversão, que o Espírito Santo nos ajude a compreender e viver Deus na nossa vida, pois é do que mais precisamos!
Amor! Amor! Amor!


quinta-feira, 3 de março de 2016

SILÊNCIOS…


Senhor… não sei que Te diga! Acho mesmo que é melhor ficar calada, pois quando não nos compreendemos com as coisas que nos acontecem é melhor deixá-las contigo e esperar que nos afagues com os Teus carinhos!
O tempo é de interiorização, de ver e rever a vida, de procurar e tomar decisões… que muitas vezes não conseguimos saber se serão as mais acertadas!
Tantos sonhos… tantos desejos Senhor… que não passarão nunca de desejos!...
Livra-me deste flagelo!
Claro que o sonho comanda a vida! Precisamos de sonhos… Eu sei!
Mas a realidade é muito mais que o sonho!
Senhor… que eu seja capaz de passar do sonho à realidade em tantas coisas que me enchem a mente e o coração!
Tu estás lá, Senhor, nesses sonhos! Mas sonhar com o que gostas…e não partir para o terreno… é uma tremenda desilusão!
Até quando, Senhor, terei de viver, assim, agarrada a sonhos ‘irrealizáveis’?!...
Neste Ano Jubilar da Misericórdia, vem até nós, Senhor, com a Tua Misericórdia… e ajuda-nos a amar do Teu jeito todos quantos nos rodeiam!
No mais profundo silêncio do coração vou gritando às ‘multidões’ para que seus corações possam juntar-se ao meu clamor:

Pelo infinito amor com que nos cuidas, Senhor Jesus… que sempre sejas louvado!