sábado, 27 de fevereiro de 2016

CONSELHOS… QUE AJUDAM A CRESCER!


O tempo é de crescimento! Ou não estivéssemos na Quaresma!
Muitas vezes penamos no que fazer para crescermos um pouquinho mais. E às vezes, umas dicas, ajudam muito!
Não são minhas, são de Santo António Maria Claret! Mas já me ajudaram bastante!
Aqui vão:

“1. Não deixes para ninguém o que tu mesmo podes fazer.
2. Não disponhas do dinheiro, antes de tê-lo em mãos.
3. Não compres coisa alguma, por mais barata que seja, se não a necessitares.
4. Evita o orgulho, porque é pior que a fome, a sede e o frio.
5. Nunca te arrependas de ter comido pouco.
6. Toma sempre as coisas pelo lado suave e seguro.
7. Se estiveres zangado, conta até dez antes de responder, e se estiveres ofendido, será melhor contar até 100.
8. Pensa bem antes de dar conselho e esteja pronto para servir.
9. Fale bem do teu amigo; e de teu inimigo não fales nem bem nem mal.
10. A resposta suave e humilde quebranta a ira, as palavras duras excitam o furor.”

Trabalhar uma ideia de cada vez… até conseguirmos pô-las todas na vida de todos os dias… não seria um bom trabalho quaresmal?!...
E porque não pô-lo em prática? Por muito bons hábitos que tenhamos, haverá sempre algo a corrigir!  

2016/02/27

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

DAR DE COMER… que comer???

Há imensas atitudes que podem ser vistas como “dar de comer!”
Este slogan, que sempre me acompanhou, tem-me acompanhado muito mais nos últimos tempos na medida em que são inúmeras as formas de alimentar quem necessita! As fomes que vagueiam pelo mundo são inumeráveis!
Quantas fomes poderei ainda saciar e não o tenho feito porque ainda as não descobri? Esta questão não me deixa repousar com tranquilidade!
Hoje… no  Evangelho Quotidiano vinha uma maravilhosa meditação da Madre Teresa de Calcutá que passo a partilhar:  
Cristo disse: «Tive fome e destes-Me de comer» (Mt 25, 35). E não teve fome só de pão, mas também da estima acolhedora que nos permite sentirmo-nos amados, reconhecidos, sermos alguém aos olhos de outrem. Ele não foi desprovido só das suas vestes, mas também da dignidade e do respeito humano, pela grande injustiça que é cometida com o pobre, que é precisamente ser desprezado por ser pobre. Não só foi privado de um tecto, mas também sofreu as privações por que passam os encarcerados, os rejeitados e os escorraçados, aqueles que vagueiam pelo mundo sem ter ninguém que trate deles.
Ao desceres a rua, sem outro propósito senão esse, talvez atentes no homem que está ali à esquina, e vás ao seu encontro. Talvez ele fique de pé atrás, mas tu colocas-te na sua frente. Tens de irradiar a presença que trazes dentro de ti com o amor e a atenção que dás ao homem a quem te diriges. E porquê? Porque, para ti, Ele é Jesus. Sim, é Jesus, mas não pode receber-te em sua casa — é por isso que tens de ser tu a dirigir-te a Ele. Ele está escondido ali, naquela pessoa. Jesus, oculto no mais pequenino dos irmãos (Mt 25, 40), cheio de fome de pão, mas também de amor, de reconhecimento, de ser tido como alguém com valor.”
Quem dera conseguíssemos saciar todas as fomes dos nossos irmãos e irmãs que de algum modo sofrem ao nosso lado!... Seria um óptimo fruto do Ano Santo da Misericórdia!

Que o bom Deus Misericórdia e Perdão infinitos nos proteja e ajude ser misericordiosos como Ele deseja que sejamos!

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

PARAR PARA PENSAR… É MUITO BOM!


Sim! Se parar para pensar é deveras importante para reflectir sobre o que mudar na nossa vida, nesta época quaresmal, ocasião mais que propícia à mudança de vida… a importância deparar para pensar redobra não sei quantas vezes!
E o encontrar ideias novas ou diferentes das que nós temos acerca de tantas coisas da vida, são enormes bênçãos que temos de aproveitar e agradecer a cada momento!
A falta e atenção ao que nos rodeia leva-nos muitas vezes a entrar em situações que depois temos de rever, foi o que aconteceu comigo em relação às Obras de Misericórdia que tento a todo o custo aprofundar e integrar mais a sério nas minhas atitudes e que, para esta semana, na nossa Diocese do Porto têm em evidência o estudo e aperfeiçoamento vivencial do ‘dar de comer a quem tem fome’!
A esta parte, no Evangelho Quotidiano a que dou especial relevo na minha vida diária, encontrei uma meditação de São Cesário de Arles que achei bastante apreciável. Senão, vejamos:

«Vinde, benditos de meu Pai; recebei como herança o reino»
Cristo, isto é, a misericórdia celeste, vem cada dia bater à porta da tua casa: não vem só espiritualmente à porta da tua alma, mas vem também materialmente à porta da tua casa. Porque, cada vez que um pobre se aproxima da tua casa, é, sem qualquer dúvida, Cristo que vem, Ele que disse: «Quantas vezes o fizestes a um dos meus irmãos mais pequeninos, a Mim o fizestes.» Não endureças, pois, o teu coração; dá algum dinheiro a Cristo, de quem desejas receber o Reino; dá um pouco de pão àquele de quem esperas receber a vida; acolhe-o em tua casa, para que ele te receba no paraíso; dá-lhe esmola para que em troca ele te dê a vida eterna.
Que audácia a tua, de quereres reinar no céu com aquele a quem recusas a esmola neste mundo! Se o receberes durante esta viagem terrena, ele te acolherá na sua felicidade eterna; se o desprezares aqui na tua pátria, ele afastará de ti o seu olhar na glória. Diz o salmo: «Na tua cidade, Senhor, desprezas a imagem deles» (Sl 72,20 vulg.); se, na nossa cidade, isto é, nesta vida, desprezarmos os que foram feitos à imagem de Deus (Gn 1,26), devemos recear ser rejeitados na sua cidade eterna. Praticai, pois, a misericórdia aqui em baixo; [...] graças à vossa generosidade, ouvireis esta feliz palavra: «Vinde, benditos de meu Pai; recebei como herança o reino.» “

Temos de praticar a misericórdia não com o medo do castigo de Deus, mas com temor dor ou medo de ofender a Deus que é infinitamente misericordioso e pronto a acolher e perdoar e não a castigar.
Isto de ser misericordioso ao jeito de Jesus é deveras difícil, mas é o que Ele nos pede e ensina!
E se nos embrenharmos um pouco mais no Amor de Jesus por nós, todo perdão, aceitação, compaixão e misericórdia, tornar-se-nos-á muito mais fácil a prática da misericórdia para com os nossos irmãos!
E quando falharmos com a ajuda a dar a quem e ao que de nós necessitar… a dorzinha do coração magoará de verdade, custar-nos-á muito mais do que o esforço de termos praticado o bem. Disso, não tenho dúvidas!

Que o Espírito Santo nos fortaleça e dê a sabedoria capaz para enveredarmos sempre pelos caminhos da misericórdia!

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

DAR POUSADA AOS PEREGRINOS!

Tão actual esta Obra de Misericórdia!
Se sempre foi actual, agora mais do que nunca!
Tantos peregrinos a necessitar de pousada!
Fui criado no meio de um aconchego enorme. De uma família sem recursos mas com um coração do tamanho do mundo! O pouco que havia dava sempre para partilhar com quem batia à porta por alguma razão! E quando alguém precisava fosse do que fosse, meus pais acorriam logo a socorrer, a amparar, a cuidar, a acolher!
Hoje… a minha casa, que sempre esteve aberta aos necessitados que chegavam a comer connosco à mesa, tem os portões trancados para abrir somente a pessoas familiares amigas e conhecidas!!!
Dói-me imenso! Não fui criada assim e nunca fui assim!
O certo é que continuamos de mãos e coração aberto a socorrer quem necessita, mas não é o mesmo de antigamente!
E então… acabo por me horrorizar com muita coisa e antes de mais com alguns programas da TV. Não me cabe na cabeça o galgarem tanta estrada na busca de comportamentos errados para apresentar nas ‘tão apreciadas’ crónicas criminais.
Não tenho nada contra quem procura, quem investiga, quem questiona, quem comenta… pois têm comportamentos e conselhos muito bons… mas a psicologia, e não só, ensinaram-me que se aprende muito mais com o que se vê do que com o que se ouve… e na TV ouve-se… e vê-se… tudo junto!
Toda a gente sabe disto! Ou deve saber! Então… porque não vão ao encontro de tantos bons acontecimentos que existem por aí para mostrar ao grande público de modo a que possa aumentar nas pessoas a vontade de praticar o bem???
É que a prática do bem não faz barulho… é silenciosa… não dá audiências… mas é mais que urgente que a prática do bem seja divulgada!
As crónicas criminais implicam muito pouca gente e o que se escuta por causa delas é que ‘o mundo está cheio de… e de… e de…’ quando não é verdade!
Meia dúzia de malcomportados fazem um ruído enorme… enquanto que tantos e tantas pessoas que praticam tão boas acções nem sequer são faladas, ainda que no anonimato!
Aprendamos a deixar de olhar só para o que está mal e a ver  e olhar em primeiro lugar para tudo o que for bom e positivo!
Se nesta Quaresma conseguíssemos, pelo menos alguns de nós, treinar esta atitude… esta maneira de ser… como o mundo ficaria diferente!
Pensar positivo é atrair positividade! É uma boa forma de ‘dar pousada aos peregrinos,’ a tantos homens e tantas mulheres que necessitam de palavras e atitudes de incentivo para tomarem as melhores decisões para eles e elas próprias e para todos nós!
Como queria voltar a ter escancarados a toda a gente os meus portões e as portas da minha casa!!!... Que por mim… até tinha mesmo… ou continuava a ter como sempre tive… eu sempre confiei e continuo a confiar muito nas pessoas… mas…

Que Deus nos ajude… que bem precisamos!  

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

VESTIR OS NUS!

Pois! Vestir os nus! Mas… isto de vestir os nus… tem muito que se lhe diga!
Vestir os corpos nus com roupa até acaba por não ser muito difícil. Se os corpos nus não forem muito exigentes! Claro que… se se puserem a escolher a roupa acabará por ser mesmo uma grande maçada e uma carga de trabalhos!
Mas normalmente isso acontece pouco, ou nada mesmo! Quem necessita de roupa a sério raramente escolhe!
Agora… vestir os nus é dar aos nus do que é nosso, do que se tem! Se vestimos a nossa roupa a outro ou outra ficamos mesmo sem ela! Não há nada a fazer! Antes de mais este comportamento exige desprendimento!
Sim, porque isto de dar o que não nos presta até está certo na medida em que pode servir a outros… mas muitas vezes é preciso mesmo dar do que ainda nos serve muito bem, e até do que gostamos muito! E aí, como ficamos?
Ou somos desprendidos e caridosos e partilhamos… ou continuará a haver gente nua porque não conseguimos desprender-nos dos nossos vestidos!
Isto de vestir os nus… tem algo de realidade mas muito mais de metáfora!
Vestir os nus refere-se antes e acima de tudo a dar-nos a nós mesmos, partilhando o que sabemos, os jeitos que temos, o que sentimos, o que achamos bem ou menos bem… como foi o nosso crescimento… como se vai alterando a nossa forma de ser e de pensar!...
Tantas coisas nos podem servir para vestir os nus! Um aconchegar os sem carinhos, um dar ternura aos tristes e esmorecidos, um sorriso a quem nos olha, uma mão a quem tropeça, uma palavra de incentivo aos desalentados…
Só um grande amor a Jesus no decorrer da vida nos ensinará a amar mais e melhor os irmãos e aos pouquinhos a ir vestindo toda a nudez detectada!
Misericordiosos como o Pai é o slogan deste Ano Extraordinário da Misericórdia!

Que Deus nos ajude a imitar Jesus a cada instante um pouquinho mais!   

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

‘DAR DE BEBER A QUEM TEM SEDE!’

Quando pensamos em sede…  a sede de água, mata o corpo, mas é a menor de todas as sedes, porque as demais sedes matam corpo e alma, fica tudo morto!
As nossas sedes que não implicam água… são muito maiores do que as sedes de água!
Falo assim porque na minha terra a água nunca me faltou, enquanto há sítios em que a água é tão escassa que um pouquinho dela pode mesmo salvar uma vida!
Aliás… criei o hábito de poupar água, poupar muito a água, a pensar nessas torturas que existem em tantas partes do mundo!
Usar de misericórdia é pensar na partilha do que se tem com quem não tem. Até porque tudo quanto existe é puro dom de Deus, e nessa ordem de ideias nada é puramente nosso, mas de todos os que necessitam do que quer que seja para poderem viver!
Esta é a verdadeira base de suporte toda a partilha!
Se os bens que a terra nos oferece fossem bem distribuídos, ninguém passaria necessidade!
Agora… saciemos os sedentos de carinho, de ternura, de palavras de conforto, de aconchego, de amor misericordioso e bom, certos de que também temos todos os nossos momentos de todas essas sedes e gostamos… necessitamos que alguém nos mate essas sedes na hora certa para não desfalecermos na caminhada!
Por falar em caminhada, hoje começa a Quaresma, com a imposição das cinzas!
Tantas aprendizagens que as cinzas nos dão!
A sede de saber também é uma sede que urge saciar!
E quando se trata de saber algo mais acerca de Deus que Jesus nos veio mostrar… quanto mais aprendemos mais conscientes ficamos de que nada ou muito pouco sabemos!
Senhor… que sempre tenhamos quem sacie as nossas inúmeras sedes! Ajuda-nos a não poupar esforços em ajudar a mitigar as sedes de quem nos rodeie!

Que sempre sejas louvado! 

terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

DAR DE COMER A QUEM TEM FOME…

No Ano da Misericórdia… nada como trabalhar mais profundamente as Obras de Misericórdia, divididas em dois grupos, corporais e espirituais!
‘Dar de comer a quem tem fome’ é a primeira obra de misericórdia corporal!
Desde muito cedo interiorizei as Obras de Misericórdia, mas olhava-as em si mesmas, com aquilo que explicitam sem ir mais além!
Ora… se é ‘dar de comer a quem tem fome’ dá-se de comer, partilha-se comida!
Claro que foi o que sempre tentei fazer o melhor que pude. Mas a interiorização mais cuidada do Evangelho trouxe-me imensas fomes que urge saciar!
Fomes de todos os géneros, formas e feitios!
Fome de carinho, de ternura, de aconchego, de presença, de compreensão, de escuta atenta e cuidada, de palavras e gestos encorajadores, de… de… de…
Tantas fomes… muitas vezes difíceis de detectar, e que matam muito mais do que qualquer fome física que toda a gente pode ver a olho nu, pois são fomes geradoras de inúmera infelicidade.
Matar a fome física… muita gente mata! Banco Alimentar, Cáritas, Conferências… há bastantes instituições a cuidar de matar a fome física e acudir às necessidades primárias das pessoas… mas cuidar dos outros tipos de fome… não tem tanta gente assim.
Dar de comer a quem tem fome! Quem tem fome das mais variadas espécies! É isso que temos de aprender e treinar fazer em todos os dias da nossa vida!

Que Deus nos ajude!

sábado, 6 de fevereiro de 2016

SEJAMOS MISERICORDIOSOS!

       Nunca imaginei que este Ano da Misericórdia me ensinasse tanto e legasse tanta vida!
Quando pensamos que fazemos algo bem feito temos que ter sempre presente que há outras formas de melhorar as nossas atitudes!
É este o sonho que comanda a vida! Comanda qualquer vida! Vida que pode ser imensamente simples, mas que com o Senhor dará sempre frutos abundantes!
No Evangelho Quotidiano de hoje encontrei um texto de São Zenão de Verona de quem nunca tinha lido ou ouvido falar, mas que me tocou e encantou por demais!
“Ó caridade, como és boa e rica! Como és poderosa! Não possui nada aquele que não te possui. Tu foste capaz de fazer de Deus um homem. Tu fizeste-O abaixar-Se e afastar-Se durante algum tempo da sua imensa majestade. Tu mantiveste-O prisioneiro durante nove meses no seio da Virgem. Tu curaste Eva em Maria. Tu renovaste Adão em Cristo. Tu preparaste a cruz para a salvação do mundo perdido.
Ó amor, tu, para vestir aquele que está nu, contentas-te em ficar nu. Para ti, a fome é um repasto abundante, se um pobre esfomeado tiver comido do teu pão. A tua fortuna consiste em destinar tudo o que possuis à misericórdia. Só tu não te fazes rogado. Tu socorres os oprimidos sem demora, mesmo a expensas tuas, seja qual for a aflição em que estejam mergulhados. Tu és o olhar dos cegos, o pé dos coxos, o protetor fidelíssimo das viúvas e dos órfãos. Tu amas os teus inimigos, de tal maneira que ninguém consegue discernir a diferença que para ti existe entre eles e os teus amigos.
Tu, ó caridade, unes os mistérios celestes às coisas humanas e os mistérios humanos às coisas celestes. Tu és a guardiã do que é divino. És tu que, no Pai, tudo governas e ordenas; és tu a obediência do Filho; és tu que exultas no Espírito Santo. Porque és uma nas três pessoas, não podes ser dividida. Jorrando da fonte que é o Pai, vertes-te toda inteira no Filho sem te retirares do Pai. Com razão dizemos que «Deus é amor» (1Jo 4,16), porque só tu guias o poder da Trindade.
Caridade é Amor! É o Amor Misericordioso de Deus para connosco! E é o amor que temos de ofertar a quem connosco convive!
Claro que eu não sei dizer o que é o Amor, porque o Amor não se diz, sente-se e vive-se nos momentos de cada dia!
Mas viver o Amor… o Verdadeiro Amor que Deus quer que vivamos, exige muita ajuda de Deus e muito treino da nossa parte, porque o Amor aprende-se amando!
E mesmo amando com a maior força que tenhamos, nunca saberemos a força do verdadeiro Amor que é Deus Pai com o Filho Jesus no Espírito Santo, AMOR entre o Pai e o Filho, e pelo Filho o AMOR entre o Filho e nós, e entre nós, os homens e mulheres que vão seguindo os mais ou menos tortuosos caminhos da vida.
Quantas mais aprendizagens me poderás ofertar, Senhor! Aprendizagens sempre acompanhadas de sentimentos tão maravilhosos que são de todo indescritíveis!

Que sempre sejas louvado! 

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

A IGREJA… SOMOS NÓS!

A Igreja… somos nós!
Nós, baptizados em Jesus Cristo, somos Igreja com Jesus Cristo e com todos os baptizados a Ele unidos!
Claro que é uma realidade que não conseguimos palpar para fisicamente sentir como isso é… mas vemo-la com os olhos da fé sentindo-a com o bater forte e ardoroso do coração!
Quando penso que vou todos ou quase todos os dias à Missa/Eucaristia… se me pergunto porquê… não sei responder-me! Não sei responder nem a mim… nem a ninguém!
É uma necessidade! Mas uma necessidade tal que me é tremendamente difícil passar sem gozar logo pela manhã esse pouquinho de céu!
Não sei explicar o que sinto naquele pequeno recanto do mundo! Na simplicidade da gente do campo e pouco mais… com um Padre sem jeito para grandes homilias… ou melhor dizendo, que nas missas feriais não faz qualquer homilia!
Quando tenho a ventura de estar bem atenta às leituras e as não compreendo muito bem… procuro explicação na Missa das Onze na Canção Nova… na Liturgia Diária… e outras vezes fico mesmo na dúvida à espera que se faça luz.
Vamos à Missa rezar – dir-me-ão! Mas eu não sei muito bem se vou à Missa para rezar, até porque eu sabia rezar… ou pensava que sabia… e agora até penso mesmo que não sei!
Ando a aprender! E tenho muito que aprender!
Muito que aprender para saber rezar e ser Igreja como convém!

Que Deus seja louvado!

terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

OS LEIGOS… E O SEU PAPEL NA IGREJA


Mais do que nunca… em ‘Ano de Misericórdia’… este é um tema muito actual…
Mas se olharmos um pouco o passado veremos que a valorização da acção laical já vem de muito longe. Aliás, nos primórdios da Igreja, os Leigos estavam presentes ao lado dos Apóstolos e Diáconos, formando uma sociedade harmoniosa onde todos se aceitavam e compreendiam entre si cada qual com os seus deveres e capacidades ao serviço uns dos outros e de toda a sociedade envolvente que desejavam cativar para a vivencia do Amor de Deus em Jesus Cristo!
Os tempos foram passando com muitas mudanças de comportamento e alguma desvalorização da actividade dos Leigos na Igreja, situação revista, reabilitada e incentivada no pós Vaticano II!
Há documentos que atestam o enorme valor dos Leigos na Igreja, mas a maior parte das pessoas nem sequer os conhece!
E continuamos a pensar que a Igreja é dos Bispos, Padres, Freiras e Frades, e actualmente também os Diáconos… sem nos apercebermos e interiorizarmos que a Igreja são todos os Baptizados unidos a Cristo e por Cristo unidos entre si como os órgãos de um corpo que, embora diferentes, são todos necessários para o bom funcionamento desse mesmo corpo!
Hoje… ao visitar o Evangelho Quotidiano dei com um pequeno estrato do Evangelii Nuntiandi do Beato Paulo VI que diz assim:
Os leigos, que a sua vocação específica coloca no coração do mundo e à frente das mais variadas tarefas materiais, devem exercer por isso mesmo uma forma especial de evangelização. A sua primeira e mais directa tarefa não é a instituição e o desenvolvimento da comunidade eclesial - esse é o papel específico dos pastores -, mas é accionar todas as possibilidades cristãs e evangélicas escondidas, mas já presentes e activas, nas coisas do mundo. O campo concreto da sua actividade evangelizadora é o vasto e complicado mundo da política, do social, da economia, mas também da cultura, das ciências e das artes, da vida internacional, dos «mass media», assim como algumas outras realidades abertas à evangelização, como o amor, a família, a educação das crianças e dos adolescentes, o trabalho profissional, o sofrimento.
Quanto mais houver leigos impregnados do Evangelho que sejam responsáveis por estas realidades e claramente comprometidos nelas, competentes para as promoverem e conscientes de que têm de desenvolver a sua plena capacidade cristã, tantas vezes enterrada e asfixiada, tanto mais estas realidades se encontrarão ao serviço da edificação do Reino de Deus e, portanto, da salvação em Jesus Cristo, sem nada perderem ou sacrificarem do seu coeficiente humano, mas manifestando uma dimensão transcendente muitas vezes desconhecida.
 Muito explícito este pequeno texto! Texto que nos diz muito, muito mesmo!...
Tantas coisas que os Leigos podem e devem fazer… tantas!...
Pelo Baptismo cada um de nós fica a ter na Igreja de que é parte integrante a missão de mestre (para ensinar mais com atitudes do que com palavras), de sacerdote (para interceder junto de Deus pelos homens e encaminhar os homens para Deus), e de rei (para amar ao jeito de Deus da forma que Jesus tão bem nos exemplificou!
Que neste Ano de Misericórdia sejamos bafejados pela força e sabedoria do Espírito Santo de Deus para que consigamos levar a cabo tudo quanto Deus quer que façamos!

Que Deus seja louvado!