De
entre todas as palavras que devemos ter sempre presentes ao longo da nossa vida
está a palavra adeus!
Numa
das suas homilias o Santo Padre recorda que “Jesus diz adeus para ir ao encontro do Pai e enviar o Espírito
Santo, e São Paulo se despede antes de ir a Jerusalém e chora com os anciãos de
Éfeso.” “Jesus se despede, Paulo se despede e isso nos ajudará a refletir sobre
nossas despedidas”. Na nossa vida, “existem tantas despedidas”, pequenas e
grandes, e há também “tanto sofrimento e lágrimas”. “Existem pequenas e grandes
despedidas na vida, como a "despedida da mãe, que saúda, dá um último
abraço ao filho que parte para a guerra; e todos os dias se levanta com medo de
que alguém lhe diga: ‘agradecemos muito pela generosidade de seu filho, que deu
a vida pela pátria’”. E há também a “última despedida que todos nós devemos
fazer, quando o Senhor nos chama para o outro lado. Eu penso nisto”.
“Estas grandes despedidas da vida, “inclusive a última, não são as
despedidas como ‘até logo’, ‘até breve’, que são as despedidas que indicam um
regresso imediato ou depois de uma semana: são despedidas que não se sabe
quando e como voltarei”.
“Eu penso na grande despedida, na minha grande despedida, não
quando digo, 'até depois', 'até mais tarde', 'até breve', mas 'adeus'”.
“Paulo confia a Deus os seus companheiros e Jesus confia ao Pai os
seus discípulos, que permanecem no mundo.” “Confiar ao Pai, confiar a Deus:
esta é a origem da palavra 'adeus'”.
“Com estes dois ícones -o de Paulo chorando ajoelhado na praia, e
Jesus triste, porque ia para a Paixão, chorando no seu coração- “podemos pensar
na nossa despedida. Vai nos fazer bem. Quem será a pessoa que vai fechar os
meus olhos? O que eu deixo?”.
Nestas passagens, tanto Jesus quanto Paulo fazem uma espécie de
exame de consciência. “Nos faz bem nos imaginarmos naquele momento. Quando
será, não sabemos, mas haverá o momento no qual 'até depois', 'até breve', 'até
amanhã', 'até mais' vai se tornar 'adeus'”. “Estou preparado para confiar a
Deus todos os meus entes queridos? Para confiar-me a Deus? Para dizer aquela
palavra que é a palavra da entrega do filho ao Pai?".
“Aconselho todos a lerem as leituras sobre a despedida de Jesus e
de Paulo e a “pensar que um dia” também nós deveremos dizer a palavra “adeus”:
“A Deus confio a minha alma; a Deus confio a minha história; a Deus confio os
meus entes queridos; a Deus confio tudo”. “Que Jesus morto e ressuscitado envie-nos
o Espírito Santo, para que aprendamos a palavra, aprendamos a dizê-la,
existencialmente, com toda a força: a última palavra, adeus”.
Gostei
tanto desta homilia do Papa! Gostei demais!
E
mais palavras para quê?
Vale
bem a pena meditar profundamente nela!
Que
Deus nos ajude!