terça-feira, 5 de maio de 2015

A VERDADEIRA VIDEIRA



A verdadeira videira de que fala o Evangelho é Jesus, com um enormíssimo coração, maior que o mundo, tão grande que n'Ele cabe todo o mundo e todas as coisas!
A passagem do Evangelho do passado domingo mexe sempre comigo até ao mais fundo de mim! Hoje vou retirar parte do comentário do Pe António Riviero que me chegou através de Zenit.
Jesus Cristo é a videira ou cepa e nós os ramos! E tal como Ele disse, e sem Jesus nada poderemos fazer!
Será que compreendemos isto?
Nós... colonos da vinha mística, que é a Igreja, ramos vivos da Videira imortal, que é Cristo? Nós, por cujos vasos peneirados e libertados corre a seiva divina, que arrasta em emulsão a graça sobrenatural, que é a vida de Deus?
Será que somos ramos unidos ou desprendidos da Videira-Cristo? Os ramos unidos a essa Videira-Cristo, darão muito fruto. Foi no dia do nosso batismo quando os nossos ramos se uniram a essa Videira-Cristo. Desde esse dia começou a fluir em todo o nosso organismo a seiva divina, a vida de Deus, com os nutrientes da fé, da esperança e da caridade. O nosso ramo necessita mais seiva, isto é, vida divina, para crescer, desenvolver-se e obter os caules, os galhos, as folhas e os frutos esperados. Esta seiva vem injetada em nós na participação dos sacramentos, sobretudo na Eucaristia. Que frutos? Frutos na vida pessoal são as virtudes. Frutos na vida familiar: união, diálogo, respeito, fidelidade, educação dos filhos. Frutos na vida profissional: honestidade, retidão, responsabilidade. Frutos na vida pastoral: interesse pelas pessoas, abertura aos diversos grupos, movimentos e carismas, colaboração mútua, compromisso com a evangelização. Mas os ramos desprendidos dessa Videira-Cristo morrerão. O ramo se desprende da Videira- Cristo quando peca. O que acontece? O pecado mortal impede totalmente a irrigação sobrenatural e nos converte num galho seco e estéril. E para que serve um galho seco senão para ser jogado no fogo da inutilidade? As faltas veniais, as imperfeições e mediocridades constantes são como uma arteriosclerose que endurece pouco a pouco o nosso coração por falta de irrigação, pois as artérias da alma se tornam rígidas e grossas, dificultando a circulação sanguínea da vida divina.
Finalmente, tem que ficar bem claro que os ramos mais frutíferos serão podados para darem mais fruto ainda. É um paradoxo que não podemos entender. Deus às vezes o quer e permite. É interessante repassar a vida dos santos: quanto mais santos, mais podas e provas tinham: físicas, morais e espirituais. Deus os podava para que dessem mais fruto. Provou santa Teresa de Jesus e são João da Cruz, e como os provou. Provou e podou santa Teresinha de Lisieux. Provou e podou são João Bosco. Provou e podou o santo padre Pio de Pietrelcina. Provou e podou são João Paulo II. Graças a essa poda, caem de nós os galhos inúteis, os empecilhos que dificultavam a passagem triunfal da seiva de Cristo, as folhas secas da nossa vontade própria, dos nossos desejos vácuos, infantis e caprichosos. Diante das podas, paciência. E olhar para Cristo que foi podado até o final da sua vida: bofeteado, pisoteado, feito um verme por nós na cruz. E no final deu o fruto dos frutos: a salvação eterna da humanidade e a reconciliação com o seu Pai celestial.
Estou unido a Cristo- Videira na oração, na Eucaristia? Quais pâmpanos está dando o meu ramo? Quanto tive a desgraça de me desprender dessa Videira, corri para a Confissão onde sempre receberei de novo a irrigação da vida divina perdida pelo pecado? Deixo-me podar por Deus para que o meu ramo produza o melhor fruto ou me rebelo? Ofereço aos meus irmãos os frutos dos meus ramos?
Senhor, apertai o meu ramo com a vossa Videira para que cada dia a vossa vida divina invada todo o meu ser. Senhor, mandai a vossa chuva do céu para que sempre esteja verde o meu ramo e cresça. Senhor, não tenhais medo da poda, porque assim me desprenderás de todas as gavinhas inúteis.”
Tão bela esta meditação! Não podia deixar de partilhar!...
Senhor, ajuda-nos a ter sempre bem presente a Tua Palavra, e a sermos sempre ramos bem unidos a Ti, bem verdes e fortes, para podermos produzir os frutos que tanto queremos e Tu desejas, amém!
2015/05/05

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