DOMINGO
MARAVILHOSO
Maravilhosos…
todos os Domingos são! Mas uns mais do que outros!
Depois
de um sábado bem recheado de encontros, amizades, oração comunitária prolongada
pela noite dentro, surge o primeiro Domingo da Quaresma.
Se
me custa por demais passar um dia sem participar na Eucaristia, num Domingo nem
dá para imaginar,
Claro
que, mesmo com poucas horas de sono, queria participar na Eucaristia habitual
ao domingo numa paróquia próxima, onde se realiza mais cedo e me dá tempo para preparar
o habitual almoço familiar tão importante
para a unidade de todos nós!
Ao
entrar na igreja reparei na falta dos verdes habituais colocados nos sítios das
flores, nos paninhos roxos pendurados no crucifixo, colocados frente ao altar
com um belo ranco de árvore sem folhas, do lado direito uma árvore douradinha
com frutos vermelhos pendurados.
Em
cada fruto havia duas ou três pintinhas brancas e o nome de um pecado capital:
soberba, avareza, luxúria, ira, gula, inveja, preguiça! Ao lado, uma belíssima
cruz de tábuas finas e elegantemente trabalhadas.
Começa
a Eucaristia com uns cânticos que pareciam “celestiais”.
Quando
começou a Homilia, foi o maior encanto.
As
Leituras não são reais… mas doutrinais.
A
primeira, do livro do Génesis, apresentava a beleza do Jardim do Éden e a queda
de Adão e Eva depois da atenção dada à ardilosa serpente que os levou a comer o
fruto da árvore do bem e do mal que lhes tinha sido proibido comer… depois do que,
imediatamente, se lhes abriram os olhos de tal modo que se sentiram despidos e tentaram
cobrir-se minimamente de folhas de figueira entrelaçadas umas nas outras.
E
foi a partir dai que a morte entrou no mundo. A morte/pecado, pois o pecado é a
única morte do homem, morte que o afasta da vida eterna com Deus, razão da sua existência.
E
surge de seguida, no Evangelho, a narração das tentações de Jesus que, ao
contrário da Eva e do Adão, resistiu às três tentações sempre com frases extraídas
da Palavra de Deus:
“Está escrito: Não só de pão vive o homem, mas
de toda a Palavra que sai da boda de Deus!”
“Também
está escrito: Não tentarás o Senhor teu Deus!”
“Vai-te
Satanás, porque está escrito: ‘Adorarás o Senhor teu Deus e só a Ele prestarás
culto’!”
Ouvir
isto, muito bem explicado, com gestos e expressões que falavam mais que as próprias
palavras, levava a olhar a pequena árvore ali colocada com os lindos frutos
vermelhinhos, ao lado da Cruz, frutos/pecados a que temos de renunciar, de resistir,
de dizer não como Jesus disse às tentações que sofreu.
Pecados
que, uma vez consumados, se não confessados e perdoados pelos Sacerdotes no
Sacramento da Penitência, Confissão, Reconciliação, nos levam à verdadeira
morte, à perdição eterna.
Porque…
o que chamamos morte… é morte física… morte
corporal… do corpo… mas é o nascimento para a eternidade feliz onde Deus nos
quer e que Jesus nos conquistou morrendo por nós, horrivelmente, naquela Cruz!
Jesus
morreu por nós na Árvore da Cruz, a mais bela de todas as Árvores!
No
meio do Jardim do Éden, havia duas árvores, a árvore da Vida, e a árvore do conhecimento
do bem e do mal, ou seja, árvore da morte.
Conhecimento
exato do bem ou do mal não é pertença do homem, mas de Deus, pois só Deus pode
julgar o homem tal qual como o homem é!
Obrigada
Jesus, por tantas vivências profundas num só dia!
Hermínia
Nadais