segunda-feira, 27 de fevereiro de 2023

DOMINGO MARAVILHOSO

 




DOMINGO MARAVILHOSO

Maravilhosos… todos os Domingos são! Mas uns mais do que outros!

Depois de um sábado bem recheado de encontros, amizades, oração comunitária prolongada pela noite dentro, surge o primeiro Domingo da Quaresma.

Se me custa por demais passar um dia sem participar na Eucaristia, num Domingo nem dá para imaginar,

Claro que, mesmo com poucas horas de sono, queria participar na Eucaristia habitual ao domingo numa paróquia próxima, onde se realiza mais cedo e me dá tempo para preparar o  habitual almoço familiar tão importante para a unidade de todos nós!

Ao entrar na igreja reparei na falta dos verdes habituais colocados nos sítios das flores, nos paninhos roxos pendurados no crucifixo, colocados frente ao altar com um belo ranco de árvore sem folhas, do lado direito uma árvore douradinha com frutos vermelhos pendurados.

Em cada fruto havia duas ou três pintinhas brancas e o nome de um pecado capital: soberba, avareza, luxúria, ira, gula, inveja, preguiça! Ao lado, uma belíssima cruz de tábuas finas e elegantemente trabalhadas.

Começa a Eucaristia com uns cânticos que pareciam “celestiais”.

Quando começou a Homilia, foi o maior encanto.

As Leituras não são reais… mas doutrinais.

A primeira, do livro do Génesis, apresentava a beleza do Jardim do Éden e a queda de Adão e Eva depois da atenção dada à ardilosa serpente que os levou a comer o fruto da árvore do bem e do mal que lhes tinha sido proibido comer… depois do que, imediatamente, se lhes abriram os olhos de tal modo que se sentiram despidos e tentaram cobrir-se minimamente de folhas de figueira entrelaçadas umas nas outras.

E foi a partir dai que a morte entrou no mundo. A morte/pecado, pois o pecado é a única morte do homem, morte que o afasta da vida eterna com Deus, razão da sua existência.

E surge de seguida, no Evangelho, a narração das tentações de Jesus que, ao contrário da Eva e do Adão, resistiu às três tentações sempre com frases extraídas da Palavra de Deus:

 “Está escrito: Não só de pão vive o homem, mas de toda a Palavra que sai da boda de Deus!”

“Também está escrito: Não tentarás o Senhor teu Deus!”

“Vai-te Satanás, porque está escrito: ‘Adorarás o Senhor teu Deus e só a Ele prestarás culto’!”

Ouvir isto, muito bem explicado, com gestos e expressões que falavam mais que as próprias palavras, levava a olhar a pequena árvore ali colocada com os lindos frutos vermelhinhos, ao lado da Cruz, frutos/pecados a que temos de renunciar, de resistir, de dizer não como Jesus disse às tentações que sofreu.

Pecados que, uma vez consumados, se não confessados e perdoados pelos Sacerdotes no Sacramento da Penitência, Confissão, Reconciliação, nos levam à verdadeira morte, à perdição eterna.

Porque… o que chamamos morte…  é morte física… morte corporal… do corpo… mas é o nascimento para a eternidade feliz onde Deus nos quer e que Jesus nos conquistou morrendo por nós, horrivelmente, naquela Cruz!

Jesus morreu por nós na Árvore da Cruz, a mais bela de todas as Árvores!

No meio do Jardim do Éden, havia duas árvores, a árvore da Vida, e a árvore do conhecimento do bem e do mal, ou seja, árvore da morte.

Conhecimento exato do bem ou do mal não é pertença do homem, mas de Deus, pois só Deus pode julgar o homem tal qual como o homem é!

Obrigada Jesus, por tantas vivências profundas num só dia!

Hermínia Nadais

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