domingo, 30 de junho de 2013

FAMÍLIA… QUE POR TI, DEUS SEJA LOUVADO!



Quando chega a hora de sair do local e situações em que estamos enraizados no lento e ritmado decorrer dos dias surgem sempre novidades, mais ou menos agradáveis ou até absurdas, razão primordial porque costumo pensar que aproveitar o momento presente é sempre o melhor a fazer! Até porque, mesmo sonhando com tudo de bom, nunca conseguiremos saber nem sequer imaginar o que nos poderá vir a acontecer no segundo seguinte!

A experiência diz que a vida é o desenrolar constante de ações concretas, sonhadas, idealizadas ou acontecidas de improviso! E a diferença entre o comportamento das pessoas, além de ter a ver com os seus próprios genes, raízes e situação ambiental que engloba o meio familiar e o seu espaço circundante, a aprendizagem que as situações experienciais nos proporcionam dependerão sempre das capacidades que cada pessoa tiver no bom ou mau aproveitamento das boas ou más maneiras de agir próprias e alheias, no sentido de tudo aproveitar para o aperfeiçoamento de novas experiências e atitudes!

Temos o péssimo hábito de dizer muitas vezes que tudo se repete, mas é um dos nossos maiores erros! Na vida nada se repete nem nunca haverá duas situações iguais, ainda que as nossas ações nos pareçam de todo monótonas, iguais, rotineiras e repetitivas!...

Hoje, tive sensações agradabilíssimas, encontros cheios de carinho e ternura, satisfação e aconchego… mas ainda assim o Domingo de hoje pareceu-me muito mais pobre do que o habitual!

Faz todo o sentido achar que Jesus Cristo deve estar em primeiríssimo lugar em toda a nossa vida, mas mesmo com todo esses sentir nem sempre isso parece acontecer, pois muitas vezes pelas razões mais descabidas as situações aparecem-nos trocadas!

Ontem, dia de São Pedro e São Paulo, não pude participar na Eucaristia, nem sequer na vespertina de Domingo que não tinha nada a ver com os dois Apóstolos!

Hoje… acreditando na Eucaristia das onze horas… vi-me perante um maravilhoso momento de Palavra, Encontro e Oração, que tocou bem no fundo de modo a alimentar a fome do coração e alma, mas numa Celebração na Ausência ou espera de Presbítero, não sei bem qual é a designação correta! E não tenho mais formas de participar hoje na Eucaristia!

Família… é FAMÍLIA! Não há palavras para definir os encantos e emoções de uma boa vida em família.

Que Deus seja louvado!

sábado, 29 de junho de 2013

DIAS ACALORADOS



Os dias acalorados não são só aqueles em que o sol é escaldante como o do dia de hoje, mas acima de tudo aqueles dias com momentos em que o coração salta do peito porque não consegue conter as emoções!

Esta semana… sem dúvida… foi escaldante… como escaldante está a ser o seu fim, cheio de surpresas e belezas!

A vida tem destas coisas. Acontecimentos belíssimos ao lado de gostos que temos de ultrapassar por razões incontornáveis!

Hoje, dia de São Pedro e São Paulo, os maiores pilares da Igreja Católica que me orgulho confessar, nem sequer tive a possibilidade de ir à Eucaristia matinal onde se celebrariam esses queridos santos!

D. Manuel Clemente recebeu as insígnias e dentro em breve assumirá a missão de Cardeal Patriarca de Lisboa!

Que virá substituir a sua vaga na tão querida Diocese do Porto para se juntar ao belíssimo Elenco Episcopal que possui? Ou será que estará o novo Bispo do Porto dentro desses homens maravilhosos!

Enquanto o canarinho canta, as conversas se sucedem e alguém dorme um soninho descansado… pela minha cabeça inquieta passam montões de ideias que não consigo controlar e o meu coração bate apressado no ânsia de muito boas soluções!  

Que a brisa ligeira me sossegue e espevite a vontade e o Espírito me guie sem cessar por sendas direitas para um eterno louvor do Teu nome, Senhor do Universo!

sexta-feira, 28 de junho de 2013

DE COLORES!





Todos os dias têm 24 horas… mas o facto é que pelo seu normal desenrolar uns são maiores que os outros!

O dia de ontem, para mim, foi muito grande, pois terminou da melhor forma que imaginar se possa! Num local novo para mim, na celebração de um cinquentenário onde os amigos eram inumeráveis e todos imbuídos do mesmo ideal cristão sob as mais maravilhosas palavras e bênçãos sacerdotais e episcopais e com o ardoroso e alegre canto do “De colores”!

Parabéns Ultreia de Gulpilhares! Que os teus dias sejam longos no viver dos teus cursilhistas que tão entusiasticamente te conservam a vida!

Que o Espírito Santo de Deus os cumule de graças para que continues a ser luz para os caminhos das tuas gentes e de todas as gentes da nossa diocese e de todo o mundo!

De Colores!

quinta-feira, 27 de junho de 2013

QUANDO NÃO COMPREENDO… ACEITO!



Num suave deleite pela quase constante meditação na digna e dignificante vida de São João Batista tão cruelmente assassinado por chamar à razão e dizer a verdade, num final de tarde de um dia desta semana fui ao cemitério da minha terra visitar o local onde jazem os meus pais, e não só! E ao decidir prolongar a vida às flores, enquanto enchia o recipiente com que fui buscar a água olhei ao redor: ao largo, montes verdejantes salpicados de casario; bem próximo, os espessos e vicejantes vinhedos enchiam os meus olhos da mais querida cor da esperança!

Por momentos fiquei sem palavras… e sem ação! Depois… pensei em cada uma daquelas videiras que me assombravam o olhar… e recordei as palavras de Jesus dizendo-Se videira da qual cada um de nós é um ramo! De seguida, imaginei o Deus Trindade como a suprema raiz da Videira/Jesus plantada no terreno fofo e cuidado que mais não pode ser do que o Amor supremo do Espírito Santo que nos une a todos!

Podem dizer-me que quem gosta do cemitério gosta de lixo… porque, de facto, no cemitério fica todo o lixo humano que é o corpo das pessoas saídas do pó e ao pó retornadas!… Mas aquele cemitério, com inúmeros restos mortais de tantos ramos dessa inimaginável Videira que é Jesus Cristo… contra tudo quanto se possa dizer de mau acerca dele, pareceu-me, na realidade um enorme “Campo Santo”!

Como poderemos dizer que um corpo humano é lixo… se foi com ele que as pessoas interagiram entre si e foi ele que serviu de suporte à conquista da máxima perfeição possível no sentido de levar a pessoa à elevação do espírito preparando-a para se poder apresentar com um mínimo de dignidade à presença de Deus na hora da morte?

O corpo humano é constantemente trabalhado pelo Espírito Santo de Deus que não descuida nenhum ser humano um momento que seja, pois como AMOR infinito que é quer que todo o homem seja verdadeiramente amado e ame verdadeiramente para ser minimamente feliz!

Quando o SER HUMANO se eleva, é o seu corpo que o ajuda a elevar-se; quando o SER HUMANO se dá ao irmão, é o seu corpo que se entrega ao irmão, é com o seu corpo que ajuda e presta todos os cuidados ao irmão; quando o SER HUMANO se sacrifica, é o seu corpo que está presente no sacrifício; para que o espírito humano cresça o HOMEM tem que calar os gritos desordenados do corpo!...

Não! O corpo humano não pode ser considerado lixo, muito pelo contrário, tem de ser respeitado e dignificado, na vida e depois da morte!

Senhor Jesus, o Teu Corpo Místico é videira e ramos! Mas é difícil compreender os Teus sagrados mistérios! Os Teus mistérios não se compreendem, aceitam-se! Ajuda cada ser humano a compreender-se e aceitar-se a si mesmo, a amar e doar-se sem peso nem medida, a ser desprendido do mundo ao Teu jeito e ao jeito de João Batista!

Senhor, que o Teu Santo Espírito nos fortaleça os corpos para que com a Tua ajuda, na unicidade corpo/espírito cada um ou uma de nós possa vir a ser, minimamente, tudo quanto sonhaste! Amém!

quarta-feira, 26 de junho de 2013

QUE ELE (JESUS) CRESÇA E EU ME DIMINUA…



Nestes dias depois da solenidade do seu nascimento, não posso deixar de pensar em João Batista.


Hoje, debrucei-me mais uma vez sobre o comentário feito ao Evangelho do dia 24 extraído de São Máximo de Turim, Bispo no ano de 420, que diz assim:



«Ele é que deve crescer, e eu diminuir»

Com razão pode João Baptista dizer de Nosso Senhor: «Ele é que deve crescer, e eu diminuir» (Jo 3,30), porque ainda hoje tem lugar o que essa afirmação nos diz; com efeito, os dias começam a crescer quando nasce o nosso Salvador, e a diminuir quando João nasce […], quer dizer, é evidente que o dia fica mais comprido logo que nos nasce o Salvador, e mais pequeno quando nasce o último dos profetas, pois está escrito: «A Lei e os Profetas subsistiram até João» (Lc 16,16). Era pois inevitável que a observância da Lei mergulhasse nas trevas no momento em que começasse a brilhar a graça do Evangelho, e que às profecias do Antigo Testamento se sucedesse a glória do Novo. […]

Diz ainda o Evangelista a propósito do Senhor, Jesus Cristo, que «era a Luz verdadeira que […] a todo o homem ilumina» (Jo 1,9). […] Foi no preciso momento em que a duração da noite ultrapassava a do dia que, de repente, a vinda do Senhor projectou todo o seu esplendor; e se o seu nascimento afastou dos homens as trevas do pecado, a sua vinda pôs fim à noite e trouxe-lhes a luz do dia claro. […]

De João, o Senhor diz que é uma lâmpada: «João era uma lâmpada ardente e luminosa» (Jo 5,35). Ora, a luz da lâmpada empalidece assim que brilham os primeiros raios do sol; a sua chama perde força, vencida pelo esplendor duma luz muito mais radiosa, e qual será o homem sensato que quererá servir-se duma lâmpada em sol aberto? […] Quem estará disposto a receber o baptismo de arrependimento de João (Mc 1,4), quando o de Jesus lhe traz a salvação?



Este pequeno texto de meditação é muito mais do que um livro! Não tèm medida os ensinamentos que nos traz! Como cristãos convictos, será que somos convincentes? Será que vemos os santos como uma lâmpada a receber a luz do Sol Jesus Cristo, ou confundimos Jesus Cristo com os Seus santos? Será que somos também pequeninas lâmpadas a irradiar a Luz de Cristo, ou somos apenas carvões sem luz? Será que conseguimos ver Jesus Cristo no irmão que está ao nosso lado? Será que teremos a coragem de dizer em relação aos irmãos que connosco convivem o mesmo que São João batista disse de Jesus, ‘é preciso que ele cresça e eu diminua’, ou, irreverente e egoisticamente queremos ser sempre os melhores de todos, esquecidos de que todos temos muitos defeitos ao lado de algumas qualidades?

No Evangelho de hoje Jesus diz: “Eu sou a verdadeira vide!” Uma vide tem ramos! Nós, cristãos, somos os ramos da verdadeira vide que é Jesus Cristo! Será que cada um de nós faz tudo quanto pode para se conservar ligado à ‘Vide Verdadeira’ e ser pelo menos um pouquinho de exemplo vivo para que os que connosco convivem se liguem à ‘Verdadeira Vide’ também?

Que o Espírito Santo, que tão bem orientou e foi seguido por São João Batista nos ajude a sermos todos um só com Jesus Cristo, para maior glória de Deus e felicidade verdadeira de todos os homens!