quinta-feira, 20 de junho de 2013
AMARGOS OU DOCES!...
Sabemos que somos uma árvore que dá frutos
provindos dos genes dos nossos pais, do que na realidade somos e do meio
ambiente que nos acolheu e que, impreterivelmente, nos marcou a vida e
continuará a marcar até que a nossa caminhada terrena acabe, pois o que o berço
dá deixa sempre um rasto tão forte que só a tumba o poderá tirar por completo!
Eu não estou a falar de cor, mas a aproveitar as minhas preocupações e
dificuldades de momento e a rever a minha experiência pessoal que está a ser bastante
difícil.
Como todas as pessoas, nasci com defeitos
e qualidades, ou seja, com tendência natural a boas e más atitudes. E como é óbvio, sempre no meio de um sólido ambiente
de Fé em Jesus Cristo a luta por vencer o mal com o bem foi uma constante desde
que me lembro gente! Neste contexto, tive épocas menos boas que foram superadas
e onde consegui avanços consideráveis na vivência de boas atitudes, calma,
concentração, paciência, aceitação, escuta, preocupação, entrega, solicitude… numa
vida de sacramentos e oração mais ou menos profunda e com inúmeras atitudes
razoáveis que o Espírito Santo me tem levado a viver! Mas… a provação… que
sempre me tem acompanhado como é natural, tornou-se bem mais forte… com perdas
irreparáveis que causaram ventos desconfortáveis e imprevistas tempestades sofríveis
e doentias por demais… o que me descontrolou tanto o comportamento que me senti
com a minha idade natural mas com vinte anos de recuo no tempo, ao ponto de me
clamar a mim mesmo irreconhecível e a não querer viver mais assim!
E então passei a questionar-me frequentemente
para onde foram as minhas maravilhosas conquistas, a minha afabilidade e calma,
a minha sensatez, a minha flexibilidade perante os desacertos ambientais, o meu
amor à oração… e não sei que mais!!!...
Para fugir às dificuldades devido à
insegurança do futuro que o Espírito Santo conduz onde nunca saberemos, existe
muitas vezes a tentação de voltar para trás, mas eu não quero voltar para trás
mesmo desconhecendo o que virá para a frente! Também não quero ser adolescente
imaturo às apalpadelas sem saber muito bem o que deverei fazer… mas é um pouco
assim que me sinto! Estou numa tremenda encruzilhada sem saber muito bem por
onde seguir!
Não sinto mais as doçuras dos meus
frutos… há bastantes momentos em que não me reconheço e me procuro sem saber
muito bem aonde estou!
Talvez… a minha caminhada esteja
assente num progressismo errado como disse o papa Francisco cujas palavras passo a referir:
‘No
fim, isso não é um verdadeiro progressismo. É um progressismo adolescente: como
os adolescentes que querem ter tudo, com entusiasmo, e no final? Tropeçam... É
como a estrada quando está congelada e o carro desliza e sai da pista... É
outra tentação deste momento! Nós, neste momento da história da Igreja, não
podemos voltar atrás nem sair da estrada!
O
caminho, é o da liberdade no Espírito Santo, que nos torna livres; do contínuo
discernimento sobre a vontade de Deus para seguir em frente neste caminho, sem
ter que voltar para trás e sem sair da estrada". Peçamos ao Senhor "a
graça que o Espírito Santo nos dá para seguir adiante".’
Que frutos terá dado… e continuará a
dar a pequenina árvore que eu sou? Frutos amargos… ou doces?
Que o Espírito Santo me ajude a
discernir o que devo e a reencontrar o que julgo ser o meu verdadeiro caminho,
é o que peço para mim e para toda a gente!
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