Mesmo sem saber muito bem o que é a
vida, o que é falar com a vida? E como se poderá falar convenientemente com a
vida?…
Com todos os entraves que tenho tido
em mim e encontrado na caminhada… na tentativa de imitar um poucochinho que
seja do exemplo do Mestre Jesus Cristo, arrisco a procurar constantemente
aprender a viver mais e melhor!
Ontem encontrei este comentário ao
Evangelho Quotidiano extraído do Concílio Vaticano II na sua Constituição sobre
a Igreja, «Lumen gentium», que passo a descrever:
“«Proclamai que está próximo o Reino
dos Céus»
Cristo,
o grande profeta, que pelo testemunho da vida e a força da palavra proclamou o
reino do Pai, realiza a sua missão profética até à total revelação da glória,
não só por meio da hierarquia, que em seu nome e com a sua autoridade ensina,
mas também por meio dos leigos; para isso os constituiu testemunhas, e lhes
concedeu o sentido da fé e o dom da palavra (cf Act 2,17-18; Apoc 19,10), a fim
de que a força do Evangelho resplandeça na vida quotidiana, familiar e social.
Os leigos mostrar-se-ão filhos da promessa se, firmes na fé e na esperança,
aproveitarem bem o tempo presente (cf Ef 5,16; Col 4,5) e com paciência
esperarem a glória futura (cf Rom 8,25). [...] Este modo de evangelizar,
proclamando a mensagem de Cristo com o testemunho da vida e com a palavra,
adquire um certo carácter específico e uma particular eficácia por se realizar
nas condições ordinárias da vida no mundo.
Nesta obra, desempenha grande papel aquele estado de vida que é santificado por
um sacramento próprio: a vida matrimonial e familiar. Aí se encontra um
exercício e uma admirável escola de apostolado dos leigos, se a religião
penetrar toda a vida e a transformar cada vez mais. Aí encontram os esposos a
sua vocação própria, de serem um para o outro e para os filhos as testemunhas
da fé e do amor de Cristo. A família cristã proclama em alta voz as virtudes
presentes do Reino de Deus e a esperança na vida bem-aventurada. E deste modo,
pelo exemplo e pelo testemunho, argui o mundo do pecado e ilumina aqueles que
buscam a verdade.
Por isso, ainda mesmo quando ocupados com os cuidados temporais, podem e devem
os leigos exercer valiosa acção para a evangelização do mundo.”
Perante toda esta tão pertinente descrição,
que andarei eu a fazer? Que andaremos a fazer todos nós, os que nos dizemos católicos,
que pensamos meditar a Palavra de Deus e até frequentamos as igrejas e nos
acercamos dos Sacramentos?
Eu não sei muito bem! Mas as igrejas
andam vazias… a enorme maioria da juventude afasta-se da Igreja logo após feita
a iniciação cristã… os Movimentos Laicais estão a passar por grandes dificuldades
por falta da aderência dos cristãos às suas iniciativas!!!… Sem sombra para
dúvidas… alguma coisa está mal!
Talvez seja ocasião de questionar
por onde anda o AMOR e SOLIDARIEDADE dos primeiros cristãos de quem se dizia – “vede
como eles se amam”!
Talvez… a falta de exemplo vivo do
verdadeiro AMOR de DEUS esteja na génese de todas estas provações!
Que o Espírito Santo (me)nos ajude a
ser o que devemos e não o que nos parece que está bem, porque os olhares de Deus,
muito diferentes dos nossos, são sempre difíceis de ver com toda a clareza e de
acatar com toda a fé e confiança!
“Que o Amor seja amado!” (Santa Teresa)
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