quarta-feira, 12 de junho de 2013

FALAR COM A VIDA



Mesmo sem saber muito bem o que é a vida, o que é falar com a vida? E como se poderá falar convenientemente com a vida?…

Com todos os entraves que tenho tido em mim e encontrado na caminhada… na tentativa de imitar um poucochinho que seja do exemplo do Mestre Jesus Cristo, arrisco a procurar constantemente aprender a viver mais e melhor!

Ontem encontrei este comentário ao Evangelho Quotidiano extraído do Concílio Vaticano II na sua Constituição sobre a Igreja, «Lumen gentium», que passo a descrever:

“«Proclamai que está próximo o Reino dos Céus»



Cristo, o grande profeta, que pelo testemunho da vida e a força da palavra proclamou o reino do Pai, realiza a sua missão profética até à total revelação da glória, não só por meio da hierarquia, que em seu nome e com a sua autoridade ensina, mas também por meio dos leigos; para isso os constituiu testemunhas, e lhes concedeu o sentido da fé e o dom da palavra (cf Act 2,17-18; Apoc 19,10), a fim de que a força do Evangelho resplandeça na vida quotidiana, familiar e social. Os leigos mostrar-se-ão filhos da promessa se, firmes na fé e na esperança, aproveitarem bem o tempo presente (cf Ef 5,16; Col 4,5) e com paciência esperarem a glória futura (cf Rom 8,25). [...] Este modo de evangelizar, proclamando a mensagem de Cristo com o testemunho da vida e com a palavra, adquire um certo carácter específico e uma particular eficácia por se realizar nas condições ordinárias da vida no mundo.
Nesta obra, desempenha grande papel aquele estado de vida que é santificado por um sacramento próprio: a vida matrimonial e familiar. Aí se encontra um exercício e uma admirável escola de apostolado dos leigos, se a religião penetrar toda a vida e a transformar cada vez mais. Aí encontram os esposos a sua vocação própria, de serem um para o outro e para os filhos as testemunhas da fé e do amor de Cristo. A família cristã proclama em alta voz as virtudes presentes do Reino de Deus e a esperança na vida bem-aventurada. E deste modo, pelo exemplo e pelo testemunho, argui o mundo do pecado e ilumina aqueles que buscam a verdade.
Por isso, ainda mesmo quando ocupados com os cuidados temporais, podem e devem os leigos exercer valiosa acção para a evangelização do mundo.”



Perante toda esta tão pertinente descrição, que andarei eu a fazer? Que andaremos a fazer todos nós, os que nos dizemos católicos, que pensamos meditar a Palavra de Deus e até frequentamos as igrejas e nos acercamos dos Sacramentos?

Eu não sei muito bem! Mas as igrejas andam vazias… a enorme maioria da juventude afasta-se da Igreja logo após feita a iniciação cristã… os Movimentos Laicais estão a passar por grandes dificuldades por falta da aderência dos cristãos às suas iniciativas!!!… Sem sombra para dúvidas… alguma coisa está mal!

Talvez seja ocasião de questionar por onde anda o AMOR e SOLIDARIEDADE dos primeiros cristãos de quem se dizia – “vede como eles se amam”!

Talvez… a falta de exemplo vivo do verdadeiro AMOR de DEUS esteja na génese de todas estas provações!

Que o Espírito Santo (me)nos ajude a ser o que devemos e não o que nos parece que está bem, porque os olhares de Deus, muito diferentes dos nossos, são sempre difíceis de ver com toda a clareza e de acatar com toda a fé e confiança!

“Que o Amor seja amado!” (Santa Teresa)

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