sexta-feira, 21 de junho de 2013

AMARGOS!



Oxalá que para quem comigo convive os meus frutos pareçam mais doces, pois tenho sentido por demais a amargura dos meus frutos!...

Para onde desapareceu a minha boa disposição e alegria e a paz que eu sentia perante as dificuldades?!

Neste preciso momento, não são precisas dificuldades para que eu sinta amargura, pois tudo tem sabor amargo até as coisas cheias da maior doçura!

Não é possível, durante muito tempo, a ninguém, poder viver assim!

Que saudades tenho de tudo e de mim! Do tempo das amarguras adoçadas, das doçuras partilhadas, da necessidade do encontro, do ouvir a própria voz e de saber escutar e aproveitar plenamente a voz calorosa e aconchegante do silêncio!...

Que saudades do tempo curto e bem aproveitado, das tarefas feitas a correr entre sorrisos e leveza de gestos, das palavras entrecortadas rapidamente por pensamentos secretos e positivos, dos desejos de tirar do nada tudo quanto pudesse ser proveitoso para toda a gente! Que saudades!!!...

Faz tempo que me não reconheço!

De nada vale chorar a saudade que não passará de recordações…de nada vale querer as coisas do avesso quando não há volta nem poder de decisões… de nada vale agarrar-se a um passado que já não nos pertence porque está morto e enterrado… de nada vale recear um futuro que pode mesmo não vir ser nosso e por todas estas descontroladas razões deixar de viver intensamente o presente cheio de emoções nos segundos que nos são dados e pelos que somos realmente responsáveis!

Até quando continuarei a sofrer tantas agruras de não conseguir superar as inúmeras lembranças de torturas?!...

Não sei! Mas têm que acabar antes que me acabem a mim!

E nesta ânsia de vida continuarei a lutar, desmedidamente, assim… para que toda a minha maneira de estar e ser, ao que foi já normal, possa voltar para mim!

Sem frutos amargos, mas de doçuras sem fim!

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