Nascemos inseridos numa Família para
vivermos em Família, e fora da Família não pode haver uma vida razoável!
Longe vai o tempo em que as
estruturas familiares eram iguais ou semelhantes! As mentalidades foram-se
modificando, e agora, não consigo entender-me capazmente com a organização das
famílias: em casal normal, homem e mulher; em casal homossexual, com dois
homens ou duas mulheres; em famílias monoparentais; e naquelas em que os filhos
depois de casados ou a viver em casal são obrigados a viver com os pais ou a
retornar a casa dos pais por razões económicas… ou outras… e não sei que mais!
Será que algum dia poderá vir a haver um ajustamento razoável das estruturas familiares?
Não sei… não me entendo com elas… e não vislumbro o jeito de se virem a
normalizar!
Perante tudo isto, há que, custe o
que custar, aceitar a opção das pessoas, pois Deus criou-as livres e
responsáveis, e se há tanta coisa que cristãmente consideramos anormal, com
toda a certeza de que os cristãos devem ter saído muito fora dos seus verdadeiros
trilhos, porque a culpa das pessoas não frequentarem as igrejas não é dos que não
vão à igreja, mas dos que lá vão e não dão bom testemunho de vida!
Hoje… um sentimento de revolta
assalta-me!
Como de todos os Papas, gosto,
aprecio muito e tento acompanhar de perto o que faz e diz o Papa Francisco, mas
há muitas coisas que me falharão! Ontem encontrei o que se segue no Facebook:
«“
Pensai numa mãe solteira que vai à Igreja, à paróquia e diz ao secretário:
Quero batizar o meu menino. E quem a acolhe diz-lhe: Não tu não podes porque
não estás casada. Atentemos que esta mãe que teve a coragem de continuar com
uma gravidez o que é que encontra? Uma porta
fechada. Isto não é zelo! Afasta as pessoas do Senhor! Não abre as portas! E
assim quando nós seguimos este caminho e esta atitude, não estamos fazendo o
bem às pessoas, ao Povo de Deus. Jesus instituiu 7 sacramentos e nós com esta
atitude instituímos o oitavo: o sacramento da alfândega pastoral. (...) Quem se
aproxima da Igreja deve encontrar portas abertas e não fiscais da fé!"
(Papa Francisco)»
Isto pode fazer-nos pensar muito e
rever muitas das nossas atitudes! O Papa, aqui, refere-se a mães solteiras! E eu
pergunto: os filhos de pais casados civilmente ou a viver em união, por
qualquer razão que para eles será válida, porque se lhes tem negado tantas
vezes o Batismo aos seus filhos? Enquanto pessoas vivas neste mundo de beleza, precisamos
de «portas abertas» para podermos entrar! Até quando!...
Que o Espírito Santo me(nos) ajude e
oriente!
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