quarta-feira, 26 de junho de 2013
QUE ELE (JESUS) CRESÇA E EU ME DIMINUA…
Hoje, debrucei-me mais
uma vez sobre o comentário feito ao Evangelho do dia 24 extraído de São Máximo
de Turim, Bispo no ano de 420, que diz assim:
«Ele é que deve crescer,
e eu diminuir»
Com razão pode João Baptista dizer de Nosso Senhor: «Ele é que
deve crescer, e eu diminuir» (Jo 3,30), porque ainda hoje tem lugar o que essa
afirmação nos diz; com efeito, os dias começam a crescer quando nasce o nosso
Salvador, e a diminuir quando João nasce […], quer dizer, é evidente que o dia
fica mais comprido logo que nos nasce o Salvador, e mais pequeno quando nasce o
último dos profetas, pois está escrito: «A Lei e os Profetas subsistiram até
João» (Lc 16,16). Era pois inevitável que a observância da Lei mergulhasse nas
trevas no momento em que começasse a brilhar a graça do Evangelho, e que às profecias
do Antigo Testamento se sucedesse a glória do Novo. […]
Diz ainda o Evangelista a propósito do Senhor, Jesus Cristo, que
«era a Luz verdadeira que […] a todo o homem ilumina» (Jo 1,9). […] Foi no
preciso momento em que a duração da noite ultrapassava a do dia que, de
repente, a vinda do Senhor projectou todo o seu esplendor; e se o seu
nascimento afastou dos homens as trevas do pecado, a sua vinda pôs fim à noite
e trouxe-lhes a luz do dia claro. […]
De João, o Senhor diz que é uma lâmpada: «João era uma lâmpada
ardente e luminosa» (Jo 5,35). Ora, a luz da lâmpada empalidece assim que
brilham os primeiros raios do sol; a sua chama perde força, vencida pelo
esplendor duma luz muito mais radiosa, e qual será o homem sensato que quererá
servir-se duma lâmpada em sol aberto? […] Quem estará disposto a receber o
baptismo de arrependimento de João (Mc 1,4), quando o de Jesus lhe traz a
salvação?
Este pequeno texto de
meditação é muito mais do que um livro! Não tèm medida os ensinamentos que nos
traz! Como cristãos convictos, será que somos convincentes? Será que vemos os
santos como uma lâmpada a receber a luz do Sol Jesus Cristo, ou confundimos
Jesus Cristo com os Seus santos? Será que somos também pequeninas lâmpadas a
irradiar a Luz de Cristo, ou somos apenas carvões sem luz? Será que conseguimos
ver Jesus Cristo no irmão que está ao nosso lado? Será que teremos a coragem de
dizer em relação aos irmãos que connosco convivem o mesmo que São João batista
disse de Jesus, ‘é preciso que ele
cresça e eu diminua’, ou, irreverente e egoisticamente queremos ser sempre
os melhores de todos, esquecidos de que todos temos muitos defeitos ao lado de
algumas qualidades?
No Evangelho de hoje Jesus
diz: “Eu sou a verdadeira vide!” Uma
vide tem ramos! Nós, cristãos, somos os ramos da verdadeira vide que é Jesus
Cristo! Será que cada um de nós faz tudo quanto pode para se conservar ligado à
‘Vide Verdadeira’ e ser pelo menos um pouquinho de exemplo vivo para que os que
connosco convivem se liguem à ‘Verdadeira Vide’ também?
Que o Espírito Santo,
que tão bem orientou e foi seguido por São João Batista nos ajude a sermos todos
um só com Jesus Cristo, para maior glória de Deus e felicidade verdadeira de
todos os homens!
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário