quarta-feira, 31 de julho de 2019

DOAR GRATUITAMENTE!...


Às vezes dou comigo a pensar que a palavra gratuito está a perder moda na nossa sociedade! Mas logo verifico o quanto estou errada!
Gratuito não é o que se compra ou vende, não é a prendinha de anos que se dá, nem a lembrança da Páscoa ou de Natal... gratuito é o sorriso, a atenção que se dá num bocadinho de conversa ao telefone, numa mensagem  do face, num abraço ou beijo quando nos encontramos...
E isto não é nada! Há uma oração que se faz por tanta gente e por tantas e tão variadas razões, há um cuidado em como se fala, como se ouve, como se toca,, como se olha, como se diz, o evitar magoar, o tentar fazer crescer, compreender, aceitar, esperar que as coisas melhores comecem a acontecer!...
Tantas dádivas gratuitas... e tão grandes que não podem mesmo ter preço!
Afinal... se nos olharmos mais atentamente, encontraremos muita gratuidade, em nós e nos outros... e desta forma sentimo-nos muito mais enriquecidos
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"DOAR GRATUITAMENTE TRANSFORMA A NÓS MESMOS E O OUTRO"
Um gesto de amor totalmente gratuito tem a marca do amor de Deus. Por essa razão, ele tem o poder de transformar os corações de quem doa e de quem recebe.
Por mais que a outra pessoa tenha a intenção de se aproveitar da boa vontade de quem doa, como a gratuidade tem a ação de Deus, mais cedo ou mais tarde ela se sentirá tocada pelo amor de Deus e se transformará.
Da parte de quem doa não pode existir a mínima pretensão de que o outro se transforme, pois o gesto já não seria gratuito, por pretender algo em troca.
Nós não alcançamos a compreensão e a dimensão de um gesto de amor gratuito com a razão. Somente Deus pode nos iluminar com o seu espírito.
Um exemplo entre muitos: Madre Teresa de Calcutá doou tudo gratuitamente. Transformou seu próprio coração e os corações de centenas de milhares de pessoas que aprenderam a doar e receber com gratuidade.
Entremos na lógica da economia divina: doemos gratuitamente.
Veremos o mundo de outra maneira, porque o nosso coração e o nosso olhar estarão transformados.
Abraços
Apolonio
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De propósito, sublinhei parte do texto, como chamada de atenção que me toca muito.
Claro que não faço as coisas para que o outro ou outra consigam mudar as suas atitudes... mas que aos poucos elas vão mudando, não tenho a menor dúvida!
Não mudam pelo que fazemos, mas pelo que Deus vai fazendo através de nós, que somos... ou deveríamos ser... os Seus pés, as Suas mãos, a Sua boca, a Sua misericórdia e compaixão... e tantas coisas mais.
Assim como as outras pessoas, bem olhadas e compreendidas, são graças de Deus para nós, n
Os somos graças de Deus para os outros.
Se tivermos consciência disto, a nossa vida mudará para melhor, para agradar ao Senhor que tanto amamos!
Que Ele nos ajude a todos, por entre as nossas fraquezas e debilidades, a viver tentando a todo o custo amar do Seu jeito. Boa noite!
Hermínia Nadais

terça-feira, 30 de julho de 2019

SER CUIDADOSO COM O PRÓXIMO!


Claro... ser cuidadoso com o próximo é o nosso grande dever. O cuidado expressa Amor, e é para amar que fomos criados!
Mas, quem é o meu próximo... tenho-me perguntado inúmeras vezes... porque sinto muitas vezes necessidade de me questionar!
Falamos claramente e com razão que a família é que tem a nossa maior proximidade, e isso é um facto!
Mas temos de ter presente os vizinhos, colegas de estudo, de trabalho, os que se encontram connosco no café, nas compras, nas passadas que damos nos jardins das ruas, nos encontros que fazemos para, de fato, nos encontrarmos, nas Eucaristias, nas festas, nos comboios, nos autocarros, barcos e aviões... é um nunca mais acabar!
Ser cuidadoso com o próximo é ser atento a quem esta ao nosso lado seja onde for, no momento em que acontecer, e com quem quer que seja, amigo ou nem tanto, de quem gosto de verdade ou quem até me poderá ter dado problemas e preocupações ou mesmo ter-me magoado de alguma forma.
Próximo... é quem estiver junto a mim, seja onde for e pelo que for.
Daí, o termos de ter um imenso cuidado com a forma como nos portamos seja onde for. A nossa maneira de ser, estar e dizer tem de estar de acordo com o Amor para que fomos criados!
A nossa obrigação é ser atenciosos, meigos, amáveis, delicados, presentes, afetuosos seja com quem for, à boa maneira de Jesus Cristo, excetuando a nossa humanidade que nos falha muitas vezes, pois somos fracos por natureza.
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"VIVER O PRESENTE COM SOLICITUDE"
O amor que dedico a cada próximo deve ser 100%, isto é, devo dar atenção exclusiva a quem está ao meu lado no momento presente.
A estratégia para não medir o amor para mais ou para menos, é reconhecer a presença de Jesus em cada um, com um amor exclusivo a Ele.
Com este propósito no coração vivo a "arte de amar": Amar a todos, Reconhecer Jesus em cada um, Fazer-se um, Amar primeiro, Viver o amor recíproco, Amar o inimigo.
Só temos o momento presente à nossa disposição. O passado é uma porta que já se fechou e o futuro é uma porta que ainda não se abriu.
Viver a arte de amar é viver o presente com prontidão, com solicitude, com o cuidado e a atenção de reconhecer a presença de Jesus em cada próximo.
Abraços
Apolonio
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Sinceramente... melhor do que isto, não posso dizer.
É por isso que tantas vezes partilho as meditações deste homem, pois vão direitinhas ao que devemos fazer!
O tempo é de férias para muitos... oxalá as possam aproveitar bem, com muita alegria e satisfação num coração bem recheado de Amor!
Boas férias!
Hermínia Nadais

segunda-feira, 29 de julho de 2019

LI VÁRIAS VEZES!


Sim! Cuidado, muito cuidado com as garras do inimigo!
Li este texto várias vezes! Li, não! Meditei! Tentei encontrar algo a que me agarrar... e encontrei!
Óh! Se encontrei!
Encontrei, faz tempo! E todas as vezes que aqui volto encontro de novo!
Encontrei e magoou, doeu, mas a vida é mesmo assim, quanto mais dói, mais ajuda a crescer! Pois dói quando começamos a "tentar" 'cortar o mal pela raiz,' mas quando obtemos a quase cura, estamos mais crescidos e com sorrisos nos lábios!
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São Jerónimo (347-420)
presbítero, tradutor da Bíblia, doutor da Igreja
«Debate entre um luciferino e um ortodoxo», SC 473
Crês que, quando vier o Filho do Homem, encontrará fé sobre a Terra? (Lc 18,8) Aqueles que lançam esta pergunta do Evangelho devem recordar-se de que a fé que é aqui referida é aquela sobre a qual o Senhor dizia: «A tua fé te salvou» (Mt 9,22); e também, a propósito de um centurião: «Não encontrei semelhante fé em Israel» (Mt 8,10). [...] Nem o centurião, nem a pobre mulher que tinha perdas de sangue havia doze anos (Mc 5,25) acreditavam no mistério da Trindade, que foi manifesto aos apóstolos após a ressurreição de Cristo [...]; o que Jesus aprova é a simplicidade do seu coração e o facto de terem entregado a sua alma a Deus. Ela ia «pensando consigo: "Se eu ao menos Lhe tocar no manto, ficarei curada"». É esta fé que o Senhor afirma ser raro encontrar-se! É esta fé que, mesmo entre os crentes, raramente é perfeita.
«Seja feito segundo a tua fé», diz o Senhor (Mt 8,13). É esta palavra que não desejo ouvir; pois se me for feito segundo a minha fé, perecerei. É certo que creio em Deus Pai, creio em Deus Filho, creio em Deus Espírito Santo, creio num só Deus, mas não quero que me seja feito «segundo a minha fé». Pois não é raro acontecer que o inimigo semeie a cizânia no meio do campo de um homem. [...]
Na realidade, não são poucas as vezes em que, na minha oração, passeio pelas ruas, faço contas aos juros, e até, levado por uma imaginação vergonhosa, trato de coisas que coraria em revelar. Onde está a fé? Interrogue cada um o seu coração e verá como é raro descobrir, nesta vida, uma alma fiel a ponto de nada fazer por desejo de glória ou pelo «que dirão». [...] Com efeito, os vícios estão próximos das virtudes. É difícil contentarmo-nos em ter Deus como único juiz.
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Eu... tenho fé, acredito... mas tal como diz Jerónimo, quantas vezes a minha oração é distraída por tantas coisas que nem dá para entender!
Quanto nos vale, é que Deus conhece melhor as nossas fraquezas e misérias do que nós mesmos, assim como conhece também os nossos desejos de perfeição que são grandes mas não chegam a lado nenhum ou chegam a muito pouco.
Este texto para mim é mais que maravilhoso, é um alerta para o meu jeito de ser e estar
Que Deus nos ajude a aceitar-nos assim, fracos como somos, pois só Ele mesmo nos poderá fortalecer!
Que os vícios estão próximo das virtudes é um facto incontestável!
Que saibamos distingui-los bem, e retirá-los da nossa vida, é a única forma de seguirmos Jesus como convém, de sermos algo felizes e darmos felicidade a quem connosco convive!
Que o Espírito Santo nos oriente, e a Trindade, Deus, sempre seja louvado!
Hermínia Nadais

domingo, 28 de julho de 2019

A VIDA É DIFÍCIL DE COMPREENDER!


 
É mesmo! A vida é muito difícil de compreender!
Tanto, que grande parte dos dias nos entregamos a Deus sem saber muito bem aonde nos vai levar!
E quando nos preocupamos mais com pessoas que sabemos erradas e a fazer sofrer, parece que tudo desaba sem se saber porquê... e se não é o bom Deus, com Seu jeitinho de Pai amoroso e bom, acabamos por desistir, o que de todo não convém!
A Liturgia da Palavra  de hoje recomenta, manda, ser segura no que se pede, claro, se temos a certeza de que estamos a pedir o que Deus quer!
E ainda assim, os tempos de Deus não são os nossos, e Ele sabe muito melhor do que nós o que nos convém.
Muitas vezes somos arrogantes no pedir, sem sabermos o que estamos a fazer, pois o que interessa mais a cada pessoa só a pessoa e Deus o sabe.
Então, há que confiar sem medo, porque “quem a Deus tem, nada lhe falta!”
Ainda que pareça que tudo vai ruir, Deus só deixa que aconteça o que for melhor para nós, pois como pai maravilhoso e bom dá coisas boas aos Seus filhos.
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"DEDICAR ATENÇÃO UNS AOS OUTROS"
"Este é o meu mandamento: que vos ameis uns aos outros como Eu vos amei." (Jo 15,12)
Ainda no capítulo 15 Jesus afirma que ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida por seus amigos.
Quando o amor mútuo é vivido nessa dimensão de dar a vida uns pelos outros, a atenção que dedicamos uns aos outros é total.
Dar a vida não significa necessariamente morrer, mas viver pelo outro, isto é, dedicar-lhe o próprio tempo amando-o como ele gostaria e como tem necessidade de ser amado.
Em Mateus 11,27 Jesus diz que ninguém conhece o Pai senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar.
Jesus nos revelou que está presente em cada próximo e disse também que quem vê o Filho, vê o Pai.
Com essa revelação, podemos dedicar atenção uns aos outros com a certeza de que estamos amando a Deus e de que Ele está entre nós.
Abraços
Apolonio
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Às vezes custa compreender como amar e ajudar, pedir, rezar, recordar amorosamente quem é tão convencido(a) e arrogante que nos trata sem jeito nenhum.
Mas se é assim que Jesus fez para fazer a vontade do Pai, é assim que devemos fazer também.
Há coisas em que temos de acreditar sem compreender, e são tantas, tantas e tão disparatadas!
Senhor! Cuida de todos nós, e presta muito mais atenção a quem anda desviado do Teu caminho de Amor, compreensão, aceitação, entrega, doação, paz...
As contrariedades, aperfeiçoam a paciência, tornam-nos muito mais pacíficos e pacificadores, entregues a boas causas, custe o que custar!
Uma santa noite repleta de bons sonhos e uma semana deslumbrante, com Jesus, está bem?
Hermínia Nadais

sexta-feira, 26 de julho de 2019

SER CANAL...


Nunca me tinha passado pela cabeça que, eu própria, devia ser um canal. Para mim um canal era para deixar passar água...e de fato é, mas há um número considerável de espécies de água, ou melhor dito, de coisas que fluem como água mas são muito mais do que água, de notar que, sem água, aquela água que bebemos e com que nos lavamos e regamos e não sei que mais... não há vida. Agora... como poderá haver vida sem AMOR?
Sinceramente, não sei! Mas que tenho de ser canal de onde jorre a água viva do amor, é um fato, tenho de ser mesmo!
Vamos lá a ver o porquê desta conclusão:
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"SER UM CANAL QUE DEIXA FLUIR O AMOR"
Em minhas ações, palavras, pensamentos, devo ser um canal que leva amor às pessoas.
O amor de Deus deve passar por mim para chegar a todos. Devo ser um canal totalmente desobstruído de egoísmo e de pecado, coisas que impedem o fluxo do amor.
Ser um canal que irriga com o amor puro e genuíno todos os ambientes onde vivo.
Devo deixar passar através de mim o amor que é a própria essência de Deus, que é o seu ser; deixar passar a sua luz para ajudar as pessoas em suas escolhas, para que estejam sempre do lado do bem.
Devo ser um canal de todos os dons de Deus, pois de graça os recebi e de graça os devo dar.
Quem beber da água do amor que Jesus dá, jamais terá sede. Ao contrário, se tornará uma fonte de água viva que jorra para a vida eterna. (Cf. Jo 4,14)
Se tornará um canal que deixa fluir somente o amor, fertilizando e fazendo florir o deserto que existe nos corações.
Abraços
Apolonio
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E agora me pergunto: será que tenho sido, de fato, esse bendito canal?
Talvez nem sempre, talvez ainda um pouco fechado de egoísmo e amor próprio, talvez ainda ferido pelas amarguras da vida (in)superadas ou não superadas... quem sabe?
Mas... se Deus quer... na minha infinita pequenez eu quero, e tenho a certeza que Deus aproveita esse meu paupérrimo querer retirado do meio das minhas quedas, para fazer algo de bom das minhas atitudes de todos os dias!
Que sempre seja louvado!
De Colores minha gente!
Hermínia Nadais


terça-feira, 23 de julho de 2019

DE FACTO... É MESMO ASSIM!


É!... mesmo assim!
Eu dou muita importância aos textos partilhados no ‘Evangelizo’, pois grande parte deles são de uma sensibilidade impressionante, dum saber e vivência espetaculares!
Tenho aprendido imenso com eles!  Cada coisa tem um valor diferente! A Liturgia Diária, pela forma como explica as leituras bíblicas, encanta. Evangelizo, encanta pelo texto que o acompanha e partilho muitas vezes!
Vamos ver o que me surgiu hoje:
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Diádoco de Foticeia (c. 400-?)
bispo
Capítulos espirituais n.º 2, 35, 94
Só Deus é bom por natureza. Mas o homem também se torna bom pela atenção que presta ao seu comportamento no caminho do verdadeiro bem, transformando-se naquilo que não é, quando a alma, atraída pelo bem, se une a Deus na medida em que lho permitem as suas faculdades. [...]
Pois assim como o mar agitado se acalma naturalmente quando lhe deitamos óleo, e as ondas se deixam vencer pela unção do óleo, assim também a nossa alma se pacifica quando recebe a unção da suavidade do Espírito Santo. Pois a alma deixa-se vencer com alegria, como diz o santo: «Submete-te a Deus, alma minha» (Sl 61,6 LXX), por esta impassibilidade e esta suavidade indizíveis que a cobrem com a sua sombra. Deste modo, por muito numerosas que sejam as provocações que os demónios fazem à alma, esta mantém-se branda e cheia de alegria. Mas trata-se de um estado ao qual ninguém chega e no qual ninguém permanece a não ser que pacifique continuamente a sua alma pelo temor de Deus. [...]
Pois tal como a cera, se não for aquecida ou amolecida durante muito tempo, não pode receber o selo que lhe é aplicado, assim também o homem, se não tiver conhecido a prova das dores e das fraquezas, não poderá ter em si o selo da virtude de Deus. É por isso que o Senhor declara ao maravilhoso Paulo: «Basta-te a minha graça, porque a força manifesta-se na fraqueza» (2Cor 12,9); e o próprio apóstolo gloria-se, dizendo: «De bom grado, portanto, prefiro gloriar-me nas minhas fraquezas, para que habite em mim a força de Cristo.»
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Estas palavras de Paulo são maravilhosas!
Nós, como humanos, não somos bons... e só o conseguimos ser um pouquinho com Deus connosco, assumidamente por nós, ou seja, querermos que Deus viva connosco, entregar-Lhe a Ele a nossa vida e a nossa missão!
A vida tem momentos muito sofridos por que ninguém gosta de passar! Aceitam-se, como fazendo parte da nossa caminhada neste mundo. E só passados tempos é que, ao olhar para trás, verificamos que aqueles momentos difíceis foram escadas para nos unir mais a Deus e aos irmãos. Acabamos por reconhecer que nunca seríamos quem somos, se não tivéssemos passados por esses maus momentos!
Nunca devemos perder a calma e a confiança plena em Deus que nunca nos desampara!
Temos segundos na vida que só Deus os pode ter conseguido para nós! Intuições, trabalhos para os quais não encontramos solução que, de um momento para o outro, aparece.
Sem sombra de dúvida, Deus existe e está permanentemente connosco. Como?... é o que me falta saber. Somos tantos... e Ele está todo com todos e cada um de nós! Todo, todinho!
Sinto-O tantas vezes! Como é possível...
Também não nos interessa saber, basta acreditar, pois a vida é um interminável ato de fé, ato que só terminará quando fecharmos de vez os olhos humanos para ficarmos só com aqueles olhos que podem ver o Senhor face a face!
Senhor! Aumenta a nossa fé, a nossa esperança, o nosso amor, pois só contigo conseguiremos levar a bom termo a missão que tens para nós, naquela felicidade que se vive, ainda que a chorar, e que todos desejamos!
Boa noite!
Hermínia Nadais

quarta-feira, 17 de julho de 2019

NÃO SABIA COMO DIZER!


Não! Eu não sabia como dizer a preocupação que me arrasa os segundos! Não é uma preocupação malévola, que me faça mal seja ao que for, mas que me leva a estar sempre atenta a tantas coisas que chego a sentir-me cansada! Mas... logo, logo passa! Porque... aprendi, aos pouquinhos, a pensar nas necessidades dos outros e na melhor forma de serem resolvidas. Às vezes, um telefonema: outras, um pequeno encontro; outras, um olhar mais demorado que me faz pensar porquê!...
Dou comigo imensamente mais preocupada com os outros do que comigo mesma... ainda que esses outros sejam praticamente desconhecidos ou muito pouco íntimos! Agora... quando se trata de amigos e amigas... o caso torna-se ainda mais preocupante.
Talvez... quem sabe... com este texto do Apolonio eu encontre resposta para esta minha maneira de ser:
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"DESCOBRIR AS NECESSIDADES DO OUTRO"
Quando vejo muitas coisas negativas nos noticiários, costumo lembrar-me das inúmeras obras filantrópicas e sociais que existem no mundo inteiro; das obras caritativas que dão dignidade a milhões de pessoas, que promovem o bem gratuitamente; de pensadores que encorajam as pessoas a procurar o melhor de si; de cientistas que se prodigalizam para descobrir novas terapias ou melhorar o bem-estar das pessoas.
Existe um mundo do bem que não é muito divulgado nos meios de comunicação, mas que se dissemina de coração a coração.
Participar desse mundo novo e fascinante é uma decisão pessoal para cada um de nós.
Podemos iniciar uma revolução dentro de nós e ao nosso redor se começarmos a descobrir as necessidades do outro.
Dar atenção, cuidar, escutar, compartilhar as necessidades, fazer com que o outro exista dentro de nós.
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Será que estou enganada... ou estou a viver mesmo a revolução que o amigalhaço aqui descreve?
Esta minha revolução já começou há imenso tempo, e está a tornar-se cada vez mais abrangente.
De facto... não há dúvidas de que proceder assim é mesmo ter o outro ou outra bem dentro de nós... a alargar a capacidade do coração!
Pois que, pelo bem–estar e felicidade de toda a gente... que  se alargue bem! No Coração de Jesus cabe tudo, que caiba um bocadinho no nosso!
Senhor! Que sempre sejas louvado!
Hermínia Nadais

segunda-feira, 15 de julho de 2019

TANTO QUE FAZER... TANTO QUE MUDAR!...


Não sei muito bem por onde começar!
(Des)apegos... é não estar apegado a nada! Mas isto de ser totalmente livre de apegos... é trabalho para uma vida... e que seja bem interessada por ser realmente uma pessoa a sério!
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"SER LIVRE DE TODO APEGO"
Os apegos aprisionam o coração.
Eles podem ser sutis e mascarados com uma falsa ideia de liberdade.
Ter muitos bens dá a sensação de ser livre para fazer o que se quer. Ou, querer que o próprio pensamento seja o melhor e aceito por todos. Na verdade, ficamos reféns do que possuímos e das nossas opiniões.
O desapego nos faz ver a necessidade do outro e nos leva a partilhar o que temos. A aceitação do outro nos faz entender seu pensamento com abertura de coração e enriquece o conhecimento mútuo.
Além desses aspectos existe também o apego às pessoas que, se não tem um equilíbrio, nos leva a agir sempre através das preferências. Viver o desapego nesse sentido é simplesmente amar a todos sem distinção.
Vencer os apegos é libertador, é eliminar o egoísmo e viver o amor.
Abraços
Apolonio
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Recebi este texto do Apolonio, um médico maravilhoso. Este texto fez-me pensar muito, e vai continuar a fazer pensar!
É que apegos, de fato, temos muitos, muitos mesmo! E ficar desapegado de tudo... mas como... se me parece que já estou tão desapegada?
Que estou... que estava! Porque neste momento, refletindo um pouco mais seriamente, vejo que ainda tenho muito que fazer.
Vou pegar numa frase pequenininha do Apolonio: ‘O desapego nos faz ver a necessidade do outro e nos leva a partilhar o que temos.’
Ver a necessidade do outro... é coisa que me preocupa bastante o que me leva a estar sempre atenta a quem se cruza comigo nos caminhos da vida; de partilhar, o desejo é enorme. E sempre que posso, partilho, mais ideias e modos de ver e de viver do que bens materiais, que neste momento, estão a precisar de ser muito bem geridos... muito embora às vezes ainda se possa partilhar alguma coisita!
Agora... mais duas frases do Apolonio: ‘Além desses aspectos existe também o apego às pessoas que, se não tem um equilíbrio, nos leva a agir sempre através das preferências. Viver o desapego nesse sentido é simplesmente amar a todos sem distinção.’
Amar a todos sem distinção é o que tenho procurado... mas por mais que me esforce... as preferências ainda existem! E, ou tenho de repetir demasiado o esforço, ou não me vou ver livre deste apego tão depressa como queria.
Talvez, quem sabe, o Santo Espírito de Deus me aumente um pouquinho mais a força desse desejo e me leve a avaliar melhor os meus comportamentos!
Ai gente linda... a perfeição não existe, não existe mesmo, sou fraca, de carne e osso, sujeita a tanta coisa ruim!...
Tanto que fazer... tanto que mudar!...
Que o Senhor Jesus nos ajude a todos!
Hermínia Nadais


domingo, 14 de julho de 2019

O VERDADEIRO AMOR!


 A Igreja Católica põe hoje diante de nós a parábola, história, do ‘Bom Samaritano’ que tem muito que se lhe diga e muito mais que dela se retire.
O Bom Samaritano foi posto na parábola como modelo de Amor, de entrega, de presença, de ajuda simplesmente por Amor!
E assim é, de verdade!
Um Samaritano, habitante da Samaria, era sempre mal visto, mal pensado pelos judeus. E foi justamente ele que acudiu a um homem caído, espancado, roubado, semi-morto... que nem sequer se sabe de que nacionalidade é. O Samaritano não reparou para nada, simplesmente para o ‘ser humano’ que precisava de ajuda!
Agora... uma pequena/grande chamada de atenção, a passagem do sacerdote e do levita, ambos a trabalhar no Templo de Senhor, no templo de pedra do Senhor, na casa onde preparavam os sacrifícios, as orações e não sei que mais para oferecer ao Senhor... não de pedra, mas do Céu, o Senhor que é o Amor de todos nós!
Ficamos abismados porque nem o sacerdote nem o levita tocam no homem caído... por uma razão muito simples... devido à sua intervenção no tal templo de pedra onde iam ofertar coisas ao Senhor, não podiam tocar em nada que os pudesse manchar... e maginem tocar num caído e cheio de sangue! Não podia ser!
Esses homens, que julguei mal tantas vezes, estavam, muito simplesmente, a cumprir a Lei Judaica... que de verdadeiro amor nada tinha!
Por isso os Judeus se apressaram a juntar-se com os romanos e matar Jesus que não tinha nada que se comparasse com eles. Para Jesus, o homem/irmão que sofre, necessita, está acima da lei judaica, impostora, que julga que as pessoas ligadas às igrejas de pedra são puras e não são nada, são de carne e osso como todos os demais, erram como eles.
Daí não ser compreensível que muitos sacerdotes, diáconos, religiosos ou religiosas cometam erros, claro que cometem, são homens sujeitos a tentações e quedas como todos nós. E o maior pecado dessas pessoas poderá ser mesmo o de se pensarem diferentes e mais santos do que os outros, podem ser, ou não ser, depende das atitudes e da simplicidade e candura do coração, da forma como compreenderem e se entregarem, a quem deles necessita!
E mais ainda, nós, leigos, temos obrigação de rezar muito por eles, pelos responsáveis diretos pela Igreja de que fazemos parte, porque se essas pessoas errarem, os erros deles são muito mais desastrosos do que os dos fiéis normais.
Daí o Santo Padre estar sempre a pedir que rezemos por ele. Eu digo que por ele e por todos os que lhe estão ligados na orientação das almas para Jesus Cristo!
Vou aqui partilhar o texto que veio hoje em Evangelizo, com as leituras da Liturgia de hoje.
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Santo Efrém (c. 306-373)
diácono da Síria, doutor da Igreja
Comentário do Diatessaron, cap. 16, 9/23
«"Mestre, qual é o maior mandamento da Lei?" Jesus disse-lhe: "Amarás ao Senhor, teu Deus [...] e amarás ao teu próximo como a ti mesmo"» (Mt 22,36-39). O amor a Deus poupa-nos à morte e o amor aos homens poupa-nos ao pecado, pois ninguém peca contra aquele a quem ama. Mas que coração poderá possuir em plenitude o amor ao seu próximo? Que alma poderá fazer frutificar em si mesma, para com toda a gente, o amor nela semeado por este preceito: «Amarás o teu próximo como a ti mesmo»? Os nossos meios são incapazes, por si sós, de ser instrumentos da vontade rápida e rica de Deus: para tal, é necessário o fruto da caridade semeado pelo próprio Deus.
Deus pode, pela sua natureza, realizar tudo o que quer; ora, Ele quer dar a vida aos homens. Os anjos, os reis, os profetas [...] passaram, mas os homens só foram salvos quando desceu dos céus Aquele que nos toma pela mão e nos ressuscita.
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Vou realçar este pouquinho: ‘O amor a Deus poupa-nos à morte e o amor aos homens poupa-nos ao pecado’
Muito realista este pouquinho de frase. Mas há mais: ‘Deus pode, pela sua natureza, realizar tudo o que quer; ora, Ele quer dar a vida aos homens. Os anjos, os reis, os profetas [...] passaram, mas os homens só foram salvos quando desceu dos céus Aquele que nos toma pela mão e nos ressuscita.’
Este pouquinho que sublinhei... diz tanto que nem se imagina! ‘Aquele que nos toma pela mão e nos ressuscita’, é Jesus! E ressuscita-nos como? Libertando-nos do pecado, levando-nos a proceder com Amor com toda a gente! Esta, é a verdadeira ressurreição! Ressurreição para a vida eterna com Deus depois da morte! Porque será que muito pouca gente fala assim, destas coisas?
A continuação de um bom domingo e boa semana, pela mão de Jesus que nos toma pela mão e nos ressuscita!
De Colores!
Hermínia Nadais