domingo, 14 de julho de 2019

A CULTURA DO DAR... OU DO DAR-SE?


Dar... ou dar-se?... Sinceramente não sei!
Sempre gostei de partilhar do que tinha, mais a nível material do que espiritual. Depois, comecei e verificar que é necessário partilhar tudo, e acima de tudo, mostrar com as nossas palavras ou procedimentos aquilo que só o coração sente e ninguém mais vê.
Depois... receei olharem-me como orgulhosa, ou não sei o quê, e parei. Agora... que pensem o que quiserem, os anos dão-me o direito de ser o que sou... de viver o que sou e de me dizer como sou!
Às vezes fico atrapalhada, mas pronto, são situações passageiras, partidas que a vida nos prega e que nem sequer sabemos para quê!
Então, há que aproveitar os segundos dos dias, para crescermos cada vez mais para Deus e para os irmãos, pois é a única coisa que sempre nos é solicitada pelo Senhor da Vida e do Amor, o AMOR por excelência, amor que parte e reparte e nunca se esgota.
Penso que na cultura do dar está o dar-se. Dar... se nada que acompanhe a oferta, fica muito fria. É preciso palavras carinhosas, gestos de ternura, compreensão das situações, oração, muita oração ao Senhor por toda a gente, principalmente por quem mais necessita de alguma coisa. Muitas vezes, ao contrário do que imaginamos, não são os necessitados de bens que precisam mais de nós, mas os necessitados de AMOR, aqueles que ainda não conseguiram encontrar-se com o verdadeiro AMOR, Jesus!
O Apolonio tem aqui uma meditação muito boa, boa mesmo:
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"VIVER A CULTURA DO DAR A FIM DE CONTRIBUIR PARA A FRATERNIDADE"
Vivendo a Palavra descobrimos que há mais alegria em dar do que em receber (cf. At 20,35). E quando a doação é recíproca, gera comunhão, unidade e fraternidade.
Quando um grupo de pessoas vive essa doação recíproca, cria uma nova mentalidade, uma nova cultura: a cultura do dar.
Há muitos anos atrás conheci essa cultura e aderi plenamente. Algumas pessoas estranham que eu tenha trabalhado a vida inteira e não tenha, hoje, nenhum patrimônio pessoal. É porque eles não sabem o tesouro que trago em meu coração e que recebo centuplicado tudo o que deixo por amor a Deus. Sobretudo em irmãos e irmãs.
Quando eu vivo a cultura do dar, eu vivo a fraternidade, eu vivo pela fraternidade.
Não é que eu não possa ter bens, ao contrário, quanto mais tenho mais posso dar. Porém, não é a quantidade o que realmente conta, o importante é viver a cultura do dar, seja muito ou pouco, a fim de contribuir para fraternidade.
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Dar... dar-se... tudo contribui para uma maior união fraterna!
E o mundo necessita tanto de fraternidade!
Que o Senhor nos ajude a sermos o que devemos para que os homens e mulheres vivam cada vez mais como irmãos, como Jesus quer!
Boa noite e Bom domingo!
Hermínia Nadais

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