domingo, 14 de julho de 2019

O VERDADEIRO AMOR!


 A Igreja Católica põe hoje diante de nós a parábola, história, do ‘Bom Samaritano’ que tem muito que se lhe diga e muito mais que dela se retire.
O Bom Samaritano foi posto na parábola como modelo de Amor, de entrega, de presença, de ajuda simplesmente por Amor!
E assim é, de verdade!
Um Samaritano, habitante da Samaria, era sempre mal visto, mal pensado pelos judeus. E foi justamente ele que acudiu a um homem caído, espancado, roubado, semi-morto... que nem sequer se sabe de que nacionalidade é. O Samaritano não reparou para nada, simplesmente para o ‘ser humano’ que precisava de ajuda!
Agora... uma pequena/grande chamada de atenção, a passagem do sacerdote e do levita, ambos a trabalhar no Templo de Senhor, no templo de pedra do Senhor, na casa onde preparavam os sacrifícios, as orações e não sei que mais para oferecer ao Senhor... não de pedra, mas do Céu, o Senhor que é o Amor de todos nós!
Ficamos abismados porque nem o sacerdote nem o levita tocam no homem caído... por uma razão muito simples... devido à sua intervenção no tal templo de pedra onde iam ofertar coisas ao Senhor, não podiam tocar em nada que os pudesse manchar... e maginem tocar num caído e cheio de sangue! Não podia ser!
Esses homens, que julguei mal tantas vezes, estavam, muito simplesmente, a cumprir a Lei Judaica... que de verdadeiro amor nada tinha!
Por isso os Judeus se apressaram a juntar-se com os romanos e matar Jesus que não tinha nada que se comparasse com eles. Para Jesus, o homem/irmão que sofre, necessita, está acima da lei judaica, impostora, que julga que as pessoas ligadas às igrejas de pedra são puras e não são nada, são de carne e osso como todos os demais, erram como eles.
Daí não ser compreensível que muitos sacerdotes, diáconos, religiosos ou religiosas cometam erros, claro que cometem, são homens sujeitos a tentações e quedas como todos nós. E o maior pecado dessas pessoas poderá ser mesmo o de se pensarem diferentes e mais santos do que os outros, podem ser, ou não ser, depende das atitudes e da simplicidade e candura do coração, da forma como compreenderem e se entregarem, a quem deles necessita!
E mais ainda, nós, leigos, temos obrigação de rezar muito por eles, pelos responsáveis diretos pela Igreja de que fazemos parte, porque se essas pessoas errarem, os erros deles são muito mais desastrosos do que os dos fiéis normais.
Daí o Santo Padre estar sempre a pedir que rezemos por ele. Eu digo que por ele e por todos os que lhe estão ligados na orientação das almas para Jesus Cristo!
Vou aqui partilhar o texto que veio hoje em Evangelizo, com as leituras da Liturgia de hoje.
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Santo Efrém (c. 306-373)
diácono da Síria, doutor da Igreja
Comentário do Diatessaron, cap. 16, 9/23
«"Mestre, qual é o maior mandamento da Lei?" Jesus disse-lhe: "Amarás ao Senhor, teu Deus [...] e amarás ao teu próximo como a ti mesmo"» (Mt 22,36-39). O amor a Deus poupa-nos à morte e o amor aos homens poupa-nos ao pecado, pois ninguém peca contra aquele a quem ama. Mas que coração poderá possuir em plenitude o amor ao seu próximo? Que alma poderá fazer frutificar em si mesma, para com toda a gente, o amor nela semeado por este preceito: «Amarás o teu próximo como a ti mesmo»? Os nossos meios são incapazes, por si sós, de ser instrumentos da vontade rápida e rica de Deus: para tal, é necessário o fruto da caridade semeado pelo próprio Deus.
Deus pode, pela sua natureza, realizar tudo o que quer; ora, Ele quer dar a vida aos homens. Os anjos, os reis, os profetas [...] passaram, mas os homens só foram salvos quando desceu dos céus Aquele que nos toma pela mão e nos ressuscita.
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Vou realçar este pouquinho: ‘O amor a Deus poupa-nos à morte e o amor aos homens poupa-nos ao pecado’
Muito realista este pouquinho de frase. Mas há mais: ‘Deus pode, pela sua natureza, realizar tudo o que quer; ora, Ele quer dar a vida aos homens. Os anjos, os reis, os profetas [...] passaram, mas os homens só foram salvos quando desceu dos céus Aquele que nos toma pela mão e nos ressuscita.’
Este pouquinho que sublinhei... diz tanto que nem se imagina! ‘Aquele que nos toma pela mão e nos ressuscita’, é Jesus! E ressuscita-nos como? Libertando-nos do pecado, levando-nos a proceder com Amor com toda a gente! Esta, é a verdadeira ressurreição! Ressurreição para a vida eterna com Deus depois da morte! Porque será que muito pouca gente fala assim, destas coisas?
A continuação de um bom domingo e boa semana, pela mão de Jesus que nos toma pela mão e nos ressuscita!
De Colores!
Hermínia Nadais

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