quarta-feira, 31 de julho de 2013
ENCONTROS
Encontrei na vida algo abrasador
um amor presente em cada instante
que sem nunca se ver se sente vibrante
e me aperta o peito de alegria e dor
Nada mais tem jeito seja o que for
que me embale os dias nesta vida
errante
ou me aqueça o peito num pulsar
constante
sem que esteja presente o meu “louco
amor”
De dia ou de noite sonho sem cessar
com meu coração a bater apressado
por maior encontro que estes que vou
tendo
E numa alegria louca de arrasar
sinto a cada instante que algo me há
tocado
deste “louco amor” que me vai
acolhendo!
terça-feira, 30 de julho de 2013
SURPRESAS DE DEUS!
Quando se diz que Deus não para de nos surpreender, é uma grande verdade!
Hoje dei comigo à volta do Evangelho Quotidiano, onde
os Discípulos pedem a Jesus a explicação da Parábola do Joio, com toda a explicação por demais conhecida!
Então, desci ao comentário do dia e
deparei com o seguinte: Comentário do dia retirado do
Catecismo da Igreja Católica, 760-769, que diz o seguinte:
“«O mundo foi criado em
ordem à Igreja», diziam os cristãos dos primeiros tempos (Hermas). Deus criou o
mundo em ordem à comunhão na sua vida divina, comunhão que se realiza pela
convocação dos homens em Cristo; esta convocação (ecclesia) é a Igreja. A
Igreja é o fim de todas as coisas. As próprias vicissitudes dolorosas, como a
queda dos anjos e o pecado do homem, não foram permitidas por Deus senão como
ocasião e meio de pôr em acção toda a força do seu braço, toda a medida do amor
que queria dar ao mundo: «Assim como a vontade de Deus é um acto e se chama
mundo, do mesmo modo a sua intenção é a salvação dos homens e chama-se Igreja»
(Clemente de Alexandria).A reunião do povo de Deus começa no instante em que o
pecado destrói a comunhão dos homens com Deus e entre si. A reunião da Igreja
é, por assim dizer, a reacção de Deus ao caos provocado pelo pecado. Esta
reunificação realiza-se secretamente no seio de todos os povos: «Em qualquer
nação, quem O teme e pratica a justiça, é aceite por Ele» (Act 10, 35). A
preparação remota da reunião do povo de Deus começa com a vocação de Abraão, a
quem Deus promete que há-de vir a ser o pai de um grande povo (Gn 12,2). A
preparação imediata começa com a eleição de Israel como povo de Deus (Ex 19,5).
Pela sua eleição, Israel será o sinal da reunião futura de todas as nações (Is
2,2). […] Pertence ao Filho realizar, na plenitude dos tempos, o plano de
salvação do seu Pai; tal é o motivo da sua missão […]. Cristo inaugurou na
terra o Reino dos Céus. A Igreja «é o Reino de Cristo já presente em mistério»
(Vat II, LG 3). […] «A Igreja [...] só na glória celeste alcançará a sua
realização acabada» (Vat II, LG 8), aquando do regresso glorioso de Cristo. […]
Ela suspira pelo advento do Reino em plenitude. […] A consumação da Igreja – e,
através dela, do mundo – na glória, não se fará sem grandes provações. Só então
é que «todos os justos, desde Adão, desde o justo Abel até ao último eleito, se
encontrarão reunidos na Igreja universal junto do Pai» (Vat II, LG 2).”
O interessante… não é o
que aqui diz, é de onde foi retirado… o que a gente muitas vezes lê e não
reflete, ou seja, lê e não pensa nada sobre o que lê, ou… pior ainda, tem o
Catecismo da Igreja Católica para dizer que o tem… e não tira tempo útil para
ir ler e meditar no que lá está escrito para aprendermos a ser verdadeiros
cristãos!
Claro que não estão aqui
todos os números evocados… alguns estão na íntegra e de outros o mais
importante. Mas… esta explicação lida no Catecismo tem uma conotação, aqui, tem
outra com o dom de nos chamar à atenção para a necessidade de um maior e melhor
conhecimento do Catecismo!
O comportamento humano é
uma constante surpresa de Deus! Se não tivessem inventado essa Equipa do
Evangelho Quotidiano eu… e muitos e muitas como eu… talvez nunca pensássemos
nestas coisas… tão interessantes e importantes!
Só peço que o Espírito me
inspire a poder ser sempre uma pessoa atenta a todas as surpresas de Deus!
segunda-feira, 29 de julho de 2013
SABER REZAR… É SER TOTALMENTE LIVRE!...
Rezar como convém, é
muito difícil!
Dizer muitas palavras…
papaguear muitas palavras, poderá até parecer enfadonho… mas é fácil! Muito
fácil!
Rezar como convém, às
vezes ou muitíssimas vezes é mesmo permanecer em silêncio profundo! E fazer
silêncio interior para podermos rezar, despojarmo-nos de tudo o que somos e temos
dentro de nós para podermos escutar a vontade de Deus é muito difícil, muito
mesmo!
Li algures que só uma
pessoa entre mil tem a graça de saber orar! Esta afirmação mostra claramente a
dificuldade da oração! Orar é difícil! Mas não impossível!
Recordo uma irmã Paulina
quando dizia que, se em meia hora ou uma hora destinada à oração conseguisse ter
uns minutinhos de oração correta já ficava muito contente!
Se sabemos que é assim,
não podemos desanimar, temos de orar sempre!
Orar é escutar Deus, é
ligar-se com Ele, é querer entrar no Seu íntimo para que nos indique o
verdadeiro caminho a seguir! Só no cumprimento mais ou menos aproximado da
vontade de Deus a nosso respeito poderemos ser realmente livres, responsáveis,
e minimamente felizes porque livres e responsáveis!
Meditemos nestas
palavras do Papa Francisco, extraídas de Zenit:
“Se um cristão não sabe
como falar com Deus, não sabe ouvir a Deus em sua própria consciência, não é
livre, não é livre.
Por isso, devemos
aprender a escutar mais a nossa consciência. Mas atenção! Isso não significa
seguir o próprio eu, fazer o que me interessa, o que me convém, o que eu
gosto... Não é isso! A consciência é o espaço interior da escuta da verdade, do
bem, da escuta de Deus; é o lugar interior da minha relação com Ele, que fala
ao meu coração e me ajuda a discernir, a compreender o caminho que deve
percorrer, e uma vez tomada a decisão, a ir avante, a permanecer fiel.
Tivemos um exemplo
maravilhoso de como é esta relação com Deus na própria consciência, um recente
exemplo maravilhoso. O Papa Bento XVI nos deu um grande exemplo quando o Senhor
lhe fez entender, na oração, qual era o passo que ele tinha que dar. Ele
seguiu, com grande sentido de discernimento e coragem, a sua consciência, ou
seja, a vontade de Deus que falava ao seu coração. E este exemplo do nosso Pai
faz bem a todos nós, como um exemplo a seguir.
Nossa Senhora, com
grande simplicidade, escutava e meditava no íntimo de si a Palavra de Deus e o
que estava acontecendo com Jesus. Seguiu seu Filho com profunda convicção, com
firme esperança. Maria nos ajude a nos tornar sempre mais homens e mulheres de
consciência, livres na consciência, pois é na consciência que se dá o diálogo
com Deus; homens e mulheres capazes de escutar a voz de Deus e segui-la com
decisão.”
Que o
Espírito Santo me(nos) ajude a aprender a rezar!
domingo, 28 de julho de 2013
NÓS NÃO SABEMOS REZAR!...
Ouvi estas palavras muito sentidas saídas
da boca de um “anjo” a quem Deus não permitiu a sobrevivência! Digo ’não
permitiu’ porque estou consciente de que para Deus nada é impossível e que Ele,
supremo respeitador da liberdade humana, não quis ultrapassar os avançados mas
ainda precários limites da ciência em muitas situações, pois, de contrário, teria
deixado “aquele anjo” entre nós!
Hoje, a Liturgia da Palavra da
Eucaristia Dominical está toda voltada para a oração, e o “nós não sabemos
rezar”… que nunca mais me saiu da cabeça depois daquela tarde memorável, tornou-se
ainda muito mais forte!
“Nós não sabemos rezar!” Tenho
pensado demais nesta afirmação! E não sabemos rezar mesmo! Ele, “aquele anjo”,
tinha razão! Hoje, mais do que nunca, medito nestas palavras cheias de
sabedoria que aquela voz calorosa e ténue deixou eterna e indelevelmente gravada
nos meus ouvidos!
A dor da partida foi tão forte, é
tão forte… que ainda não consigo participar ou sequer escutar nos meios
audiovisuais certos tipos de oração, ou melhor dito, certas expressões usadas
por quem dirige essas orações, pois senti-me… sinto-me uma pessoa terrivelmente
enganada por certas dessas expressões que me levaram a confiar na cura até ao
último momento de vida o que me custou um sofrimento mais do que atroz, para
mim e meus familiares e amigos que, como eu, confiavam na cura!
“Nós não sabemos rezar!” Claro que
não sabemos! Eu não posso responder pelos outros, mas eu não sei rezar!
A eficácia da oração tem duas
condições essenciais que se completam mutuamente: a plena e total entrega à
vontade de Deus e a plena e total confiança em Deus!
É lógico que nunca nos conseguiremos
entregar totalmente à vontade de Deus se não confiarmos plenamente em Deus; e
nunca poderemos confiar plenamente em Deus se não nos predispusermos a conhecer
e seguir o mais fielmente possível a Sua vontade!
Assim, se na oração pedirmos só o
que for da vontade de Deus confiando plenamente n’Ele, o que pedirmos
acontecerá!…
Mas… cuidado!... Muito cuidado
connosco! Pois muitas vezes, na ânsia de querermos o melhor… que realmente na
nossa condição simplesmente humana desconhecemos… confundimos a vontade de Deus
com a nossa… e aí está a razão porque “nós não sabemos rezar”! Não sabemos o
que será melhor para nós ou para quem connosco convive… o que a Deus é presente
em todas as ocasiões!...
O “nós não sabemos rezar” acompanhar-me-á,
sempre, em todos os momentos, pela vida fora!
Eu não sei o que é rezar! Rezar… é
conviver com Deus… é dialogar com Deus… é querer o melhor para os homens… é
saber que, como Pai admirável e presente, Deus quer o melhor para nós… é saber que
Deus nunca falha… é ter presente que mataram o Filho de Deus que podia salvar o
Seu Filho e não o fez porque normalmente não vai contra as regras da Natureza
que criou!…
Eu não sei o que é rezar! Mas sei
que luto por aprender!
Eu não sei o que é rezar, mas mais quando
se fala em pedir, pois muitas vezes, erradamente, penso pedir o melhor… como a
mãe dos filhos de Zebedeu, Tiago e João… que não sabia o que estava a pedir para
os filhos!
Tal como ela, eu vejo com os meus
olhos, que são olhos do mundo, e não com os olhares da Sabedoria do Espírito Santo
de Deus!
Continuarei… a pedir ao Senhor que
me ensine a rezar!
sábado, 27 de julho de 2013
NAS MARGENS DO MAR DA VIDA – SEMEAR O AMOR
Fala-se no Evangelho que Jesus se
sentou a pregar! Umas vezes em terra, outras junto ao mar!
Hoje, estou a lembrar a Parábola do
Semeador, de Mateus 13,1-9, que passo a referir:
“Jesus saiu de casa e foi sentar-se à
beira-mar. Reuniu-se a Ele uma tão grande multidão, que teve de subir para um
barco, onde se sentou, enquanto toda a multidão se conservava na praia. Jesus
falou-lhes de muitas coisas em parábolas: «O semeador saiu para semear.
Enquanto semeava, algumas sementes caíram à beira do caminho: e vieram as aves
e comeram-nas. Outras caíram em sítios pedregosos, onde não havia muita terra:
e logo brotaram, porque a terra era pouco profunda; mas, logo que o sol se
ergueu, foram queimadas e, como não tinham raízes, secaram. Outras caíram entre
espinhos: e os espinhos cresceram e sufocaram-nas. Outras caíram em terra boa e
deram fruto: umas, cem; outras, sessenta; e outras, trinta. Aquele que tiver
ouvidos, oiça!»
Hoje, Jesus continua a sentar-se nas
margens do mar da vida de cada pessoa para “ensinar a semear a semente
da Sua Palavra em todos lugares, de todas as maneiras e em quaisquer situações”.
Hoje, somos nós os semeadores da
Palavra de Deus no nosso tempo! Para isso teremos de sair do nosso comodismo e
ir ao encontro de quem necessita de uma ajuda material ou de um ensinamento!
E não podemos escolher pessoas a
quem nos dirigir, pois o Semeador, ou seja, Jesus, falou para toda a gente, e
cada qual ouviu e interiorizou conforme as qualidades que tinha.
Devemos aproveitar todas as
oportunidades para falar de Jesus, mesmo que as pessoas não nos pareçam as mais
favoráveis, porque a nós cabe-nos a sementeira, quem leva a dar os frutos e os
colhe é o Senhor de todos nós! Ainda que a pessoa, seja, aparentemente, árida,
cheia de pedra e de espinhos, não sabemos o interior de ninguém, porque esse
conhecimento pertence a Deus. Nós, só temos de mostrar o amor de Deus e os
ensinamentos de Jesus, o resto não é connosco!
O testemunho que devemos dar são as nossas
grandes e pequenas transformações e os pequenos e grandes milagres que Deus,
pela Sua Palavra, vai operando em nós! E é esse testemunho que irá germinar,
florescer e dar frutos.
O semeador saiu para semear em todo
terreno… e a semente prosperou naquele que foi o melhor. Por isso, não podemos
desistir quando encontrarmos gente de coração duro, fechado, incrédulo,
questionador, desconfiado e sem esperança. Nós… somos enviados a semear com
alegria a palavra de Deus, a todos os homens e mulheres, a todos os terrenos.
Mas, para testemunharmos a Palavra
de Deus, Jesus tem que fazer parte da nossa vida e a Sua Palavra tem de estar nas
nossas mãos e no nosso coração.
A sementeira acontece ao longo de
toda a nossa vida, por onde passarmos, aonde vivermos e com quem convivermos.
Mas temos de ter confiança no que falamos e no que afirmamos, pois temos de
estar conscientes de que a Palavra de Deus é a verdade, e ninguém nos pode nos
desmentir dessa verdade.
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