quinta-feira, 4 de julho de 2013

‘JESUS ESTENDEU A MÃO E TOCOU-O!...



Jesus… tocou-o! E toca-nos a todos a cada instante, a questão é querer que Ele nos toque, é aceitar sermos tocados por Ele!

A meditação do Evangelho, Palavra de Jesus que mostra claramente a vontade de Deus fascina-me! E por mais que nos debrucemos sobre as mesmas passagens evangélicas, sempre tiramos delas ideias novas e sugestões seguras para enveredar por caminhadas mais de acordo com a razão por que fomos criados – o Amor!

Hoje… prendi-me em S. Mateus 8,1-4.



“Ao descer Jesus do monte, seguia-O uma enorme multidão.
Foi, então, abordado por um leproso que se prostrou diante dele, dizendo-lhe: «Senhor, se quiseres, podes purificar-me.»
Jesus estendeu a mão e tocou-o, dizendo: «Quero, fica purificado!» No mesmo instante, ficou purificado da lepra.
Jesus, porém, disse-lhe: «Vê, não o digas a ninguém; mas vai mostrar-te ao sacerdote e apresenta a oferta que Moisés preceituou, para que lhes sirva de testemunho.»”



Para o comentário a equipa do Evangelho Quotidiano escolheu um pouquinho da Beata Teresa de Calcutá fundadora das Irmãs Missionárias da Caridade, que diz assim:


“«Jesus estendeu a mão e tocou-o»

Atualmente, a doença mais terrível do Ocidente não é a tuberculose nem a lepra; é sentirmo-nos indesejados, não amados, abandonados. Sabemos tratar as doenças do corpo pela medicina, mas o único remédio para a solidão, a angústia e o desespero é o amor. São muitas as pessoas que morrem por falta de um pedaço de pão, mas são muitas mais as que morrem por falta de um pouco de amor. A pobreza no Ocidente é outro tipo de pobreza: não é apenas pobreza de solidão, mas também de espiritualidade. Existe fome de amor como existe fome de Deus.”



Todos temos fome de Deus, ainda que O não reconheçamos; e todos temos fome do amor dos homens e mulheres com quem convivemos! Todos sentimos sede e fome de Deus/Amor, pois sem amor não conseguimos sobreviver! E tal como o leproso, todos os dias precisamos de pedir ao Senhor que nos purifique e ajude a curar a lepra das nossas más atitudes, sejam elas quais forem, pois todas as nossas más atitudes são faltas de amor! Por isso, hoje, quero pensar no que é, realmente, viver na solidão ou falta de amor!

Viver na solidão não é viver sozinho, sem companhia! A maior das solidões é viver rodeado de pessoas que não nos prestam a menor atenção porque não pensam como nós, ou pior ainda, olham-nos com indiferença ou até têm repugnância do nosso ser, pensar e agir! Estas situações horríveis e desesperantes existem em grande quantidade!

Nós não fomos criados para estar sozinhos e isolados, mas para a comunhão, para a partilha de vida, para crescermos juntos, para descobrirmos a melhor forma de sermos úteis uns aos outros! Este é o princípio da escolha da vocação, que é sempre uma consagração aos outros. Se enveredarmos por uma vocação sacerdotal ou religiosa, implica uma dedicação, obediência e serviço total a Deus como dádiva de Deus à sociedade, donde vem a enorme sublimidade destas vocações!

Mas falando em vocações, tem sido dada muito pouca importância à vocação ao matrimónio! Ainda não percebi porquê, e acho mesmo que nunca vou perceber! Eu vejo a mesma dignidade em todas as vocações, uma vez que cada vocação tem o seu carisma próprio e é com todas elas bem vividas e interligadas por Jesus Cristo que a sociedade pode ter a capacidade de crescer como convém!

Convictos de que ninguém consegue viver sozinho, há muita gente que se preocupa com a vida celibatária dos sacerdotes, consagrados ou outras pessoas que escolham ou por alguma razão acabem por ficar solteiras… sozinhas… Pensam na falta de companhia em casa, falta de apoio e partilha, e principalmente por falta de sexo… esquecidas de que a maior desventura ou mesmo a maior das desgraças que podem acontecer às pessoas é partilhar o mesmo teto e a mesma cama e nem sequer ser dono do próprio corpo porque o entregou ao outro ou outra a quem não se deve negar…  e não conseguirem encontrar formas capazes de caminhar juntos na mesma direção! Este tipo de solidão está esquecido por ser uma solidão escondida… acompanhada… uma solidão a dois… mas acredito sinceramente que é a maior das solidões!

Quando uma mulher ou um homem se sentem queridos pelo cônjuge só para uns momentos de sexo… têm a vida mais triste e solitária que se possa imaginar, não tenhamos dúvidas! O sexo é parte integrante do casamento, mas o essencial é caminhar juntos, de mãos bem apertadas e corações unidos, rumo a Deus, através do serviço à sociedade onde estão inseridos de onde extrairão o suficiente para suprir as suas necessidades, e poderem gerar, criar e educação os filhos que irão perpetuar a espécie humana, e farão o mundo mais ou menos humano e cristão conforme a educação que lhes for concedida!

Este ano, no dia dos namorados, em Fevereiro, apareceu-me um texto que guardei carinhosamente. Penso que é do papa Francisco, mas não tenho a certeza de quem é! E porque o acho de suma importância… para jovens namorados solteiros ou casados… aqui vai:



“É no namoro que o coração solteiro descobre já não ser mais capaz de estar sozinho.

Não há dúvidas que o namoro é um projeto de Deus para o homem e para a mulher e que esses, quando conscientes de suas missões e responsabilidades, são os realizadores do céu na vida um do outro. Peçamos juntos a Deus que no dia de hoje todos os rapazes namorados sejam castos, prudentes e gentis para com suas namoradas. José, o pai de Jesus, é grande exemplo desse símbolo de paternidade que surge não nas potências biológicas, mas no desejo de chefiar uma instituição de amor popularmente conhecida como família.

Também desejamos às nossas leitoras namoradas que atuem ao lado de seus namorados com um coração apaixonado pela vida, pelo bem e pela beleza que a criação só concedeu ao sexo feminino. Dizem que o cristianismo é um credo machista. São Paulo Apóstolo é quem nos garante a falsidade dessa premissa.

“Maridos, amai as vossas mulheres, como Cristo amou a Igreja e se entregou por ela,” (Ef 5,25)

O namorado que deseja ter uma história feliz ao lado de sua namorada, primeiro compreenda que a mulher deve ser amada até a cruz. Ela já doou seu corpo para a vida, para a geração dos filhos e para as refeições das idades iniciais. Portanto, entre homem e mulher não deve haver comparação sobre quem é mais importante, mas sim a união das forças que se complementam para uma relação de fraternidade e alegrias.

Namorados e namoradas, sejam felizes e suportem-se casta, paciente e generosamente. Deus tem o melhor para vocês. Aproximem-se do céu mediante a prática do respeito, da amizade e da alegria que só os corações apaixonados podem experimentar.

A história deve ser a três.

Deus, você e quem você ama!

Feliz dia dos namorados!”



Há imensas coisas a dizer sobre qualquer que seja a forma como a vida é vivida… mas principalmente sobre a vida a dois, a matrimonial! É assunto para ir estudando e interiorizando, aos pouquinhos!

Que o Espírito Santo me(nos) ajude a meditar num pouquinho de cada vez e ir integrando na vida todas as meditações!

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