Jesus… tocou-o! E
toca-nos a todos a cada instante, a questão é querer que Ele nos toque, é
aceitar sermos tocados por Ele!
A meditação do Evangelho,
Palavra de Jesus que mostra claramente a vontade de Deus fascina-me! E por mais
que nos debrucemos sobre as mesmas passagens evangélicas, sempre tiramos delas
ideias novas e sugestões seguras para enveredar por caminhadas mais de acordo
com a razão por que fomos criados – o Amor!
Hoje… prendi-me em S. Mateus 8,1-4.
“Ao descer Jesus do monte, seguia-O uma enorme multidão.
Foi, então, abordado por um leproso que se prostrou diante dele, dizendo-lhe:
«Senhor, se quiseres, podes purificar-me.»
Jesus estendeu a mão e tocou-o, dizendo: «Quero, fica purificado!» No mesmo
instante, ficou purificado da lepra.
Jesus, porém, disse-lhe: «Vê, não o digas a ninguém; mas vai mostrar-te ao
sacerdote e apresenta a oferta que Moisés preceituou, para que lhes sirva de
testemunho.»”
Para o comentário a
equipa do Evangelho Quotidiano escolheu um pouquinho da Beata Teresa de Calcutá
fundadora das Irmãs Missionárias da Caridade, que diz assim:
“«Jesus estendeu a mão e
tocou-o»
Atualmente, a doença mais terrível do Ocidente não é a tuberculose
nem a lepra; é sentirmo-nos indesejados, não amados, abandonados. Sabemos
tratar as doenças do corpo pela medicina, mas o único remédio para a solidão, a
angústia e o desespero é o amor. São muitas as pessoas que morrem por falta de
um pedaço de pão, mas são muitas mais as que morrem por falta de um pouco de
amor. A pobreza no Ocidente é outro tipo de pobreza: não é apenas pobreza de
solidão, mas também de espiritualidade. Existe fome de amor como existe fome de
Deus.”
Todos temos fome de Deus,
ainda que O não reconheçamos; e todos temos fome do amor dos homens e mulheres
com quem convivemos! Todos sentimos sede e fome de Deus/Amor, pois sem amor não
conseguimos sobreviver! E tal como o leproso, todos os dias precisamos de pedir
ao Senhor que nos purifique e ajude a curar a lepra das nossas más atitudes,
sejam elas quais forem, pois todas as nossas más atitudes são faltas de amor! Por
isso, hoje, quero pensar no que é, realmente, viver na solidão ou falta de amor!
Viver na solidão não é
viver sozinho, sem companhia! A maior das solidões é viver rodeado de pessoas
que não nos prestam a menor atenção porque não pensam como nós, ou pior ainda, olham-nos
com indiferença ou até têm repugnância do nosso ser, pensar e agir! Estas
situações horríveis e desesperantes existem em grande quantidade!
Nós
não fomos criados para estar sozinhos e isolados, mas para a comunhão, para a
partilha de vida, para crescermos juntos, para descobrirmos a melhor forma de
sermos úteis uns aos outros! Este é o princípio da escolha da vocação, que é
sempre uma consagração aos outros. Se enveredarmos por uma vocação sacerdotal
ou religiosa, implica uma dedicação, obediência e serviço total a Deus como dádiva
de Deus à sociedade, donde vem a enorme sublimidade destas vocações!
Mas
falando em vocações, tem sido dada muito pouca importância à vocação ao
matrimónio! Ainda não percebi porquê, e acho mesmo que nunca vou perceber! Eu vejo
a mesma dignidade em todas as vocações, uma vez que cada vocação tem o seu
carisma próprio e é com todas elas bem vividas e interligadas por Jesus Cristo
que a sociedade pode ter a capacidade de crescer como convém!
Convictos
de que ninguém consegue viver sozinho, há muita gente que se preocupa com a vida
celibatária dos sacerdotes, consagrados ou outras pessoas que escolham ou por
alguma razão acabem por ficar solteiras… sozinhas… Pensam na falta de companhia
em casa, falta de apoio e partilha, e principalmente por falta de sexo… esquecidas
de que a maior desventura ou mesmo a maior das desgraças que podem acontecer às
pessoas é partilhar o mesmo teto e a mesma cama e nem sequer ser dono do
próprio corpo porque o entregou ao outro ou outra a quem não se deve negar… e não conseguirem encontrar formas capazes de
caminhar juntos na mesma direção! Este tipo de solidão está esquecido por ser
uma solidão escondida… acompanhada… uma solidão a dois… mas acredito
sinceramente que é a maior das solidões!
Quando
uma mulher ou um homem se sentem queridos pelo cônjuge só para uns momentos de
sexo… têm a vida mais triste e solitária que se possa imaginar, não tenhamos
dúvidas! O sexo é parte integrante do casamento, mas o essencial é caminhar juntos,
de mãos bem apertadas e corações unidos, rumo a Deus, através do serviço à
sociedade onde estão inseridos de onde extrairão o suficiente para suprir as
suas necessidades, e poderem gerar, criar e educação os filhos que irão
perpetuar a espécie humana, e farão o mundo mais ou menos humano e cristão
conforme a educação que lhes for concedida!
Este
ano, no dia dos namorados, em Fevereiro, apareceu-me um texto que guardei
carinhosamente. Penso que é do papa Francisco, mas não tenho a certeza de quem
é! E porque o acho de suma importância… para jovens namorados solteiros ou
casados… aqui vai:
“É
no namoro que o coração solteiro descobre já não ser mais capaz de estar sozinho.
Não
há dúvidas que o namoro é um projeto de Deus para o homem e para a mulher e que
esses, quando conscientes de suas missões e responsabilidades, são os
realizadores do céu na vida um do outro. Peçamos juntos a Deus que no dia de
hoje todos os rapazes namorados sejam castos, prudentes e gentis para com suas
namoradas. José, o pai de Jesus, é grande exemplo desse símbolo de paternidade
que surge não nas potências biológicas, mas no desejo de chefiar uma
instituição de amor popularmente conhecida como família.
Também
desejamos às nossas leitoras namoradas que atuem ao lado de seus namorados com
um coração apaixonado pela vida, pelo bem e pela beleza que a criação só
concedeu ao sexo feminino. Dizem que o cristianismo é um credo machista. São
Paulo Apóstolo é quem nos garante a falsidade dessa premissa.
“Maridos,
amai as vossas mulheres, como Cristo amou a Igreja e se entregou por ela,” (Ef
5,25)
O
namorado que deseja ter uma história feliz ao lado de sua namorada, primeiro
compreenda que a mulher deve ser amada até a cruz. Ela já doou seu corpo para a
vida, para a geração dos filhos e para as refeições das idades iniciais.
Portanto, entre homem e mulher não deve haver comparação sobre quem é mais
importante, mas sim a união das forças que se complementam para uma relação de
fraternidade e alegrias.
Namorados
e namoradas, sejam felizes e suportem-se casta, paciente e generosamente. Deus
tem o melhor para vocês. Aproximem-se do céu mediante a prática do respeito, da
amizade e da alegria que só os corações apaixonados podem experimentar.
A
história deve ser a três.
Deus,
você e quem você ama!
Feliz
dia dos namorados!”
Há imensas coisas a dizer sobre qualquer
que seja a forma como a vida é vivida… mas principalmente sobre a vida a dois, a
matrimonial! É assunto para ir estudando e interiorizando, aos pouquinhos!
Que o Espírito Santo me(nos) ajude a
meditar num pouquinho de cada vez e ir integrando na vida todas as meditações!
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