domingo, 28 de julho de 2013
NÓS NÃO SABEMOS REZAR!...
Ouvi estas palavras muito sentidas saídas
da boca de um “anjo” a quem Deus não permitiu a sobrevivência! Digo ’não
permitiu’ porque estou consciente de que para Deus nada é impossível e que Ele,
supremo respeitador da liberdade humana, não quis ultrapassar os avançados mas
ainda precários limites da ciência em muitas situações, pois, de contrário, teria
deixado “aquele anjo” entre nós!
Hoje, a Liturgia da Palavra da
Eucaristia Dominical está toda voltada para a oração, e o “nós não sabemos
rezar”… que nunca mais me saiu da cabeça depois daquela tarde memorável, tornou-se
ainda muito mais forte!
“Nós não sabemos rezar!” Tenho
pensado demais nesta afirmação! E não sabemos rezar mesmo! Ele, “aquele anjo”,
tinha razão! Hoje, mais do que nunca, medito nestas palavras cheias de
sabedoria que aquela voz calorosa e ténue deixou eterna e indelevelmente gravada
nos meus ouvidos!
A dor da partida foi tão forte, é
tão forte… que ainda não consigo participar ou sequer escutar nos meios
audiovisuais certos tipos de oração, ou melhor dito, certas expressões usadas
por quem dirige essas orações, pois senti-me… sinto-me uma pessoa terrivelmente
enganada por certas dessas expressões que me levaram a confiar na cura até ao
último momento de vida o que me custou um sofrimento mais do que atroz, para
mim e meus familiares e amigos que, como eu, confiavam na cura!
“Nós não sabemos rezar!” Claro que
não sabemos! Eu não posso responder pelos outros, mas eu não sei rezar!
A eficácia da oração tem duas
condições essenciais que se completam mutuamente: a plena e total entrega à
vontade de Deus e a plena e total confiança em Deus!
É lógico que nunca nos conseguiremos
entregar totalmente à vontade de Deus se não confiarmos plenamente em Deus; e
nunca poderemos confiar plenamente em Deus se não nos predispusermos a conhecer
e seguir o mais fielmente possível a Sua vontade!
Assim, se na oração pedirmos só o
que for da vontade de Deus confiando plenamente n’Ele, o que pedirmos
acontecerá!…
Mas… cuidado!... Muito cuidado
connosco! Pois muitas vezes, na ânsia de querermos o melhor… que realmente na
nossa condição simplesmente humana desconhecemos… confundimos a vontade de Deus
com a nossa… e aí está a razão porque “nós não sabemos rezar”! Não sabemos o
que será melhor para nós ou para quem connosco convive… o que a Deus é presente
em todas as ocasiões!...
O “nós não sabemos rezar” acompanhar-me-á,
sempre, em todos os momentos, pela vida fora!
Eu não sei o que é rezar! Rezar… é
conviver com Deus… é dialogar com Deus… é querer o melhor para os homens… é
saber que, como Pai admirável e presente, Deus quer o melhor para nós… é saber que
Deus nunca falha… é ter presente que mataram o Filho de Deus que podia salvar o
Seu Filho e não o fez porque normalmente não vai contra as regras da Natureza
que criou!…
Eu não sei o que é rezar! Mas sei
que luto por aprender!
Eu não sei o que é rezar, mas mais quando
se fala em pedir, pois muitas vezes, erradamente, penso pedir o melhor… como a
mãe dos filhos de Zebedeu, Tiago e João… que não sabia o que estava a pedir para
os filhos!
Tal como ela, eu vejo com os meus
olhos, que são olhos do mundo, e não com os olhares da Sabedoria do Espírito Santo
de Deus!
Continuarei… a pedir ao Senhor que
me ensine a rezar!
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