Não sei! Vou imaginando
e tentando escutar a voz do Espírito e ao mesmo tempo tentando encontrar força
capaz de conseguir um pouco mais de algo a cada dia!
Hoje… estou a pensar no diálogo
descrito em S. Mateus 8,18-22:
Naquele tempo, vendo Jesus em torno de si uma grande multidão,
decidiu passar à outra margem.
Saiu-lhe ao encontro um doutor da Lei, que lhe disse: «Mestre, seguir-te-ei
para onde quer que fores.»
Respondeu-lhe Jesus: «As raposas têm tocas e as aves do céu têm ninhos; mas o
Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça.»
Um dos discípulos disse-lhe: «Senhor, deixa-me ir primeiro sepultar o meu pai.»
Jesus, porém, respondeu-lhe: «Segue-me e deixa os mortos sepultar os seus
mortos.»
A forma como estes versículos de S. Mateus se apresentam dão-me a ideia
de que Jesus/Deus, precisava de anunciar a Sua mensagem, mas sabia que não é
nas multidões que as mensagens se transmitem melhor, por isso, Ele queria
passar para a outra margem, para o silêncio, para a intimidade, para a vida
normal de todos os dias em que aí, sim, é mais fácil passar a mensagem de Jesus
Cristo não com palavras muitas vezes desconexas e incoerentes ocas e
desprovidas de sentido, mas com as atitudes de uma verdadeira vida à imitação
de Jesus Cristo!
«Mestre, seguir-te-ei para onde quer que fores.» Quantas vezes, em
momentos do gozo de uma maior e mais profunda intimidade connosco próprios e
com Deus dizemos frases destas a Jesus… que logo nos alerta: «As raposas têm tocas e as aves do céu têm
ninhos; mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça.»
Jesus não é contra as
riquezas, contra o dinheiro ou o bem-estar material! Ele é-nos apresentado em
festas (casamento) e a comer em casa de pessoas… e não andava mal vestido, Ele até
tinha capa de “Mestre”, uma coisa rara naquele tempo! Mas Jesus não reclinava aí
a sua cabeça, não parava os seus pensamentos nessas coisas materiais que deixamos
quando partimos para a casa do Pai no momento da morte! Jesus não estava preso
a nada que O estorvasse de ser totalmente dependente da vontade do Pai. E é
isso que Jesus nos pede. Ser materialmente rico só é mau se vivermos somente
para essas riquezas, mas será muitíssimo bom se aproveitarmos os bens materiais
que temos para com eles sermos mais presentes a quem deles necessita!
Quero seguir-Te Jesus,
mas… «Senhor, deixa-me ir primeiro
sepultar o meu pai.» Sepultar o pai, deitar o corpo do pai no sepulcro,
esperar que a família não necessite de nós!
Jesus responde: «Segue-me e deixa os mortos sepultar os
seus mortos.» Perece complicada esta expressão, mão acho que não é tanto
assim! Jesus não nos manda abandonar a família, muito pelo contrário, quem
tenta seguir verdadeiramente Jesus da melhor forma que poder e souber ama verdadeiramente
a família, procura estar presente em todos os momentos principalmente nos maus.
Mas nem a família nem os amigos nos podem afastar de seguir a Jesus. Se
afastam, então… Jesus diz: «Segue-me e
deixa os mortos sepultar os seus mortos.»
Sepultar… mas que
mortos?! É que há vivos mortos e mortos vivos!
Os vivos mortos são os
que morreram em Cristo e mesmo mortos para o mundo continuam vivos para Deus e
para o mundo; os mortos vivos são os que permanecem ainda no mundo mas fora das
vivências da Fé em Jesus Cristo, e por isso, mortos para a verdadeira vida, a
vida na Graça de Deus!
Sepultar os mortos pode
ser pensado como, por exemplo, pedir… sacrificar-se… rezar pela conversão dos
pecadores, pois as pessoas em conversão passam de uma vida de morte espiritual
a uma vida de espiritualidade em Cristo!
Não vi o comentário a
este Evangelho! Esta é… muito simplesmente… a minha reflexão pessoal, pensando
seriamente no que poderei fazer pela “vida” do mundo!
Que o Espírito Santo (me)nos
ajude a seguir Jesus o melhor possível para permanecermos vivos para Deus, pois
é a única forma de, ainda que terrenamente mortos e sepultados, permanecermos eternamente
vivos!
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