segunda-feira, 10 de junho de 2013

A FORÇA... DA UNIDADE NA DIVERSIDADE



Há dias que nos mexem demais com o coração! Ontem, para mim, foi um desses dias! Além de ser um Domingo muito próximo de outro que me amargurou por demais a existência, a Eucaristia, fora do local habitual, foi celebrada por um Padre sem jeito para se expressar mas a expressar-se com pertinência e jeito, para uma Assembleia compacta, interessada, atenta, e ao mesmo tempo totalmente desinibida e descontraída onde se respirava uma atmosfera de confiança e compreensão, intercomunicação, solidariedade, partilha e amor! Depois da Eucaristia, dois Batizados, onde abundavam casais novos e interessados com filhos pequenos de rostos felizes! Simplicidade e singeleza, dedicação e carinho, ternura e atenção, faziam prever nos corações o sentir profundamente as atitudes de Jesus Cristo!

Dada a cumplicidade e felicidade do celebrante e assembleia, pela primeira vez na vida pensei se, realmente, dentro da que chamamos Casa de Deus por ser o espaço onde os católicos vão rezar e realizar as celebrações litúrgicas, será melhor manter a rigidez de comportamentos específicos para cada situação ou deixar as pessoas estar um pouco mais à vontade!

Não consegui dispersar a dor que me atormenta, mas por momentos o cansaço que me ameaçava derrocar os braços esmorecidos, desapareceu!

Os comportamentos das pessoas, sacerdotes ou leigos, dentro das diversas comunidades, não são iguais, pois todos nós somos diferentes uns dos outros, únicos e irrepetíveis, dentro da criação, tanto para Deus como para os homens. E se somos diferentes, impreterivelmente, temos de ter comportamentos diferentes e criar comunidades diferentes!

Mas… se em cada Família, cada pessoa deve respeitar a identidade e modo de ser do outro para cada um dos seus membros poder crescer na unidade e diversidade de carismas e dons… numa Paróquia, uma Família alargada assim como uma espécie de Família de famílias, deverá haver muito mais compreensão e aceitação mútua mantendo a unidade no respeito pela diversidade, diversidade que não é, de forma alguma, uma barreira, mas uma incomensurável riqueza!

Cada vez mais me convenço de que, além do esforço contínuo pelo conhecimento próprio, temos de nos esforçar por conhecer e aceitar o outro como ele realmente é, com as suas ideias, crenças e temperamentos, pois quanto mais e melhor nos conhecermos e os conhecermos a eles mais poderemos ajudar-nos mutuamente, corrigindo os erros a partir de nós mesmos e ajudando o outro a crescer e a dominar os seus próprios erros sem o julgar ou condenar.

Mas sem uma boa dose de Amor e ajuda de Deus e dos irmãos mais próximos, esta forma de viver nunca será possível, pois só o Amor constrói, reconstrói, recompõe relacionamentos, e sublima as vidas.

Hoje, dia das Comunidades Portuguesas espalhadas pelo mundo e que tanto necessitam de voltar à sua terra… que o Anjo de Portugal e o Espírito Santo me(nos) ajudem a encontrar o verdadeiro caminho da realização pessoal e comunitária!

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