quarta-feira, 27 de março de 2019

MENSAGEIROS DE PAZ


Como filhos amados de Deus, Mensageiros de paz é o que todos somos chamados a ser! Mensageiros da paz de Deus, o único que nos pode conceder a verdadeira Paz!
Mas para sermos mensageiros de Paz, teremos de ter, em nós mesmos, no mais íntimo do nosso ser, boas sementes de paz, que possam vir a produzir árvores mais ou menos frondosas, mas que transmitam paz, que sejam produtoras de paz!
Quando falo em sementes... todos temos sementes... todos nascemos com sementes... as nossas tendências naturais, muitas vezes estranhas e indesejáveis... que têm de ser muito trabalhadas para produzirem só os frutos que devem produzir.
É por esta razão que temos de nos aceitar mutuamente, ainda que as pessoas não sejam do jeito que deviam, pois com toda a certeza que nasceram com maus feitios e não tiveram ninguém que as ajudasse a descobri-los, a aceitá-los, a tentar modificá-los, a olhar toda a vida com coração para sentir e olhos para ver.
Somos seres sociais por excelência, a nossa primeira sociedade é a família!... E por incrível que possa parecer, é onde se encontram as maiores falhas neste modo de ser, de estar, de educar.
Como é que um pai, ou uma mãe, vai descobrir e ajudar a modificar os maus feitios do filho ou filha, se não consegue admitir os seus próprios maus feitios nem modificá-los? Onde pensamos que está a razão de tantos lares desfeitos, de tanta quantidade de divórcios como nunca antes algum dia terá acontecido?
Não tenho qualquer dúvida de que a razão está nas pessoas não conseguirem descobrir-se a si mesmas de modo a aceitar as suas próprias fragilidades e defeitos para poderem aceitar as fragilidades e defeitos do seu cônjuge.
Quando casam... tudo são rosas... mas quando começam a aparecer os espinhos de cada um... não encontram forma de dialogar, pois cada um se julga mais perfeito que o outro ou outra, mais digno que o outro ou outra, com mais razões do que o outro ou outra... e antes de tudo o mais não conseguem entender que quando nos unimos, assim, a alguém... é para fazermos esse alguém feliz e não para sermos felizes com esse alguém.
Eu não falei em casamento, sacramento, nem nada disso. Falei em união, pois no próprio Sacramento do Matrimónio instituído pela Igreja Católica, o Sacerdote ou Diácono que presidem à cerimónia são apenas testemunhas, e como ministros sagrados dão a bênção de Deus, os ministros do Sacramento são os nubentes! Isto leva-me a crer que, mesmo sem ser no Sacramento do Matrimónio, todo aquele que se entrega em união esponsal é responsável por essa união, e deve lutar por ela até ao fim, tentando fazer feliz a pessoa a quem se juntou para viver em união plena.
Que tipo de exemplo estamos a dar aos nossos filhos? Exemplos de encontro, partilha, entendimento e paz... ou uma vida de luta constante e constante infelicidade?
Há um velho ditado que diz: “boca que se beijou nunca se odiou!” Será... que a vida em comum não deixou mesmo nada de bom... ou só pensamos no mal e esquecemos o bem? Esse modo de proceder é de ódio, não é de paz! O modo de proceder que leve à paz é precisamente o contrário, é pensar no bem... e esquecer o mal!
Já que me desviei para o tema ‘casamento’... quero deitar cá para fora uma coisa que me indigna por demais. Porque razão, o casamento tem de ser uma festa enorme, cheia de coisas e coisinhas... que desesperam toda a gente que tem de as pagar...e que desviam tantos jovens do casamento... por não terem posses para essas coisinhas e coisas... se o casamento em si mesmo é a coisa mais fácil da vida, é dar um sim mútuo, e receber visivelmente a bênção de Deus se for dado na igreja, ou de forma invisível se for dado num outro qualquer lado.
O Deus que fui descobrindo, aos pouquinhos, está presente em todas as vidas... que sejamos capazes de o sentir, ver, e viver!
Senhor! Sabes a minha imensa preocupação pela falta de paz interior e exterior do mundo onde vivemos! Por favor! Dá-nos a Tua Paz! Ensina-nos a encontrá-la em todos os afazeres da vida e momentos dos dias!
Que sempre sejas louvado! Amém!
HN

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