Claro que é mais que
certo não ter havido nenhumas bodas de casamento em Caná da Galileia… e que
tenha sido o evangelista a pegar nas imaginadas bodas para nos deixar uma bela
catequese!
Sinceramente… a nós,
interessa-nos tirar do belíssimo texto tudo quanto nos possa dizer algo mais
sobre o enorme Amor de Deus por nós… a solicitude de Nossa Senhora e os
cuidados de Jesus connosco, em nos encher de graças e bênçãos acompanhando-nos
sempre ao longo da vida!
Tanto a aprender com
esta partezinha do Evangelho!
Hoje… mais uma
explicação maravilhosa de São Máximo de Turim:
“A água transformada em
vinho
Ao transformar em vinho
a água que enchia as talhas, o Salvador fez duas coisas: forneceu uma bebida
aos convidados do casamento e quis dizer que, pelo baptismo, os homens ficariam
cheios do Espírito Santo. Aliás, o próprio Senhor o declarou noutra altura ao
dizer: «Deita-se o vinho novo em odres novos» (Mt 9,17). Os odres novos
significam, com efeito, a pureza do baptismo, e o vinho, a graça do Espírito
Santo.
Catecúmenos, prestai especial atenção. O vosso espírito, que ignora ainda a
Trindade, assemelha-se à água fria. É preciso aquecê-la ao calor do sacramento
do baptismo, como um vinho, para transformar esse líquido pobre e sem valor em
graça preciosa e rica. Tal como o vinho, adquiramos bom paladar e aroma doce;
então, poderemos dizer, com o apóstolo Paulo, que somos para Deus o «bom odor
de Cristo» (2Cor 2,15). Antes do seu baptismo, o catecúmeno assemelha-se à água
imóvel, fria, sem cor […], inútil, incapaz de restabelecer as forças.
Conservada durante muito tempo, a água altera-se, fica estagnada, torna-se
fétida. […] O Senhor disse: «Quem não renascer da água e do Espírito não pode
entrar no Reino de Deus» (Jo 3,5).
O fiel baptizado é semelhante ao vinho vigoroso e rubro. Todas as coisas da
criação se estragam com o tempo, só o vinho melhora ao envelhecer. Ele perde
todos os dias a sua aspereza, e adquire um «bouquet» macio, com um sabor rico.
De igual modo o cristão, à medida que o tempo passa, perde a aspereza da sua
vida pecadora, adquirindo a sabedoria e a benevolência da Trindade divina.
O que mais me tocou
nesta meditação, pela minha realidade pessoal, foi a última frase: “De igual modo o cristão, à medida que o tempo passa, perde a
aspereza da sua vida pecadora, adquirindo a sabedoria e a benevolência da
Trindade divina.”Que mais terá o Espírito
Santo de Deus para nos ensinar com estas tão belas e imaginárias bodas!...
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