segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

AS BODAS DE CANA!

Claro que é mais que certo não ter havido nenhumas bodas de casamento em Caná da Galileia… e que tenha sido o evangelista a pegar nas imaginadas bodas para nos deixar uma bela catequese!
Sinceramente… a nós, interessa-nos tirar do belíssimo texto tudo quanto nos possa dizer algo mais sobre o enorme Amor de Deus por nós… a solicitude de Nossa Senhora e os cuidados de Jesus connosco, em nos encher de graças e bênçãos acompanhando-nos sempre ao longo da vida!
Tanto a aprender com esta partezinha do Evangelho!
Hoje… mais uma explicação maravilhosa de São Máximo de Turim:
“A água transformada em vinho
Ao transformar em vinho a água que enchia as talhas, o Salvador fez duas coisas: forneceu uma bebida aos convidados do casamento e quis dizer que, pelo baptismo, os homens ficariam cheios do Espírito Santo. Aliás, o próprio Senhor o declarou noutra altura ao dizer: «Deita-se o vinho novo em odres novos» (Mt 9,17). Os odres novos significam, com efeito, a pureza do baptismo, e o vinho, a graça do Espírito Santo.
Catecúmenos, prestai especial atenção. O vosso espírito, que ignora ainda a Trindade, assemelha-se à água fria. É preciso aquecê-la ao calor do sacramento do baptismo, como um vinho, para transformar esse líquido pobre e sem valor em graça preciosa e rica. Tal como o vinho, adquiramos bom paladar e aroma doce; então, poderemos dizer, com o apóstolo Paulo, que somos para Deus o «bom odor de Cristo» (2Cor 2,15). Antes do seu baptismo, o catecúmeno assemelha-se à água imóvel, fria, sem cor […], inútil, incapaz de restabelecer as forças. Conservada durante muito tempo, a água altera-se, fica estagnada, torna-se fétida. […] O Senhor disse: «Quem não renascer da água e do Espírito não pode entrar no Reino de Deus» (Jo 3,5).
O fiel baptizado é semelhante ao vinho vigoroso e rubro. Todas as coisas da criação se estragam com o tempo, só o vinho melhora ao envelhecer. Ele perde todos os dias a sua aspereza, e adquire um «bouquet» macio, com um sabor rico. De igual modo o cristão, à medida que o tempo passa, perde a aspereza da sua vida pecadora, adquirindo a sabedoria e a benevolência da Trindade divina.

O que mais me tocou nesta meditação, pela minha realidade pessoal, foi a última frase: De igual modo o cristão, à medida que o tempo passa, perde a aspereza da sua vida pecadora, adquirindo a sabedoria e a benevolência da Trindade divina.Que mais terá o Espírito Santo de Deus para nos ensinar com estas tão belas e imaginárias bodas!...

Sem comentários: