Pois! Hoje, no fecho da
Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, celebra-se o dia da Conversão de
São Paulo, com tudo quanto de maravilhoso encerra!
Quando era mais jovem
cismava com a ‘queda do cavalo’… mas o tempo foi passando e quem foi caindo do
cavalo fui eu! Caí do cavalo sem saber cavalgar! Porque talvez na queda do
cavalo não tenha havido cavalo nenhum, sei lá! Mas também isso não interessa! O
importante é que cada um ou uma de nós costuma ter a mania da sua importância, bondade,
generosidade… e quando surge a oportunidade de olhar um pouco mais para dentro,
para o interior e olhar-nos a partir dali de dentro acabamos por perder todas
as nossas manias de grandezas e bondades… é a ‘queda do cavalo’… é o começar de
uma nova vida, de uma nova forma de viver procurando ser apenas quem se é sem
aumentos nem diminuições!
Importantes, sim, porque
todos somos importantes, é Jesus Quem no-lo diz no desmedido amor que sempre
nos dedicou e dedica. Mas a nossa importância provém-nos do amor que dedicamos
a tudo quanto nos rodeia, do nosso constante procurar conseguir ser um
pouquinho ‘misericordiosos como o Pai!’.
Hoje, o Evangelho
Quotidiano trazia um comentário de São João Crisóstomo que me tocou por demais:
“É preciso que tenhamos sempre presente no nosso espírito que
todos os homens são rodeados por imensas manifestações do amor de Deus. Se a
justiça tivesse precedido a penitência, o universo teria sido aniquilado. Se
Deus estivesse pronto para o castigo, a Igreja não teria conhecido o apóstolo
Paulo, não teria recebido um homem assim no seu seio. É a misericórdia de Deus
que transforma o perseguidor em apóstolo; é ela que muda o lobo em cordeiro;
foi ela que fez de um publicano um evangelista (Mt 9,9). É a misericórdia de
Deus que, comovida com o nosso destino, nos transforma a todos; é ela que nos
converte.
Ao ver o glutão de ontem pôr-se hoje a jejuar, o blasfemador de outrora falar
de Deus com respeito, o infame de antigamente não abrir a boca a não ser para
louvar a Deus, podemos admirar esta misericórdia do Senhor. Sim, irmãos, se
Deus é bom para com todos os homens, é-o particularmente para com os pecadores.
Quereis mesmo ouvir uma coisa estranha do ponto de vista dos nossos hábitos,
mas verdadeira do ponto de vista da piedade? Escutai: ao passo que Deus Se
mostra exigente para com os justos, para com os pecadores não tem senão
clemência e doçura. Que rigor para com os justos! Que indulgência para com o
pecador! É esta a novidade, a inversão, que nos oferece a conduta de Deus. […]
É que assustar o pecador, sobretudo o pecador inveterado, seria privá-lo de
confiança, mergulhá-lo no desespero; e lisonjear o justo seria embotar o vigor
da sua virtude, levando-o a afrouxar no seu zelo. Deus é infinitamente bom! O
seu temor é a salvaguarda do justo, e a sua clemência faz mudar o pecador.”
A nossa grandeza provem
daí… dos imensos cuidados que Deus/Jesus tem connosco enviando constantemente
sobre nós o Seu Espírito Santo para nos amparar com o Seu Amor infinitamente
misericordioso e bom, o que está muito
bem expresso nesta meditação!
Mais palavras para
quê!... Por hoje, fico-me por aqui… pensando nas quedas do cavalo que
precisamos de ter todos os dias!
Que São Paulo nos ajude!
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