sexta-feira, 25 de setembro de 2015
TOLERÂNCIA
Cansamos
de falar em tolerância! Mas, o que é a tolerância? O que será ser tolerante?
Com quem teremos de ser tolerantes?
Questões
que muitas vezes ficam no ar sem resposta adequada.
Pegando no dicionário, encontramos um sem número de
palavras com o mesmo significado ou significado semelhante!
Tolerar
é consentir, admitir, aguentar, suportar, permitir, transigir, aturar, aceitar,
gramar, desculpar, comportar, sofrer, padecer, escusar, aparar, assimilar,
digerir, deixar... palavras que podem ser usadas nas mais díspares situações em
que nem sequer pensamos em tolerância, mas que querem dizer tolerar, ou
tolerância, a arte de tolerar.
Pensando
bem, passamos a vida a tolerar tantas, tantas coisas, que ao olhar mais
seriamente para o que tolerar significa, ficamos pasmados! E acabamos por
concluir uma coisa muito esquisita, mas verdadeira, é que também temos de nos
tolerar a nós mesmos. E a esta parte, se nos toleramos demais podemos estar a
ser cegos e egoístas, mas se nos culpamos por tudo e por nada também não
estamos certos!
Temos
de ter presente que a perfeição humana não existe, e muito embora não seja do
nosso agrado, há que compreender e aceitar as coisas erradas que vamos fazendo,
mas com firme vontade de as ir corrigindo aos poouquinhos.
Nunca
me tinha passado pela cabeça debruçar-me sobre a tolerância, até encontrar um
artigo do Padre António Riviero de que retirei algumas frases:
“…teríamos
que nos perguntar se realmente somos tolerantes ou intolerantes.
Tolerantes em quê. Intolerantes em quê e quando. Já sabemos o que chegará para
nós. A intolerância dos intolerantes é tão grave, que Jesus hoje coloca uma
pedra de moinho no pescoço deles para que não possam sair do mar! Mutila-os;
olho, braço, perna e põe-nos a virar tostadas! Fecha para eles com sete chaves
a porta do céu e manda-os para o olho da rua! Naturalmente, é um jeito de
dizer, uma hipérbole, mas não um dizer por dizer. A intolerância religiosa é a
vontade fracassada de subir na vida e tomar o primeiro lugar, isto é, com Deus,
de modo exclusivo, e isso é um sacrilégio. A intolerância divide os homens, faz
a existência deles amarga e isso é um pecado contra o amor e a sua unidade. A
intolerância perturba os homens, os homens por isso se tornam inimigos de Deus.
A intolerância é intolerável. Ponto final.
Com
quem sou intolerante: com os outros, comigo? Para quem ou com quem
devo ser intolerante: com o meu irmão que pensa ou crê de forma distinta de
mim, com o pecado e com o que me convida a ofender a Deus? Por que acho que
tenho o monopólio da verdade e da salvação? Acho que a “minha” verdade é “a”
verdade?”
Não! A minha verdade não
é a verdade! Só Jesus é a verdadeira verdade humana. E conscientes desta
verdade... porque não termos mais cuidado em aceitar ou conviver com a verdade
dos outros? Acho que devíamos!
Que o Senhor nos ajude a
ser mais tolerantes! Precisamos tanto!
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