domingo, 13 de setembro de 2015

“E QUEM DIZEIS VÓS QUE EU SOU?”



Depois de um abre-te, da semana passada, surge umquem dizeis vós que Eu sou!
Nunca tinha conseguido ir bem ao fundo desta pergunta que Jesus fez aos Apóstolos, pois sempre a imaginei bem certa na resposta dos mesmos Apóstolos, e se dirigida a nós, seria para dizermos a Jesus, tal como os Apóstolos fizeram, o que pensamos acerca dEle!
Claro que é muito importante termos consciência correcta do que pensamos acerca de Jesus, por isso nos esforçamos por O conhecer cada vez melhor. Mas somente o conhecer não basta! Tudo mudará, sim, ao conseguirmos um encontro mais profundo e íntimo com Ele, o que pode acontecer nas mais diversas circunstâncias. Então, a acção do Espírito Santo em nós, aos pouquinhos, nos irá levando a atribuir a importância devida ao que Jesus faz na Sua interacção connosco e à forma como damos vida à Sua Palavra pelas nossas atitudes no decorrer dos dias, em que vamos verificando que Jesus é para nós um sem número de descobertas tão constantes e maravilhosas que, se não é possível imaginar, também não é possível descrever. Razão por que me vem à mente quando perguntaram a Jesus,  onde morasao que Ele respondeu vinde e vede!
Só que, nesta situação, não poderemos dizer vinde e vede mas vinde e experimentai, pois só quem experimenta Jesus na Sua vida poderá dizê-lO nas suas palavras´ e mostrá-lO nas suas atitudes ao promover a reconciliação, solidariedade, fraternidade e união entre as pessoas para estabelecer entre todos um forte vínculo de amor e paz.
Acerca da reconciliação, diz o Santo Padre Francisco:
“Qual é o estilo da reconciliação de Deus?". Em primeiro lugar, Deus não faz "uma grande assembleia" para reconciliar e pacificar, não é preciso assinar "um documento". "Deus pacifica de um modo especial: no pequeno e no caminho... Ele começou a caminhar com o seu povo... O caminho de Deus entre os homens...", ao lado dos "bons" e dos "maus". "Deus não tem medo: Ele caminha, caminha com seu povo". Ele é um "Deus próximo", como diz o Deuteronômio, que caminha com todos e dá a todos "a esperança no Messias".
Além disso, Ele é um Deus que "sonha": "O nosso Pai sonha coisas belas para o seu povo, para todos nós, porque Ele é Pai, e, sendo Pai, pensa e sonha o melhor para os seus filhos". Por isso, "Ele nos dá um estilo de vida", recordando a vocação cristã de amar o próximo incondicionalmente, como o próprio Cristo nos pede nas bem-aventuranças do capítulo 25 do Evangelho de Mateus.
Deus é todo-poderoso e grande, mas escolhe "as coisas pequenas, humildes, para fazer grandes obras. Ele nos aconselha a ser como crianças para entrar no Reino dos Céus". Deus "reconciliada e pacifico no pequeno": nos “ensina a fazer a grande obra da pacificação e da reconciliação no pequeno, no caminho, na conservação da esperança com a capacidade de sonhar grande. Sempre no caminho, na proximidade dos outros e com grandes sonhos”.
“Continuemos a celebração, agora, do memorial do Senhor, no ‘pequeno’: um pequeno pedaço de pão, um pouco de vinho... No ‘pequeno’. Mas neste pequeno está tudo. O sonho de Deus, o seu amor, a sua paz, a sua reconciliação, Jesus: Ele é tudo”. Que a Virgem Maria interceda "pela graça da unidade, da reconciliação e da paz para todos".
Pronto! Jesus é assim! Amor e perdão, misericórdia e união, carinho, aconchego, esperança, alegria e felicidade, ainda que nas lágrimas!
Será que conseguimos viver o Amor/Caridade como Jesus nos propõe? Será que é assim que mostramos Jesus a quem nos rodeia?
Jesus precisa de nós, e o mundo também!
Que o Espírito Santo nos ajude!

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