Depois
de um “abre-te”, da semana passada, surge um“quem dizeis vós que Eu sou”!
Nunca
tinha conseguido ir bem ao fundo desta pergunta que Jesus fez aos Apóstolos,
pois sempre a imaginei bem certa na resposta dos mesmos Apóstolos, e se
dirigida a nós, seria para dizermos a Jesus, tal como os Apóstolos fizeram, o
que pensamos acerca d’Ele!
Claro
que é muito importante termos consciência correcta do que pensamos acerca de
Jesus, por isso nos esforçamos por O conhecer cada vez melhor. Mas somente o
conhecer não basta! Tudo mudará, sim, ao conseguirmos um encontro mais profundo
e íntimo com Ele, o que pode acontecer nas mais diversas circunstâncias. Então,
a acção do Espírito Santo em nós, aos pouquinhos, nos irá levando a atribuir a importância
devida ao que Jesus faz na Sua interacção connosco e à forma como damos vida à
Sua Palavra pelas nossas atitudes no decorrer dos dias, em que vamos
verificando que Jesus é para nós um sem número de descobertas tão constantes e
maravilhosas que, se não é possível imaginar, também não é possível descrever.
Razão por que me vem à mente quando perguntaram a Jesus, ‘onde
moras’ao que Ele respondeu “vinde e vede!”
Só
que, nesta situação, não poderemos dizer ‘vinde
e vede’ mas ‘vinde e experimentai’, pois só quem experimenta Jesus na Sua vida
poderá dizê-l’O nas suas palavras´ e
mostrá-l’O nas suas atitudes ao
promover a reconciliação, solidariedade, fraternidade e união entre as pessoas
para estabelecer entre todos um forte vínculo de amor e paz.
Acerca
da reconciliação, diz o Santo Padre Francisco:
“Qual é o estilo da reconciliação de Deus?".
Em primeiro lugar, Deus não faz "uma grande assembleia" para
reconciliar e pacificar, não é preciso assinar "um documento".
"Deus pacifica de um modo especial: no pequeno e no caminho... Ele começou
a caminhar com o seu povo... O caminho de Deus entre os homens...", ao
lado dos "bons" e dos "maus". "Deus não tem medo: Ele
caminha, caminha com seu povo". Ele é um "Deus próximo", como
diz o Deuteronômio, que caminha com todos e dá a todos "a esperança no
Messias".
Além disso, Ele é um Deus que "sonha": "O nosso Pai sonha coisas
belas para o seu povo, para todos nós, porque Ele é Pai, e, sendo Pai, pensa e
sonha o melhor para os seus filhos". Por isso, "Ele nos dá um estilo
de vida", recordando a vocação cristã de amar o próximo incondicionalmente,
como o próprio Cristo nos pede nas bem-aventuranças do capítulo 25 do Evangelho
de Mateus.
Deus é todo-poderoso e grande, mas escolhe "as coisas pequenas, humildes,
para fazer grandes obras. Ele nos aconselha a ser como crianças para entrar no
Reino dos Céus". Deus "reconciliada e pacifico no pequeno": nos
“ensina a fazer a grande obra da pacificação e da reconciliação no pequeno, no
caminho, na conservação da esperança com a capacidade de sonhar grande. Sempre
no caminho, na proximidade dos outros e com grandes sonhos”.
“Continuemos a celebração, agora, do
memorial do Senhor, no ‘pequeno’: um pequeno pedaço de pão, um pouco de
vinho... No ‘pequeno’. Mas neste pequeno está tudo. O sonho de Deus, o seu
amor, a sua paz, a sua reconciliação, Jesus: Ele é tudo”. Que a Virgem Maria
interceda "pela graça da unidade, da reconciliação e da paz para
todos".
Pronto! Jesus é assim! Amor e perdão, misericórdia e união,
carinho, aconchego, esperança, alegria e felicidade, ainda que nas lágrimas!
Será que conseguimos viver o Amor/Caridade como Jesus nos propõe?
Será que é assim que mostramos Jesus a quem nos rodeia?
Jesus precisa de nós, e o mundo também!
Que o Espírito Santo nos ajude!
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