quarta-feira, 23 de setembro de 2015
O OLHAR DE JESUS!
Como
seria, realmente, o olhar de Jesus, para modificar a vida de tanta gente e convencer
tantas pessoas a segui-lO?!... A força do olhar ternurento e firme de Jesus, d’Aquele olhar que tem toda a força do Seu amoroso
coração e vai até bem ao fundo das pessoas, até lhes tocar o coração e lhes
mudar a vida!
Palavras
do Papa Francisco acerca do encontro de Jesus com Mateus:
.“Jesus
olhou para ele (Mateus). Que força de amor teve o olhar de Jesus para mover
assim Mateus! Que força deviam ter aqueles olhos para o levantar! Sabemos que
Mateus era um publicano, ou seja, cobrava os impostos dos judeus para os
entregar aos romanos. Os publicanos eram malvistos, até considerados pecadores,
e por isso viviam separados e eram desprezados pelos outros. Com eles, não se
podia comer, falar nem rezar. Eram considerados pelo povo como traidores:
tiravam da sua gente para dar aos outros. Os publicanos pertenciam a esta
categoria social.
E
Jesus parou, não passou ao largo acelerando o passo, olhou-o sem pressa,
olhou-o com calma. Olhou-o com olhos de misericórdia; olhou-o como ninguém o
fizera antes. E aquele olhar abriu o seu coração, fê-lo livre, curou-o, deu-lhe
uma esperança, uma nova vida, como a Zaqueu, a Bartimeu, a Maria Madalena, a
Pedro e também a cada um de nós. Mesmo quando não ousamos levantar os olhos
para o Senhor, o primeiro a olhar-nos é sempre Ele. É a nossa história pessoal;
tal como muitos outros, cada um de nós pode dizer: eu também sou um pecador,
sobre quem Jesus pousou o seu olhar. Convido-vos a que hoje, em vossas casas ou
na igreja, quando estiverdes tranquilos, sozinhos, façais um tempo de silêncio
recordando, com gratidão e alegria, as circunstâncias, o momento em que o olhar
misericordioso de Deus pousou sobre a nossa vida.
O
seu amor precede-nos, o seu olhar antecipa-se à nossa necessidade. Jesus sabe
ver para além das aparências, para além do pecado, para além do fracasso ou da
nossa indignidade. Sabe ver para além da categoria social a que possamos
pertencer. Ele vê para além de tudo isso. Ele vê a dignidade de filho que todos
temos, talvez manchada pelo pecado, mas sempre presente no fundo da nossa alma.
É a nossa dignidade de filhos. Veio precisamente à procura de todos aqueles que
se sentem indignos de Deus, indignos dos outros. Deixemo-nos olhar por Jesus,
deixemos que o seu olhar percorra as nossas veredas, deixemos que o seu olhar
nos devolva a alegria, a esperança, o gozo da vida.
Depois
de olhá-lo com misericórdia, o Senhor disse a Mateus: «Segue-Me». E Mateus
levantou-se e seguiu-O. Depois do olhar, a palavra. Depois do amor, a missão.
Mateus já não é o mesmo; mudou intimamente. O encontro com Jesus, com o seu
amor misericordioso, transformou-o. E para trás ficou a mesa dos impostos, o
dinheiro, a sua exclusão. Antes, ele esperava sentado para arrecadar, para
tirar aos outros; agora, com Jesus, tem de se levantar para dar, para entregar,
para se dar aos outros. Jesus olhou-o, e Mateus encontrou a alegria no serviço.
Para Mateus e para quantos sentiram sobre si o olhar de Jesus, os compatriotas
deixam de ser aqueles à custa de quem «se vive», usando e abusando deles. O
olhar de Jesus gera uma actividade missionária, de serviço, de entrega. Aqueles
a quem Ele serve, são os seus compatriotas. O seu amor cura as nossas miopias e
incita-nos a olhar mais além, a não nos determos nas aparências ou no
politicamente correcto.
Jesus
vai à frente, precede-nos, abre o caminho e convida-nos a segui-Lo. Convida-nos
a ir superando lentamente os nossos preconceitos, as nossas resistências à
mudança dos outros e até de nós mesmos. Desafia-nos dia a dia com uma pergunta:
Crês tu? Crês que é possível que um arrecadador de impostos se transforme num
servidor? Crês que é possível um traidor transformar-se num amigo? Crês que é
possível o filho de um carpinteiro ser o Filho de Deus? O seu olhar transforma
os nossos olhares, o seu coração transforma o nosso coração. Deus é Pai que
procura a salvação de todos os seus filhos.”
Palavras
belas as do Santo Padre! Belas e elucidativas, assim as possamos escutar,
compreender e aceitar!
De
facto, o olhar atento e profundo de Jesus, olhar de amor, ternura e
misericórdia, antecede sempre as Suas palavras.
E
nós... como olhamos as pessoas que nos rodeiam?
Pressupõe-se
que Jesus conhecia o íntimo das pessoas... nós não conhecemos, pelo que não
somos capazes de saber a razão dos seus comportamentos nem ajuizar seja o que
for acerca de alguém!
Que
o Espírito Santo nos ajude a imitar o olhar de Jesus com as pessoas com quem
convivemos!
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