domingo, 27 de setembro de 2015

ANUNCIAR A BOA NOVA!



De hoje e de sempre, a boa nova é a felicidade e o bem-estar! Foi a felicidade e o bem-estar que Jesus nos veio ensinar! A felicidade e bem-estar é a Boa Nova de Jesus!
Sim! Porque nada pode dar mais bem-estar e felicidade às pessoas do que tentar a todo o custo viver ao jeito de Jesus!
Mas... para se conhecer realmente esta verdade é preciso experimentá-la! E não é possível experimentá-la sem tentarmos conhecer minimamente Jesus para Lhe podermos abrir as portas do nosso coração aonde Ele não se cansa de bater!
Foi pela pregação aturada dos Apóstolos que a Boa Nova de Jesus foi e vai percorrendo a terra.
Algumas palavras de Santo Hilário de Poitiers:
“«Como são belos os pés dos que anunciam a boa nova, dos que anunciam a paz» (Is 52,7). É pois esta palavra de louvor a Deus que é necessário proclamar, segundo o testemunho do salmista: «Deu a vida à minha alma e não deixou que os meus passos vacilassem.» Com efeito, os apóstolos não se deixaram desviar do curso espiritual da sua pregação pelo terror das ameaças humanas, e a firmeza dos seus passos solidamente assentes impediu-os de se afastarem do caminho da fé. [...]
Contudo, depois de ter dito: «Ele não deixou que os meus passos vacilassem», o salmista acrescenta: «Ó Deus, tu provaste-nos, purificaste-nos pelo fogo como se purifica a prata» (v.10). Esta palavra, começada no singular, refere-se contudo a muitos. Pois único é o Espírito e uma a fé dos crentes, segundo o que está dito nos Actos dos Apóstolos: «Os crentes tinham uma só alma e um só coração» (Act 4,32). [...]
Mas o que significa esta comparação: foram purificados «pelo fogo como se purifica a prata»? Para mim, purifica-se a prata para dela separar a escória que adere à matéria ainda em bruto. [...] É por isso que, quando Deus põe à prova os que crêem nele, não é porque ignore a sua fé, mas porque «a perseverança produz a virtude» como diz o apóstolo Paulo (Rom 5,4). Deus submete-os à prova, não para os conhecer, mas para os levar à consumação da virtude. Assim, purificados pelo fogo e separados de qualquer ligação aos vícios da carne, poderão resplandecer no brilho da inocência que estas provas lhes proporcionaram.
Mas que ninguém, por andar mais ligado às igrejas, se sinta maior ou mais importante para Jesus/Deus do que os outros, porque pode mesmo ser o contrário.
A este respeito, algumas palavras do Papa Francisco:
“Quem é o mais importante? Jesus é simples na sua resposta: «Se alguém quiser ser o primeiro, há-de ser o último de todos e o servo de todos» (Mc 9, 35). Quem quiser ser grande, sirva os outros e não se sirva dos outros.
Aqui temos o grande paradoxo de Jesus. Os discípulos discutiam sobre quem deveria ocupar o lugar mais importante, quem seria selecionado como o privilegiado, quem seria isento da lei comum, da norma geral, para se pôr em evidência com um desejo de superioridade sobre os demais. Quem subiria mais rapidamente, ocupando os cargos que dariam certas vantagens.
Há um «serviço» que serve; mas devemos guardar-nos do outro serviço, da tentação do «serviço» que «se» serve. Há uma forma de exercer o serviço cujo interesse é beneficiar os «meus», em nome do «nosso». Este serviço deixa sempre os «teus» de fora, gerando uma dinâmica de exclusão.
Todos estamos chamados, por vocação cristã, ao serviço que serve e a ajudar-nos mutuamente a não cair nas tentações do «serviço que se serve». Todos somos convidados, encorajados por Jesus a cuidar uns dos outros por amor. E isto sem olhar em redor, para ver o que o vizinho faz ou deixou de fazer. Jesus diz: «Se alguém quiser ser o primeiro, há-de ser o último de todos e o servo de todos» (Mc 9, 35). Não diz: Se o teu vizinho quiser ser o primeiro, que sirva. Devemos evitar os juízos temerários e animar-nos a crer no olhar transformador a que Jesus nos convida.
Este cuidar por amor não se reduz a uma atitude de servilismo; simplesmente põe, no centro do caso, o irmão: o serviço fixa sempre o rosto do irmão, toca a sua carne, sente a sua proximidade e, em alguns casos, até «padece» com ela e procura a sua promoção. Por isso, o serviço nunca é ideológico, dado que não servimos a ideias, mas a pessoas.
“Quem não vive para servir não serve para viver!”
Jesus transtorna a sua lógica, dizendo-lhes simplesmente que a vida autêntica se vive no compromisso concreto com o próximo.
O convite ao serviço apresenta uma peculiaridade a que devemos estar atentos. Servir significa, em grande parte, cuidar da fragilidade. Cuidar dos frágeis das nossas famílias, da nossa sociedade, do nosso povo. São os rostos sofredores, indefesos e angustiados que Jesus nos propõe olhar e convida concretamente a amar. Amor que se concretiza em ações e decisões. Amor que se manifesta nas diferentes tarefas que somos chamados, como cidadãos, a realizar. As pessoas de carne e osso, com a sua vida, a sua história e especialmente com a sua fragilidade, são aquelas que Jesus nos convida a defender, assistir, servir. Porque ser cristão comporta servir a dignidade dos irmãos, lutar pela dignidade dos irmãos e viver para a dignificação dos irmãos. Por isso, à vista concreta dos mais frágeis, o cristão é sempre convidado a pôr de lado as suas exigências, expectativas, desejos de omnipotência.”
Viver para ser bom exemplo para as pessoas que nos rodeiam, para ajudar os outros a conhecer melhor Jesus de modo a desejarem viver segundo o Seu exemplo e a Sua vontade! Essa é a grandeza que Jesus pede aos Seus seguidores, os cristãos!
De facto, as pessoas que enchem as nossas igrejas, a única verdade que os torna diferentes dos outros, é a obrigação de exemplificarem nas suas atitudes uma vida de acordo com a vontade do Senhor, amando o próximo como a si mesmo, tal como Jesus ordenou.
Um santo domingo ou primeiro dia da semana, recebendo e comunicando a Boa Nova de Jesus, viver no verdadeito amor!

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