quarta-feira, 15 de abril de 2020

JESUS CRISTO ESTÁ CONNOSCO


Neste oitavário da Páscoa, ou seja, nestes oito dias que se vivem como se fosse um, em que se vive e revive tudo quanto aconteceu no dia de Páscoa da Ressurreição com Jesus e os Apóstolos e Seus amigos, aprendemos e vivemos intensamente muitas coisas!
Em casa, de quarentena obrigatória pelo Covid 19, a Igreja entra-nos pela casa dentro e faz de nossa família uma verdadeira Igreja Doméstica. Estamos em casa e olhamos a TV como se estivéssemos junto ao altar na nossa igrejinha de pedra junto de Jesus ou a participar na Eucaristia e outras orações comunitárias.
Depois, a internet traz até nós meditações como esta que chegou de Evangelizo e nos diz tanto: 
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São John Henry Newman (1801-1890)
teólogo, fundador do Oratório em Inglaterra
PPS 6, 10
Irmãos, compreendamos o que foram as aparições de Cristo aos seus discípulos depois da ressurreição. Elas são da maior importância, porque nos mostram que continua a ser possível uma comunhão deste género com Cristo; com efeito, é este o género de contacto com Cristo que hoje nos é proporcionado. Neste período de quarenta dias que se seguiu à ressurreição, Jesus inaugurou uma nova relação com a Igreja, a sua atual relação connosco, o género de presença que quis garantir-nos.
Após a sua ressurreição, como estava Cristo presente na sua Igreja? Ia e vinha livremente, sem nada que se Lhe opusesse, nem sequer as portas fechadas; e, quando Ele estava presente, os discípulos não se apercebiam imediatamente disso. [...] Os discípulos de Emaús só tiveram consciência da sua presença quando, de repente, compreenderam o impacto que Ele tinha tido neles: «Não ardia cá dentro o nosso coração?» [...]
Reparemos bem em que momento se lhes abriram os olhos [...]: no momento da fração do pão. É essa, com efeito, a atual disposição do Evangelho. Quando recebemos a graça de compreender a presença de Cristo, só O reconhecemos mais tarde; atualmente, só discernimos a sua presença pela fé. Em lugar da presença sensível, Ele deixou-nos o memorial da sua redenção, tornando-Se presente no Santíssimo Sacramento. Quando foi que Ele Se manifestou? Quando, por assim dizer, fez com que os seus passassem de uma visão sem verdadeiro conhecimento a um autêntico conhecimento, na invisibilidade da fé.
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Sim! É pela fé que procuramos os sítios onde Jesus se encontra presente e aí nos sentimos intimamente unidos a Ele., pertinho d’Ele, assim como é pela fé que O sentimos connosco no decorrer dos segundos, em que, nas lides diárias, vamos partilhando com Ele tudo o que fazemos e dialogando silenciosamente sobre o que será melhor fazer. E nestas andanças, muitas vezes, sentimos a mão dÉle a conduzir-nos para o que realmente será melhor fazer.
Reconhecer Jesus perto de nós, exige querermos que esteja perto, colocarmo-nos nas Suas mãos, sob os Seus cuidados, e agir segundo o que sabemos ser da Sua vontade!
Penso que isto é viver a Páscoa, indefinidamente, não só agora que o Tempo é Pascal, mas sempre, porque Jesus está sempre junto de nós e connosco!
A Páscoa é o momento de maior evangelização, o momento de muitos mais irmãos compreenderem o que será viver com e ao jeito de Jesus, até que, pela Sua imensa Misericórdia, nos possamos unir permanentemente a Ele, quando formos levados desta terra linda onde nos colocou.
O coração pula e não dita mais palavras às mãos! Um feliz oitavário da Páscoa para toda a gente!
Hermínia Nadais

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