quinta-feira, 9 de abril de 2020

EM TEMPOS DA PAIXÃO!


Estamos a passar a Semana Santa, com tudo quanto isso implica na nossa vida espiritual.
Quem estiver atento à Liturgia Diária, ou prestar atenção às Eucaristias que nos chegam pelos Meios de Comunicação Social verá que os Evangelhos da semana são extraídos do de Domingo de Ramos, que, claro, como é de prever, os Sacerdotes tentam explicar tudo o melhor que conseguem pois é uma forma de compreendermos melhor a Palavra de Deus. E compreendendo-A melhor, podemos vivê-la melhor no nosso dia a dia!
Aqui uma pequena mas completa homilia sobre o Evangelho de ontem, 3º feira, 7 de Abril:
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Jesus está à mesa com os Apóstolos. Depois de lhes ter lavado os pés, gesto que simboliza e significa o amor
de Jesus por todos, manifesta a Sua dor quando diz: «Em verdade, em verdade vos digo: Um de vós Me entregará».
É à mesa, lugar da partilha, da comunhão, do amor, que Jesus denuncia a separação e o desamor de Judas Iscariotes.
Apesar de estar à mesa com Jesus e os seus companheiros, distancia-se do projeto de Jesus, saindo da mesa para O entregar à morte.
Era noite. A noite da angústia, do desprezo, da recusa, da separação, aquela que Judas vivia.
Como Pedro que, apesar de dizer: “eu darei a vida por Ti”, receberá de Jesus a palavra que denuncia a futura negação.
Sim, Pedro recusará conhecer Jesus e ser Seu discípulo...
Nos dias de hoje, somos nós os convidados a estar à mesa com Jesus e participar na Eucaristia com verdade, expressando o nosso amor por Jesus, morto e ressuscitado.
Mas, como Judas e Pedro, muitas são as vezes
que, participando na Eucaristia, vivemos de noite, afastando-nos do projeto de Jesus. Logo no princípio, quando nos sentimos pecadores e pedimos perdão ao Senhor, em vez de nos arrependermos dos nossos
pecados e nos dirigirmos àqueles que nos ofenderam, afastamo-nos deles, continuando de noite.
Mais à frente, quando é proclamada a Palavra de Deus, estamos longe, a pensar nos problemas da nossa vida, em vez de escutar Aquele que vem até nós e nos ensina a caminhar no amor.
Para não falar do gesto da paz
recusado àquela pessoa que se encontra no banco da frente por não gostarmos dela ou, simplesmente, porque não merece o nosso crédito...
Nos dias de hoje, quando convidados, por exemplo, para uma festa familiar, fazemos o papel de Judas.
Apesar de convidados, estando à mesa, não dirigimos a palavra àquela pessoa com quem não falamos há anos.
Preferíamos ter ficado em casa, para a não ver. Mesmo assim, fomos por respeito àquele que nos convidou, embora o deixemos triste por continuar na nossa, sem dar o braço a torcer ou fazer as pazes. Negamos a amizade e continuamos a viver no desamor...
Nos dias de hoje, somos nós, aqueles que Jesus convida. Que pena O negarmos constantemente e nos afastarmos d’Ele, vivendo um projeto diferente daquele que o Senhor nos apresentou ao morrer na cruz por todos nós!
De Colores! Pe Artur Jorge
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Tantas verdades meu Deus! Gestos que nos parecem simples… e são tão complicados… magoam tanto o coração do bom Jesus!
Temos de estar muito atentos a tudo o que fazemos para não magoar ninguém, pois quando magoamos alguém, é a Jesus que estamos a magoar, como Ele disse: “ Tudo o que fizerdes ao mais ‘pequenino’ dos vossos irmãos é a Mim que o fazeis!”
Somos todos irmãos em Cristo, vivamos como tal, perdoando e esquecendo as mágoas, fazendo o bem a toda a gente, indefinidamente!
A continuação de uma boa Semana Santa para uma muito Feliz Páscoa da Ressurreição!
Hermínia Nadais

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